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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Tchau, Maracanã, foi bom ter te conhecido...

Por Andre Barcinski
04/06/13 07:05

Assisti ao jogo Brasil vs. Inglaterra domingo, pela TV, para ver como estava o “novo” Maracanã. Fiquei muito, mas muito triste. Não era o mesmo lugar que visitei pela primeira vez em 1970, levado – e fotografado, veja abaixo – por meu avô, que na época ainda tentava me convencer a torcer pelo Botafogo (mas eu já tinha dois anos e, felizmente, pressenti que era roubada).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para começar, vi uma torcida calada e comportadinha. Parecia que os torcedores estavam assistindo a um concerto no Municipal, todos constrangidos em falar alto ou parecer deselegantes.

Quando as câmeras mostravam o público, procurei um negro. Não achei. Também não vi sinal dos torcedores folclóricos que sempre habitaram o estádio.

Estou com medo de ir ao “novo” Maracanã. Fui ao último jogo antes do fechamento, Vasco vs. Fluminense, em 2010, e planejo voltar assim que acabar essa presepada dessa Copa das Confederações. Mas tenho quase certeza de que vou me decepcionar.

Não estou fazendo elogio da pobreza. Ninguém é a favor de estádios obsoletos e desconfortáveis. Só acho que é possível conciliar conforto e segurança com um certo respeito às tradições, o que, infelizmente, não aconteceu com o Maracanã.

Aliás, o Maracanã estava longe de ser obsoleto. Para quem tinha medo de machucar seu valioso traseirinho no cimento quente e áspero da velha arquibancada, vale lembrar que o cimento já sumira do estádio há mais de uma década. Desde 2000, o Maraca tinha assentos anatômicos e indolores – ao custo de meio bilhão de reais, mais ou menos.

Agora, gastamos mais 1,2 bilhão, o dobro do que seria honesto gastar em um estádio novo, para transformar um lugar único em uma “arena” banal. Bem disse Thiago Silva ao final do jogo: “Parece coisa de Europa”. Parece mesmo. Só não parece o Maracanã.

Se eu tivesse 1,2 bilhão de reais, gastaria metade construindo um estádio novo na Barra da Tijuca, batizaria o colosso de “Arena Cururu”, poria um Playstation em cada assento e deixaria o Maracanã em paz.

Pensando bem, era só questão de tempo até acabarmos com o Maracanã. O processo de “vipização” de nossas cidades já extinguiu os cinemas de rua, transformou botequins em “espaços gourmet” e embranqueceu os desfiles das escolas de samba. O passo lógico era acabar com o futebol também.

O jogo de domingo teve pouco menos de 60 mil pagantes e uma renda de nove milhões de reais. Dá uma MÉDIA de 150 reais por ingresso. Talvez o Eike possa levar os filhos ao estádio; eu não.

Podem me chamar de saudosista, de apologista da pobreza, não me importo. Mas eu realmente gostava da arquibancada de cimento, gostava de trocar de lado para ver meu time atacando no segundo tempo, gostava de andar pela arquibancada e encontrar os amigos, gostava de entrar naquele túnel estreito e ver, aos poucos, o verde do gramado aparecendo. Principalmente, gostava do eco da marquise do Maracanã. Será que o eco estaria no “padrão FIFA”?

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Comentários

  1. Marcelo Fellows comentou em 04/06/13 at 13:26

    Mandou muito bem André!
    Vamos ver como vai ser um Fla x Flu lá, mas tb não tô levando fé.

    ET: Nennnsseeee!!!!

  2. André comentou em 04/06/13 at 13:23

    Quem começou com essa história de arena multi-uso e estádio mais moderno do Brasil foi o Atlético-PR. Deveriam ser banidos do futebol.

  3. Érico comentou em 04/06/13 at 13:08

    Acho que os estádios brasileiros já estavam na hora de uma bela modernização. Mas não vou entrar neste mérito pq o texto já deixou bem claro a sua posição a favor do estádio antigo.

    O que me espantou e ainda espanta, é o custo desse negócio. Gastaram mais pra REFORMAR o Maracanã do que pra CONTRUIR a Allianz Arena em Munique. Como isso é possível???? E isso que já havia sido gasto um monte de dinheiro pra arrumar o estádio para o pan. Não consigo entender um negócio destes. É o mesmo que está sendo feito aqui em Curitiba com a Arena da Baixada, um estádio encravado no meio de casas e prédios que também está sendo reformado a custo de estádio novo, com uso de dinheiro público em um bem privado. Em ambos os casos, estamos ficando com estádios velhos reformados, pelo custo de estádios novos pagos pelo contribuinte.

