Finalmente, fez-se o silêncio...
05/06/13 07:05Boa notícia: o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou um projeto que proíbe o som alto em carros estacionados na rua (leia aqui).
Espero que a moda pegue e prefeitos de todo o país façam o mesmo. Não dá mais para agüentar pessoas que acham que seu gosto musical precisa ser dividido com o resto do planeta.
Não se trata de preconceito musical. Se alguém tocasse Satie num Passat com a capota aberta – ou num Audi – eu também reclamaria.
Outro dia, estávamos numa lanchonete, quando uma dessas carangas “equipadas” parou em frente ao local e começou a tocar, em volume ensurdecedor, a música “Nóis é Caubói”, da dupla Cezar e Paulinho.
Para quem não conhece a canção, aqui vai um trecho da letra:
Nóis tem currar, nóis tem rancho, nóis nascemo aqui
Nóis tem dois Mitsubishi, nóis tem jet-ski
Nóis tem celular e bip, nóis tem internet
Nóis é rico, nóis é chique, com nóis ninguem se mete
Nóis tem música de viola e nóis tem CD
E nóis tem orgulho de ser macho pra valer
Os donos da caranga, ignorando o bem estar dos outros cidadãos que freqüentavam o local, acharam por bem compartilhar a canção, à força, com todos nós. Rapidamente nos mandamos dali – a letra, afinal, dizia “com nóis ninguém se mete”.
Eu não conhecia a música e me chamou a atenção como ela não parece “representar” – só para usar um verbo tão em voga – o povo interiorano. Pelo contrário: a canção e a atitude dos donos do carro me pareceram o oposto do que se costuma ver no interior do país, onde o povo é bem educado e cordial.
Fiquei muito feliz com a notícia da nova lei paulistana. Só acho que ela deveria ser estendida também a carros em movimento. Somos muito criativos quando o assunto é burlar leis, e logo algum espertalhão iria criar uma festa móvel, em que carros dão a volta no quarteirão seguidos por uma multidão de foliões.
Mudando de assunto, já que a matéria que saiu hoje na FSP não permite comentários, passa o endereço do restaurante que serve sushis tradicionais, e, se possível, indique algum lugar com essas características na capital paulista (já que o texto dava a entender que o restaurante ficava no interior de SP).
Cara, se vc me escrever eu passo, mas acho uma descortesia com meu amigo passar aqui, até porque ele fez críticas a alguns clientes, ok?
OK, mando sim. Mas não acho que seja exatamente uma crítica ele ter confessado que serve a seus clientes o que estes querem, mesmo que seja salmão com cream cheese.
Sub-woofer automotivo deve ser a pior invenção do ser humano, ganha até das caxirolas. Um dia desses estava meu pai e eu num desses supermercados almoçando na praça de alimentação, quando do nada vai passando pelo estacionamento um carro com um desses equipamentos potentes tocando sei-lá-o-que, a cada metro que o carro andava ele ia acionando os alarmes dos carros estacionados, foi tão ridículo que comecei a rir da situação.
Não consigo entender a satisfação de se gastar fortunas para ter um equipamento desses no carro, no meu carro é o básico do básico, só um som usando as caixas que vieram no próprio veículo, nada de moduladores, sub-woofer e outras tranqueiras.
PS: Será que esse pessoal “viaja” no som, tipo como no clip do Dinosaur Jr em que o cara se imagina ser espancado pelo Henry Rollins?
AB, isso era uma praga em cidades do litoral aqui do Espírito Santo anos atrás. Mas, felizmente, as prefeituras (pelo menos das cidades que frequento) já vinham proibindo isso há alguns anos.
De fato, não é questão de preconceito musical, mas não deixa ser curioso o fato de que o repertório preferido desses gaiatos é mais ou menos o mesmo. Então, deve haver alguma correlação de estilo musical com o comportamento.
Na época em que nós penávamos com esse problema, cheguei a ter a ideia de arrumar um carro desses e colocar música clássica na beira da praia a todo volume, só para testar a reação das pessoas.
Fiz isso com Mariachis uma vez, mas era só o som do carro, sem essas tranqueiras ultra potentes, então não incomodou tanta gente. Apesar disso, era engraçado ver as caras de quem passava perto, devo admitir que me diverti bastante.
Já existe uma Resolução do Denatran, regulamentando a altura máxima do som permitida, desde 2006:
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao204_06.pdf
“Somos muito criativos quando o assunto é burlar leis, e logo algum espertalhão iria criar uma festa móvel, em que carros dão a volta no quarteirão seguidos por uma multidão de foliões.”
Isso aí está quase acontecendo já em algumas cidades, os carros ficar dando voltas na praça principal e os bestões no centro dela escutando as tranqueiras, em vez de ser sambódromo é um bobódromo mesmo!
