Por favor, alguém cale a boca de Paul Stanley!
08/05/13 07:05Tempo livre é uma praga.
Algum desocupado teve a paciência de separar 45 minutos de gravações de Paul Stanley, do Kiss, falando com a platéia em diversos shows da banda. O resultado está no indispensável site “Dangerous Minds” (clique aqui).
“Ótimo para quem quer acabar com uma festa ou torturar quem quiser dormir”, diz o site.
Achei engraçado demais. Só ouvindo as frases assim, separadas da música, para se ligar na baboseira que costuma rolar nas interações entre bandas e público, especialmente em shows grandes.
Gostaria que alguém fizesse o mesmo com Paul McCartney. Na última vez em que vi um show de Macca, um amigo jornalista, que tinha visto três shows da mesma turnê, ficava adiantando o que Paul iria dizer: “Agora ele vai suspirar e dizer: ‘You are beautiful!’”, e lá vinha o suspiro e a frase. “Agora ele vai botar a mão na cintura, olhar pro céu e dizer ‘What a night!’”, e era exatamente o que Macca fazia.
A coletânea de gritinhos de Paul Stanley me fez lembrar um dos shows mais ridículos que já assisti: Abba Gold, uma picaretíssima banda cover do Abba, que anunciou shows em São Paulo com a presença de Benny Andersson, do Abba. O local lotou para ver Benny, mas ele devia estar pescando em alguma ilha do Mar Báltico e não foi encontrado.
Durante o show, o vocalista do Abba Gold tentava animar a platéia com algumas das piores frases que já ouvi:
“O que vocês estão esperando? Divirtam-se!”
“Agora eu quero ver todo mundo dançando até desmaiar!”
E minha favorita:
“OK, São Paulo, agora quero ver todo mundo acendendo os isqueiros! Vou contar até três e quero ver esse local em chamas!”
Mas vc anda muito polêmico mesmo, hein ! Cuidado rapaz.
Aguentei 8 minutos…recorde?
Barça, vc disse a alguns dias atras que iria comentar sobre a morte do guitarra do Slayer, q seu texto estava pronto
E tb fala sobre a volta da 89 pelas mãos da uol. Isso não é interessante?
abs
“Estava pronto” não.
Não, a volta da 89 não é interessante. Voltou e continua tocando Cake, Sublime, Sugar Ray, Spin Doctors e a música do filme Pulp Fiction.
Podia continuar morta.
Como eu disse pra um amigo meu: a 89 dos anos 90 está de volta…mas continua por lá…e isso não é necessariamente bom.
89 fm?
Hoje, fui ouvir essa rádio e estava tocando Counting Crows (adivinha qual?), depois Four Non Blondes (tocou aquela) e na sequência, The Cardigans (sim tocou essa mesma). Ou seja: mais do mesmo.
Sei lá, quem gosta de rock e ficou tanto tempo sem uma “rádio rock”, não tem nada melhor para ouvir? Em tempos de mídia online e tocadores de mp3 portáteis, são muito mais interessantes do que isso…
Acho que ninguém supera os discursos performáticos, ou sei lá como chama aquilo, da Lady Gaga em seus shows. É ela falando sobre superação, acreditar em si mesmo, sobre como os fãs dela são os melhores do mundo, que eles tem que ter força e personalidade, agradece por eles comprarem ingressos, elogia as roupas, os cabelos e a atitude dos fãs, conta como foi difícil crescer, que todos nascemos do nosso jeito, que somos lindos mesmo sendo gordos, estranhos, baixinhos, espinhentos, ou sei lá o quê, que nós somos amor, união e poder, que dividimos os mesmos sonhos, vontades e esperanças, que ela é nós e que nós somos ela, etc, etc, etc e etc. E o melhor: é um discurso desses a cada intervalo de música, já que ela mais fala do que canta ou dança.
Lembro de ver o Ozzy em SP, no estádio do Palmeiras, ele só ficava repetindo “I can’t hear you!” entre uma música e outra…. e o mais engraçado era um monte de gente gritando de volta “aqui é São Paulo, fdp!”… Hilário!
