O que vem depois de Feliciano?
10/04/13 08:45E os vídeos com as pregações de Marco Feliciano (PSC-SP) continuam a bombar no Youtube. Os mais recentes encontrados mostram o pastor atribuindo a “Deus” o assassinato de John Lennon e o acidente aéreo que exterminou o grupo Mamonas Assassinas.
Semana passada, a “Folha” publicou uma entrevista de meu colega Fernando Rodrigues com Feliciano (leia aqui).
Acho que a questão da permanência ou não de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara é simples: se ele foi racista ou homofóbico em suas declarações, não deve fazer parte de uma comissão cujo objetivo é justamente defender as minorias (sobre o tema, sugiro a leitura desse artigo de Hélio Schwartsman).
Mas vamos esquecer Feliciano por um momento. Ele não é o primeiro e nem será o último político brasileiro a misturar convicções religiosas à sua atuação política.
Acho que o país está perdendo uma grande chance de discutir uma questão bem mais importante que a permanência ou não de Feliciano na CDHM, que é a separação entre Estado e religião.
A Constituição não diz que o Brasil é laico? Então por que nossos políticos, que deveriam obedecer à Constituição, teimam em ignorá-la?
Na verdade, Feliciano é só mais um entre tantos políticos que não percebem que suas convicções religiosas não devem servir de regra para governar uma sociedade plural. Feliciano não é causa, mas conseqüência. Ele é resultado da falácia do “Estado laico” brasileiro.
Pergunto: as pessoas que pedem a saída de Feliciano estão preparadas para um Estado verdadeiramente laico? O que diriam se o governo tirasse símbolos religiosos de prédios públicos? Ou acabasse com feriados religiosos para funcionários públicos?
Acho que o caso de Marco Feliciano só assumiu essa dimensão nacional porque ele foi nomeado para uma comissão que defende pessoas que a religião dele não tolera. Mas existem várias outras religiões que não admitem a homossexualidade, e seus defensores no Legislativo continuam barrando a democracia e o progresso científico usando argumentos obscurantistas. Vamos falar sobre isso também? Ou o assunto vai se esgotar com Marco Feliciano?
Apologistas do estado laico, abortistas, gaysistas, feministas e progressistas em geral, não se desesperem!
Vocês já venceram!
Toda sua agenda será implantada mais cedo ou mais tarde. O mundo será como vocês desejam.
Mas não se animem muito!
O quê espera vocês não será bonito! Aliás, já não é bonito. Uma vida desprovida de sentido é que os espera. A Europa já entrou nesse caminho e definha rapidamente. Os europeus não querem mais ter filhos. A taxa de natalidade não é mais suficiente para manter a população, que só não declina por causa da maciça imigração islâmica.
Vocês acham que são muito sabidos, que pensam com as próprias cabeças, mal sabem que todas estas ideologias foram implantadas conscientemente por poderosas fundações internacionais.
Teoria da conspiração? Ora, os próprios autores admitem seus feitos. Estudem a história das fundações Ford, Rockefeller, Macarthur, da Planned Parenthood ( a maior organização abortista do mundo). O plano para espalhar o abortismo pelo mundo e consagrá-lo como um direito humano é muito ilustrativo. Segue apenas um, dos milhares de artigos sobre o tema:
http://www.midiasemmascara.org/artigos/aborto/14020-a-logica-perversa-do-aborto.html
Você sinceramente acha que a redução da taxa de natalidade na Europa é decorrência da homossexualidade e dos abortos? Termos como abortistas ou gayzista são cunhados para desmerecer o argumentador e não o argumento, o mesmo vale para as teorias da conspiração. PS.: Parei de ler a matéria que você postou quando percebi que o escritor não ia apresentar UMA fonte falando que a quantidade de abortos cresceu no mundo.
Não apenas da homossexualidade e do aborto, mas principalmente do hedonismo. As pessoas simplesmente não querem mais ter filhos porque isso significa abrir mãos de certos confortos e os objetivos principais do homem moderno são o conforto e o prazer. O índice de natalidade da Espanha, por exemplo, é de 1,1, quando o mínimo necessário para repor a população é 2,1.
PS: meu comentário anterior não fez nenhuma referência ao aumento do número de abortos.
Errado, Feliz. O controle de natalidade é questão de saúde pública. Num país desenvolvido, cedo se percebeu que para TODOS terem direito à moradia, educação, assistência médica e alimentação dignas, é inviável um casal botar 12, 13, 15 filhos no mundo só porque “Deus quis assim”.
O crescimento exponencial infinito da população é matematicamente impossível num planeta com recursos finitos. Simples assim.
Crescei e multiplicai fazia sentido quando a população mundial não passava dos 100 milhões. As verdades são temporais. Só a Bíblia perdura levada adiante por fanáticos e aproveitadores.
Sim, sim. Para defender qualquer coisa basta dizer que é “Questão de saúde pública”.
Quer dizer que os europeus deixaram de ter filhos porque estão preocupados com o planeta?
Não, eles deixaram de ter filhos porque preferem ter um celular de última geração, viajar com frequência e etc.
Quanto a população da Terra, talvez exista um limite, mas ele está muito longe de ser atingido. Nunca sobrou tanta comida quanto hoje. Aliás, a primeira vez que começaram com esta história de superpopulação foi na idade média.