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 14:00

      Não sou a favor de “estádio antigo”. Sou a favor de um estádio seguro e confortável, e a favor do respeito às tradições. Não são coisas excludentes.

      • Jean comentou em 04/06/13 at 14:25

        André já que vc é a favor do respeito às tradições, o que acha do Brasileiro por pontos corridos? As fases finais nos campeonatos não era uma tradição nossa?

        • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 14:38

          E não existe a Copa do Brasil? Este ano com os times das Libertadores? Então tem campeonato pra quem gosta de pontos corridos e pra quem gosta de mata-mata.

        • Bruno de Souza comentou em 04/06/13 at 16:20

          E vale lembrar que até a década de 70 muitos campeonatos, como o paulista, eram pontos corridos. A nossa “tradição” em mata-matas foi inventada…

          • Jean comentou em 05/06/13 at 9:14

            Não Bruno.

            Isso não era regra! Na própria década de 1970 que vc citou, tivemos várias finais aqui em SP no mata mata – 1973, 1975 em diante.

            1984, 1994 e 2005 foram pontos corridos.

            Pesquise e verás que diversos campeonatos de SP das décadas de 1950 e 1960 foram com finais. O nosso futebol, quando se “organizou” tinham finais.

  4. Carlos comentou em 04/06/13 at 13:03

    André, apenas para entender, a copa das confederações é uma presepada apenas em termos políticos – culpa daqueles que a organizam – ou você também não a considera relevante em termos esportivos?

    Sobre o novo Maracanã, parece uma coisa meio fora da realidade. Às vezes eu tenho a sensação de que o Rio de Janeiro é um mega Projac, a cidade se parece com um faz de conta organizado pela Globo, realidade e simulacro, mais ou menos como Los Angeles e Hollywood.

    E saindo completamente do assunto (mas ainda nessa questão de fantasia e realidade), eu preciso falar isto: a primeira vez que entrei em seu blog foi por causa da sua foto anterior, você é a cara do Mr. Garibaldi, um personagem da série de FC que mais gosto, Babylon 5!

    Enfim, parabéns pelos textos. Aquele da Rogéria em São Paulo é uma obra-prima…

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 14:01

      Não a considero relevante. É um “aperitivo” pra Copa. E vou procurar o tal do Garibaldi, não conheço. Abraço.

  5. Anônimo comentou em 04/06/13 at 12:52

    O texto erra ao dizer que a reforma custou ” o dobro do que seria normal para fazer um estádio novo”. Não é o dobro. É o triplo. O novo estádio da Juventus de Turim custou exatamente um terço dessse valor, incluindo o custo de demolição do velho estádio. Entre outras coisas, os construtores decidiram que ao demolir o antigo estádio aproveitariam e reciclariam cada parafuso que estivesse em bom estado. Mas era dinheiro particular, e isso muda tudo.

  6. Jose comentou em 04/06/13 at 12:49

    Andre, o estadio ficou muito bonito. Pricipalmente o colorido dos assentos.
    Concordo nao tem como esquecer a atmosfera do antigo Maraca mas nao vou criticar antes de conferir pessoalmente como ficou agora.
    Acredito sinceramente que a aura tenha sido preservada.

    Quanto aos folcloricos e `a geral, os tempos sao outros. Nao da para querer ver o seu time jogando com Deco, Fred, sobis e Thiago Neves e esperar que o ingresso custe R$ 5,00…

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 12:59

      Tá louco? Vi o Flu com Félix, Carlos Alberto, Edinho, Miguel e Rodrigues Neto; Pintinho, Paulo César Caju e Rivelino; Gil, Doval e Dirceu. Custaria quanto pra ver ESTE time?

      • F de I comentou em 04/06/13 at 13:10

        R$ 2,00 em uma lan house para acessar o youtube.

      • Jean comentou em 04/06/13 at 13:25

        E quanto era o salário desse povo André?

        Eu imagino que o valor do salário do Thiago Neves, por exemplo, dava para pagar essa máquina inteira do Fluminense, com direito aos elásticos do Rivellino.

