Guarde seu dinheiro, Tom Zé!
10/06/13 07:05E a briga de Tom Zé contra o “Tribunal do Feicebuqui” terminou de forma melancólica.
Para quem não sabe, tudo começou há três meses, quando o compositor baiano gravou a locução de um comercial de TV de um famoso refrigerante. O anúncio era uma peça ufanista sobre a Copa do Mundo (veja aqui).
Nas redes sociais, o pessoal caiu matando em cima de Tom Zé: o acusaram de estar vendido ao capitalismo, ao imperialismo, aos dólares ianques e a todas essas bobajadas que aprendemos matando aula em DCE de faculdades.
Em resposta, Tom Zé criou um disco chamado “Tribunal do Feicebuqui”, com letras que ironizavam a reação dos revoltadinhos de Twitter. Em uma, diz: “Que é que custava morrer de fome só pra fazer música?”.
O episódio rendeu pelo menos uma frase antológica, do músico Lucas Lima, da Família Lima: “O mesmo cara que reclama que o Tom Zé tá ‘se vendendo’ pra Coca-Cola tá baixando música de graça na outra aba do navegador, tá fazendo carteirinha de estudante falsa pra pagar meia-entrada.” Boa, Lucas.
Infelizmente, Tom Zé resolveu se curvar ao tal tribunal, e anunciou que vai doar o cachê – R$ 80 mil – para a Sociedade Lítero-Musical 25 de Dezembro de Irará, sua cidade natal.
Acho que Tom Zé pode fazer o que quiser com o dinheiro. Se quisesse queimá-lo em praça pública, ótimo. Só fico decepcionado que um artista tão combativo tenha se rendido ao patrulhamento virtual. Não esperava isso de Tom Zé.
Foi melancólico ver um artista tão importante quase pedindo desculpas por estar trabalhando e ganhando dinheiro.
Será que o velho brigão tropicalista não percebeu que a rede social é o palanque dos desocupados? Que cinco pessoas, munidas de um computador e todo o tempo livre do mundo, se fazem passar por cinco mil?
Quem acompanha o blog sabe que sou contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Já reclamei aqui de um comercial de cerveja que chamava os críticos da Copa de “pessimistas”. Mas isso não quer dizer que Tom Zé não tenha o direito de trabalhar para quem ele quiser. A empresa que o pagou é privada e pode gastar o dinheiro dela como bem desejar.
Ao anunciar que não ficará com o dinheiro, Tom Zé, um artista que já sofreu com a censura estatal, passa um recado temeroso: o de que patrulhamentos virtuais funcionam. Triste.
Sempre que eu entro no twitter eu fico curioso em ver quais são os assuntos mais comentados e não canso de me surpreender com a futilidade dos tópicos.
No twitter, a vida amorosa de Justin Bieber pode se tornar o assunto mais importante e interessante do momento.
Me parece que as redes sociais, na maior parte das vezes (NÃO SEMPRE), servem para difundir opiniões superficiais e sem conteúdo em grande escala…
Também fiquei decepcionado por Tom Zé se curvar à opinião da maioria e não comprar essa briga até o fim. Seria uma ótima oportunidade para discutir a validade de certas ideias que se espalham pela internet de vez em quando.
Notem que o sujeito criou num “disco” com base nessa tão grande polêmica… Já imagino a qualidade da obra…
Nada como essas picuinhas ocasionais para fazer circular os nomes de artistas apagados como Tom Zé, Lucas Lima e outros. Joelma da “banda” Calypso diz que vai virar gospel. Gustavo Lima diz que vai abandonar a “carreira” (não sei qual delas). Zezé briga em pleno palco com Luciano. Alexandre Pires faz “música” relacionando negros e macacos… E assim prossegue essa a classe “artística” brasileira, que se depender de mim morre inteirinha, todinha mesmo, de inanição.
O chato é que sou bombardeado por notícias desse naipe ao abrir qualquer portal da internet. Não tenho como evitá-las! Devo estar mais atualizado sobre as últimas fofocas dos artistas do que sobre a própria área em que trabalho!
Essa internet e essas redes sociais a cada dia me dão mais nojo!
Voce pode gostar ou não, mas não dá para comparar o Tom Ze com os demais citados.
E me pergunto : do que gostaria alguem que “mataria de inanição toda a classe artistica brasileira” ? Qual seria este gosto tão refinado e exigente ?
Não gosto de nada relacionado à Arte, amigo.
De nome, conheço umas cinquenta músicas (todas estrangeiras, rock inglês dos anos 60 a 80). De cinema, gosto só de filmes dos anos 80 para baixo, e são poucos (mais ou menos 50 filmes também). Literatura para mim é também a mais antiga: Victor Hugo, Emile Zola, Dostoievski, Isaac Babel (mas há uns 10 anos leio só livros “utilitários” sobre História, Economia e Ciências, por gosto meu).
Abomino essa MPB cheia de “gênios”. Repudio essas atrizes que exsudam “dignidade” como Fernanda Montenegro. Tremo de raiva quando um atorzinho zé-ruela dispara a dar palpite em assuntos políticos, como se fizesse parte de uma espécie de reserva moral e intelectual da nação brasileira.