Obs: Quem falou em ter 12 filhos? O que apontei é que, na maioria da Europa, a taxa de natalidade está perto de 1, o que levará inevitavelmente à extinção da Europa como a conhecemos e sua transformação em um continente islâmico por força da imigração.
Nunca se jogou tanta comida fora, mas não é pq está sobrando. Há guerras civis, governos tirânicos, descaso e mau aproveitamento de recursos. Milhões estão passando fome.
E você considera banheiro e água encanada Como “conforto”? Porque é justamente isso que falta nos países com maior taxa de natalidade.
É justamente por causa de tanta desigualdade que se busca o controle populacional. Quanto menos filhos, melhores as chances deles terem o melhor. Que família hoje conseguiria bancar ensino superior para muitos irmãos?
E a maioria dos europeus é espartana no modo de viver. Herança de muitas guerras sofridas. E sim, os mais jovens estão preocupados com o planeta: preferem bicicletas a carros, colocam painéis solares nas edificações e boicotam produtos não sustentáveis. Viajam mais porque valorizam o intercâmbio cultural e a tecnologia da informação. Isso é ruim???
1. Leia este artigo http://www.midiasemmascara.org/artigos/ambientalismo/14004-a-grande-farsa-verde-no-1.html – Ele prova pela enésima vez que o aquecimento global antropogênico é um farsa.
Obs: antes de me chamar de maluco, leia com atenção o artigo e perceba que os dados são baseados em 30.000 postos de medição.
2. Como você mesmo diz, o problema são
as guerras, os tiranos e etc. O excesso de pessoas não é um problema atualmente.
3. As pessoa hoje em dia se preocupam com “O Planeta”, mas não com as pessoas. Dão mais valor para um cachorro do que para um feto. Estão preocupados com “Gaia” mas não com o seu vizinho.
4. Viajar é bom, confortos tecnológicos são bons, mas erigir o conforto e o prazer como deuses, em cujos altares sacrificamos tudo que há de mais elevado no ser humano é mortal.
Típico comentário de um psicótico anti-comunista e histérico com mania de perseguição. É o militante clichê da extrema-direita personificada na patética figura do pseudo-filósofo Olavo de Carvalho. Deus no livre dessa gente!
Anti-comunista sim, com muito orgulho. Como não ser contra uma ideologia que matou mais de 100 milhões de pessoas (de acordo com seus próprios defensores), que nos legou figuras com Lênin, Stálin, Fidel, Mao, Pol Pot e etc?
O problema é justamente essa psicose: vocês enxergam comunismo em tudo!
Hedonista sim. E sem orgulho pq não sinto essas coisas idiotas, essas construções sociais que dão valor a opinião dos outros sobre si mesmo.
Tomara que ninguém mais tenha filhos e a humanidade desapareça. Quem precisa de “sentido na vida” que compre o DVD do Monty Python.
midia sem mascara??
qdo nego começa a botar links pro site do olavo de carvalho é melhor enterrar e salgar a área de comentários.
Líderes religiosos podem participar da vida política (por mais que isso me desagrade), o que não pode é pautar discussões políticas com base em critérios religiosos. Esse é o problema. Outra coisa, vejo muito por aí a ladainha de que se opor à proteção dos direitos dos homossexuais ou de outras “minorias” seria tão legítimo quanto defender os direitos dessas mesmas pessoas. Errado. A noção de democracia está assentada não apenas na vontade da “maioria”, que se traduz no direito de voto. Mas principalmente na promoção da cidadania para todas as pessoas, sem exceção, independentemente de seus atributos pessoais, como a cor da pele, gênero sexual, orientação sexual, etc. Em suma, uma democracia plena não é compatível com a “relativização” dos direitos fundamentais a partir de uma noção moral da sociedade. Ou seja, seriam merecedores de respeito e consideração apenas algumas pessoas, aquelas que EU entendo, a partir dos meus valores individuais, ser tratadas como cidadãos. Na verdade, a tutela da cidadania está consubstanciada na igualdade material de todos os indivíduos, pelo simples fato de serem pessoas, independente dos seus atributos ou qualificações. É um processo difícil, mas que pressupõe deixar de lado essa egotrip bizarra de querer enxergar o mundo sempre a partir do próprio umbigo, a fim de considerar indigno de proteção todos aqueles que são ou pensam diferente.
não cite esse “Ou acabasse com feriados religiosos para funcionários públicos?” perto de um funcionário público… para mostrar que eles respeitam a igualdade é bem capaz que eles digam que funcionário público deve ficar sem trabalhar nos feriados de todas as religiões…
Essa foi boa. KKKKKKKKKKKKKKK
Só funcionário público gosta de feriado aqui no Brasil. O resto é só gente trabalhadeira, responsável, honesta, ética.
Eu tbm não entendi essa, só funcionário público não trabalha em feriados? Quem não for patriota ou republicano não pode descansar nos dias 07/09 ou 15/11? Os chineses que vivem no Brasil não podem folgar no dia 01/01?
Considero esse Deputado uma figura desprezível. E entre todas as merdas que ele falou, pelo menos a última faz sentido: ele disse que sai da comissão se os mensaleiros condenados do PT também saiam. Faz sentido.
André, ainda nos assuntos polêmicos, você leu o texto que seu xará Forastieri escreveu referente a “polêmica” da Joelma do Calypso e a Daniela Mercury? Ficou muito bom.