Barça vc que curte uma culinária exótica o que achou desta notícia? http://www1.folha.uol.com.br/comida/2013/06/1289768-onu-estimula-consumo-de-insetos-enquanto-chefs-incorporam-esses-animais-as-receitas.shtml
Não tinha lido, mas sou a favor!
Você já experimentou comidas deste tipo? Gafanhoto ao molho rose? Formiga ao sugo? Sei lá exótico demais para mim…tem que ter estômago!
Barcinski, eu também fiquei parcialmente satisfeito com essa lei, pois não é válida para carros em movimento. Eu moro no 5º andar e tem noites que sempre um idiota passa com seu carro em plena madrugada, com o volume no máximo e os graves até vibram a cama que durmo. Dá para acreditar? Imagine a orelha desse cara. Também ressalto que o preconceito não é o estilo em si, poderia ser Mozart, que me incomodaria.
Gostava de quando tinha estes “funks de rua” perto do bar de rock onde sempre vou. A festa não ficava restrita só a “boate” onde era organizada. Era um desfile de zumbis, prostitutas, ninfetas, crianças, traficantes, passistas, idosos, tarados e… nós motociclistas – quando o bar de rock estava chato, todos íamos para o funk.
Era um barato!
Barcinski, infelizmente é em toda parte. Na minha cidade natal, interior do país, a tradicional Festa da Padroeira está praticamente descaracterizada por conta da “competição” entre carros de som. Pra ter uma ideia, o equipamento nem se restringe mais ao interior do automóvel, os caras chegam com o carro puxando uma espécie de parede de som acoplada ao carro.
André, essa pérola do cancioneiro popular brasileiro já tem uns 10 anos na verdade, desde quando eu ainda morava no interior, por isso ele se vangloria de ter Internet e CD, coisa que hoje em dia, qualquer um tem, ou pode ter…
Mas será que essa lei vai pegar justamente aonde tem maiores reclamações quanto a isso, que é lá na quebrada????
Ficaria feliz se essa lei chegasse na minha cidade, mas se chegar aquela outra (gaúcha eu acho) que impede as pessoas de ouvirem música alta dentro do ônibus já vai ser ótimo.
Educados e cordiais, no interior de Goiás, só os mais velhos. Meu sogro e sogra moram em Piracanjuba, cidade bem conhecida do interior do estado, onde o som automotivo é a coisa mais obscena que existe. Minha vontade era que liberassem a destruição daqueles malditos carros como se faz na América do Norte com a caça de determinadas espécies que ameaçam o equilíbrio da natureza. Eu faria a festa com um lançador de foguetes daqueles que o Taleban usa.
Gostaria, também, de comentar o artigo do André na Folha de hoje, “A maldição do ‘cream cheese'”. Em Goiânia a maldição é bem menos prosaica que a do sushi, mas não menos incômoda. É a maldição do Catupiry. E não é a do verdadeiro queijo catupiry, aquela maravilha produzida apenas pelo Laticínios Catupiry, mas o queijo “tipo catupiry”, que não difere muito de um requeijão sem-vergonha. Resolveram meter o catupiry em tudo, começando, há anos, pela coxinha de frango. O problema é que não se encontra mais coxinha de frango nas lanchonetes de Goiânia que não sejam as malditas “frango com catupiry”. Aquela tradicional (não a que vem com o ossinho – daquela não gosto) desapareceu há tempos. Suponho que o responsável por esta “mudança de hábito” é o mesmo “cliente” do sertanejo, gente de gosto abaixo de qualquer crítica.
Sou do interior de SP, e temos a “Lei do Silêncio” desde 2011, entretanto não há policiais e equipamentos para medir decibéis, mas quando há, o pessoal abaixa o som e depois aumentam novamente quando a fiscalização vai embora…
E meu vizinho, DJ, que tem uma Kombi toda equipada pra fazer os “sons” dele em festas?
Vocês não sabem o que é, num domingo tarde, por volta do período sagrado entre as 16:00 e 20:30, ter que ficar ouvindo Psy em todas as suas versões de remix.
Essa Lei deveria ser estadual, federal..
Eu moro na periferia, onde esses “seres” de rara cultura adoram fazer isso. Itaim essa lei vai pegar. Aqui? Meu amigo, se um única pessoa for multada, eu voto um espanador no traseiro, e saio à rua fantasiado de Carmem Miranda.
Realmente essa mania se espalhou de uma forma impressionante. Aqui em Porto Real, sul do Rio, cidade que escolhi pra viver justamente pela sua tranquilidade quase sepulcral se tornou um inferno à cerca de um ano pra cá. O pancadão não tem hora e nem dia pra passar! Já fiz várias reclamações sem êxito. Pelo jeito aqui a prefeitura não quer se indispôr com o eleitorado. (Enquanto escrevia esse comentário uma charanga passou com a gritaria “ela não anda, ela desfila”… à trocentos decibéis).
