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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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E não é que Phil Spector desafinou?

Por Andre Barcinski
15/04/13 07:05

A expectativa era grande: um filme sobre Phil Spector, estrelado por Al Pacino e escrito e dirigido por David Mamet. Foi exibido pela HBO sábado e será reprisado diversas vezes nas próximas semanas.

Mas que decepção: o que poderia ter sido um mergulho na mente atormentada de um dos maiores gênios do pop virou um telefilme policial de quinta categoria.

 


 

Se você não conhece Phil Spector, leia este texto, que fiz há alguns meses.

No filme, Al Pacino interpreta Spector e Helen Mirren (“A Rainha”) faz Linda Kenney Baden, a advogada que o defende.

O destino de Spector não é segredo: ele foi condenado a um mínimo de 19 anos de cadeia pelo assassinato de Lana Clarkson, uma garçonete. Spector levou Lana para seu “castelo” e a matou com um tiro.

Se o fim da história já é sabido, por que David Mamet resolveu fazer um filme “de tribunal”, tentando criar suspense? Não teria sido mais desafiador e bacana tentar explicar o que levou Spector a ser o que é?

A vida de Phil Spector foi marcada por extremos: no campo profissional, só triunfos: nenhum produtor da história da música pop chegou perto da sua genialidade e inventividade. No campo pessoal e afetivo, sua vida foi uma sucessão de tragédias: o pai cometeu suicídio em 1949, quando Phil tinha 10 anos. Seu casamento com Ronnie Spector terminou em brigas e processos. Phil virou um recluso, morando num castelo em Los Angeles e colecionando armas.

Tudo isso é dito em “Phil Spector”, mas não explorado. Há UMA recriação de uma cena do passado de Spector, a famosa história em que ele deu um tiro no teto do estúdio, para chamar a atenção dos músicos.

Ninguém estava esperando um documentário sobre Spector. Este já existe e é muito bom: “The Agony and Ecstasy of Phil Spector” (2009), de Vikram Jayanti. Mas David Mamet bem que poderia ter tentado explorar a psique de Phil Spector, em vez de ficar falando de provas, sangue e balística. Isso já foi decidido. O que ninguém consegue explicar até hoje é de onde veio Phil Spector.

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Comentários

  1. j.j. comentou em 17/04/13 at 15:34

    Um filme focado nas excentricidades podia acabar sendo mais um”a vida de Michael Jackson”. Fazer um policial não foi uma escolha tão ruim: de fato existe um “mistério”, o cara é culpado ou não? Averiguaram direito o fato ou estão culpando no automático por ele ser esquisito ser judeu-branco- milionário ser putanheiro? O que me decepcionou no filme foi o fim abrupto e anti-climático (coisa de diretor egocêntrico provando que é virtuose) e o tratamento algo desumano à “garçonete” que tinha uma história interessante como gostosa de filmes B e sub-celebridade que poderia ser explorada. No mais, dois grandes atores, a Helen é um tesão de véia, e os ótimos diálogos do Mamet.

  2. Luciano comentou em 16/04/13 at 22:01

    Barçaska, naquela edição expandida do CD “End of The Century” do Ramones tem umas versões demos das musicas do álbum sem a produção do Phil Spector e soam bem melhores, mais cruas, mais rock!

  3. Antunes comentou em 16/04/13 at 10:54

    Eu esperava mais do Mamet, ele podia explorar melhor o personagem e a HBO permite isso já que dá para fazer um filme de duas horas e meia se quiser. Este mal tem 90 minutos e ficou só na superfície. Ainda assim tem bons diálogos, mas é pouco.

  4. Roubocoop comentou em 16/04/13 at 0:19

    Barça, não sei se cai bem colocar esse link aí embaixo que pode ser considerado “polêmico” mas parece que tem tudo a ver, com algo do tipo “O povo contra Phil Spector”.

    “O que está em jogo é torturar quem não parece estar enquadrado no jogo da pureza moral”

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/101523-o-gozo-da-pulsao-de-morte.shtml

  5. João Gilberto Monteiro comentou em 15/04/13 at 19:23

    André, nem a atuação do Alfredo James Pacino e da Dame Helen Mirren salavam o filme????

    • Andre Barcinski comentou em 15/04/13 at 19:39

      Não, infelizmente. O texto é muito ruim. E olha que sou fã dos dois.