Olá André,
Leio seu blog desde 2011 e nunca tive a paciência de comentar, mas aqui vai:
Creio que, como um colunista bem informado, você recorda que até meados de fevereiro deste ano o político em pauta era Renan Calheiros, que acabara de ser eleito presidente do senado e estava causando um burburinho na Av. Paulista ou outro lá em Brasília. Subitamente todos os olhares se voltaram para Marco Feliciano, ainda em processo de votação para seu futuro cargo. Independente da contradição entre suas demonstrações públicas de desafeto pelas minorias e o fato de presidir a comissão dos direitos humanos, acredito que, acima de tudo, Renan Calheiros seja um problema maior do que Marco Feliciano. A comissão que Feliciano preside tem um histórico de não decidir quase nada, enquanto o senado é um dos maiores poderes públicos do país. Mas, graças a facilidade de manipulação da mídia, o controle social e a aliança das minorias com as redes sociais acabou por acontecer essa troca de prioridades. Algo deve ser questionado.
Obrigado,
João Pedro Vianna
Ninguém questiona isso. São dois problemas que precisam ser resolvidos.
Aliança das minorias com as redes sociais? De onde esse cara tirou isso?
“Cara”, como você acha que a mensagem se propagou tão rápido? A presença efetiva das “minorias” nas redes sociais faz a luta propagar com mais eficiência sim. Você acredita que é tudo graças a anúncios rasos do JN? Ou graças a um pombo correio que avisou a todos das manifestações na Av. Paulista? Século XXI
Não contesto a afirmação de que as mensagens se propagaram nas redes sociais, como, aliás, qualquer assunto em pauta atualmente. O que parece, ao meu ver, paranoia, é achar que existe uma aliança das minorias com as redes sociais, como você disse. Sem falar nas teorias sobre a manipulação da mídia…
Um coisa que me irrita nos ateus: a grande maioria deles não respeita as opiniões e convicções dos que creem em alguma divindade. Sou cristão luterano, e respeito a opinião dos ateus quanto à sua não crença. Porém, via de regra, eles não respeitam minhas crenças religiosas. Chegou ao cúmulo de eu ser chamado de ignorante por ter dito em uma roda de conversa que leio eventualmente passagens bíblicas. Uma agressão gratuita. O cara não sabia nem falar direito e eu , PhD, é que era o ignorante. Outra cosia que eu reparei, nunca vi um ateu atacar o hinduísmo, o budismo ou o islamismo. Só atacam o cristianismo, e quando muito o judaísmo.
Talvez seja porque no Brasil não exista nenhum parlamentar falando bobagens e emitindo opiniões preconceituosas e racistas baseadas no hinduísmo, no budismo ou no islamismo.
Bravo!
A eleição do Feliciano para a presidência da CDHM revela, além do absurdo que salta às vistas, a inversão de valores da sociedade. A CDHM sobrou ao PSC porque os demais partidos da base preferiram brigar pela liderança em outras comissões, por considerá-las mais importantes, negligenciando a primeira, que caiu no colo do pastor.
Aprecio muito as posições deste blog, mas creio que há alguns equívocos neste post.
Antes de apontá-los, esclareço: Repudio, ao ponto da ojeriza, o pastor Feliciano. Desprezo suas opiniões e lamento sua postura. O que vou ponderar, portanto, de forma nenhuma é uma defesa sua.
Primeiro equívoco: Afirmar que o pastor, que é deputado, não pode presidir tal ou qual comissão, é um absurdo. Tanto pode como ele foi encaminhado para essa posição sem conflitos – eles apareceram posteriormente – e não há meios de removê-los de lá. Na verdade, o pior dessa história passa despercebido: O fato de haverem permitido que o sujeito chegasse onde chegou. O problema não é existir um boçal, pois sempre existirão; o problema é o abandono generalizado de valores que permite a evolução dos boçais até posições antes inacessíveis.
Também o fato de haver deputados com posturas evangélicas – ou religiosas – não compromete a laicidade do Estado. O parlamento é o órgão representativo por excelência, e não só pode, como deve ser uma síntese da sociedade brasileira. Que é religiosa e grandemente evangélica. O que não é possível é estabelecer dogmas religiosas como política de estado – isto sim seria afronta à laicidade. O caráter laico, porém, não se degenera se o Legislativo positiva ou dá representação a escolhas morais (e toda atividade legislativa é uma escolha, não só politica, mas grandemente, moral e cultural, assim como toda atuação religiosa é moral e cultural).
O caso Feliciano é apenas uma das incongruências inerentes à democracia. Ele não é um sistema perfeito, mas é o melhor sistema que existe.
Impedir a atuação de representativa porque se é isto ou aquilo é ditadura e tirania.
Eu ainda prefiro as incongruências da democracia à coerência das ditaduras e das tiranias.
Perfeito, Caio. Barça, Estado laico não significa termos uma ateísmo oficial. Apesar de ateu, acho que religiosos tem sim o direito de expor suas opiniões tentar influenciar as escolhas políticas dentro do jogo democrático. A liberdade de crença é um dos direitos fundamentais e, como o Caio bem falou aí am cima, o Parlamento é o órgão de representação por excelência, devendo ser assegurado aos representantes de todas as religiões o direito de defender suas posições. O tal Feliciano é uma verdadeira máquina de falar besteira, coisas repulsivas até, mas duas coisas importantes estão ausentes nos debates e nesse frenesi em torno da nomeção do deputado para a Comissão:
1. Como foi que ele chegou lá?
2. Falar merda é crime?
Abraço
Por favor, diga onde eu escrevi que o Estado precisa ser ateu. O Estado precisa ser NEUTRO quando o assunto é religião.
