William Waack: como mediar a polarização?
08/07/13 07:05A mesa mais quente da Flip foi “O povo e o poder no Brasil”, que reuniu o economista André Lara Resende e o filósofo Marcos Nobre, com mediação do jornalista da TV Globo, William Waack. Realizado na noite de sábado, foi marcado não só por um debate de alto nível e cheio de divergências – sempre construtivas – entre os participantes, mas por um clima de Fla x Flu do público, que ora vaiava, ora aplaudia (leia meu texto para a “Folha” aqui).
O alvo mais freqüente da plateia não foi nenhum dos debatedores, mas o mediador William Waack.
Não era preciso ser nenhum vidente para imaginar que a presença de Waack poderia provocar reações mais acaloradas. Na noite de quinta-feira, na mesa “Narrar a rua”, sobre as manifestações no Brasil, Pablo Capilé, coordenador do Fora do Eixo, grupo que reúne produtores culturais alternativos no Brasil, havia reclamado da presença do jornalista na Flip.
Aliás, uma das frases mais engraçadas da Flip foi do próprio Pablo Capilé: “Ficar em cima do muro hoje não é uma opção,” disse, sobre os recentes protestos no Brasil. Capilé só esqueceu mencionar que, enquanto o país pegava fogo nas manifestações, o Fora do Eixo não publicou uma palavra sequer sobre os protestos em seu Twitter oficial. Só foi citá-los em 22 de junho, mais de uma semana depois da eclosão dos protestos em todo o país. Equilíbrio em muro é isso aí.
Voltando à Flip: logo no início do debate, Waack fez um aparte durante a explanação de André Lara Resende e foi vaiado. Alguém gritou da platéia: “Olha o monopólio da informação!” Foi a primeira de várias manifestações contra o jornalista.
Conversando depois com amigos, alguns acharam que Waack interferiu demais na conversa e tentou imprimir um ritmo “televisivo” e acelerado à mesa, o que teria prejudicado a explanação dos debatedores. Eu achei o contrário: que o ritmo mais rápido tornou a conversa ainda mais envolvente. Mas é só minha opinião e respeito quem discorda.
Quase ao fim do debate, uma pequena confusão aconteceu ao lado do palco. Vi um rapaz caindo ao chão e sendo levado para fora da tenda por um segurança. Corri atrás do segurança – aliás, não vi nenhum tipo de violência ou truculência por parte dele, é bom que se diga – e consegui encontrar o manifestante e conversar rapidamente com ele. Chamava-se Gandhi, tinha 20 anos, morava em Paraty e se disse estudante.
– O que você gritou lá dentro?
– Eu gritei que o William Waack não representa a luta popular! Estou protestando porque ele é pago pela mídia corporativa, que ajuda a escravizar o povo!
– Você é ligado a algum movimento?
– Não sou ligado a nenhum movimento e nem partido. Sou apartidário, nem título de eleitor eu tenho!
– Você acha que a mídia quer escravizar o povo?
– Acho! A grande mídia, a Globo (o rapaz olha para meu crachá)… e a Folha também!
André as críticas que o Lobão fez as novas regras do ECAD foi no debate com vc???
precisamos do áudio disso…hehe
Foi sim. Ainda não consgui descobrir se o debate foi gravado…
Escraviza é forçado. Mas, no mínimo, desinforma. O Jornal “do Willian Wack”, nas madrugadas da Globo, é apenas um exemplo de jornalismo tendencioso. E a desconfiança da população com relação à órgãos de mídia extrapolou a militância de esquerda. A desconfiança é geral. Será que é gratuita? Está na hora da mídia tradicional descer do Olimpo.
Que Olimpo? O cara estava mediando um debate na Flip, com ingressos abertos a qualquer um.
Escraviza, eu não diria. Mas desinforma, certamente. O jornal da Globo, com o Willian Wack, é tendencioso assim como qualquer órgão de imprensa. O que é normal, já
Putz, ando meio de saco cheio dessas teorias conspiratórias contra a imprensa, reforçadas nos últimos protestos.
