Não pare de falar, Elton John!
29/05/13 07:05Não sei como demorei três anos para ler esta entrevista. Se você lê inglês, não perca tempo. Se não lê, peça a alguém para traduzir. É sensacional.
Trata-se de uma entrevista que Mick Brown, do jornal “The Telegraph”, fez com Elton John e Leon Russell, em 2010, por ocasião do lançamento do CD “The Union”.
Confesso que nunca fui grande fã de Elton John. O que não quer dizer que não reconheça o talento do cara. A música dele, com poucas exceções, nunca mexeu comigo. Mas não conheço ninguém que dê entrevistas tão boas.
Lembro uma entrevista, dez ou quinze anos atrás, para a revista “Uncut’, em que Elton perguntava ao jornalista: “Você acha que alguém vai lembrar de mim por minha música?”.
A entrevista com Brown começa com Elton falando de sua coleção de CDs. Eu não sabia, mas o cantor é um dos maiores colecionadores de discos do planeta. Sua coleção tem 70 mil títulos.
Elton é tão obcecado por discos que, toda segunda-feira, recebe de uma loja a lista dos lançamentos da semana, escolhe os CDs que deseja e compra quatro cópias de cada – uma cópia para cada uma de suas mansões.
Outra informação bacana: em 1992, Elton vendeu sua amada coleção de compactos, que incluía TODOS os 45 rotações lançados na Inglaterra desde 1954, e usou a grana para começar sua fundação contra a Aids.
Eu já tinha lido histórias surreais sobre a obsessão do astro por óculos e chapéus, mas não sabia que se estendia também a discos.
Ri demais com o seguinte parágrafo:
“Ele sempre foi um homem meticuloso. Quando, em 1990, ele e seu parceiro à época, Hugh Williams, iniciaram terapia devido a problemas com álcool e drogas, cada um teve de escrever uma lista dos maiores defeitos do outro. William escreveu: ‘Elton toma drogas, é alcoólatra, é bulímico e tem terríveis surtos de ódio.’ Elton escreveu: ‘Hugh nunca guarda seus CDs direito.’”
Também gostei de saber que Elton não tem iPod, computador ou celular. “Sou a única pessoa que conheço que memoriza números de telefone. Todo mundo põe números na agenda dos celulares. Às vezes me sinto um velho rabugento, mas escolhi não me render a isso.”
André !
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Dá até para simpatizar com ele.
O cara é uma lenda, não sou fã, mas gosto e respeito.
Ele melhorou muito, era porra-louca nos anos 70 e 80, mas agora realmente é uma ótima pessoa e aparentemente em forma, levemente acima do peso, mas continua jovem e aliás, está dando de 10 a 0 em muitos rapazes. Canta bem, estiloso, simpático, engraçado, esquisito e bonito.
Acho ele super bem humorado, às vezes, as entrevistas são ótimas. Sempre tem que colocar aqueles ”piiiii”’ por causa da ”boca-suja” do astro.
Lembro-me em 2009/2010, foi quase na virada do ano, me deparei com ele e o companheiro na entrada de um pubs, fiquei ocioso e nervoso, era a primeira vez que estava vendo uma lenda viva, ele notou meu nervosismo e falou :”Calm down, dear. I´m cool.” e me deu um aperto de mão. Fui super bem atencioso com o pessoal do pub.
Valeu pela matéria. Confesso que já faz tempo que não lia uma entrevista tão prazerosa de ler como esta. O titulo do seu texto é perfeito tomara que ele não pare de falar.
Mas eu fico aqui imaginando: como deve ser ter 70 mil CDs ou LPs em casa? O cara nao tem como ouvir todos, nem se quisesse.
E o Lobão é o nosso Elton John brasileiro! ( Me refiro as entrevistas)
Valeu André, excelente a entrevista! Estou na mesma pagina: nao sou fa dele (salvo raras excecoes) mas nao da pra negar a importancia dele pra musica pop…
Cadê o post das caxirolas? Sumiu!