Um dos shows mais teatrais que já vi foi do Eagles of Death Metal, lá na Clash. Dava pra organizar um bingo dos clichês da Cartilha do Roqueiro. Na segunda música já rolou o “Hello São Paulo, vocês são a plateia mais louca que a gente já viu”. Na quinta vez que ele gritou “all right come on”, fui lá pra trás pegar uma cerveja e esperar os amigos pra ir embora. Teatro tem limite.
E um maluco (outro) juntou mais de duas horas de Q&A Sessions do Shellac, com o Albini e o Bob Weston respondendo perguntas idiotas da plateia. Vou ver se acho o link.
O Paulo Xisto falou que uma das maiores decepções da vida dele foi conhecer seu ídolo Paulo Stanley. Foi no livro do Sepultura,André? Não lembro, só sei que ele disse isso, inclusive que “o aperto de mão dele parecia o de uma bicha” hahaha
Não lembro se foi no livro, precisaria checar.
Não consegui namorar com uma menina pois ela tinha a cara (e os cabelos) do Paul Stanley… é sério.
A melhor frase já dita em um show em todos os tempos foi na apresentação de uma banda de Black Metal que eu não lembro o nome, mas o vocalista mandou um: Satanás, apareça pelo amor de Deus!!!!
Se vc não tem nada para escrever, deveria nos poupar dessas bobagens “tapa buraco”. o que vc queria que ele fizesse em palco?! Prestar alguma homenagem ao Brecht, tentar conscientizar as pessoas da importância de John Cusack para a humanidade. Escreva algo interessante, vc está na folha de sp, milhares de pessoas visitam a sua coluna diariamente, leve a sério o seu trabalho.
Claudio, you rock! Yeaaaaahhhhh!!! Keep on rockin’ baaaaaaaaaaaaabyyyyyyyyyyy!!!!!!
E quando o artista solta o manjado “a platéia aqui de …….. é o máximo”, mas fala a cidade errada?
Quem melhor troca idéia com a platéia em todos os shows que eu já fui, é o Marcelo Nova com Camisa de vênus, lembro que no meio do show ele começou a apresentar o pessoal da banda e quando chegou no guitarrista ou baixista: “Esse aqui é o Robério, que comeu a minha empregada no meu apê”…Robério todo sem graça encarando o Marcelo Nova e a platéia caiu na risada. Uns dos melhores show que eu já fui.
Quando Neil Young está com vontade de conversar saem pérolas… como num show em Londres que ele ficou o tempo inteiro falando sobre como era bom estar na ensolarada Miami Beach… e o público sem saber se ele estava de sacanagem ou estava perdido mesmo…
André, Toparia fazer o mesmo num show do Carlinhos Brown???!!! hahahahahahahah
Alguém deveria fazer um videos desses com os discursos do Bono. Seria um belo presente de Natal, não?
As vezes tenho impressão que nas turnes os caras ensaiam até esse tipo de coisa, e repetem a turne inteira.
Barcinski, total off topic agora. Tem acompanhado toda a lambança que está acontecendo com a Cinemateca Brasileira? Sou vizinho do local, sempre frequentei suas salas de cinema, mas venho lendo o observado o local minguando que dá dó. Tem mais informações sobre o caso? O lugar é bem legal, seria uma pena que fechassem aquele espaço de vez. Além disso, tem todo o trabalho de conservação e recuperação da memória do cinema que é realizado lá. Tenho medo de pensar o pior: o local vendido pra construção de mais edifícios.
abs,
Darcio
Não estou sabendo não, o que acontece?
Olha, não estou absolutamente por dentro, mas o que tenho ouvido é que com a gestão da Marta no MinC houve um caça às bruxas na Cinemateca e na Ancine. Todos os principais cabeças foram demitidos, inclusive o presidente da Ancine, que foi reconduzido ao cargo após uma sabatina no Congresso por pressão do setor audiovisual, pois esse sim é um cara sério e respeitado no meio. Parece que no caso da Cinemateca tem acusações sérias de desvio de dinheiro. O que acontece também é que a Cinemateca está se mudando do Largo Senador Raul Cardoso para a Vila Leopoldina. Não sei se a mudança será de toda estrutura ou só da estrutura de restauração, deixando o acervo no antigo prédio, vou tentar me informar mais com um amigo envolvido com restauração e informo.