Parece coisa de manual do militante do novo milênio. Para ser aceito tem que protestar contra a Globo, Abril, Folha, Estado, e assim vai…
Tenho a impressão que ninguém aprende nada, nunca.
Continuar demonizando a mídia só aumenta o risco de uma coisa: censura.
Isso através de uma das coisas que nossos políticos estão louquinhos para criar: um marco regulatório para a mídia brasileira.
Marco regulatório da Mídia é a MELHOR coisa que poderia acontecer no Brasil. Isso existe em todos os países civilizados do planeta. Existe nos EUA, Inglaterra, França, Alemanha e etc. Marco regulatório significa impedir que grandes grupos empresarias sejam donos de tvs, jornais e rádios ao mesmo tempo. Exatamente como acontece AINDA no Brasil. Não tem nada a ver com “censura”. Essa história é disseminada por esses grupos justamente para confundir os mais desinformados e criar no publico a percepção que se quer “censurar” alguma coisa.
Aliás censurar o que quer que seja, hoje em dia é impossível. Nem Irã, nem China, nem os EUA conseguiram tal proeza. E eles vivem tentando fazer isso. Todo dia.
Claro que vai virar censura, só não vê quem não quer.
Andre, porque impedir ou, na medida do possivel, limitar a propriedade cruzada de meios de comunicação, iria virar censura ?
Regras que são eficazes em outros paises se tornariam censura de conteúdo no Brasil?
Com certeza absoluta. É um assunto longoooooo…. que, sinceramente, não sei se tenho mais paciência para explorar.
Mario, voce é mais um acreditar nessa historinha furada de regulamentação da midia. Isso é mais um papo furado daqueles que querem se manter no poder as custas do controle sobre tudo. Regulamentar significa o estado colocando o dedo em uma das poucas coisas livres de estado neste pais. É mais estado, mais controle, mais impostos mal gastos, mais uma agencia regulatoria cheia de cabides de emprego, etc. Ja não basta a agenda da midia ser 90% pró esquerda? Como bem disseram ai, a esquerda não se contenta com 90%, só vai sossegar quando tiver o controle completo. Menos estado, mais liberdade já!
O Gustavo e o André acompanharam meu raciocínio. Essa teoria de regulação da mídia até pode ser válida e bonita em outros países. Mas a questão é que no Brasil o buraco é bem mais em baixo. Ou você acha nossos políticos iam deixar passar a oportunidade de controlar e punir os meios de comunicação que fossem contrários a eles?
Não é 100% correto, mas é bem pertinente.
http://www.dcomercio.com.br/index.php/opiniao/sub-menu-opiniao/111976-alguem-e-ninguem
As pessoas têm que ler mais, sobre todos os assuntos, para pararem com essa mania de “se é da grande mídia é ruim ou manipulador”. Tem bloguezinhos de merda que são mentirosos; tem telejornais em horário nobre que são tendenciosos. Esse pessoalzinho tem que parar de ler ou assistir só ao que gosta para formar uma opinião.
Sem título de eleitor esse rapaz nunca vai poder tirar um passaporte e ir visitar outros países e outras culturas…. triste!
Colocar o Waack como “mediador” de um debate desses só poderia ser resultado da “globalização” (ref TV Globo) da FLIP. É a pior coisa que poderia acontecer. Ganha-se em visibilidade, perde-se em credibilidade.
Quanto ao Waack, vejam vcs mesmo a posição do sujeito ao falar sobre as manifestações populares no Brasil em uma publicação americana apropriadamente chamada The American Interest:
http://www.the-american-interest.com/article.cfm?piece=1455
Por que? O cara apresenta um programa de debates, não é nenhum iniciante em mediação de conversas. As pessoas têm todo o direito de concordar ou não com o que ele pensa, mas dizer que ele “diminui a credibilidade” de um debate é uma falta de bom senso e de espírito democrático.