        Não dá para comparar. Essa época o jogador assinava contrato em branco. Hoje o moleque mal é titular de um time de várzea e já sonha em jogar no Real Madri.

        • Afonso Henriques comentou em 04/06/13 at 14:28

          Mas quem paga o salário deles é o Plano de Saúde.

      • Ricardo Candido de Araujo comentou em 04/06/13 at 13:51

        André, você disse tudo agora. Pagávamos barato para assistir jogadores que a grande maioria dos “ídolos” de hoje não serviria nem para limpar as chuteiras.
        O “esporte das massas” do Brasil, a diversão de muitos dos poucos favorecidos, está sendo destruído em prol de interesses nebulosos.

        • Celso comentou em 04/06/13 at 14:14

          E ainda sobrava um trocado para comprar o time de botão com a carinha dos jogadores (na época jogador demorava bem mais em cada clube!).

        • Jose comentou em 04/06/13 at 14:23

          Meu ponto e’: ninguem deixou de ve futebol. E’ a nossa religiao. e a gente tem que aceitar que ta tudo sendo globalizado.

          Prefiro o meu time, Corinthians, jogando em uma arena padrao Fifa e disputando titulos do que jogando um campo antigo e sem infraestrutura mas cobrando 5,00 o ingresso. Mas e’ so’ a minha opiniao.
          Tambem vejo gente com saudades de andar de bonde mas que acha otimo falar no skype com os netos.

          • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 14:39

            “Tem que aceitar” não, José, fale por vc.

        • Jean comentou em 04/06/13 at 14:38

          Mais aí é que está. Veja esse time do Flu mesmo citado, é um bom time? Sim! mas quem ali era realmente craque?

          Carlos Alberto, Rivellino e mais ninguém.

          Desculpa, mas dizer que Gil, Dorval, Dirceu, PC Caju jogavam mais do que o Bebeto – jogador que há um tempo discuti com o blogueiro e ele negou que o chorão era craque – é um tanto absurdo.

          No Brasil muito nego virou craque jogando contra Olaria, Madureira, Bonsucesso, Itaperuna…

          • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 14:46

            Jean, vai catar coquinho. Edinho, Paulo Cesar Caju e Pintinho não eram craques? Só porque vc nunca os viu jogar não quer dizer que não eram craques. Parei por aqui. E “Dorval” jogava no Santos, o do Flu (e Fla) se chama DOVAL.

          • Jean comentou em 04/06/13 at 15:06

            Não André, não eram craques. O Edinho fui um baita zagueiro. Bom jogadores sim, fizeram parte de um grande time, sim! Mas craques não. O Branco era craque? Para mim não.

            Ah, valeu pelo toque! Eu sabia que não era o mesmo jogador, só não sabia a grafia do nome. E RiveLLino se escreve com dois “eles”.

          • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 15:48

            Tchau, Jean, que acha que PC Caju não era craque.

          • Janim comentou em 04/06/13 at 15:41

            O Bebeto melhor que o PC Caju? Cara, acho que você nunca viu o Caju jogar pra falar um absurdo desses, ou não gosta de futebol.

          • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 15:44

            Impressionante, né? Bebeto melhor que Paulo Cesar Caju. Onde estamos?

          • Carlos Vândalo comentou em 06/06/13 at 10:55

            Pegou pesado. Bebeto não é melhor nem que o He-man!

  7. Celso comentou em 04/06/13 at 12:30

    Mas cá pra nós, que o Rooney mandou um golaço…

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 13:03

      Bateu nas costas do Fernando.

      • André Veiga comentou em 04/06/13 at 13:45

        Que por sinal viu que vinha chute, virou as costas e mostrou a bundinha pro ataque. Erro primário.