Volto a dizer: se dependessem de mim, Caetano Veloso, Luiz Fernando Guimarães, Chico Buarque e Suzana Vieira estariam comendo na xepa da feira. Parafraseio Joel Silveira (A Vìbora) que, em entrevista a Geneton Moraes Neto e se referindo aos luminares da MPB, disse: “acho-os uma porcaria”.
Matias, nos diga o que veio ‘fazer’ num blog de um crítico de Arte, se você não aprecia Arte? Já sei a resposta: ‘disparar a dar palpite em assuntos artísticos, como se fizesse parte de uma espécie de reserva moral e intelectual da nação brasileira’…
Venho ler sobre assuntos que não são propriamente artísticos. Será que você notou que o Barcinski não escreve apenas sobre Arte. Vou além: na sua opinião o post sobre o Tom Zé é sobre Arte? Eu não vi nada de artístico numa “obra” chamada “Tribunal do Feicebuqui”. Vi, sim, uma jogadinha marqueteira para pessoas como você, que gosta de repetir as frases alheias, certamente porque não tem capacidade para criar as suas próprias. Vá comprar ou baixar o seu “Tribunal do Feicebuqui”, assoe o nariz e me deixe em paz.
O Tom Zé me lembra muito o Zé do Caixão. Ambos são muito simplórios. Ambos, óbvio, trabalham por, e não pelo dinheiro. O Zé se fizer um comercial para a Igreja Evangélica e receber o cachê acordado não é justo? Os dois não agem acintosamente.. Pode até ser que ele tenha feito o comercial de forma instintiva mesmo que ele sempre tenha pregado que a Coca é um lixo e que é o mais torpe símbolo do capitalismo. Mas dane-se. Isso não desabona o trabalho dele como artista. Aposto todas essas pessoas que criticaram o Tom Zé são um bando de hipócritas que detestam o emprego e o chefe mas mesmo assim ficam felizes quando pinga o salário no final do mês.
Acho que o Tom Zé pode fazer o que ele quiser, e se ele se arrependeu (ou não), paciência! Mas é realmente triste essa vigilância excessiva que vivemos hoje neste mundo virtual! Ontem reclamávamos dos vizinhos intrometidos, hoje já não temos mais o controle da quantidade de pessoas controlando todos os nossos passos!
… [Jogos de Armar – Faça Você Mesmo] … o caleidoscópio de Tom Zé, explode como um fervilhante caldeirão de idéias, O MAIS CRIATIVO DO MOMENTO ATUAL DA MÚSICA BRASILEIRA.
É só ouvi-lo para entender por que seu disco The best of Tom Zé foi considerado nos Estados Unidos … um dos dez melhores da década.
Jogos de armar – Faça você mesmo é um CD de grande categoria e extremamente criativo.
…Enxurrada de idéias, soluções musicais, inteligência e maturidade artística.
Maestro Júlio Medaglia – Revista Bravo
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=pXqj1ZeYsIU
a “galera engajada” que reclamou não teria dado um pio se o dinheiro fosse público, através de leis de incentivo ou edital, que sustenta um monte de artista com muito trabalho muito mais comercial que o tom zé. com dinheiro privado é errado, mas público pode.
Exato. Ser indie estatal é liberado.
O Tom respondeu ao tribunal do Face com a “Coca Colá fazendo a propaganda do Tom Zé” onde se ele se declara um “indie dependente” (da coca, ops! da publicidade). http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=7B4b4Z_-FWc
Cara, será que o pensamento do pessoal aqui se resume a: quem tem dinheiro pra caramba é feliz, quem não tem tem inveja? É esse “elite com orgulho” e “champange como medida da vida” que é pregado em cada canto escondido de cada palavra? Será que ao menos não brota uma breve desconfiança nesses cantos escondidos, de que a vida seja além de uma pocuo mais complexa, intrincada, cheias de emaranhamentos no campo social e político, também é muito maior, exapnsível, sensível no plano do “corpo e do espírito”? Ter ou não ter, comprar ou não poder comprar, são realmente medidas do valor de uma vida, ou já são juízos a principio corrompidos, pontos de vista de um corpo já em putrefação?
Será que, entre a vida vista nos grandes condominios fechados, festas de luxo, eventos da caras, e uma festa junina de um bairro popular, um funk em uma favela, uma criança observando as moscas que sobrevoam o cadaver de um gato atropelado, enfim entre esses momentos o pensamento não se “aflinja” e desmorone, para novamente subir a superficie respirando ar puro sem que a necessidade de cifras dê o verdadeiro valor a esse ar que atravessa os pulmões? Te pergunto, a vida é uma questão econômica?