Ok. Vamos supor que vc fosse chamado para mediar um debate com Carlinhos Brown e Seu Jorge sobre a influência do axé na música brasileira moderna. E, surpresa, vc topasse.
Qual seria a credibilidade do mediador? Não que vc fizesse algo errado ou tendencioso, mas as pessoas que conhecem o André Barcinsky, teriam no mínimo uma síncope ao assistir uma coisa como essa.
Não é porque o cara é mediador e está conduzindo bem o debate que ele está isento de seu passado e suas opiniões. Mesmo sem querer, a coisa fica de cara toda deturpada pq as pessoas naturalmente vão encarar o mediador não como “mediador” e sim como parte interessada ou desinteressada do assunto.
Creio que foi isso que em parte tumultuou o debate na FLIP.
Se fosse o Barcisnky mediando este debate na FLIP ou o Waack mediando o debate sobre o Axé, tenha certeza, não haveria ruido algum nesses eventos.
E daí? Só porque eu não gosto da música deles não poderia mediar a conversa? Eu, hein…
Já imaginou, AB? Vc ganharia uma caixa de caxirolas!!
Eu pagaria ingresso para ver o Barcinski mediando um debate entre o Carlinhos Brown e a Preta Gil no palco do Esquenta da Regina Casé.
Pré-conceito.
Espírito democrático não exercido pelo veículo do qual ele faz parte. Quanto á credibilidade desse sujeito nada mais instrutivo que ver seus programas de entrevista na Globo News. Ele não tem só lado não, ele é venal na maioria das vezes, para teu espanto, suponho!
Me espanta é alguém dizer que um programa que recebe dois convidados por edição possa ser “venal” e “antidemocrático”. Quer dizer que todos os entrevistados são “venais”?
Os convidados são os mesmo, quase sempre. Mas enfim, não vou prosseguir, que é desgastante para mim e também para você, imagino. William Waack não vale este atrito!
Tá bom, são sempre os mesmos. Assim como o seu argumento, sempre o mesmo.
Só porque o Waack trabalha na Globo? Se estivesse na TV Brasil ou trabalhasse para Caros Amigos ou Carta Capital seria adequado?
Devia ter botões de curtir nos comentários,pq os de hj estavam excelentes!!
Este povo que só critica a mídia estabelecida devia antes de tudo pesquisar mais,estudar mais e acima de tudo ler mais!!
bater em pablo capilé e elogiar william waack. q gracinha!
Vinicius, por favor, leia com atenção: eu não “bati” em ninguém, simplesmente expus fatos. Se duvida, vá ao Twitter do FDE e confira. Sei que dá mais trabalho que reclamar, mas faz esse esforço, vai.
Muito legal o texto na Folha. Você tem uma paciência com esse tipo de coisa/gente que eu não teria. Aliás acho que o tal do “Gandhi” provavelmente nem sabe quem foi Gandhi. 20 anos e não tem título de eleitor? Belo exemplo o dele, não tem moral para cobrar nada.
A velha mania de satanizar a Globo. E esquecem-se de um dado tão simples: Ninguém é obrigado a assisti-la.
Esses dias comecei a receber pelo facebook um protesto que pedia “1 dia sem Rede Globo”. Recebi o convite de várias pessoas. Escolhi a amiga mais panfletária e perguntei do que se tratava.
“Vamos todos ficar um dia sem Rede Globo como forma de protestar contra a manipulação da blá, blá, blá”
Respondi:
“Bem, eu passo de 5 a 6 dias, em média, por semana, sem assistir a Globo. Se eu tiver que seguir esse protesto idiota, vou ter que assistir mais. Lamento”
Não preciso nem dizer que a revolucionária me deletou de sua lista de amigos. Melhor assim. Deve achar que eu sou agente da CIA, inimigo do povo, ou qualquer outro desses clichês.