  6. Roberts comentou em 15/04/13 at 18:22

    Velho este Cure for the pain do Morphine é muito bom! Baita disco! Desculpe mudar de assunto.

  7. Rodrigo comentou em 15/04/13 at 14:09

    Outro crime grave que ele cometeu foi matar todo o disco Let it be com aquela orquestra melosa e cafona em todas as músicas. The Long and Winding Road antes da orquestra é outra música, muito boa; com a orquestra, ficou brega demais.

    • Matias Blades comentou em 15/04/13 at 16:24

      Crime mais grave é esse atentado ao bom gosto em forma de cabelo… Em termos “capilares”, por assim dizer, foi uma das coisas mais feias que já vi na vida!

      • jAH comentou em 15/04/13 at 17:50

        Acho que é porque o cara levou mais de trezentos pontos na cabeça depois de um acidente de carro.

  8. Gregório Eduardo comentou em 15/04/13 at 12:28

    Assisti e esperava realmente mais, dado o elenco sensacional. Apesar de todos os hits produzidos, pra mim o Spector sempre vai ser o cara que estragou o Let it be dos Beatles. Ainda bem que a versão “nua” saiu em 2004.

  9. Ricardo Carvalho comentou em 15/04/13 at 12:07

    Barça, no outro post ficou “faltando” uma informação curiosa sobre o Spector: ele faz uma ponta em “Easy Rider”, bem no começo do filme, como o comprador da heroína que o personagem do Peter Fonda vende pra custear a viagem que eles fazem depois…

    Ele tem “n” outras histórias; merecia o Al Pacino, mas não num telefilme…

    O cara era genial e sinistro…só ver a cabeleira dele no julgamento…

  10. Fluidoo comentou em 15/04/13 at 12:01

    Não é um filme biográfico, e sim sobre um caso de assassinato, cuja biografia do autor ficou em 2º plano. É uma abordagem.

    Mas realmente, já existem muitos filmes “de tribunais” por aí, e a vida do Phil Spector e a presença do Al Pacino no projeto pediam um roteiro menos raso.

    Desastre maior é quando um filme é intencionalmente biográfico e ainda assim fica superficial.

  11. Luis monet comentou em 15/04/13 at 11:53

    Pô o filme ta gravado aqui. Vou conferir pra ver se concordo com vc. E muito boa sua história contada na ilustríssima. “Liberace brasileiro” rsrs

  12. Hudson comentou em 15/04/13 at 11:50

    cara, bem fraco mesmo, o filme. “filme feito para a televisão”, no pior sentido possível.

  13. Marcel Augusto Molinari comentou em 15/04/13 at 10:50

    Sem levar em conta os detalhes técnicos do filme (direção, atuações, edições, essas porras todas), que nem tenho capacidade pra avaliar, a história do Phil é coisa de louco… Eu não sei a galera aqui do blog, mas fiquei com a nítida impressão que o filme tentou passar a imagem de inocência dele.
    Barça, Por falar em Phil Spector, hoje fazem 12 anos da morte do Joey Ramone… Alguma homenagem?

  14. Dum comentou em 15/04/13 at 10:45

    Também achei o filme um lixo, muito fraco.

  15. Willian Ifanger comentou em 15/04/13 at 10:36

    Quando você comentou que o filme estaria passando na HBO, deixei programado pra assistir, esperando que fosse contado um pouco da vida louca dele, tipo um misto de documentário com ficção.

    Mas quando o filme começou somente a tratar do processo criminal, pensei exatamente isso: qual a lógica do filme abordar tanto assim esse momento da vida dele, quando se sabe o que foi resolvido.

    E nem a atuação do Pacino segurou as pontas. Se é pra ver ele no tribunal, que seja fazendo o papel daquele advogado surtado de “Justiça Para Todos”.

  16. Cesaroliv comentou em 15/04/13 at 10:34

    Barça, li que ele deixou o Paul McCartney com o álbum Let it Be e o Leonard Cohen com o Death of a Ladies’ Man bastante insatisfeitos. O que vc acha desses discos? Vc acha que eles tem razão de não terem gostado?

  17. Marlon comentou em 15/04/13 at 10:21

    Telefilmes sempre me deixam dúvidas em assistir, há exceções claro. Confesso que nunca tinha ouvido falar do Spector até ler aquele seu post meses atrás sobre ele. Não vi o filme, vou ver se consigo assistir nas reprises. A história da vida dele merecia um longa metragem porque é muito sinistra.