Desculpe, André, conheço relativamente bem o Tom Zé e te garanto que a doação do cachê não foi pra dar razão ou se desculpar com quem quer que seja. Ele simplesmente ficou angustiado com a situação e, ingênuo que é, quis livrar-se desse fardo e dormir em paz. Lamento que em vez de limitar-se a passar o sabão nessa turma virtual mimada, vc tenha colocado em dúvida o simbolismo do ato. E até pra doar o dinheiro, Tom Zé mostrou sua altivez, pois a grana foi parar em uma instituição que um dia o recusou. Os aspones que praticaram esse vexatório bullying virtual num artista dessa idade e dessa magnitude realmente estão vivendo em outra realidade. Onde estava o apoio desses “fãs” quando o Tom Zé precisou? Teve que vir David Byrne pra tirá-lo do limbo e evitar que fosse trabalhar de frentista em Irará. Aí, de repente, os jornalistas culturais, as vacas sagradas da MPB e os fãs de ocasião lembraram que ele existia.
Só escrevo sobre o que li. Vi declarações dele quase se desculpando, dizendo que nunca tinha visto tano dinheiro na vida mas que ia doar porque ficou chateado com a repercussão. Acho que nenhum artista, muito menos o Tom Zé, que já passou por tanto, merecem esse tratamento. E não tenho nada contra a orquestra e Irará, que faça bom proveito.
Que texto bobinho, André. O Tom Zé, o Lobão e tantos outros apenas se envolvem nessas falsas polêmicas para terem seus nomes falados e não cairem no ostracismo. É mais barato fazer isso do que investir em assessoria de imprensa e jabá.
Ah, tá, agora foi o Tom Zé que plantou isso para se promover. Cada uma…
Tom Zé e Lobão já possuem um histórico de tirar proveito de situações como essa, em que se metem sem querer querendo.
O próprio Tom Zé anteviu tudo na música Todos os Olhos.
“De vez em quando
todos os olhos se voltam pra mim,
de lá do fundo da escuridão
esperando que eu seja um deus
querendo apanhar, querendo que eu bata,
querendo que eu seja um Deus.”
em tempo….. a frase do Lucas Lima foi providencial; antológica não.
Eu achei antológica, vc achou providencial, e assim vamos vivendo em paz. Não é linda a democracia?
é por isso que admiro o blog….. em paz sempre, Barça…
Claro que sim.. Teu blog é página principal no meu navegador….. Gosto muito das postagens aqui
O problema de se ficar em cima do muro é que nele há caco de vidros, arame farpado e etc etc etc…. uma hora vc quer sondar o outro lado…..
Gozado, vc dá a resposta mais em cima do muro possível. Abraço.
André,
Nessa não concordo contigo. A propaganda não fala simplesmente que a coca-cola é gostosa, ou mesmo que tom zé gosta de coca, etc. Ela tem um teor ufanista, e foi feita claramente para tentar esconder o embuste que é a Copa, colocando-a como algo nacional, do povo. É a voz do tom zé, veículo da música dele que já criticou o ufanismo em outros contextos (tanto em músicas, como em palavras em shows), que está na propaganda. Por isso, acho difícil desvincular um artista e suas ideias dessa propaganda e considero compreensível a crítica da galera engajada a ele. O significado dessa propaganda nesse contexto me parece considerável – não é uma vinculação a uma multinacional qualquer, muito menos a uma multinacional da música. E também acho compreensível o Tom Zé voltar atrás. Fico pensando se as pessoas que o criticaram não são importantes para o tom zé, já que eles meio que dominam o circuito artístico ‘universitário’ e participam da formação da opinião do público mais amplo do cara. Um público que não dá muito dinheiro, mas é o que o Tom Zé tem, sem ele os discos e tudo mais que ele fizer perderão muito do impacto. Não tô muito certo disso, mas imagino que essa tenha sido a avaliação dele.
E? Foi vc que pagou? Ou foi uma empresa privada? E o público? Quer dizer que todo mundo que reclama do Tom Ze parou de tomar refrigerante em protesto? Tenha dó.
Mas Barcinski, não é relevante quem pagou ou quem deixou de pagar. O problema é um artista levantar uma bandeira, fazer discurso etc.. e depois ter atitudes que não condizem com isso. Não sei se é o caso específico do Tom Zé, não conheço suas posições para dizer.
Acho uma tremenda picaretagem um cara angariar público, se auto promover com um discurso e depois se contradizer. Se um artista acha que vale a pena fazer anúncio para x ou y para bancar um disco legal, ótimo. É uma posição. Mas que então vista a camisa disso (como fez o Moby, por exemplo).
Discurso do quê? De que certo refrigerante é chefiado por pessoas malvadas e inescrupulosas? É uma BEBIDA, não uma fábrica de armas.
Não sei qual é o discurso. Estou debatendo a questão genericamente. Meu ponto é: problemas desse tipo não se resumem a “quem pagou?”, mas sim o quanto a atitude se coaduna com o posicionamento que um artista adota ( e usa, inclusive, para se promover). Seria muito estranho alguém criticar a coca cola por se valer de práticas econômicas questionáveis em países em desenvolvimento e depois vincular seu nome e imagem a uma propaganda da marca.
Pra encerrar: eu entendo a argumentação, só não consigo associar iso ao caso Tom Zé-Coca-Cola. Se o cara estivesse defendendo alguma coisa abominável, ok, mas não é o caso. Fez uma propaganda de refrigerante.