André, eu gosto do Sir Elton, principalmente os trabalhos dos anos 70 que eram mais roqueiros, mas ele, sem dúvida, é um grande sobrevivente da geração sexo, drogas e rock and roll, da AIDS, da Guerra Fria, da gripe suína, etc
Na minha opinião, de 1970 a 1975 a carreira de Elton John foi perfeita. As jóias do período são: “Elton John” (1970), “Tumbleweed Connection” (1970), “Madman Across the Water” (1971), “Honky Chateau” (1972), “Don’t Shoot Me I’m Only the Piano Player” (1973), “Goodbye Yellow Brick Road” (1973) e “Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy” (1975). Poucos músicos gravaram tantos discos bons, mesmo num espaço maior de tempo.
Concordo. Ele ainda fez muita coisa boa, ainda q de maneira mais esparsa, ao longo da carreira. Mas esses discos dos 70 são fantásticos. Além de Elton ser um dos grandes performers da história do rock e do pop.
Resumiu a ópera muito bem. Só acrescentaria à sua lista, pelo menos a título de curiosidade, o “17-11-70”. Bem rock básico, gravado ao vivo e apenas com batera e baixo o acompanhando. Tem de quebra uma versão matadora de “Honky Tonk Women”, vale uma conferida.
Particularmente eu gosto mais da versão do Elton pra “Pinball Wizzard” do The Who!
Vou pedir pra alguém traduzir pra mim…Barça, traduz pra mim?
Elton John é sensacional. Volto e meia coloco para tocar. E alguém citou aí o Guilherme Arantes, que lançou um belo disco esse ano, Condição Humana.
(OFF) Falando em discos,saiu novo disco dos Oblivians – Desperation,uma coleção de “pauladas” de 2 minutos..ótimo.
Há alguns anos, o Elton John pediu o fechamento da internet, ahahaha.
André, dê uma chance para o CD “Goodbye Yellow Brick Road”. Vale a pena. Te garanto.
Abs
Bacana a entrevista. Para mim Elton como personalidade, pessoalmente, me atrai mais que como cantor. Agora, vc mencionou no post que a entrevista saiu pelo The Guardian, mas o link abre para o jornal The Telegraph. Qual dos dois é o correto?
Desculpe, engano meu. Valeu pelo toque.
Ótima entrevista.Por coincidência sexta passada ouví uma muito boa do Elton brasileiro,Guilherme Arantes na CBN-SP.http://cbn.globoradio.globo.com/programas/fim-de-expediente/FIM-DE-EXPEDIENTE.htm.O cara não tem papas na lingua.
Elton john brasileiro?? acho que ele é o marcelo camelo, ou vice-versa.
Tá louco? Guilherme Arantes é um dos maiores hitmakers que o Brasil já teve.
“Elton John brasileiro”…a principio fiz cara feia, achei muito esquisita, mas pensando bem é uma bela comparação!
Pois é, André. Eu não conhecia esse lado de fã do Elton John. Ele é um grande fã dos Pixies (elogiou muito o Doolittle, na época do lançamento em 1989) e foi escutando o Them Crooked Vultures que ele descobriu a existência do Queens of the Stone Age e foi parar no novo disco da banda de Josh Homme. Vou ler a entrevista de Sir Elton John. Valeu, André!
Doolittle é uma obra prima !
Não tenho nada do Elton John, pois nos anos 70 a grana só dava para comprar um LP por mês.
Preferi comprar “Foreigner” do Cat Stevens, um ESTUPENDO cantor e compositor !!!
André, também nunca fui muito fã do Elton John mas, o disco Reunion onde ele resgatou o Leon Russell é imperdível. A entrevista é ótima.
forte abraço
The Union, o nome do disco com Leon Russel.
Lembro de escutar no rádio com meu pai no carro, músicas do Elton, quando eu era pequeno. Uma das que mais gosto dele é “The One”. A melodia, as letras e o clipe são lindos… obras de arte!
http://www.youtube.com/watch?v=85B_REWeNcM