Obrigado pelas novas informações, Gustavo. Vamos ver o que acontece. Pelo que andei lendo, existe muita briga política envolvida ali.
Gostaria muito mesmo que falasse sobre a Cinemateca. Também estou morrendo de medo de que aquele lugar magnífico feche.
Andre, um pouco do que encontrei sobre o tema:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/cinemateca-brasileira-passa-por-momento-dificil
http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-cinematograficas/geral/mas-noticias-degradacao-do-cinema-brasileiro
Valeu, Gustavo!
A questão da cinemateca é vingancinha politica. Muito ego no meio, dá na tragedia que tá dando. Enquanto lá servir de cabide de emprego politico seu funcionamento vai estar sempre em risco. Contratação de funcionários através de concurso público e um diretor competente resolveria o problema de na hora.
Interação com o público é a especialidade do sr. Mike Patton. Um DVD desse tipo reunindo o papo dele com o público deve ser hilário!
Eu ia comentar exatamente isso! Uma coletânea dessas do Patton deve ser sensacional. Com um arquivo separado com ele só falando em português.
Saudades do Strummer e do Freddie…
Acho que o show do gênio Carlinhos Brown no Rock in Rio ainda é o maior e melhor exemplo de como ganhar a plateia na base da animação e da conversa.
Me lembro quando assisti ao dvd Rock the Nation do Kiss…Como na época do show a invasão ao Iraque corria solta, Paul Stanley exalta os soldados que estão na guerra combatendo o “inimigo” da forma mais patriótica e patética possível. Me pergunto por que na guerra do Vietnã, quando ele estava no auge da juventude, o Paul fez de tudo para não ser convocado já que o cara gosta tanto de guerra…
… como já te disse em posts anteriores… é que não era o seu na reta.
Abba Cover? Mas que diabos você foi fazer num show desses?
Ora, fui pra ver o Benny Andersson, que estava anunciado.
O Barça já teve sua fase disco kkkk
Ah é verdade…..que roubada!
Não sei se iria num show, mas acho o Abba do caralho, pop de primeiríssima qualidade.
Prefiro encarar o dentista do Maratona da Morte…
Isso me lembrou aquele documentário, “The Other F Word”, sobre punks e paternidade, em que o Duane Peters fala que pro cara sair em turnê, ele tem que ser um ator.
Ozzy Osbourne também é mestre na arte da vergonha alheia:
“Let’s get crazeee!!”
“Let’s go crazeee!!”
“Let’s go fucking crazeee!!!”
Sem contar o infalível balde de água na platéria entre um crazeee e outro…
Bom dia, Barça! Ri alto aqui com a história do ABBA. Eu prefiro os minimalistas. No último show do Clapton em São Paulo, ele disse “Good night” e “Thank You”.
E o Herbert Viana?
Além dos papos de força e energia com a platéia, em todos os shows que assisti em SP ele dava parabéns para um integrante no palco dizendo que era o seu aniversário… em diferentes épocas do ano.
Cara, dos brasileiros, no quesito ruindade de interação com o público, ninguém supera o Dinho Ouro Preto. Uma vez vi parte do show na TV e fui assisti-lo em Curitiba, e ele falou as mesmas coisas, quase que na mesma sequência. Total falta de espontaneidade!
Neste lance de papagaiada, o Manowar é hours concours. Lançaram uns 4 ou 5 DVDs entupidos com as mesmas baboseiras. E conheço gente que comprou…
Bem lembrado!
Manowar é a banda mais “massacration” de todas.
“It´s good to be back, São Paulo!”
Eu normalmente não espero que banda interaja com a platéia, até pq eu quero todo o tempo deles preenchido com música, e não com bate-papo (exceção feita pelo Zappa, que sempre foi divertido nas interações). Agora uma boa que ouvi foi o Josh Homme detonando um douchebag no DVD ‘Over The Years And Through The Woods’, em Londres.
Desculpe o humor negro, mas depois que ele saiu do Abba Gold ele entrou para o Gurizada Fandangueira.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
acho q esse foi o pensamento de todo mundo…
Outro que encheu o saco há pouco tempo foi o Pelle Almqvist, dos Hives. Ele não calava a boca no show do Lollapalooza.
Muita droga na cabeça né?
socorroooooooo!!!!!!!!!!