Olha, Barcinski, você às vezes tem uma maneira irritante de querer vencer uma discussão. Um pouco mais de respeito pela argumentação dos seus leitores, cara. Fazer perguntas em cascata, ainda mais perguntas referentes a temas diferentes e/ou com caráter pessoal (“você que pagou?”, “todo mundo que reclama parou de tomar refrigerante”?), é um estratagema utilizado para deixar o interlocutor atônito, desviando do que interessa. Leia “Como vencer um debate sem precisar ter razão”, do Schopenhauer, e vai entender do que estou falando.
Luiz, na boa, dizer que eu não tenho respeito pela argumentação dos leitores é uma barbaridade. Eu respondo como acho que devo, você pode concordar ou não, direito seu. Mas não me venha com liçãozinha de moral, por favor, que isso é infantil demais. E não quero “ganhar” argumento nenhum, se a pessoa discorda, ótimo, ninguém vai morrer por isso.
Pois é, Barça, para quem vive dizendo aos leitores que é intelectualmente desonesto tentar desqualificar o interlocutor blablabla, “não me venha com liçãozinha de moral que isso é infantil demais” não parece nada honesto intelectualmente – nem adulto. Mas deixa pra lá. Põe Metamorfose Ambulante aí pra tocar que a discussão toda se encerra em 30 segundos.
Opa, pera lá, quem desqualificou quem? Eu dei uma opinião: achei sua resposta infantil e injusta. Você pode concordar ou não, mas isso é bem diferente de desqualificar o argumentador. Tanto que estou aqui argmentando com vc, certo?
???
Seus comentarios sao muito rasos. Quem pagou, quem ganhou, no fim é isso que importa? A questão não é a grana, é o interesse político da coca cola em colocar uma musica do Tom Zé e ele se submeter a tal coisa. E ele mesmo deixou bem claro, é submissão por conta de dinheiro: “Que é que custava morrer de fome só pra fazer música?”. Ou seja, o musico se coloca em uma posição que a principio não gostaria, claramente, para não morrer de fome. Legitimo, mas porque as forças da economia acabam esmagando os artistas que, sem dinheiro, acabam virando marionetas de merchan.
E tenha a santa dó, não é porque você toma esse refrigerante todo dia que não pode imaginar outras pessoas no mundo que não tomam essa porcaria. Existem, e muitas meu caro.
Raso é, no ano 2013, falar em “interesses políticos” da Coca-Cola e “submissão em troca e dinheiro”. Teu empregador te paga em quê? Saco de batata? Tenha paciência.
Meu empregador simplesmente não prega que a letra da minha musica tem que dizer x ou y. Ou atrelar a minha musica a venda de refrigerante, em favor de lucro empresarial. Alias, a coca não tem interesse político algum, a política-empresarial da coca cola alias, nunca existiu, nunca pensou que ligar seu nome a um evento global pode aumentar vendas, nunca passou por ela criar propagandas que relacione modos de vida com o consumo do refrigerante, que produza inclusive novas maneiras de ‘olhar’ totalmente vinculadas a marca. É sempre por meio de politicas que as empresas atual, é sempre por meio de uma política que alguém coloca refrigerante, suco industrial ou de clorofila na mesa, e bebe com copo de cristal ou no gargalo. existe toda uma micropolitica da vida que corresponde em uma vida de mercado, uma vida de posto de gasolina, uma vida de pequenos passeios no parque, saidas de carro ou de bicicleta, andaças a pé sem destino ou para o trabalho, trabalho em função de padrões de atuação ou por experienciacoes multiplas, trabalho em funcao de um interesse empresarial de veiculacao de desejo em massa ou da criação de pequenas novas perspectivas de olhar a vida. É a diferença entre um Paulo Coelho, que com certeza nao ve o menor problema em vincular sua imagem com um comercial de automovel e a de um Manoel Bandeira, que também precisou ganhar dinheiro, mas escolhia uma estratégia que privilegiasse outros planos da vida (e com certeza ganhou menos dinheiro desse jeito, e com certeza isso não era relevante).
E daí? Desde quando pensar em aumentar vendas com propaganda é crime ou moralmente errado?
Ué, a questão não é judicial. Não é moral. É política. É sobre a gestão e regulação da vida, é sobre a multiplicidade de coletividades que co-existem e que são possiveis, é sobre as útopias e atopias pensaveis e impensáveis, é sobre o capitalismo como modo de produção que produz e expropria e como modo de capitalização de recursos, que alimenta ao mesmo tempo que captura em função do mero consumo, tudo voltado para o consumo infinito e infindável.
E é porque Tom Zé sempre escreveu letras como “meta sua usura na multinacional vá tomar na virgem seu filho da cruz”, que estranha muito ve-lo fazer musica para coca. Mas como disse, acho que essa aproximacao só revela a dificuldade da criação artistica no atual sistema de produção e regulação da vida. Se ele por acaso não precisasse da grana, provavelmente jamais faria isso.