O que é um Estado neutro, quando o assunto é religião? Seria aquele que contraria as posições religiosas nas questões polêmicas, e adota a agenda progressista? Quer dizer, não há problema em integrantes do movimento LGBT, ou então de parlamentares marxistas (marx queria um Estado ateu…) serem deputados e falarem das suas convicções, contrárias às das religiões cristãs… mas se o deputado for um evangélico, aí o Estado Laico vai pro lixo não é?
Não. Não existe “Estado meio laico”. Ou é ou não é.
Barça, o fato de aver parlamentares que defendem posições políticas com base em premissas religiosas não afeta a neutralidade do Estado. Claro que você não falou em Estado ateu, mas proibir que representantes do povo defendam escolhas com base em suas religiões só poderia acontecer num Estado deste tipo.
Engoli o agá, corrigindo: Haver.
É só lembrar que a Miss Merkel é chefe de governo da Alemanha eleita pela União Democrata CRISTÃ e por lá ninguém se escandaliza com isso. Acho que ainda nos falta, como país, um pouco de cultura democrática.
Conheço pelo menos 10 portugueses, 3 franceses, 5 ingleses etc., que não só se escandalizam com a inferência religiosa de Merkel em sua gestão, como repudiam terminantemente a sua influência na União Europeia.
Você me entendeu, Omar… Por mais que seus amigos se escandalizem, isso não é debatido por lá, pois há o reconhecimento de que se pode sim defender escolhas políticas tomando por base convicções religiosas(ou de quaisquer outras origens, é bom frisar). Aliás, muitas das escolhas feitas pela Europa na história recente foram feitas com base em religiões civis…
Ótimo texto! concordo totalmente com as colocações. A questão do Feliciano é simples, de fato: pessoa errada no lugar errado. E a questão do Estado laico já não é tão simples. Mas só uma uma correção; feriados religiosos não são apenas para funcionários públicos.
O Brasil é um estado LIKE. Se você gosta dele, vai lá no Facebook e dá um like.
Estado Laico me lembra chocolate Laka… Lacta… que delícia!
Oi André
De fato o Estado é laico, e deve continuar sendo. Isso importa em um Estado de Direito, em que se obedece à lei, e não as doutrinas religiosas de pastores, padres etc. Mas o Estado tbm é democrático, então a construção da lei importa em manifestações de diversas diretrizes morais para que a maioria adote uma delas e a transforme em lei, que deverá ser obedecida pelo Estado. Neste ponto as religiões acabarão aparecendo, já que diversas questões morais que deverão ser transformadas em lei fazem parte de doutrinas religiosas. Neste sentido, ao eleger religiosos para o parlamento, não vejo que o Estado deixe de ser laico; é apenas a democracia se manifestando, ou seja, uma parte da população decidiu ter um religioso como seu representante, da mesma maneira que outros setores da população decidem eleger representantes empresários, trabalhadores, comunistas, liberais, homossexuais e etc.
E, se a maioria da população, através de seus representantes, resolve transformar em lei determinada posição, a minoria deve tbm obedecer a esta posição. Por pior que seja um religioso no parlamento, deve o mesmo ser tolerado e respeitado, pois de outra forma estaremos possibilitando que outras pessoas não sejam toleradas como parlamentares. Democracia importa aguentar pessoas que não nos agradam, e, importa ainda, em alguns casos, tolerar a legislação que não nos agrada, já que é a vontade da maioria.
Quanto a questão do Feliciano, concordo que ele tbm não deveria estar presidindo a comissão de direitos humanos, já que ele se posiciona contrariamente aos temas de direitos humanos. Ocorre que a oposição a esse cara criou um buzz tão grande, que transformou um obscuro deputado da bancada evangélica em estrela da mídia. Pode ter certeza que na próxima eleição esse sujeito vai se eleger com uma gigantesca votação. A oposição está chegando a um ponto de gerar o efeito contrário: promover ele e o partido dele à primeira linha do noticiário nacional. A esquerda radical cometeu o mesmo erro com a visita da blogueira cubana ao Brasil: foi tão radical em seus protestos que acabou pondo a visita dela na primeira página de todos os jornais.
Muito bom, Érico.
Muito barulho por pouca coisa. Sou ateu e não me sinto oprimido pelo Estado por isso. De uma forma geral, o Brasil caminha no sentido de uma sociedade com menos preconceito de origem religiosa. Só nos últimos dois anos, o STF reconheceu a união entre homossexuais, o direito a aborto de anencéfalo e liberou a marcha da maconha. Tudo isso de baixo de um crucifixo. Acho que esses resquícios cristãos que ainda resistem nas instituições têm mais a ver com o aspecto cultural da religião, e não com o transcendental e supersticioso, que é o que realmente incomoda. Enfim, acho um exagero dizer que a falta de laicidade do estado brasileiro é um problema concreto.
Bem lembrado, Carlos. Por mais que o Feliciano seja contra, o que importa é que o STF já reconheceu o casamento gay.
O cara é pastor e se elege graças aos seus seguidores. Até aí, é legítimo. O problema é que, chegando em Brasília, o pastor obviamente vai tentar agradar o seu rebanho (até pq precisa de uma reeleição e outra e outra pra continuar vivendo da mamata). Nesse momento, o que ele faz? Traz para dentro da vida política toda sua ideologia religiosa, recheada dos anacronismos que toda religião tem. Simples assim.