  18. Celso comentou em 15/04/13 at 9:36

    Barcinski, sensacional o post na ilustríssima sobre a foto do Motörhead com o Clodovil. Só você mesmo para pensar em algo do tipo hahaha. Confiram:
    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1262332-clodovil-esnobou-o-motorhead.shtml

    • Bia comentou em 15/04/13 at 9:55

      SENSACIONAL!
      André, essa autobiografia do Lemmy saiu no Brasil? Desculpe se vc já abordou o tema aqui, mas fiz uma busca rápida no histórico do blog e não encontrei.

      • Andre Barcinski comentou em 15/04/13 at 10:07

        Acho que não saiu, chama “White Line Fever” e é divertida demais.

        • Roberts comentou em 15/04/13 at 11:28

          Nossa essa foto do Ian com o Alexandre Pires é clássica hein? Lembro de ter lido essa história na revista Rock Press, nem sabia que era você que tinha tirado essa foto. Pena que não rolou com o Clô e o Motorhead. Acho que ele ficou com medo dos caras…

          • jAH comentou em 15/04/13 at 17:56

            Complementando:”Clô para os amigos, Dô para os íntimos e Vil para os inimigos”

    • Matias Blades comentou em 15/04/13 at 16:22

      Barça, eu também vi a foto no jornal de ontem. Vendo sua foto no título do blog, recomendo que você pare de degustar comida ogra e parta para os grelhados de carne branca e shakes de aveia e quinoa. Chá verde também é bom.

    • Marlon Branco comentou em 15/04/13 at 17:28

      Costumo acompanhar comentários em blogs, sites de notícias e etc., sobretudo pela necessidade, dado um trabalho que venho desenvolvendo de longa data na área da Antropologia. Raras vezes, no entanto (não só em 2013, mas em todo o tempo em que acesso a Internet), encontrei alguém que publicasse comentários tão desagradáveis quanto este tal de “Matias Blades”.

      • Matias Blades comentou em 17/04/13 at 11:24

        Que sujeito amargo! Bote um pouco de açúcar no seu chá verde!

  19. Theo comentou em 15/04/13 at 9:20

    Esse classe de produtores musicais produz cada figura que pelamor…
    Acho que o mais louco de todos voi o Joe Meek, tem um filme sobre ele “Telstar” que é muito bom.

  20. Matias Blades comentou em 15/04/13 at 8:56

    Isso para não falar na atuação canhestra de Al Pacino, esse tremendo canastrão! O bicho já perdeu a hora de se aposentar…

    • Andre Barcinski comentou em 15/04/13 at 9:01

      Que besteira. Vc viu o Pacino de Jack Kevorkian em “You Don’t Know Jack”? Desde quando ator tem prazo de validade?

      • Matias Blades comentou em 15/04/13 at 9:45

        A aposentadoria faria bem a ele, especialmente depois daquele filme tosco dos velhos gangsters que você comentou não faz muito tempo. Digo sempre, e digo de novo, que esse Pacino é ator de uma expressão só, de um tipo só. É a mesma coisa sempre, só mudando o enredo onde ele “atua”.

        • Andre Barcinski comentou em 15/04/13 at 9:54

          Tá bom. De fato, Pacino tem atuações muito fracas em Um Dia de Cão, Poderoso Chefão, Gorky Park, Serpico, Sea of Love, You Don’t Know Jack. Péssimo ator, vc tem razão.

          • Mauro comentou em 15/04/13 at 11:49

            Dick Tracy também…O filme é xarope, mas Al Pacino rouba a cena.

  21. gabaman comentou em 15/04/13 at 7:44

    Para um apreciador de filmes “B”, sei que Lana Clarkson não era apenas uma garçonete.

    • Bia comentou em 15/04/13 at 9:42

      Ainda que não fosse, muda alguma coisa no fato dela ter sido assassinada?

    • Marcelo comentou em 15/04/13 at 14:42

      E era bem gostosa…

  22. Fabio Andrusyszyn comentou em 15/04/13 at 7:25

    André, mas pelo menos o Al Pacino manda bem?

    • Matias Blades comentou em 15/04/13 at 8:57

      Não, ele está patético, tão insípido quanto meio chuchu cozido a vapor.

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