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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Como dialogar com um movimento sem face?

Por Andre Barcinski
20/06/13 22:28

Quem achava que a revogação do aumento das tarifas de ônibus esvaziaria os protestos se enganou.

Quinta-feira, houve manifestações em cerca de cem cidades brasileiras. Em São Paulo foram mais de 100 mil pessoas, o dobro do maior protesto até então. Em Manaus, 70 mil; em Vitória, 100 mil. No Rio, impressionantes 300 mil pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O dia registrou a primeira morte desde que começaram os protestos – um rapaz de 18 anos foi atropelado em Ribeirão Preto, supostamente por um carro que tentava furar o bloqueio dos manifestantes.

A julgar pelas cenas de violência no Rio de Janeiro e Brasília, é um milagre que não tenha morrido mais gente.

Em Brasília, manifestantes apedrejaram e tentaram invadir o Itamaraty. Foi a cena mais tensa da semana. Em determinado momento, tentaram até incendiar a entrada do prédio.

No Rio, houve confrontos com a polícia. Algumas pessoas atacaram o Terreirão do Samba, um espaço cultural conhecido da cidade. O que o coitado do samba fez para ser atacado dessa maneira, ninguém sabe.

Tudo que sabemos é que ninguém sabe de nada.

Nas ruas, os protestos abrangem todos os temas. Um amigo disse ter visto, no Rio, alguém – certamente torcedor do meu time, o Fluminense – carregando uma faixa: “Volta, Conca!”

Não é fácil viver no Brasil: corrupção, mau uso de dinheiro público, gastos exorbitantes com Copa do Mundo, educação e saúde deficientes. A lista de queixas é imensa.

Mas, se for algum consolo para os manifestantes, duvido que hoje algum deles queria estar na pele dos governantes.

Se você é prefeito ou governador e quer tentar estabelecer um diálogo, com quem fala? Como dialogar com um movimento sem face?

As manifestações que se espalharam como fogo pelo Brasil são inéditas porque não têm uma cara. Não há um líder, uma figura que sirva de referência, um “cabeça”.

Há vários movimentos independentes, mas, com a enorme variedade de temas dos protestos, ninguém “representa” – só para usar um termo muito em voga – sua totalidade.

O que vai acontecer nos próximos dias, ninguém sabe. Prognósticos são impossíveis, porque as manifestações não parecem seguir uma lógica. Tomei um susto quando soube que, no dia depois que o prefeito e governador do Rio atenderam às exigências e diminuíram as tarifas, 300 mil pessoas saíram às ruas. Juro que não esperava tanta gente.

Dilma convocou uma reunião de emergência para sexta de manhã.  Estou curiosíssimo para ver o que vai sair.

 

Pelé, Ronaldo e Bebeto: que desagradável…

Dentro de campo, Pelé, Ronaldo e Bebeto foram craques extraordinários. Fora dele, são uns pernas de pau irrecuperáveis, verdadeiros Manguitos, Mericas e Carlinhos Itaberás.

Não sei se os três combinaram, mas o fato é que, nos últimos dias, em meio a protestos históricos que pararam o país, o trio calafrio deu declarações constrangedoras sobre nosso futebol.

Para começar, Bebeto: membro do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, o ex-jogador disse à revista “Playboy” que João Havelange, que renunciou ao cargo de presidente de honra da FIFA poucos dias antes da divulgação de um relatório que comprovava que ele e Ricardo Teixeira haviam recebido propinas da empresa de marketing ISL (leia aqui), merecia “uma estátua”.

Ontem, Ronaldo Fenômeno, em seu Twitter, comentou o vídeo que circula na Internet em que ele diz: “Está se gastando dinheiro com segurança, saúde, mas sem estádio não se faz Copa. Não se faz Copa com hospital. Tenho certeza que o governo está dividindo investimentos”.

 


 

“Um pessoal postou um vídeo editado com declarações minhas sobre a Copa de dois anos atrás. Posso de fato não ter me expressado tão bem e a edição que eu vi na internet é bastante tendenciosa. Era outro contexto. Não é justo usar como se fosse dito essa semana”, escreveu Ronaldo.

Em primeiro lugar, o vídeo não foi editado, muito menos de forma “tendenciosa”. É um trecho de uma declaração de Ronaldo, mostrado sem cortes.

Claro que ninguém está insinuando que Ronaldo não acha importante a construção de hospitais, isso seria injusto. Mas que a declaração dele foi de uma falta de sensibilidade chocante, é fato.