Conclusão: não se deve trazer pessoas eleitas por causa de religião, de futebol, de escola de samba ou de outras coisas tão desimportantes quanto (afinal, tudo é uma questão de escolha) para dentro da vida parlamentar, sob o risco de que esta pessoa, ao chegar lá, estará evidentemente viciada.
É claro que a questão não seria o Sr. Deputado Pastor Feliciano e realmente a laicidade do Estado. Pois não diria nada contra a retirada de símbolos religiosos de prédios ou de células de dinheiro, nem mesmo se retirasse feriados religiosos, seria mais um favor a democracia, apesar que essas coisas já se tornarem uma tradição, valor cultural, que para ocorra a mudança disso seria uma discussão de cultura, tradição. Referente a discussão dos direitos humanos, só porque existe varias religiões onde poderia ser a maioria, nada contra ser representado por eles, a homossexualidade não poderia ser relevada nem discutida, onde ficaria o laico e democracia.
André, dessa vez vou discordar de você em alguns aspectos:
1) Estado laico é diferente de estado ateu. Ele deve favorecer a todas as religiões, sem preferência por nenhuma, e não impedi-las.
2) A cruz não está nos prédios públicos como uma imposição da fé, mas sim porque há um consenso onde a maioria apoia tacitamente sua existência naquele local, além de permitir a livre a manifestação religiosa (se existe alguma restrição a um culto de umbanda, por exemplo, podem entrar na justiça que ela dará ganho de causa). Se houver um dia uma demanda para que também seja colocado o símbolo do crescente, uma estrela de Davi, a imagem de Buda ou o símbolo de Exú, também deverá ser colocado. E ateus verdadeiros não deveriam se lixar para esse tipo de coisa.
2.1) No caso dos tribunais, a cruz está lá porque quer queiramos quer não a Bíblia é uma das fontes do direito brasileiro. Se for para retirar a cruz também deverão ser retiradas todas as imagens de Themis, a deusa da justiça – por mais que o culto aos deuses gregos seja uma religião morta, ainda sim a imagem de Themis veio uma religião.
3) Onde está escrito que “em uma democracia, todos podem eleger representantes para defender aquilo que acreditam, EXCETO se isso envolver assuntos religiosos”?
4) Acho o Feliciano uma besta quadrada, mas ele é uma besta quadrada que foi eleito para estar na Câmara. E as pessoas de quem discordo absolutamente também têm direito a ter representantes caso consigam tal coisa.
5) Não é o seu caso nesse post seu (ainda mais porque é seu blog e você tem direito de postar a opinião pessoal que quiser), mas eu estou terrivelmente desapontado com a grande imprensa que, sendo contra a indicação do Feliciano à Comissão de Direitos Humanos (o que também é direito), não só está deslegitimando o fato de ele existir como está CONIVENTE com os seguintes desrespeitos ao sistema democrático:
– “Manifestantes”, sem nenhum voto, estão se sentindo no direito de interromper a sessão da Comissão (formada por deputados que estão lá porque tiveram pelo menos alguns milhares de votos) aos berros.
– Jean Willys clama por uma “resposta” da Dilma, após a Secretaria de Igualdade Racial manifestar ‘repúdio’ ao Feliciano, sendo que na Constituição existe uma coisinha chamada “separação de poderes”.
Sinceramente, o desrespeito à democracia representativa e à separação de poderes são questões muito mais graves do que o debate sobre os homossexuais ou sobre a laicidade do estado.
“Maioria”? E daí? Estado laico é Estado laico, não privilegia maiorias.
É verdade. Privilegia minorias. kkkkk
Mas também não cassa o direito das maiorias de expressarem sua fé. Estado laico é aquele que defende e garante a liberdade religiosa (e a liberdade de não se ter religião nenhuma) de todos.
Privilégio seria se algum representante de uma religião não-cristã pleiteasse um direito e tivesse negada a sua legitimidade de pleitear. E nada impede que ninguém não possa apresentar um projeto lei de iniciativa popular para acabar com os feriados religiosos, ou que um parlamentar apresente um projeto de lei de temática semelhante. Nem mesmo que se entre na justiça pela retirada de símbolos religiosos. de repartições públicas.
Sim, Estado laico é exatamente isso. Todos os cidadãos têm direito de ter religião, mas o Estado não tem.
Srs, o problema não é ter religião ou não, é um idiota usar a fé alheia para se eleger e falar um monte de bobagens para se promover. Mas o fato é que ele foi eleito, representa uma parte da sociedade e democracia é isso aí. Fazer algazarra na comissão não é democracia. Eu só gostaria de ver mais selinhos, passeatas em Copacabana e artistas consagrados se manifestando sobre o fato de dois condenados que fazerem parte da CCJ.
Comentário preciso Thales! Alguém se lembra também do preâmbulo da Constituição Federal: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos na Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a … promulgamos, SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.”
Mas nem por isso quem não acredita em Deus, quem é satanista ou que acredite em vários Deuses tem menos direitos do que quem acredita no Deus cristão. Já que foi citada a Constituição, aqui vai:
Art. 5º, VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Comentário preciso Thales! Alguém se lembra também do preâmbulo da Constituição Federal: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos na Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a …, promulgamos, SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
“há um consenso onde a maioria apoia tacitamente sua existência naquele local”…
A maioria apoia tacitamente? De onde você tirou isso? Esse é o tipo de consenso que leva tacitamente ao fascismo…
” No caso dos tribunais, a cruz está lá porque quer queiramos quer não a Bíblia é uma das fontes do direito brasileiro”.