Confesso que quando vejo uma Saveiro rebaixada se aproximando, já sinto um frio na espinha…
Eu estou traumatizado faz tempo… depois de um bar aqui na rua de casa com funk de quinta a domingo, das 18:00hs as 4:00hs por 1 ano e meio.. tenho ódio de qualquer tipo de música e aparelho de som… perdeu o gosto para mim….. Vai ligar na PM 190…. nem dão bola, vai reclamar não volta com vida não….. nóias, nóias e nóias.. jovens mesmo não existem mais…
hahahaha.. Boa, Bia!
É curioso – como muitos dos internautas que comentaram a notícia – que essas discotecas ambulantes sempre tocam o mesmo tipo de música (péssima, a meu aver). Duvido que alguém ficaria tão incomodado ao ouvir Mozart a 130 dB – talvez ficasse, mas acho mais difícil.
Pergunto: o que leva alguém a gastar 5, 10, 15 mil reais, sei lá, pra fazer isso no carro e incomodar os outros? Com essa grana dá pra fazer coisas muito mais divertidas – sem falar que provavelmente, no caso desses “cidadãos”, ela fosse necessária em outra coisa.
E quanto à proibição em si, vale aquela máxima: seu direito termina onde começa o do outro.
Resumindo: DEMOROU!!!
“Duvido que alguém ficaria tão incomodado ao ouvir Mozart a 130 dB – talvez ficasse, mas acho mais difícil.”
Ah, mas fica, cara. Quanto mais você aumenta o volume, maior é a chance de que haja distorção no som. De nada adianta escutar Mozart alto se você não consegue nem distinguir os instrumentos.
Então, resta agora ter uma fiscalização séria, que faça a lei ser cumprida – afinal, há anos tem uma lei que proibe som alto em coletivos, e diariamente somos brindados com DJs de ônibus e metrô, compartilhando conosco suas pérolas musicais…
Infelizmente o destino dessa nova lei é o mesmo da que proíbe som no transporte coletivo!
🙁
Logo,logo,vão aparecer os defensores do funk como a
ridícula Regina Casé dizendo que é preconceito contra
a periferia,blá,blá,blá,blá,blá….
Mas,o Haddad deveria parar de perseguir quem faz
grafite em SP.Será que ele não sabe a diferença de
grafite e pichação?Eu sei.
Veja bem Marcelo, não gosto de funk, mas não sou contra o estilo de música.
Creio que com essa afirmação, sem querer, vc mostrou um preconceito.
Onde está escrito que só quem ouve funk é que coloca o som alto no carro? eu já cansei de ouvir rock alto em carros estacionados na Vila Madalena.
Não é possível vc não leu o link compartilhado pelo blogueiro. Leia esse trecho que separei (e já postei) aqui, é exatamente isso que vc escreveu no primeiro parágrafo: (só para constar, o Camilo é ex comandante geral da PM em SP)
“A proposta, dos vereadores Coronel Camilo (PSD), Dalton Silvano (PV) e do atual senador Antonio Carlos Rodrigues (PR) foi apresentada ao mesmo tempo em que vereadores da chamada Bancada da Bala –formada por policiais militares aposentados– querem dar fim aos bailes funk, febre nos bairros da periferia da cidade.”
Esse papinho de preconceito já encheu o saco,seu Jean.
Funk é um lixo,e,na verdade não tem absolutamente nada
a ver com o funk original dos EUA.Só pegaram um nome
pra engabelar o povo brasileiro.O Funk do George Clinton
é totalmente diferente do Funk do Lek,Lek,Lek e Tapinha
Não Dói.Preconceito contra funk pornográfico e rock
metaleiro que só fala palavrão eu tenho mesmo,fazer o quê.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Calma lá seu moço.
Uma pergunta: Quem faz atualmente rock parecido com os primórdios (Chuck Berry, Bo Diddley, Fats Domino)?
Então as bandas atuais estão nos enganando?
O Slayer é rock? O que o rock feito por eles se parece com Gene Vicent e Bill Halley?
Fica nervoso não, Marcelo André Cioti, estamos só conversando.
Meu nome não é esse e não sou parente do André,não,seu
chato.E os Rolling Stones,AC/DC,Kiss,Led Zeppelin,Pink Floyd…..se não é rock,o que é?Sertanejo universiotário?
Esse papo de “fica nervoso não,estamos só conversando”
é coisa de gangue que sai por aí pra bater nos outros,na
rua.Coisa de bandido,mesmo.Tomara que a polícia te pegue.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Sou totalmente favorável a lei, mas fico com uma dúvida: Pq não existe uma lei que obriguem as dondocas dos Jardins, Itaim, Moema a recolherem as fezes de seus animais nas calçadas?