Em vez de ficar reclamando, Ronaldo – que não vê conflito ético entre comentar jogos da seleção na TV Globo enquanto é membro do COL e ser dono de uma agência de marketing esportivo que gerencia a carreira de Neymar – poderia vir a público e pedir desculpas pela gafe. Vestir as sandálias da humildade seria um começo.

E Pelé? O Rei do Futebol, um “poeta, quando calado”, segundo Romário, fez das suas, ao divulgar um vídeo em que pede ao povo para “esquecer” as manifestações – que Pelé chama de “confusão” – e apóie a seleção brasileira: “Vamos esquecer toda essa confusão que está acontecendo no Brasil e vamos pensar que a seleção brasileira é o nosso país, é o nosso sangue.”

 


 

Não sei o que irrita mais na declaração, se o tom professoral e condescendente, ou a absoluta falta de perspectiva histórica de Pelé. De qualquer forma, é uma daquelas gafes que vai ficar para a história. Quem sabe, daqui a 30 ou 40 anos, quando os resultados dessas manifestações já tiverem mudado o país para sempre, alguém assista ao vídeo e lembre: “Nossa, como falava besteira o Pelé”.

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Comentários

  1. F de I comentou em 21/06/13 at 8:46

    Bebeto = Vendido.
    Ronaldo = Acéfalo.
    Pelé = Gagá.

    Barça, desculpe a comparação… mas já comparando: Fazendo um paralelo com a música e seus movimentos e “confusão” (hehehe)… Como sentiu-se quando o movimento punk e um tempo após – claro em menor escala – o Nirvana estava “estourando”? Lembro que em seu livro li algo sobre estar vivenciando uma época de mudanças. Procede? É como este tipo de sentimento que nós brasileiros – aqui já em maior escala – estamos vivenciando agora?

    Un abrazo!

  2. MP comentou em 21/06/13 at 8:43

    proximo passo do gigante:

    #vamoscancelaracopa

    Ah! Para quem não está acostado com “face”
    quer dizer VAMOS CAN-CE-LAR A COPA

    #FATO

    • F de I comentou em 21/06/13 at 9:42

      Próximo passo do gigante vai ser derrotado pelo Daileon do Jaspion… sempre acabava assim.

  3. Eidur Rasmussen de Sousa comentou em 21/06/13 at 8:40

    Você chegou a ler isso: https://medium.com/primavera-brasileira/dfa6bc73bd8a

    Acho um pouco exagerado.

  4. Marco comentou em 21/06/13 at 8:36

    Quando se protesta contra tudo, se protesta contra nada. Nada vai mudar.
    E olhando o que os manifestantes fizeram no Rio, Brasília e outras cidades, penso que os politicos brasileiros não são tão ruins assim…
    A cena que eu nunca mais vou esquecer: neguinho cantando legão urbana e botando fogo no itamaraty!
    Enquanto isso a Globo (de helicóptero) diz que é só uma minoria de vândalos e que todos lutam pacificamente contra a “pec37”! (a gente sabe o interesse da Globo nisso).
    Agora corremos o risco do cancelamento da copa das confederações o que fará o Brasil pagar bilhões de multas a Fifa e patrocinadores. Genial!! Em 2007 todo mundo comemorou, ninguém reclamou. Agora que o país começaria a ganhar alguma coisa, teremos esse prejuízo monumental.
    Ok o Brasil estava conseguindo passar bem pela crise mundial, agora sim teremos muito mais motivos para protestar.
    Então vamos nessa, o gigante acordou e já vai tropeçar no pé da cama.

  5. Enaldo Soares comentou em 21/06/13 at 8:30

    Eu nunca ouvi uma declaração relevante do sr. Edson Arantes do Nascimento.

    • F de I comentou em 21/06/13 at 8:47

      Eu já… quando ele fala do Pelé – claro em terceira pessoa. “Sem querer querendo” ele deixa bem claro onde terminou um e começou o outro.

  6. Luciano comentou em 21/06/13 at 8:14

    Não seria uma face cansada?

    • Andre Barcinski comentou em 21/06/13 at 8:32

      Cansada? Acho que não. O movimento só cresce.

  7. denise comentou em 21/06/13 at 7:59

    paris e londres tiveram riots alguns anos atrás, madri parou, os países árabes pararam, o chile… acho que o problema brasileiro não é só político: acho que essa geração y, tão conectada, tão ansiosa, é a mais desesperançosa em séculos. querem tudo, querem logo, mas, se conquistam, what’s next? o que almejar?