André só pegando o gancho do seu comentário…
Na minha timeline do facebook rolou algo mto engraçado. Como na sua durante aquelas semanas estava cheia de panfleteiros e tals, e rolando varios protesttos entre eles esse do dia sem globo.
Mto bem…lembro q no dia q a PEC 37 estava sendo votada achei mto estranho, pois o negócio tava rolando ao vivo na TV Camara e ng se manifestava…
Uma meia hr depois da votação já definida, percebi q no intervalo da novela a globo deu a notícia….o que aconteceu???? A timeline começou a bombar com coisas como “Vencemos”,”Vitória do povo” etc…ou seja…todo mundo tava vendo a novela…haha
The revolution WILL be televised!
hahaha…fato…
Perfeito! Só coloco nessa merda de Rede Globo pra ver jogo do Corinthians.
Capilé também esqueceu que a pouco tempo dava uma longa entrevista na Globo News falando do Fora do Eixo e da produção cultural alternativa feita no Brasil!!Esse discurso anti-globo e folha é muito infantil . Mas não sei porque tenho a impressão que tanto Capilé quanto esse menino chamado Ghandi adoram o Fidel e a ditadura Cubana.
A grande imprensa está pagando o preço e o pato de ter ficado anestesiada nos últimos anos pela propaganda oficial, que era de extrema importância para o caixa já não muito saudável da mídia tradicional. Mas isso teve um certo custo em imparicalidade, e a sociedade está apresentando a conta hoje. Uma pena que muitas vezes os jornalistas não tem culpa nenhuma do que seus patrões fizeram. E julgo até perigoso essa aversão à mídia, pois todas as posições são válidas ….. mas nunca o silêncio e a sonegação de informação.
Tem esquerda, direita e os puxa saco do Barça. Eu, hein.
Melhor ser puxa saco do Barça do que do Vladimir Safado,
ops,Safatle.Eu,hein.
Não tenho visto discussões sobre o futuro do livro, razão de ser da Flip, na migração digital, seu novo suporte.
Deviam dar espaço ao inovador formato de ebook multimídia, como por ex. ” O Jogo dos Papeletes Coloridos”, que traz músicas e vídeos integrados ao texto, dando nova experiência de leitura, mostrando o que virá em breve no mercado editorial.
Recém publicado pela Ed. Livrus, quem quiser ficar a par deste inovador livro multimídia, segue o link do newsletter da Editora, comentando o impacto do lançamento: http://goo.gl/811Y7. Lá há vídeos entrevistas, booktrailer, etc.
Além dessa ficção adulta com amplo conteúdo de arte, músicas e vídeos , com certeza muita coisa virá, facilitando ou consolidando a possível migração de gostos, com novos ingredientes de emoção agregada à história, em adição aos livros tradicionais. Onde está a discussão?
Pablo Capilé é um dos humoristas mais engraçados da nova geração.
Sem falar que o AB, agora que o evento acabou, talvez esteja contemplando o “legado” deixado nas ruas pelas pessoas com o mesmo olhar que Napoelão contemplou Waterloo.
Aconselho a todos a se manter distância de blogs progressistas da esquerda militante. O tal de Gandhi seria considerado reacionário por lá. É de revirar o estômago.
P.S. torço para que este post não vá para a capa do UOL. Se for, ou se a militância o descobrir de outra forma, as ratazanas infestarão aqui.
Segundo Lula e Dilma, a única mídia que não escraviza ninguém é a revista Carta Capital.
Engraçado a atual esquerda ainda usar bordões da década de 60/70. Verdadeiros museus ambulantes e predadores.