Não estou desvirtuando, veja bem! Sou favorável a Lei do Haddad.
André, faz tempo que você não vem pro interior de SP? acho que sim, pois essa praga de som em carro se alastrou por aqui também, falta de educação na atual conjuntura não escolhe mais hora nem lugar, é coisa endêmica mesmo…
Pode ser, mas acabei de chegar do interior da Bahia, e as pessoas eram educadíssimas.
Ia dizer o mesmo. O interior de São Paulo, por exemplo, não é mais aquela coisa bucólica e idílica de outros tempos. Isso é uma visão idealizada. Hoje, no interior, a boçalidade, a falta de educação, o desrespeito a qualquer princípio são tão disseminados quanto nas grandes cidades. Basta ver que esses lugares, outrora um recanto de paz e sossego, hoje padecem terrivelmente com a violência e as drogas.
E o frescobol na praia? Já perceberam que sempre as pessoas que resolvem praticar esse esporte precisam fazer isso exatamente na beira do mar em frente a crianças?
Veja bem, sou totalmente favorável ao bom senso e silêncio. Mas lendo esse trecho da matéria do link, fico em dúvidas se essa lei teria força se fosse contra a classe média alta paulistana.
“A proposta, dos vereadores Coronel Camilo (PSD), Dalton Silvano (PV) e do atual senador Antonio Carlos Rodrigues (PR) foi apresentada ao mesmo tempo em que vereadores da chamada Bancada da Bala –formada por policiais militares aposentados– querem dar fim aos bailes funk, febre nos bairros da periferia da cidade.”
Costumo dizer que o brasileiro é como um índio olhando fascinado pra uma árvore de natal (quase sempre representada pelos EUA) cheia de bolas reluzentes e luzes piscando.
Essa letra é o retrato perfeito disso. É tão ridícula que chega a parecer uma critica a atitude da qual faz apologia.
Barça, desculpe o off topic: viu que lançaram no Brasil o livro de Damien Echols, “Vida após a morte”? Ainda não li, mas parece ser ótimo. Se a série Paradise Lost foi estarrecedora, imagino que a história contada pelo protagonista deva ser imperdível. Valeria um post?
Valeria sim, vou atrás do livro, valeu pela dica.
Acho que essa questão de som alto em carros um desrespeito contra todo e qualquer princípio de cidadania. Pode parecer exagero, mas é o que eu acho.
e nas praias então!!! alguém consegue ir numa praia, ou ficar hospedado numa casa de praia sem o som alheio?
Em minha visão, o Estado não deve ter o direito de impedir que uma pessoa se prejudique, mas tem o dever de impedir que a pessoa prejudique os outros. Quer ouvir música ruim até os tímpanos estourarem, problema seu, mas eu não posso ser obrigado a ouvir também. Quer beber, fumar até não ter mais fígado ou pulmão? Consumir drogas até morrer? Você deveria ter o direito, mas se prejudicar alguém com isso (por exemplo, causando um acidente ao dirigir bêbado ou agredindo alguém sob influência de substâncias) deveria ser cadeia na hora – tolerância zero.
Uma pena que essa lei só será respeitada nos bairros nobres, onde, acredito eu, o policiamento se encarregará de obrigar os espertinhos de plantão a cumprí-la.
Na periferia, ou, “na quebrada”, continuaremos sofrendo.
Tenho sorte, pois recentemente mudei para uma rua bem calma… minha mãe e minha família continua sofrendo os abusos dessa gente mal educada.
Som em carros feito para ouvir de fora = “Paraibagem” (gíria carioca para coisas jecas e cafonas). E está falado !!!
Parabéns, defendendo uma causa justa com um preconceito. Você deve ser um cara muito inteligente.
Sabia que a patrulha do politicamente correto iria aparecer…. LEIA o que está dentro de parenteses, é uma gíria sacou ??? Como também há outra gíria carioca que é chamar de neguinho, aquele seu amigo/parceiro da galera, ou vc acha que essa também afronte os afro-descendentes. Para seu governo há em Copacabana uma praça “chamada” Praça dos Paraíbas, porque no auge da especulação imobiliária no bairro, quando 99% dos empregados da construção civil eram migrantes do nordeste era o ponto de encontro e confraternização deles. E o apelido ficou até hoje, ou será que teremos que trocar o apelido da praça para “Praça dos migrantes oriundos da região Nordeste empregados da Contrução Civil” ????? . Dê-me paciência !!
Em SP é Baianada mesmo.
Por favor, chega dessa palhaçada. É o último comentário imbecil e racista por aqui, ok?
Infelizmente o Brasil é um país que tem que criar leis para questões que em outros basta bom senso e civilidade.