  8. Vinícius comentou em 21/06/13 at 7:24

    Movimento sem face e que não sabe o que quer. Sim, porque de “fora Dilma”, “chega de corrupção” o que se pode esperar? Como “recado” é ótimo, mas quais as consequências concretas? Ou acham que Dilma irá renunciar e todos os políticos farão juramento de não mais meterem a mão nos cofres públicos? A menos que queiram destituir o famigerado estado democrático de direito e instaurar o caos. Está um negócio muito, mas muito estranho mesmo. Triste pertencer a uma nação selvagem e que não se instrumentaliza e qualifica para vencer o jogo lá, no campo do adversário, aparentemente prefere demolir e queimar os estádios. É este o resultado de anos de educação precária.

  9. Anônimo comentou em 21/06/13 at 7:18

    Não tem como não fazer o trocadilho. Movimento sem “face”?

    • F de I comentou em 21/06/13 at 8:48

      Eu sorri baixinho…

  10. André Albuquerque comentou em 21/06/13 at 7:08

    Participei dos protestos na terça, vi os dois lados; segui até a paulista numa manifestação bacana e fui perto do anhangabaú onde teve saques e quebradeira, de toda maneira esses lados opostos fazem parte!

    Em tempo,o que achou do Renato Maurício Prado ser chamado de manja rola pelo Felipe Mello? kkkk

  11. Maurilio comentou em 21/06/13 at 5:39

    sonho

  12. Maurilio comentou em 21/06/13 at 4:49

    Que tal se o governo retirasse os Renans,Felicianos,mandasse o Sarney vestir o pijama,não precisa ser o listrado,pegasse firme nos Malufs,se os 3 poderes cancelassem os últimos aumentos que se autoconcederam,renunciassem ás mordomias exageradas…Deputados e senadores deveriam usar apenas serviço público de saúde e educação. Tenho certeza que daria resultado.
    Poderiam interromper a sangria e renunciarem á copa e ás olimpíadas, dizendo a verdade,que o país tem outras prioridades,e que isso foi um sonhos megalomaniaco de um cara que com mania de grandeza. Para fazer isso não precisa conversar com nenhum manifestante e é o tipo de coisa que todos sabem ser o ingrediente principal nesse caldeirão.
    Herança maldita é isso aí…

    • Andre Barcinski comentou em 21/06/13 at 8:33

      Mas Maurilio, Feliciano foi eleito. O que vc quer, que se tire alguém eleito?

      • Bruno comentou em 21/06/13 at 8:53

        É esse o ponto nevrálgico da questão.

      • Maurilio comentou em 21/06/13 at 9:00

        Concordo,não me expresso muito bem.O que tento dizer é que é preciso modificar o modo de fazer política_na ultima eleição não havia um só candidato que me animasse a votar, os caras já se candidatam representando interesses que a meu ver não são os mais saudáveis,você pode indicar quantos políticos com uma visão do mundo para além do próprio mandato?Ou da própria reeleição?
        Quem discute a representatividade do congresso?Ou de estados que vivem de esmola serem proporcionalmente mais representados que os que financiam isso tudo.Municípios que são criados sem arrecadação para sustentar prefeitura e câmaras cada vez mais caras.
        Desculpe se me extendi demais,mas ontem mesmo,com um cara morrendo atropelado numa manifestação aqui,os vereadores aprovaram a liberação para o transporte de pets nos ônibus da cidade,onde essa gente vive?

        • Andre Barcinski comentou em 21/06/13 at 9:03

          Não existe NINGUÉM hoje capaz de fazer um pronunciamento na TV e acalmar o país. Eu achava que a Dilma, com a aprovação alta que tem, já teria feito isso. Aguardemos.

      • Afonso Henriques comentou em 21/06/13 at 10:17

        E o RJ elegeu Bolsonaro, também.

        • F de I comentou em 21/06/13 at 13:04

          Bolsonaro é mestre!

  13. marcelo barbosa comentou em 21/06/13 at 4:32

    li tantas teorias da conspiração…a melhor tá no conversa afiada, do PH!