  8. guilherme comentou em 04/06/13 at 12:28

    O Maracanã era um feito de engenharia, com sua arquibancada em balanço sem nenhum pilar na frente que atrapalhasse a visão e um sistema bastante original de sustentação da marquise, retratando uma era de ouro que o Brasil teve com calculistas de concreto armado. Para quem curte arquitetura, era bem legal perceber a estrutura e suas soluções. Infelizmente, além do futebol, tudo isto parece ter sido perdido na “remodelagem”, que, para piorar, encheu a parte externa com horrorosos e cafonas caixotes de vidro e rampas (ok, estas para a segurança na evacuação) que quebraram com a harmonia do desenho do estádio. Ficou com aquela cara de algo entre shopping de novo-rico e fachada de motel…

  9. Anderson comentou em 04/06/13 at 12:27

    Sobre a torcida, estamos chegando a um ponto bastante difícil. Ou são trogloditas ignorantes ou são uma torcida café com leite, como a que foi ao jogo no domingo.
    O torcedor que vibra, grita, xinga, sem precisar matar o torcedor adversário está sumindo dos estádios. Queremos eliminar o torcedor criminoso, enchendo os estádios de VIP’s.

    • Rodrigo Goulart comentou em 04/06/13 at 14:43

      Perfeita constatação.

  10. Ricardo Candido de Araujo comentou em 04/06/13 at 12:25

    Nasci e fui criado no bairro de São Cristovão e para ir ao Maracanã precisava apenas atravessar a Quinta da Boa Vista, portanto, conheci muito bem o “velho Maraca”, transformado agora num estádio “europeu” (será?), mais uma tradição nossa que foi plastificada, como muitas outras (por exemplo, acabamos com o Dia de Cosme e Damião em prol da palhaçada colonialista de Halloween). Estamos perdendo nossa identidade nacional em tudo, a favor de um bando de espertalhões e de outro maior de bobalhões que confundem viver num país melhor com viver num país “de plástico”. Mais um ponto para os idiotas.

  11. Anderson comentou em 04/06/13 at 12:23

    Esta suposta modernização é muito estranha… os estádios poderiam muito bem ser adaptados para os jogos da Copa do Mundo com padrão Fifa e depois retornados ao estado atual. É assim no estádio do Borussia Dortmund: nos jogos das competições europeias, todos lugares sentados; nos jogos do campeonato alemão, mescla de lugares sentados e lugares em pé. E a Alemanha é um país desenvolvido.
    Com certeza, a construção deste estádio encheu o bolso de alguém de dinheiro.

  12. Daniel Bretas comentou em 04/06/13 at 12:15

    Vejam, nos comentários, a que ponto tantas pessoas internalizaram a lógica do “tudo é negócio”: elas dizem que o “progresso” (o que elas entendem por progresso) é inevitável e com isso justificam a destruição de tradições e a elitização de espaços antes populares. Não estar de acordo com isso, na visão dessas pessoas, é “romantismo”, “ingenuidade”, “saudosismo”. E assim vamos construindo um país com cara de shopping center (como nos shoppings, muitos têm de ficar de fora).

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 12:25

      É bem por aí.

    • Fábio Busian comentou em 04/06/13 at 13:49

      clap clap clap clap

      Assino embaixo!

  13. josé cosme comentou em 04/06/13 at 12:07

    Prezado,
    qual seu problema com relação ao glorioso Botafogo? Perdeste alguma namorada ou namorado para algum torcedor botafoguense?
    Qualquer torcedor que se preze deve agradecer ao Botafogo pelos seguintes campeões: Garrincha, Didi, Nilton Santos, Amarildo, Jairzinho, Paulo Cesar Caju e mais alguns outros que devo ter esquecido. Habla sério!

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 12:25

      Deixa de ser mala, José. Metade da minha família é Botafogo, inclusive minha mãe. Se vc fica ofendidinho com brincadeiras clubísticas, sugiro ir jogar PS3 e deixar o futebol, que sempre permitiu essas brincadeiras, de lado.

      • Roberts comentou em 04/06/13 at 12:54

        Ae Barça sabe porque a maioria dos torcedores do Botafogo são humoristas? Porque esse clube é uma piada kkkkkkk

    • Ricardo Candido de Araujo comentou em 04/06/13 at 12:28

      A vantagem do Botafogo é que carreata da torcida não causa transtorno nem no trânsito da Miguel Couto…

    • Soares comentou em 04/06/13 at 12:41

      Olhando a foto do post, se foi tirada no dia de jogo do Botafogo estava mais certo que torcer p/ outro time, repare na foto: ninguem no estádio, apenas o Barçinha de gandula…rsrs.

      • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 13:02

        Claro que o estádio estava fechado. Foi na véspera de um Flu x Botafogo. Dá pra saber porque tem outra foto que mostra o placar, ainda era aquele antigo, que só mostrava as três primeiras letras de cada time…

    • Afonso comentou em 04/06/13 at 20:15

      Botafogo nunca foi para a 3a divisão.
      E quando caiu para a segunda, subiu jogando bola. Não precisou ser puxado por Ricardo Teixeira e Havelange.

      • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 21:18

        Por favor, criançada, vão brincar no play.

  14. Sandro Macedo comentou em 04/06/13 at 11:27

    Eu fui uma vez ao Maracanã, fiquei impressionado ao ir para a arquibancada e vendo o estádio gigante ir aparecendo, em nenhum outro estádio tive essa sensação, o Morumbi que é grande também não chega perto disso.
    Vendo pela TV e por fotos fiquei com a impressão de que o estádio ficou pequeno, principalmente sem os lances e níveis de arquibancada tão visíveis como era antes, ficou parecendo um estádio com comum, com uma tenda metida a moderna por cima, porque nem a cobertura de verdade existe mais.
    Como diz um amigo meu, tremenda fuleiragem…

  15. André Machado comentou em 04/06/13 at 11:19

    Falou tudo, as pessoas estavam constrangidas de ficar de pé e gritar.

    O que me deixa puto pra caralho, é que eles atrelam essas “modernizações” físicas dos estádios a uma domesticação das torcidas, de uma cooptação das suas linguagens devolvendo algo totalmente pasteurizado e de fácil controle.

    Pra mim (e pra milhões de pessoas) é inaceitável assistir um jogo sentado, eu só falto querer entrar no campo pra jogar junto, eu me sinto parte daquilo. Essa neo-torcida parece mais estar interessada no estádio em si e em ficar tirando fotinho idiota pra postar em rede social do que jogar junto com o time.

    Até agora houveram algumas demonstrações de um futuro escroto, como os jogos na nova Arena do Gremio (onde até o bolha do Luxa reclamou do publico de teatro), Maracanã, Arena Nacional de Brasilia (sim, porque Estádio Mané Garrincha foi vetado, foda-se que ele é um ícone do nosso futebol, ele não está no playstation então pau na bunda dele, será estádio nacional) naquele Flamengo e Santos com proibição de faixas, bandeiras, instrumentos, xingar, gritar e viver.

    Até agora a única e grata ecessão foram os baianos, reabriram a Fonte Nova ( que por sinal usou o mesmíssimo projeto do antigo, muito bonito por sinal ), num classico ( e não num jogo com o representativo sobrinho do Ronaldo ) com jogadores cagando pras restrições e indo pra galera na hora do gol e a torcida fazendo uma puta festa.

    Em tempos de Arenas, sigamos o exemplo dos baianos!

  16. Renato comentou em 04/06/13 at 11:17

    Parece estádio de video-game. O jogo rolando e você não sabe se ele tá sendo disputado no Rio, em Brasília, em Salvador, em Kiev ou Yokohama… É tudo igual!

    • Jose comentou em 04/06/13 at 12:53

      concordo. antes vc identifica o mineirao, o morumbi, o serra dourada em meio segundo. agora nao se tem ideia de onde esta sendo jogado.

      mas o maraca ta muito bonito mas q ta diferente isso ta.

  17. Leandro comentou em 04/06/13 at 10:57

    Lamentavelmente o mesmo aconteceu com o mineirao em Belo Horizonte.

  18. Murilo comentou em 04/06/13 at 10:55

    É por isso, meu caro que a vida se renova. Porque pessoas velhas e arcaicas como vc ficam pensando no passado e não contribuem em nada para o progresso. O Maracanã era um lixo.

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 10:59

      Pode ficar com seu “progresso”, faça dele o uso que preferir. Duvido que vc tenha ido ao Maracanã uma vez na vida para defini-lo como “lixo”.

    • Eidur Rasmussen de Sousa comentou em 04/06/13 at 11:46

      O Maraca já era um estádio bem moderno. Ei, Murilo, vai comer caju!

  19. MARCELO CIOTI comentou em 04/06/13 at 10:52

    André e leitores,o Emir Sader no seu twitter disse a seguinte
    pérola:quem é contra os novos estádios da Copa,como o
    novo Maracanã,tem complexo de vira-lata.
    Pois senhor Emir,EU TENHO COMPLEXO sim,senhor,assim
    como o André e todos que gostam verdadeiramente de
    futebol.Emir Sader é o Lobão do PT.