Não é. A fonte do direito brasileiro é o direito romano. O que me incomoda é a repetição desse clichê horroroso “Estado laico não é Estado ateu”. Ora, meu filho, claro que não é! Quem repete essa baboseira não tem a menor ideia do que é laicismo. A sua fé depende de um crucifixo pendurado na parede?
disse bem, Thales.
o ponto da questão é,será que estamos preparados para aceitar as diferenças?Vendo tanta ignorância,intolerância,falta de informação,desrespeito e egoísmo no país,acho que não.O que as pessoas tem que aprender é a serem altruístas,pensar em coletivo e entender e aceitar que,direitos são direitos e tem que ser igual para todos e respeitando a todos,agora crenças e princípios ja é uma coisa individual,é como o jeito que você gosta que poe o feijão no seu prato,cada um gosta de um jeito,isso é peculiar de cada um e não deve impor e nem generalizar!Partindo desse princípio automaticamente nos tornaremos um país laicos!!!
Se realmente a bancada evangélica quer que nós sejamos governados pelos chamados princípios bíblicos, então estamos ferrados, afinal, segundo a bíblia: a) Usar roupas de dois tecidos diferentes é um pecado gravíssimo b) Um pai tem o direito de vender a filha com escrava. c) Plantar dois tipos de cultura no mesmo solo é um pecado mortal. d) quem trabalha aos sábado deve ser morto. e) Pessoas com defeitos físicos – incluindo “nariz achatado” – não devem entrar na igreja f) Queimar um touro vivo é algo que agrada a Deus.
Claro que defrontados com essas questões, os evangélicos respondem com evasivas ou frases feitas. Já os trechos bíblicos que falam sobre o dever de pagar os dízimos são tomados como obrigações de todo cristão.
Artistas posam com placas “Feliciano não me representa”, o que não quer dizer nada. Afinal ele está ali para representar seus eleitores e não os eleitores do espectro progressista. O que é democraticamente legítimo.
Se a presidência da CDHU caiu nas mãos dele, não é pra vcs gritarem contra o cara. Vocês deveriam é gritar contra seus parlamentares que permitiram que isso acontecesse.
O mesmo com Renan, eleito presidente do Senado com 75% dos votos. Vc já cobrou seu senador sobre isso?
Tirá-los pela gritaria é demitir o palhaço mas não mexer nas estruturas do circo.
Acho bom que isso tenha causado discussões acaloradas, mas infelizmente só vejo pessoas revoltadas com as consequências do sistema e não com as causas.
Ainda bem que nenhum político representa “a todos”, não?
O problema não é ele ser neo-pentecostal, afinal outros já assumiram o mesmo cargo e não colocaram sua opção religiosa a frente dos interesse do todo. O problema é que ele é um imbecil fundamentalista e ainda por cima recalcado, que renega a própria raça (seus traços não negam isso). Um cara desses é totalmente inadequado para assumir um cargo desses.
Eu gostaria muito de um estado totalmente laico e acredito que só assim poderemos avançar muito nas questões de direitos civis e no ânbito da ciência, onda a relogião ama dar pitaco.
Até semana passada ele era o boi de piranha, agora a imprensa resolveu eleger o “boi” da semana, e o eleito foi o tomate. Enquanto isso todos esquecem de Genoinos e seus comparsas, do preço da gasolina ou das obras da copa.
Essas suas questões são retóricas e como tais não têm lá muitas respostas. O imbróglio sempre volta nos Estados Unidos, e na França está a pleno vapor. Aqui a impressão que dá é que adotamos a laicidade como uma espécie de “pague um leve dois”, tipo, viramos república porque estava na moda e com ela veio a laicidade que pouca gente sabia o que significava. Enquanto todo mundo era católico dava pra engoli-la sem engasgar, com cruz em tribunal e bênção do bispo. Enfim, acho que a laicidade vai demorar pra pegar!
O que realmente me incomoda, de verdade, nessa história toda, como todo respeito aos evangélicos, é a ignorância que esse pastor vem apregoando, é o pior é que são idéias intrínsecas de algumas religiões. Também me incomoda o embate entres os defensores do pastor e os “revoltados do facebook” como foi bem citado aqui por outro leitor. Enfim, não tem nada de bom nessa história toda. Por mim, ele já estaria fora.
Desculpem os erros de português. Digitei com pressa.
Caro colunista, não concordo com muitos posicionamentos de Marco Feliciano, principalmente com relação a seu posicionamento teológico. Mas você em seu artigo, está misturando as coisas. O estado ser laico não quer dizer que os políticos não possam ter suas convicções religiosas, seja ela qual for.
Eu não disse isso, Josenaldo, muito pelo contrário. O que eu disse é que ele não pode impor suas crenças à coletividade.
Que crença ele está impondo?
-O dogma da Santíssima Trindade?
-A divindade de Cristo?
Está querendo obrigar todo mundo a frequentar o templo?
Ser contra o aborto e o “casamento” gay é impôr uma crença? Por que o contrário não é verdadeiro? Os progressistas querem nos fazer crer que a distinção entre homem e mulher é uma mera construção social. Isto sim me parece algo irracional.