  14. Giu comentou em 21/06/13 at 2:04

    O problema do brasileiro é achar que pode ganhar tudo no grito. Não se conserta um país com manifestações. Elas fazem, no máximo, parte disso, o que também não acontece do dia para a noite. Não se constrói uma democracia no grito. O tipo de regime político que se consegue na base da porrada é o totalitarismo. Democracia se faz no voto, no dia a dia, acompanhando o trabalho político. Quem colocou essa cambada de vagabundo lá em cima foram os vagabundos aqui de baixo: gente que não quer saber de ler jornal, de falar de política e que só pensa em balada e rolê, ou novela e futebol, ou buteco e carnaval.

  15. João Roberto comentou em 21/06/13 at 1:57

    André, ao contrário do que vc escreveu no título do seu texto, este não é um movimento sem face: é um movimento de todas as faces. É o “chega”, o fim da linha, o “basta” da nação brasileira à exploração e ao descaso a que sempre foi submetida por seus “representantes”. Honestamente, não sei onde isso vai parar – eventualmente, pode ser até que o país se torne ingovernável… mas com toda certeza isso ainda é melhor do que seguir da forma que vinha sendo.

    • Andre Barcinski comentou em 21/06/13 at 8:34

      É uma visão, mas meu ponto é que não existe uma liderança reconhecível.

  16. Losovoi comentou em 21/06/13 at 1:41

    Não diria sem face, mas sim com muitas faces, algumas de dar medo. Em São Paulo manifestantes ligados a partidos de esquerda, inclusive mulheres, foram agredidas por neo-nazistas. Tá certo, que parte desses manifestantes partidários quiseram surfar na onda, mas nada justifica a violência. Não é a maioria, mas parece que essa corrente ganha força. De todo modo, só viu quem estava lá, os meios de comunicações não deram importância.

  17. Renato comentou em 21/06/13 at 1:36

    Citando Romário: “Todo mundo sabe que o Pelé só fala Eme”.

  18. marcelo barbosa comentou em 21/06/13 at 1:36

    os proximos judas do sabado de aleluia serão essas 3 bestas!

  19. André Veiga comentou em 21/06/13 at 1:30

    Sobre a primeira parte do texto: Sim, o movimento não tem cara, não tem reivindicações claras, é cada um por si. Enfim,uma zona.
    Mas francamente, eu prefiro assim.
    Fui um dos “Caras Pintadas” que derrubaram o Collor. (fiquei na dúvida se colocava ou não aspas em “derrubaram”). O que começou como movimento espontâneo foi logo capitalizado por líderes de oposição – e por oposição entenda-se praticamente todo mundo. No mesmo palanque estavam FHC, Lula e Maluf. Pouco tempo depois estourou o escândalo dos anões do orçamento. Ninguém foi às ruas.
    A questão é: Estamos vendo realmente um MOVIMENTO, ou um grito de revolta? E como fazer reformas profundas, se os únicos que poderiam fazê-las – os congressistas – são os maiores interessados em que isso nunca aconteça?

  20. Helder comentou em 21/06/13 at 1:26

    Cara, te acho um chatão. Imagino sempre o Hortolino ou o Mutley resmungando quando vejo sua foto e leio alguns textos seus. Mas hoje concordei em 100 % com o que você escreveu. Tempos estranhos estes que estamos vivendo. E se Ronaldo falou M…, impossível nomear o depoimento acéfalo do Pele. Tenho até vergonha de lembrar que vi aquilo.

  21. Fernando Maia comentou em 21/06/13 at 1:21

    Barça…tenho filhas pequenas e uma analogia me veio à cabeça…de vez em quando as crianças testam o limite da paciência dos pais fazendo teimosias, birra, manha, esperneiam pra conseguir o que querem até seus pais darem um basta ou não cederem aos seus caprichos e elas voltarem a ficar mansinhas….Corrupção, roubalheiras, lavagem cerebral com copa, esmola com bolsa família, impunidade, abandono de direitos básicos…tá na hora dos governantes levarem umas palmadas não acha?

    • Andre Barcinski comentou em 21/06/13 at 8:35

      Claro, acho ótimo que as manifestações estejam acontecendo, sem dúvida.

  22. Roubocoop comentou em 21/06/13 at 1:15

    Como cair na mídia sem perceber
    Barcisnski, você, eu , nós e todos caímos, nessa. Todos pensamos que a declaração desastrada de Ronaldo foi feita nos últimos dias, mas isso não é verdade, essa declaração de Ronaldo foi feita dois anos atrás.
    .
    O Ronaldo do vídeo e não está com o cabelo raspado na lateral como o Roanaldo de hoje, e é um obeso diferente. Ronaldo respondeu a acusação, no seu site:
    http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/ronaldo-se-defende-de-video-polemico-edicao-tendenciosa.html
    Só que não deram o mesmo destaque.