Já opinei: Tom Zé gravou por multinacionais, apareceu em festivais de TV patrocinados por grandes empresas, e não vejo nenhuma discrpância entre esses fatos e as opiniões dele. Não acho nada estranho ele fazer música para uma empresa privada que não quebra a lei e vende um produto legal, goste-se ou não dele.
A frase “… e a todas essas bobajadas que aprendemos matando aula em DCE de faculdades” pode ter seu efeito, mas encerra um preconceito. O de que todos os esquerdistas são debilóides facilmente manipulados. Alguns aí se encaixam, mas não são a regra. Puro preconceito típico de quem está acostumado a raciocinar por fórmulas (e, pelos comentários, não são poucos aqui no blog). Eu não tenho e nunca tive twitter, orkut ou facebook, portanto não acompanhei os protestos contra o Tom Zé. Se estiveram em um nível baixo; é lamentável, mas esperado. Mas os que se dizem democratas não deveriam estranhar a manifestação. Ela é legitima e não necessariamente um patrulhamento. As pessoas podem simplesmente dar a sua opinião. Eu gosto dos discos do Tom Zé, gosto também da figura dele, mas não o conheço intimamente. Talvez ele se encaixe em um tipo de pessoa para a qual a ideologia tem valor substancial. Atenção: eu não estou dizendo que essas pessoas sejam melhores que as outras. Têm apenas essa característica. Então eu acho que o compositor pode ter se convencido de que cometeu um deslize. Particularmente acho que ele cometeu, mas jamais o julgaria, é apenas uma opinião minha. Eu, por exemplo, jamais iria a um restaurante em que a conta no final fosse o salário mensal do garçom. Eu jamais compraria uma Ferrari ou uma mansão (mesmo se pudesse). Ou seja, cada um tem sua filosofia de vida. Quem sabe o Tom Zé não se deu conta de que fez algo contrário à sua filosofia, o que o levou a recuar. Pela sua independência e inteligência, eu acho improvável que ele tenha se submetido a algum “patrulhamento”.
Ué, e quem disse que DCEs e faculdade só tem “esquerdistas”? Foi você, não eu. E no meu tempo curso o DCE era, sim, um oásis de desocupados.
Temo dizer que a coisa só piorou desde a sua época….
Fato.
Muito triste mesmo 🙁
Mais do que uma horda de desocupados, as mídias sociais tendem a se tornar o Grande Irmão do George Orwell. Hoje se respira facebook porque as pessoas acham que exercem algum poder ali. Mas essa moeda tem dois lados e só funciona se alguém se dobra a esse poder. O Tom Zé, aparentemente, se dobrou.
Na minha opinião, não é porque é figura pública que precisa ficar se policiando pra não fazer propaganda de refrigerante, cerveja ou sei lá o quê. Refrigerante engorda? Claro, e o papel de colocar limite nas crianças é dos pais, não dos artistas, atores ou cantores. Não quer que seu pimpolho vire um barril? Dê você o exemplo e a educação, não delegue ao outro a sua responsabilidade.
A pergunta é: Desses revoltadinhos de DCE, quantos bebem Coca-Cola? Meu palpite: 90%.
Os 10% restantes bebem Coca-Light.
Seria o mesmo que dizer que Caetano Veloso fez propaganda viral da Coca em Alegria, Alegria. Claro que não! O Tom Zé fez algo estranho, contraditório, ufanista, com coca no meio, que também explora essa mesma coisa. A peça é favor ou contra, ou muito pelo contrário. Porque não, porque não? PS: Só para terminar, não gosto de nenhum dos dois, mas de vez em quando sim, como uma coca também.
Se eu fosse o Tom Zé além de ficar com o dinheiro, faria propaganda também para a Pepsi, McDonalds, Burger King e ainda cantava o hino americano na abertura da Fórmula Indy. Depois mandava os malas virtuais tudo tomarem no rabo, pois não são esses idiotas que pagam as contas do cara. O Lucas Lima está mais do que certo também.
Olha, não tenho “Feice” nem “Tuíter”, e a cada dia que passo vejo, pela repercussão do que acontece de mais “importante” nessas redes sociais, que efetivamente não estou perdendo NADA. Porém, a grita nas redes sociais deve ter a ver com o fato de o Tom Zé já ter criticado duramente a Coca-Cola, sobretudo por conta de sua publicidade. Bom, ao fazer essa crítica EM PÚBLICO, ele queria a atenção DO PÚBLICO e desejava – considerando que quando opinamos, queremos, sim, CONVENCER – a concordância DO PÚBLICO. Caso contrário, teria guardado a opinião para si. Ora, se uma atitude sua contradiz frontalmente algo que você declarou, nada mais natural do que enfrentar uma reação: “Peraí, meu irmão, você me convenceu [ou quis me convencer] de tal e tal coisa, e agora faz o contrário do que disse?”.
Dizer que reação é coisa de patrulheiros, desocupados e vagabundos é demais. Claro que o Tom Zé pode fazer O QUE QUISER da sua vida e, ademais, ganhar seu dinheiro e usá-lo como melhor lhe aprouver, mas tanto ele quanto as demais pessoas têm que encarar com naturalidade também qualquer cobrança de coerência. Ou o público só serve quando o quero convencer, sendo que na hora em que dou pra trás na opinião, ele já não vale mais nada?
