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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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O canto do cisne de John Huston

Por Andre Barcinski
19/04/13 07:05

Em 1981, John Huston tinha 75 anos e lançou o filme “Fuga para a Vitória”, em que Sylvester Stallone e Pelé comandavam um time de presos de um campo de concentração que vencia um poderoso esquadrão formado por oficiais nazistas. Eu tinha 13 anos e lembro que morri de rir com o abacaxi, especialmente com uma cena em câmera lenta que mostrava um drible circense executado pelo argentino Ardilles.

No ano seguinte, Huston lançou o filme infantil “Annie”, outra bomba. Será que o diretor de “O Falcão Maltês”, “O Tesouro de Sierra Madre”, “Uma Aventura na África” e “The Misfits” terminaria a carreira dirigindo Pelé e Stallone?

Felizmente, Huston tomou jeito, e seus três últimos filmes foram sensacionais: “À Sombra do Vulcão” (1984), “A Honra do Poderoso Prizzi” (1985) e “Os Vivos e os Mortos” (1987).

Hoje, 22h, o Telecine Cult exibe “A Honra do Poderoso Prizzi”. E já sei o que vai acontecer aqui em casa: vamos começar a revê-lo pela enésima vez, “só uns cinco minutinhos…” só para desligar só 130 minutos depois, com os créditos rolando na tela.

 


 

O filme é uma comédia de humor negro sobre gângsteres. A melhor definição foi da crítica Pauline Kael: “é uma mistura de ‘O Poderoso Chefão’ e ‘Os Monstros’.”

Jack Nicholson faz Charlie Partana, matador profissional que trabalha para uma poderosa família de mafiosos. Charlie se apaixona pela fogosa Irene Waker (Kathleen Turner), outra matadora de aluguel. Só que Charlie recebe a missão de matar Irene, enquanto ela é incumbida de dar cabo de Charlie.

Não tenho dúvida de que os Irmãos Coen viram muito esse filme antes de fazer “Fargo”, outra comédia negra sobre crimes e criminosos.

“Prizzi” tem um elenco sensacional. Anjelica Huston ganhou um Oscar pelo filme. E a turma de “mafiosos” que Huston juntou é inigualável: William Hickey, Robert Loggia, Laurence Tierney… Jack Nicholson está impagável.

Bem que alguma emissora poderia fazer uma sessão tripla com os últimos filmes de John Huston. Faz anos que não vejo “À Sombra do Vulcão” e “Os Vivos e os Mortos” na TV. Quem se habilita?

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Comentários

  1. serge comentou em 23/04/13 at 13:10

    nunca tinha visto esse filme. Vou procurar assistir.
    Obrigado

  2. Roberta comentou em 20/04/13 at 12:42

    Um filme simples e espetacular!!Jack Nicholson interpreta de forma brilhante Charlie, além de William Hickey que fez Don Corrado, inesquecível ele dizendo: “We don’t forget NOTHING!”

  3. abel de carvalho raposo comentou em 20/04/13 at 8:41

    andre a honra e os vivos e os mortos tenho em dvd , nunca vi a sombra do vulcão,mas vc vê que grande cineastas que estão próximos do fim entregam perólas, antes que o diabo saiba que vc está morto foi um canto do cisne do lumet.

  4. leonardo comentou em 20/04/13 at 0:05

    vou ver se assisto esse…. até hoje n esqueço a critica aos miseráveis xD

  5. Carlos Donato Júnior comentou em 19/04/13 at 20:39

    E aí André, tudo bem?
    Off topic total, mas acabei de assistir a “Living in the material world” e emendei revendo “O último concerto de rock”, ambos do Scorsese. Cara, é de chorar, não que eu seja um saudosista, que ache que o de hoje é lixo e o que passou é que presta, mas ver esses músicos tocando, ouvir as letras principalmente do Harrison, bate uma puta tristeza com a música atual.
    George Harrison faz bem pra alma, tanto faz se você acredita ter uma ou não.

  6. Bruno comentou em 19/04/13 at 20:06

    Kathleen Turner, putz! essa mulher era simplesmente sensacional, por onde andará? Filmaço, vale rever sempre mesmo.

  7. paulo r. siqueira comentou em 19/04/13 at 18:13

    Assisti O Falcão Maltês recentemente e achei bem datado. Já O Tesouro de Sierra Madre, PQP, que filmaço, talvez a melhor atuação do Bogart.

  8. Velto comentou em 19/04/13 at 16:15

    Barça, por coincidência ontem passou The Misfits no TC CULT, belo filme, Marilyn linda como nunca e o grande Eli Wallach…

    • Andre Barcinski comentou em 19/04/13 at 17:04

      Demais, não?

  9. Fernando comentou em 19/04/13 at 13:45

    André, outro filme dele que poderiam passar é “Moby Dick” a cena do sermão com Orson Welles como o Padre Mapple vale o filme.