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 11:07

      Complexo de vira-lata é ficar abanando o rabinho pra FIFA.

      • André Machado comentou em 04/06/13 at 11:39

        Exato! A FIFA chama todo mundo de macaco selvagem e nego acha sensacional que ela coloque uma coleira em vc.

      • Anderson comentou em 04/06/13 at 12:01

        Sabe-se que em 2006 os alemães não aceitaram modificações drásticas em suas “arenas”. Por que o Brasil aceitou?
        Com certeza, alguém está ganhando com isso… e não é o público.

        • André Machado comentou em 04/06/13 at 12:02

          Será???? 😉

        • Ian comentou em 04/06/13 at 12:46

          Descobriu o brazil-zil-zil-zil….!!

    • Peixotano comentou em 04/06/13 at 12:48

      Au au au !!

  20. t. comentou em 04/06/13 at 10:47

    estamos vivendo o fim de uma era e o que parece ser o fim também do futebol brasileiro e sua cultura como nos ensinaram, conhecíamos e admirávamos.

    a cidade do rio de janeiro acabou há muito tempo. era previsível que o carnaval e o maracanã acabassem também. até que resistiram bastante.

    no cabraleike, se conseguir entrar, espero que no mínimo os controles de playstation acoplados às cadeiras funcionem, porque se eu apertar r1 e o léo moura não correr e movimentar o direcional e o renato abreu nem se mexer, vou exigir a fortuna de reais de volta.

  21. Leandro comentou em 04/06/13 at 10:39

    Apesar de todo o fator político envolvido, ainda bem que o Sao Paulo desistiu dessa furada de transformar o Morumbi em “Arena FIFA”. O mesmo não pode ser o mais confortável do Brasil, mas pelo menos não corre o risco de “desabar” e não perderá sua identidade.

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 11:00

      “Desistiu” não, foi colocado de escanteio pelo Itaquerão.

      • Luíz comentou em 04/06/13 at 11:37

        Itaquerão não, “Aterrão”

  22. Adriano B. Oliveira comentou em 04/06/13 at 10:36

    Não sei se você viu pela TV Galvão, Barça, mas me chamou muito a atenção a declaração oportuna para a Globo de um telespectador dizendo: “…meu sentimento é de que a Copa já começou…”

    Não, não cola…

  23. Adriano B. Oliveira comentou em 04/06/13 at 10:32

    Por favor, alguém me explique o que foram aquelas duas bolinhas que eram batidas como se fossem palmas por um monte de torcedores?
    Eram turistas contratados pela FIFA? Por que se for brasileiro que fez aquilo a conclusão é de que ou foram bem domesticados ou nunca foram ao Maraca, né

  24. Trouble comentou em 04/06/13 at 10:26

    É inacreditável a necessidade de o Brasil (entenda-se governo, independentemente de partidos) copiar os estádios europeus e se vangloriar por isso. Nossa “Copia” do Mundo poderia, então, ser um passo inicial para o veto de torcidas organizadas, a identificação de infratores e sua consequente punição. Isso, ninguém copia das Europa…

  25. Eder K. comentou em 04/06/13 at 10:17

    Na Inglaterra tem ocorrido um certo clamor para que se permita novamente ter lugares em pé no estádio (permitido atualmente apenas para clubes da terceira divisão para baixo e temporariamente para clubes que recentemente promovidos à segunda divisão). Não querem com isso apenas permitir mais torcedores (muitos clubes já possuem média de público próximo da capacidade do estádio), mas também atrair torcedores mais efusivos e barulhentos (isso que nem de longe as torcidas apresentam o comportamento fleumático dos espectadores dos jogos da Seleção). Até os ingleses, que estão na proa desse negócio de elitizar o futebol, querem poder torcer e não ficar sentados como espectadores de teatro.
    Na Europa, houve uma correlação forte entre reformas de estádios e média de público. Mas aqui colocamos os ingressos no patamar daquelas plagas, esquecendo as diferenças de renda entre os brasileiros e os ingleses, sem pensarmos em resolver os problemas de segurança pública e de mobilidade urbana e sem repensarmos os horários dos jogos. Os dirigentes infelizmente acham que a construção ou reforma do estádio por si só resolvem os problemas de público e que a elevação do preço dos ingressos e o Poder Público acha que a proibição de venda de bebidas alcoólicas diminui a violência no estádio. Medidas pontuais não vão resolver problemas que exigem monitoração constante.
    Os cartolas brasileiros vão perceber que os estádios vão continuar vazios se só pensarem em elitizar os estádios, sem pensarem no acesso e na segurança. E se continuarem pensando que medidas simplistas e desarticuladas vão resolver estes problemas.