P.S.: O Zeca Baleiro é outro: em seu blog, descia a lenha, de maneira incisiva, nos anúncios de cerveja. O fazia de modo tão feroz, convicto e sistemático, que se tivéssemos que apostar nossa vida de que ele jamais faria um comercial assim, o faríamos sem pestanejar. Pois bem, não demorou muito, apareceu ele em uma séria de anúncios da Schincariol. Ok, ok, ele que seja incoerente e cara-de-pau o quanto quiser. Mas ele, como também o Tom Zé, que agüente nobremente as cobranças daquele mesmo público cuja anuência ele queria quando escrevia seus textos. Tudo é do jogo.
E só porque o cara criticou uma propaganda da empresa ele não pode fazer outra?
Não!
Ui mona!
Logico que pode fazer. A hipocrisia é a coisa mais natural do nosso mundinho, não é mesmo? O Lenine cantanto o Brasil na Petrobras também é algo “que dá orgulho de ser brasileiro”.
Na verdade, a própria música de Zeca Baleiro e Lenine já trazem em suas composições uma certa esteriotipia, um melopop que é muito mais industrial do que artistico. O Tom Zé não. Então acaba sendo mais triste ver um artista como ele ter que fazer dinheiro com merchan para sobreviver. A musica dele não é uma musica vendável quanto a do Zeca, ele nunca escreveu com esse proposito me parece (ganhar dinheiro). Mas essa apropriação financeira do artistico é uma infeliz consequencia do nosso modo (grotesco, por sinal) de vida, e o artista para poder comer o pao da manhã as vezes precisa cair em tais armadilhas. Resta esperar um proximo disco, uma proxima musica, em que essa questao seja tratada pelo proprio grande Tom Ze!
Abracos!
é duro andré…
ou vc é ou não…
ser cooptado não da….
odeio coca-cola,
futebol é coisa de “panis et circenses”…
é vc, que sempre admirei, tá virando uma “em cima do muro”…
cuidado cara, talvez, a FSP, perda gosto por ti…
aliás… FSP é algo duvidoso….
Juro que não entendi patavinas. Quem não gosta de Coca-Cola? Quem fala mal de futebol?
Jaguardarte
(…)
“Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.”
(…)
LEWIS CARROLL
(tradução de Augusto de Campos)
Daí barça…
pra turma do “panis et circenses”…
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-os-jogadores-de-futebol-sao-tao-detestados/
Em nenhum momento eu disse que ele não poderia, ao contrário, afirmei: “Claro que o Tom Zé pode fazer O QUE QUISER da sua vida e, ademais, ganhar seu dinheiro e usá-lo como melhor lhe aprouver (…)”. O ponto é que da mesma maneira que ele tem liberdade para fazer o que quiser, inclusive se contradizer, as pessoas que o admiram (duvido que alguém que sequer conhece Tom Zé, ou seja, a quase totalidade da população brasileira, tenha, ao menos, noção de que seja ele o narrador do comercial, portanto, não participando da polêmica) também tem o pleno direito de ir cobrar o cidadão. É como eu disse, a título de exemplo: “E aí, Tom Zé, você falou pra mim, que sou (do) seu público, cobras e lagartos da Coca-Cola, agora, eu que sou (do) seu público gostaria de saber por que você fez isso”. Nada mais natural.
Cobrar o quê do cidadão? Que ele não pode trabalhar para quem quiser? Ele burlou alguma lei? Corrompeu alguém? Se os fãs não gostaram, ótimo, parem de comprar os discos – aiás, parem não, porque duvido que alguém que reclamou tenha comprado algum disco do Tom Zé.
André, você é quem está dizendo isso. Está insistindo em algo que eu sequer insinuei. Ele que trabalhe pra quem quiser e faça o que lhe der na telha, não é problema meu. O que se pode cobrar, sim, é COERÊNCIA. Ou o pobrezinho não tem estofo para enfrentar um debate de idéias? Coitado! (Se for assim, é melhor ele não emitir mais opinião alguma, né?). Não é o caso, como você está dizendo, de exigir que o sujeito solte uma nota se desculpando, que devolva o dinheiro ou que faça um contra-anúncio vituperando a Coca-Cola Company! É apenas o caso de ele simplesmente responder à simples pergunta: “Agora você fez o anúncio. Ok, está feito, pegue seu dinheiro e enfie no banco. Mas… e aquela história de você escrachar a companhia e a marca? Era só uma bobagenzinha pra você fazer de tonto quem leva a sério o que você diz?”. Ou, repito, os fãs dele só prestam pra ouvir o que ele fala, sem direito a um contraponto? E, se você mesmo defende que o que ele fala não tem que ser levado a sério (no caso, a opinião que ele tinha sobre a empresa), então, podemos sentenciar, com sua chancela e a assinatura de Tom Zé que quando ele opina sobre algo, o valor REAL disso é o mesmo de um cachorro latindo ou o de um pernilongo zunindo.