  10. João Gilberto Monteiro comentou em 19/04/13 at 13:09

    André, o “Fuga para a vitória” até que não é tão ruim assim, se vc não levá-lo muito a sério. Mas só relembrando que o Poderoso Prizzi perdeu o Oscar para o “maravilhoso” Entre dois amores, e não foi nas gravações desse filme que o Jack e a Anjelica se conheceram para o posterior casamento deles?????

    • Rodrigo Lopes comentou em 19/04/13 at 15:40

      Entre dois Amores é terrivelmente chato.

      • Andre Barcinski comentou em 19/04/13 at 17:04

        Tô contigo, tb não aguento esse filme.

  11. Pdr Rms comentou em 19/04/13 at 12:44

    Off-topic:

    Assisti a dois filmes nessa semana que gostei muito: Dentro de Casa (um filme francês que está em cartaz nos cinemas) e Corrida Contra o Destino (um grande clássico dos filmes de carros).

    Já assistiu a algum destes? O que achou?

  12. Max comentou em 19/04/13 at 12:31

    Eu vi “Fuga para a Vitória” quando tinha uns 9 anos e, na época, nem me toquei que o goleiro era o Stallone (!). Nunca mais revi o filme. Lembro da cena em que encontraram o personagem do Pelé na rua, fazendo embaixadas com uma laranja, e perguntaram como ele conseguia fazer aquilo. Ele respondeu: “Aprendi em Trinidad…”. E eu que era criança pensei: “Pô, mas o Pelé devia falar que aprendeu no Brasil!”. Sobre “Prizzi”, é um filmaço mesmo. Vi várias vezes e vou gravar hoje com certeza. A Kathleen Turner era uma coisa de louco na época, mas envelheceu mal.

  13. Marcelo Almeida comentou em 19/04/13 at 11:51

    “A Honra do Poderoso Prizzi” é um filmaço. Vi várias vezes. Acho que tenho o VHS dele em algum lugar aqui em casa.

    Off-topic – Acabei de ler, “O Brasil, palco da próxima Copa, em 2014, já escolheu o instrumento que dará o ritmo da torcida nos jogos. Trata-se da caxirola, uma espécie de chocalho criada pelo músico baiano Carlinhos Brown, inspirada
    no caxixi, tradicional instrumento
    de percussão utilizado na capoeira.”.

  14. Jo Lima comentou em 19/04/13 at 11:27

    Se não me engano, a família Houston é a única dinastia a ter gerações que ganharam oscar – talvez ao lado dos Fonda.

    Parece que tinha uma parte de críticos franceses, da novelle vague, que odiavam Houston. Falcão Maltês é uma obra prima – e um exemplo de como fazer um filme contando com pouquíssima grana. E os desajustados (Misfits) é um filme muito bonito, embora melancólico tanto na tela quanto fora dela: foi o canto do cisne de Marylin, Gable e Montigomery Clift – que tinha feito Freud no filme de mesmo nome dirigido por Houston. Uma vez li que Houston se assustou quando viu o roteiro do filme escrito por Sartre: tinha a grossura da coxa dele (rs). E é claro que não filmou o roteiro dele – o que fez Sartre também fazer coro aos franceses que odiavam Houston (rs). Enfim, trata-se de um diretor marcante. Ah, vi Os Mortos e Os Vivos e realmente ele capta a essência do conto do mesmo nome. REcomendo a quem foge de Joyce por causa de Ulisses, que leia Dublinenses. Se não me engano são 15 contos. Se um ser humano lê-los e não se emocionar com pelo menos um dos contos, é um sinal preocupante.

    • Eder K. comentou em 19/04/13 at 12:29

      Puxa, verdade, se alguém ficar indiferente a esse livro, é preocupante mesmo…rsrs Gosto do primeiro conto (acho que é As irmãs), sobre a morte misteriosa de um padre, e de outro chamado “Dois galantes”, em que dois malandros conversam sobre como engambelam as mulheres.

    • jAH comentou em 22/04/13 at 18:26

      Arábia e dos meus preferidos, e o livro todo é uma delícia de se ler.

      • Jo Lima comentou em 22/04/13 at 23:16

        É difícil escolher um, mas se tivesse que fazer isso agora eu gosto muito de Eveline e um caso doloroso.

  15. Rodrigo Oliveira comentou em 19/04/13 at 11:22

    O Tesouro de Sierra Madre é um dos meus favoritos de todos os tempos. O picareta interpretado pelo Humphrey Bogart é sensacional. E pensar que esse filme foi base até para Indiana Jones!

  16. goes comentou em 19/04/13 at 11:06

    ótima dica, André. o filme é mesmo sensacional. À Sombra do Vulcão tem um desempenho antológico do Albert Finney como um diplomata alcoólatra. Bebe até loção para barba! Mas o filme não é só isso, claro.

  17. Peixotano comentou em 19/04/13 at 11:04

    É um filme fantástico, e para quem o vê pela primeira vez é surpreendente !