  26. Roberts comentou em 04/06/13 at 10:16

    Fala Barça! Você tem toda a razão e isso pelo o que eu vi não aconteceu só com o Maracanã. O Mineirão, a Fonte Nova todos parecem iguais aos outros e bem diferentes do que eram antigamente. Essa padronização da Fifa acabou com as tradições dos estádios, o romantismo de se assistir uma partida de futebol. Uma pena…

  27. Marco comentou em 04/06/13 at 10:09

    O mais lindo, emblemático e espetacular estádio do Mundo foi simplesmente derrubado. Não estou falando do Maracanâ. Estou falando de Wembley.
    E o novo, tirando as bugigangas tecnológicas, não chega nem perto do velho Wembley.
    Foi como derrubar as milenares pirâmides e construir um shopping no local.
    Depois de Wembley. Tudo é permitido.

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 11:03

      Sim, mas Wembley não foi construído com grana pública, mas da Federação Inglesa.

      • Anderson comentou em 04/06/13 at 12:14

        Muito bem lembrado. E o Wembley não era tombado pelo Patrimônio Público.

  28. Peixotano comentou em 04/06/13 at 10:06

    Penso assim como vc, estou com medo de ir no Maracanã e levar um choque. Quantas quartas a noite matamos aula da universidade vendo os jogos do brasileiro, Rio-São Paulo, estadual, Copa do Brasil. Ou então os sábados ou domigos que eu e um amigo tricolor que tinha cadeira cativa íamos a jogos de outros times que não eram os nossos, apenas para passar uma tarde no estádio bebendo uma cervejinha. Isso tudo acabou e não irei mais como quase não vou mais ao cinema, pois criado em uma Copacabana com mais de 10 cinemas de rua enormes me recuso a ver filme e shopping e o pior ter que pegar um carro ou condução paravê-lo pois os cinemas foram praticamente banidos do bairro.

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 10:09

      Fui muito de geral, nos anos 80, especialmente ver o Dinamite jogar, gostava muito de vê-lo em campo.

      • Peixotano comentou em 04/06/13 at 10:15

        Como não esquecer daquele gol do Romário nas eliminatórias de 1993, eu estava lá…. e até roubarem minha carteira tinha o canhoto do bilhete do jogo, foi o que mais me lamentei de ter perdido quando me bateram a dita!

        • Alexandre comentou em 04/06/13 at 13:02

          Ótimo !! Como não esquecer ? Neste jogo o ele fez 02…mais uma meia dúzia de canetas e chapéus ….tá louco !!! teve muito cara bom que fez mais até que o Romário pela seleção no geral …mas fazer o que ele fez em apenas 01 jogo…não consigo lembrar !rs abs

    • Ricardo Candido de Araujo comentou em 04/06/13 at 12:32

      Os bons tempos de nosso Rio de Janeiro, Peixotano. E te garanto uma coisa, morando em São Paulo há 30 anos, vi melhor que muita gente como o Rio mudou…

  29. Mony comentou em 04/06/13 at 10:03

    O que me entristece, além da elitização do futebol, é que todos os novos estádios são muito parecidos entre si. A grosso modo isso só prova (pra mim pelo menos) que querer ser VIP é de uma tamanha pobreza de espírito!

  30. João Gilberto Monteiro comentou em 04/06/13 at 9:56

    André, infelizmente como te disse ontem, todos os estádios da Copa, e as arenas que estão fora (como a do Grêmio, e como será a do Palmeiras) serão assim, lindos de se ver, mas sem identidade, sem aquela boa e velha alma do torcedor que tb não é mais o mesmo.
    P.S. Quem é esse bebezinho na foto, é você André????

    • Andre Barcinski comentou em 04/06/13 at 9:59

      Sim, meu avô tirou a foto, tem uma série no estádio, ainda bem que não me botou uma camisa do Botafogo…

      • Ricardo comentou em 04/06/13 at 10:19

        #partiu #saudades #cabelo

        🙂

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