Aliás, você também não acha que a proibição da pedofilia também é uma imposição religiosa arcaica? Têm muita gente que acha, e este debate está ganhando força em diversas grandes universidades americanas e européias. Se duvidas do que estou falando, faça uma breve pesquisa na internet.
Xará, não vou começar essa discussão. Vc tem opinião formada, e respeito. Mas continuo achando que religião e o Estado não devem se misturar. Vc discorda, ótimo.
Tenho opinião formada porque estudei o assunto, e não foi pouco. Mas estou verdadeiramente aberto a mudanças desde que convencido racionalmente, e a verdade pura e simples é que não é possível erigir um sistema de valores sem a crença em um absoluto. Como você sabe se alguém está de cabeça para baixo ou em pé se você não sabe onde está o chão? Como você sabe em que direção está indo se não tem um norte?
Perceba, André, que eu não estou argumentando a favor da existência de Deua. Só estou tirando a conclusão óbvia de que, se Ele não existe, nenhum sistema moral racional é possível, e conduta do homem será inevitavelmente guiada por quem detiver o poder no momento.
Só isso.
Cara, o problema dos cristãos não está em seus dogmas mas na tendência a evangelização.
Se não aceitam o aborto, ótimo, não abortem. Ser gay é ser contra deus?Perfeito, não sejam.
Agora, qdo se forma uma bancada parlamentar unida por esses dogmas a fim de evitar que o resto da população que não compartilha com esses dogmas não tenha seus direitos, isso é inaceitável.
Se você é contra a pedofilia, ótimo, não coma criancinhas.
Se você é contra a esterilização de deficientes mentais, ótimo, não esterilize seus filhos.
Se você é contra a escravidão, ótimo, não escravize.
Se você é contra o infanticídio, ótimo, não mate seus filhos.
Me preocupa o fato de não estarmos prontos pra nenhuma mudança e estarmos sempre buscando o Estado como regulador de muitas coisas, que creio serem do foro íntimo e escolha própria. Me preocupa tbm ver, não somente no caso Feliciano, mas tbm a maneira como a reação da galera está se dando, de maneira raivosa e tão sem base argumentativa que possa ser considerada válida e com uma sentimento odiento, como uma “cópias as avessas”dos próprios discursos dele. Assim como o caso Renam foi esquecido em pouco tempo, agora com a moda do Tomate, o pessoal ta mais preocupado em xingar o Tomateiro (???) que o Feliciano… e assim vamos em frente
Questões de foro íntimo e relativas as minorias, que tornam-se quase “obrigação” de todos e relativo as maiorias. Eu completaria…
Tempos difíceis. É difícil ser politicamente correto em uma época politica-social-humanamente incorreta.
Fods.
Abraços.
Barça, se não me engano o Marcelo Rezende que disse uma coisa fantástica:
“Tanto burburinho em cima do Feliciano que a tendência é que, em eleições futuras, ele seja um dos candidatos mais votados; devido a maioria “”Fóbica”” e “”religiosos”” que votarão nele”.
Achei sensacional o ponto de vista!
O que acha?
Acho que a pessoa tem todo o direito de acreditar no que ela quiser. Mas um político NÃO PODE impor suas crenças religiosas à coletividade. Simples assim. Ele precisa obedecer à Constituição.
Disse no sentido de exposição que o cara está recebendo. Justamente oriunda das pessoas que querem retirá-lo de lá. “fale bem ou mal, mas fale de mim”, saca?
Creio que seja como disseram abaixo, um “boi de piranha”.
Mas que ele está ganhando fama… isto está!
Fácil que irá ganhar vários votos.
Barça, meu bróder, ser contra o casamento gay é impor uma crença? O tal pastor é autor de algum projeto de lei que nos obrigue a virar carola? Não que se saiba. Nessa você está exagerando. Aliás, não seria o marxismo em muitos aspectos uma crença? Já leu Missa Negra do John Gray? As tolices repulsivas ditas pelo deputado/pastor, fora do ambiente do parlamento é bom frisar, não me parec com imposição de crença ou cisa parecida. O fato é que ele foi eleito legitimamente e tem todo o direito, como qualquer parlamentar, de tentar influenciar as escolhas políticas tomando por base seus valores morais e/ou religiosos, por mais equivocados e anacrônicos que eles sejam. Democracia é isso, rapá!
Abraço
Vc acha correto um cara que faz declarações homofóbicas chefiar uma comissão que defende as minorias? Paro por aqui.
E um deputado que faz declarações cristofóbicas? Está apto a chefiar a comissão? Por que será que não há tanta revolta?
EU não acho correto nem ele ser eleito. Mas o fato é que ele chegou lá legitimamente, foi eleito pelos eleitores e chegou à comissão por obra de seus pares, tudo dentro das regras do jogo…
Tá bom. Vc está falando igualzinho aos que defendem o Renan Calheiros, com o mesmo argumento.
É isso mesmo, Barça. O Calheiros também está lá de forma legítima e com o apoio do mesmo condomínio de poder que deixou o tal pastor chegar à comissão. É de meu gosto? Claro que não. E até apoio qualquer manifestação contrária a tais despropósitos. Só que a democracia tem disso, né? E tem o Henrique Alves também! Pra não falar do Maulf, do João Paulo Cunha e do Genoíno como mebros da Comissão de Constituição e JUSTIÇA…Já pensou?