  18. André Veiga comentou em 19/04/13 at 10:49

    Quanto mais eu vejo gente falando mal de “Fuga para a Vitória”, mais eu me convenço que no futuro entenderão que é um grande filme

  19. fabio comentou em 19/04/13 at 10:42

    Li recentemente uma indicação sobre um documentário, Volcano: An Inquiry Into the Life and Death of Malcolm Lowry, no livro dizia que era muito bom. Também se passa no mexico, está disponivel online no http://www.nfb.ca/film/volcano/. Tem alguma coisa a ver com o filme “À Sombra do Vulcão” ?

    • Andre Barcinski comentou em 19/04/13 at 10:51

      Não conheço o filme, infelizmente.

  20. Cesaroliv comentou em 19/04/13 at 10:41

    André, desculpe pela ignorância, mas seria esse filme a versão original de “Sr. E Sra. Smith”, com o casal Branjolina? Ou seria esse filme mais recente um plagio?

    • Andre Barcinski comentou em 19/04/13 at 10:51

      Cara, acho que é plágio então. O filme do Huston é baseado num romance do Richard Condon.

      • Adriano comentou em 21/04/13 at 14:54

        Olá Cesaroliv!

        As duas histórias são bem parecidas. No ato tb me lembrei do Sr. e Sra. Smith, mas não deve ser plágio não. As duas idéias são as mesmas, mas o “fazer da coisa” é diferente.

        O mais provável é que tenha havido uma influência, do “Prizzi” nos “Smith”. No máximo, uma coincidência.

        QUalquer dúvida, dê uma olhada: http://www.conjur.com.br/2012-dez-07/helder-galvao-influencia-coincidencia-reminiscencia-nao-sao-plagio

        Abraços!!

    • Max comentou em 19/04/13 at 12:37

      Existe um filme meio obscuro do Hitchcock, da década de 40, que tem o mesmo título “Mr and Mrs Smith”, mas acho que também não tem conexão com esse.

  21. Rafael Monteiro comentou em 19/04/13 at 8:59

    Desculpe comentar perguntando sobre outro assunto, mas adoraria conhecer sites (pagos) que permitam ver bons filmes pela internet. Se tiver uma recomendação agradeço!

    • Andre Barcinski comentou em 19/04/13 at 10:52

      Olha, Rafael, minha conexão é péssima e, por isso, não consigo ver filmes em streaming. Cheguei a usar o Netflix uma época, já tentou?

  22. Willian Ifanger comentou em 19/04/13 at 8:59

    Fuga para Vitória está passando direto num dos canais da HBO.

    A cena do Pelé, numa lousa, explicando como driblar e marcar gol é sensacional.

    • Andre Barcinski comentou em 19/04/13 at 10:52

      Essa é antológica.

    • Fluidoo comentou em 19/04/13 at 16:35

      Pelé é um ator subvalorizado, que tem em seu currículo interpretações marcantes em clássicos do cinema como “Fuga para a Vitória” , “Os Trombadinhas”, “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”, etc.

      O fato de nunca ter recebido sequer uma indicação ao Oscar ou à Palma de Ouro só posso atribuir ao preconceito velado pelo fato dele ser ex-jogador e ex-negro.

      • Júnior comentou em 19/04/13 at 17:28

        Você é o pelé?
        Não eu sou jo soares sua piranha!

        • Andre Barcinski comentou em 19/04/13 at 18:09

          Essa é a melhor de todos os tempos.

    • Kristen comentou em 19/04/13 at 21:03

      É esse o tal “filme do Pelé” que o Chaves tanto queria ver?

  23. Matias Blades comentou em 19/04/13 at 8:52

    Disparado o filme dele de que mais gosto é “O Tesouro de Sierra Madre”. Como o Bogart trabalhava bem! Esse realmente mereceu a fama que teve!

    • Jeferson comentou em 20/04/13 at 3:26

      O Bogart era tão foda que em quase todos os filmes ele interpreta o mesmo tipo e em todos é destaque !

      Tenho o Fuga para Vitória num DVD duplo com American Flyers com o Kevin Costner (filme fraquíssimo).

      Vivo emprestando pra gurizada que cresceu vendo Chaves e “que preferia ver o filme do Pelé” !

      • Matias Blades comentou em 24/04/13 at 9:13

        Amigo, não sei se concordo totalmente. No “Tesouro…” ele é um mendigo todo lascado, que depois endoidece pela ganância e se dá muito mal. Em suma, nesse filme ele não é o galã pegador, o protótipo do super-herói americano. Quem só faz filmes assim é justamente o Al Pacino, que sempre luta mais, atira mais, pega mais mulheres e é mais inteligente que todo o resto da humanidade. Em Casablanca Bogart também se lasca, pois perde o amor de sua vida. Acho, portanto, que ele não encarna sempre o mesmo tipo de personagem, não…

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