    Quanto ao vídeo do Pelé a distorção é a mesma, Pelé não pede propriamente para o povo esquecer a copa, O que ele pede é para torcer pela seleção. O “esquecimento” que ele pede é para não confundir a situação atual co, a torcida tão necessária para a seleção.

    • Andre Barcinski comentou em 21/06/13 at 8:36

      Eu disse isso. Mas e daí? Não é porque a declaração tem dois anos que ele deixa de ser errada. Quanto a Pelé, ele claramente pede pras pessoas esquecerem as manifestações.

      • Luciano comentou em 21/06/13 at 9:05

        Roubocoop.. o que o Pelé quer dizer é: “Povo, continuem frequentando o Circo”.

  23. Fernando Maia comentou em 21/06/13 at 1:06

    Realmente…deu vontade de rir quando o governador do Rio falou que estava aberto às negociações com os representantes das manifestações….quero ver ele arrumar uma mesa redonda pra toda a população do Estado…hahaha

  24. Patrícia comentou em 21/06/13 at 1:02

    tá tudo mto caótico André
    acho tão estranho esse lance do Anonymous? Derepente todo mundo confia no Anonymous!aff. Polícia, governo e povo, tá todo mundo perdido, meu medo é aparecer alguém/algo bem esperto pra pôr um ponto final disso de um jeito que ninguém gostaria.

  25. Paulo comentou em 21/06/13 at 0:34

    Parece coisa do tempo da ditadura essa do Pelé… Mas deve ser mesmo só um acesso de senilidade…

  26. Mosca comentou em 21/06/13 at 0:23

    Diálogo nessa altura do campeonato? A farra acabou. Não vai ter Copa!

  27. Guilherme B. comentou em 20/06/13 at 23:50

    André, desculpa, mas não resisti, vou começar com um OFF.

    Você já viu isso?

    http://www.youtube.com/watch?v=zu1ewEVjIiE

    “O documentário aborda o universo dos moradores de coberturas de prédio das cidades de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O diretor obteve acesso aos moradores das coberturas através de um curioso livro que mapeia a elite e pessoas influentes da sociedade brasileira. No livro são catalogados 125 donos de cobertura. Destes 125, apenas 9 cederam entrevistas. Através dos depoimentos dos moradores de cobertura, o filme traz um rico debate sobre desejo, visibilidade, insegurança, status e poder, e constrói um discurso sensorial sobre o paradigma arquitetônico e social brasileiro.”

    Surreal ….

  28. pedro comentou em 20/06/13 at 23:49

    A geração Y está acostumada a ter tudo com um clique, só estamos procurando onde clicar no mundo real.

  29. Leo comentou em 20/06/13 at 23:11

    Gostei bastante das duas análises – esta e a anterior. Bastante lúcidas, como de costume. Todavia, não me pareceu que os discursos do Cabral, Haddad e Alckmin, ao contrário do afirmado por eles, pudessem ser chamados de diálogo. A redução dos preços das passagens foi, segundo eles, realizada em detrimento de investimentos (em saúde e em educação, talvez?) E aí mora a incompreensão da classe política: sem nenhum gesto de aumento de transparência na gestão dos recursos públicos, redefinição de prioridades (estádios superfaturados?) e combate à corrupção e gastança. Não sei, mas, tenho a impressão de que o discurso de desqualificação adotado inicialmente por essas autoridades para pichar o Movimento Passe Livre (“vândalos”, “violentos”, “utópicos”), que não se resume ao preço da tarifa, mas abarca um questionamento do próprio modelo de gestão do sistema de transporte público (incluindo aí as concessões), nada transparente e sem a menor preocupação com o usuário e do modelo de desenvolvimento econômico (carro-dependente), continua, sob a forma de “ok, vou fazer o que vocês desejam, mas aviso que darei com uma mão e tirarei com a outra”. Sou só eu quem teve essa impressão? Juro que estou me achando meio louco…

    • Andre Barcinski comentou em 21/06/13 at 8:38

      Não foram diálogos, foram monólogos de tom professoral.

  30. Marcio comentou em 20/06/13 at 22:57

    Deram leitinho pro nenen e agora bebem leite azedo de mula sem cabeça.

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