Você confunde as coisas. Vc falou em cobrar do “cidadão”. Desde quando Tom Zé precisa ser cobrado por ter opinião? Ele não pode dizer uma coisa e depois mudar de ideia? O cara não fez nada ilegal. O “pecado” dele é não seguir as regras de “coerência” que outros estabeleceram. E daí que o cara fez propaganda de uma empresa que antes criticara? Qual o problema? Ele precisa achar a empresa perfeita? Ele está fazendo campanha racista ou criminosa?
Ele pode mudar de idéia. E pode também agüentar quem o questione por ter mudado de idéia. Simples.
Por mais que você pense o contrário, o artista tem, sim, uma responsabilidade a mais que a do cidadão comum, na medida em que o que ele faz ou diz repercute de maneira especial em seu público, que sempre tem uma abrangência significativa. Quando a Fernanda Montenegro vira garota-propaganda da revista Contigo, estampando, sorridente, outdoors pelo Brasil afora, aquilo tem um peso diferente do que teria se fosse uma ex-Big Brother qualquer. E se alguém “ousar” criticar a “primeira dama” da dramaturgia nacional, será tachado de vagabundo e desocupado? E o “artistão” um coitadinho que não pode ser criticado?
Afinal, por que no Brasil há tanto coitadismo com os artistas? Por que eles não podem ser questionados? Qual a razão para não se poder cobrar deles certos posicionamentos? Eles são criancinhas?, são inválidos?, são débeis mentais sempre carentes de amparo e proteção? “Oh, coitadinho do Tom Zé! Levou bronca de usuários do Feici”.
Na boa, se a relação fosse mais adulta, de parte a parte, o Tom Zé faria o anúncio, o público o cobraria, ele diria que fez porque quis, receberia o seu pagamento, o gastaria sem culpa e o mundo seguiria girando. O que dá no saco é esse coitadismo bocó porque ele foi admoestado e, numa prova grotesca de imaturidade, resolveu se livrar do dinheiro para eximir-se de “culpa”.
Não concordo de maneira alguma. Artista é cidadão, ambos têm responsabilidades iguais. Dizer o contrário é valoizar demaisum e esvalorizar demais outro.
Artista e cidadão com responsabilidades iguais? Será?
Se eu fosse ele tinha respondido apenas : Vou gastar os 80 mil em coca-cola, o dinheiro é meu, o problema é meu, a injeva pode ficar que é de vocês.
Se fosse eu, mandava fazer latinhas com os dizeres “Quanto mais CHILIQUE melhor” e distribuía pelas ruas da FFLCH ou na ECA.
Acho que não é tão simples. Refrigerantes são os maiores responsáveis pelos altos níveis de obesidade infantil e diabetes na América Latina. A publicidade pauta o consumo e as pessoas públicas têm que pensar bem antes de alugarem suas vozes e imagens a empresas.
Aí é que está Luiz N.
Esse seu tipo de afirmação é um tanto controvérsia.
Então quer dizer que o Senna fez errado ao pilotar uma caixa de Marlboro 1990?
As questões não são binárias. Há milhares de variáveis envolvidas. O Senna não tinha apenas como opção pilotar a tal caixa de Malboro ou abandonar a F1. Talvez ele pudesse ter pressionado por um outro patrocinador, ou ao menos demonstrado sua insatisfação. É extremamento deletério que uma criança associe a imagem de seu ídolo a uma caixa de Malboro.
É foda, o niilismo contemporâneo atingiu tal dimensão que agora fazer propaganda de produtos que contribuem pra tornar as crianças obesas e diabéticas é algo amoral. Pelo amor. Não é porque as regras do jogo parecem ser essas e porque todo mundo faz que isso é correto. Propaganda de cerveja – como as que são vinculadas em jogos de futebol e atingem crianças, associando as imagens de seus ídolos ao consumo de alcool – resulta em maiores taxas de alcoolismo e, consequentemente, em violência e abusos domésticos, desestruturação familiar, doenças, etc. O cachê fala mais alto pra essas pessoas públicas, quando pesam as coisas. Mas o cachê pesar mais alto não é a única opção. Depende do valor que você dá pras consequências que citei.
Também acho um absurdo a seleção brasileira fazer anúncio de cerveja, mas é outro caso: estão usando a imagem da seleção para divulgar algo que não tem nada a ver com esporte. E a seleção é um bem da nação – embora a CBF diga que é dela.
estou respondendo aqui pq não dá na do André:
E o Ronaldo que era menor de idade e fazia propaganda de cerveja?
Pra mim a seleção é da CBF. E se ela é um “bem da nação”, abro mão da minha parte. Os outros que façam bom proveito.
Claro que estava errado. Assim como estão errados todos os técnicos e jogadores de futebol que fazem comercial de cerveja. Não vejo controvérsia nenhuma nisso.
O Neil Young já cancelou show em São Paulo, se não me engano por causa da mesma Coca Cola.
Eu não acho errado Luiz Gustavo, só acho controverso qualquer clube, jogador, técnico ou esportista fazendo propaganda de álcool.