O pior meu caro Barça foi que ele foi o famoso “boi de piranha”, foi colocado lá pelo PêTê, para que os holofotes fossem virados para ele. Enquanto isso, Genoíno e João Paulo Cunha, condenados, desfilam sem problema algum.
E sobre o “tal” Feliciano, que me parece muito mais ser um imbecil, do que qualquer outra coisa, faz sua campanha para a próxima eleição as custas de manchetes gratuitas em todos os jornais do país. Como diria o grande Raul ” é uma pena eu não ser burro, pelo menos assim eu não sofria tanto, mas essa noite eu vou dormir, só pra variar”.
Abs.
O que vem depois? veja isso aqui para ficar assustado…
http://midiaindependente.org/pt/blue/2013/04/517892.shtml
http://www.nasavassi.com.br/bairro/neonazistas-provocam-jovens-em-pontos-gay-friendly-na-savassi/
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/04/10/interna_gerais,369536/skinhead-que-postou-foto-enforcando-morador-de-rua-responde-a-tres-processos.shtml
Estes grupos vêm crescendo tremendamente! E muitos deles se apoiam em fundamentalismo dogmático. Já vi campanhas destes grupos em prol da eleição de Bolsonaros e Felicianos para a presidência. O mais assustador é que significativa parcela da sociedade não participa, as os apoia.
*mas os apoia*
Por mais bizarro que seja, este deputado representa uma parcela da população. Todos os politicos defedem (ou deveriam defender) suas ideologias. Sou ateu e escolhi meus principios durante minha vida, mas não posso desqualificar alguém que escolha seus principios baseando-se num dogma religioso. Os estado pode até vir a ser laico mas as pessoas e consequentemente os politicos provavelmente não serão e isto é um direito deles. É complicado.
Aí é que está o ponto, Fábio. Políticos não podem impor suas ideologias religiosas ao resto da população.
Políticos não podem impor suas ideologias religiosas nem pessoais ao resto da população, mas o fazem desde sempre e é algo que não mudará enquanto o Estado não tiver pulso firme e o cidadão, discernimento. Mas quem vai peitar esse povo e dizer o que se deve fazer de fato, com base na constituição? O Batman ou o Papai Noel?
A ideologia téia pode?
E a ideologia gay?
A ideologia comunista?
Agora existe aqui um bom ponto para discussão.
“Políticos não podem impor suas ideologias religiosas ao resto da população.”
Ele está impondo algo ? No trabalho como deputado e na comissão (se é que já fez algum) ele está impondo a visão religiosa dele ?
Porque o que apareceu até agora são apenas as bobagens que o cara diz nos cultos dele.
Será que isso não é a patrulha do politicamente correto caindo de pau em cima do cara pelo que ele faz nos cultos sem se importar com o que ele faz como deputado ?
Como dizeram ai embaixo é facil defender livre expressão quando concordamos com o que o cara diz.
Não são “bobagens”, Ricardo, são opiniões que vão contra o cargo que ele ocupa.
Mas meu ponto é, mesmo que as “opiniões” (são bobagens as opiniões dele, mas ok) dele vão contra o cargo que ele ocupa ele só deve ser passível de crítica quando ele deixa essa opiniões influenciarem no trabalho dele. Está influenciando ? Me parece um pré-linchamento.
A mesma coisa que um juiz ser católico e não poder julgar um crime por motivos religiosos. Não se pode impedir o juiz de julgar por que ele é religioso, mas pode-se contestar APÓS o julgamento se a religiosidade do juiz pesou na decisão
Não, Ricardo, na boa. Alguém que diz frases racistas ou homofóbicas não pode estar na Comissão de Direitos Humanos.
Caraca Barcinski.
O Feliciano é racista? Pelo amor de deus, a mãe dele é preta. Ele mesmo é tão preto quanto o Obama. Ele falou umas bobagens sobre os AFRICANOS! Africano não é sinônimo de negro caramba. Tá cheio de africano branco. E tá cheio de africano preto que matam outros africanos pretos. Canso de ver comentários depreciativos contra a Europa. Isso também seria um caso para cassar um deputado?
obs: eu costumo utilizar a expressão “preto” porque é a cor da pele de determinadas pessoas, que tem tanta importância quanto a cor dos seus olhos. Na minha opinião, a expressão “negro” pressupõe a existência de raças, o quê nunca foi comprovado.
Desculpe, nem vou discutir. Leia o que o cara disse. Abraço.
Canso de ler comentários depreciativos e frequentemente francamente violentos contra cristãos em todos os grandes meios de comunicação, inclusive no jornal no qual você escreve.
Somos chamados de retardados, débeis mentais, culpados por todos os males do mundo e por aí vai.
Nunca vi você escrever nada a este respeito, mas basta alguém se manifestar contra o “casamento gay” ou o aborto que o mundo cai na cabeça dele.
Por favor, não desvirtue o que eu escrevi. Não citei nenhuma religião. Pra mim, todos são livres pra acreditar no que quiserem, contanto que respeitem o direito dos outros também.
Sobre o comentário do “Caraca”, devo dizer que nunca vi a FSP chamar os cristãos de retardados, débeis mentais ou culpados por todos os males do mundo, portanto o que ele diz é uma mentira.
Preocupa-me o crescimento da Bancada Evangélica. Nem tanto pela intransigência ou pelo entrave ao progresso que podem representar, mas sim pela capacidade de criar um rebanho que alimenta acriticamente seus projetos de poder.