A vida e a imagem são do cara. Ele faz propaganda do que bem entender…
ciente disso, por que o governo não toma nenhuma atitude? assim como o fez com o tabagismo?
Bastam alguns reclamarem/criticarem para se tornar “patrulha virtual”. Ah, por favor… Da mesma maneira que o Tom Zé resolveu trabalhar pró-marketing Coca Cola e se expor desse modo, os outros podem criticá-lo, não podem?
Podem, claro. Todo mundo pode tudo. Mas isso não quer dizer que sejam imunes a críticas.
Na década de 1990 esse mesmo refrigerante pagou US$ 3 milhões para os Rolling Stones liberarem a música “Brown Sugar” para uma propaganda.
Lembro do Keith Richards dizendo algo como “quem diria essa música que nos deu sérios problemas com censura anos após seria trilha sonora do refrigerante mais popular do mundo”.
Uma música que fala sobre heroína… hoje muita gente chiaria… como tem gente chata.
Ele só vacilou em não ter esperado mais. Um pouco de paciência e o jogo dos comentários vira, como no caso dos estudantes de saia da USP.
Caramba André, que povo mais chato, o cara sofreu um bocado nesses quase 50 anos de carreira, se não fosse o David Byrne redescobri-lo, vai saber como ele estaria, então deixe ele ser feliz com esses 80 mil, até como um “prêmio” pela sua carreira!!!!
Também acho.
André, concordo com seu texto pois acho que sei o que vc quis dizer. Também considero o fim da picada esse patrulhamento de desocupados e não vejo nada demais no fato do Tom ter narrado o comercial (pra quem não sabe, ele até já trabalhou em agência de publicidade e quem xinga o cara agora, daqui a 10 minutos tá tomando uma Coca-cola). Mas a biografia do Tom Zé é incrível e ele é uma pessoa tão do bem, que considero lícito e compreensível que, pra livrar-se do mal estar, ele tenha doado a grana da forma que achou mais conveniente. Assim como o Tom Zé não é porta-voz dos babacas de DCE, ele também não é porta-voz do contrário pra que uma decisão pessoal ganhe esses contornos. A crítica não deve ser direcionada a ele de forma alguma. Cada um ganha (e livra do) dinheiro da maneira que quiser. E salve Tom Zé!
“Nas redes sociais, o pessoal caiu matando em cima de Tom Zé: o acusaram de estar vendido ao capitalismo, ao imperialismo, aos dólares ianques e a todas essas bobajadas que aprendemos matando aula em DCE de faculdades.” – Bobajadas que se aprende no DCE foi ótimo…hehehe
André,
Sobre politicamente incorreto,merece um post a participação do Sergio Mallandro no Faustão,o cara deitou e rolou.
Não vi, o que rolou?
Nada de mais. Pura rasgação de seda, combinada em bastidores. Parece que a Globo tá catando as sobras do SBT de antigamente. Faustão sozinho já era um lixo, agora com a nova aquisição tem-se até um reserva de luxo para os 3 patetas da GLobo (Faustão, Galvão, Bial – e Mallandro). Lixo explícito !
Caro Carlos,
Não foi rasgação de seda,ele deixou o Fausto varias vezes constrangido,por exemplo citando o Perdidos na Noite(chegava ás 09 hs e se apresentava as 02 da maduga) e dizendo que a produção do programa tina medo dele,Faustão.
Desculpe Jaime, estava de passagem pra ver se falavam algo da F1, daí fiquei curioso pra ver quem era o novo mala, mas quando ele citou o nome não consegui assistir por mais do que 2 minutos.
O Dr. Fausto (e é isso que ele é para a cultura brasileira) rasgou a seda falando da mãe, dos filhos, e dos programas “infantìs” daquele josta imbecilóide chamado Sergio MALLAndro, faltou só dizer que o Mallandro é o maior exemplo de cultura e inteligência brasileira, mas provavelmente foi porque a Grobo comprou o passe dele, pelo que entendi. Pura puxação de saco para já ir “amestrando” quem assiste ‘aquele lixo por falta de opção ou por medo de procurar algo menos ruim (por já estar viciado no lixo – é que nem droga/crack).
Mas foi bom saber que mesmo no Perdidos na Noite o Dr. Fausto não era o cara gente fina que a gente pensava.
Pelo jeito já era um grandessísimo FDP.
🙂 , Valeu !
Eca…Você assiste Domingão do Faustão?
André:
Já que estamos falando de música… Você já ouviu o disco novo do Swans, “The Seer”?
Abraços
Marcelo
Escrevi aqui sobre o disco, procure que vc acha. Um dos melhores discos dos últimos anos, coisa de louco.
A Satisfaction Discos em Copacabana no RJ, tem um vinil triplo desse disco prá vender. Se interessar, liga lá: 21-2521.2893.
A gente precisa ser forte pra não cair nas armadilhas idiotas que acontecem no FB. O patrulhamento ostensivo dos desocupados é uma apenas entre várias. Elas são ardilosas e pessoas sensíveis acabam por ser perder e sucumbem em algum momento, acho que foi esse o caso do Tom Zé. Lamentável mesmo.