Olha, quando eu fazia Letras, o pessoal delirava e ia pra FLIP, achava o máximo, conhecia aquele novíssimo escritor iraniano, ou afegão, ou de alguma nacionalidade “exótica” cujo grande mérito, a princípio, era ser apenas dos referidos países… sei lá, acho que, por uma ou outra exceção, é um evento em que se vai para ver e ser visto, tão relevante culturalmente quanto a feira livre aqui da minha rua, feito pra classe média alta e pra Caras. Figuras como Capilé, Vladimir Safatle e o tal Ghandi parecem confirmar o que penso. Sem falar no viés político pra lá de tendencioso do evento. Não vi uma única cobertura ou menção à FLUPP, essa sim com algo relevante e porque põe em contato os autores com gente tão capaz de apreciá-los quanto os “sou riquinho da Vila Madalena, estudo na USP e pago de alternativo aqui”. Enfim, prefiro ficar em casa, lendo (mas não o tal autor “muderno” da FLIP) ou pegando uma pizza com a namorada.
Esqueceu de citar gente “desimportante” como Salman Rushdie, Ian McEwan, Banville, TJ Clark, Franzen, Ellroy, só pra citar alguns que vieram nos últimos dois ou três anos. Dizer que a Flip se resume aos que vc citou é uma barbaridade sem tamanho.
Ok, sem dúvida grandes autores também. Apenas quis dizer – e mantenho isso – que o evento se tornou um arremedo, um lance muito mais publicitário do que literário, do que talvez pretendesse ser. E a FLUPP, cadê? Claro, uma UPP não tem as paisagens belas nem o povo esclarecido e bem-apeesoado das USP/PUCs da vida que podem ir até Paraty pagar de alternativo.
Vc continua sendo preconceituoso. E certamente nunca veio ao evento, ou não falaria isso. Eu não tenho nenhuma ligação com a organização do evento e não trabalho para eles, então me sinto à vontade pra falar: a grande maioria dos eventos é gratuito. A maioria dos que têm ingresso cobrado, podem ser acompanhados pelo telão ou até fora da tenda do telão. Pra falar a verdade, prefiro ver as mesas no telão, ao ar livre, do que na tenda. Se a conversa estiver chata , vc pode simplesmente ir para outro lugar. Contrapor FLIP e FLUPP é demagogia. As duas são importantes.
Não sou preconceituoso, pelo contrário. Nunca fui mesmo, não me animo a ir e, lamento, estou convencido de que não estou perdendo nada. E não penso que seja demagogia contrapor FLIP e FLUPP, e sim emblemático, pois uma conta com ampla divulgação e presença de gente “que importa” e a outra, não.
E não, a conversa não está chata! Gosto muito de você, sigo seu blog há tempos e me é uma honra você perder um minuto pra me responder! Mas tente entender meu ponto de vista. Grande abraço
Como não? E os “bem apessoados” alunos da PUC e USP que não iriam a uma UPP? Isso não é preconceito? Claro que é. Sobre a diferença FLIP/FLUPP, vários participantes da primeira vão à segunda, então não faz sentido dizer que uns “importam” e outros não. E não acho perda de tempo responder a leitores, é um prazer. Abraço.
Preconceito deles, não meu. Preconceito é dessa gente que vai até aí, paga de bicho-grilo por um fim-de-semana e depois volta pro conforto do Morumbi ou da Barra, que nunca pisou numa escola pública e põe livro de arquitetura na mesa da sala. Se não gostar desse povo é preconceito, ótimo, sou preconceituoso mesmo, com orgulho.
Quanto aos autores que vão à UPP até acho que prefiram dialogar com a galera de lá a se dirigir a quem esteve aí. Abraços
Pô, Ramon, preconceito seu com eles, é claro. Quer dizer que nenhum aluno da PUC visitaria uma UPP? Se alguém dissesse que nenhum morador de favela visitaria a PUC, queria ver como vc reagiria.
Este ano teve uma escritora franco-iraniana: Lila Azam Zanganeh. Uma graça ela, não?
Essa disputa ideológica torna as coisas bastantes ridículas. Agora mesmo o UOL coloca uma manchete que o “Brasil desistiu de trazer os 6 mil médicos cubanos”. O que não é verdade, a não ser que seja pela quantidade… Mas o que interessa aqui é que para a UOL/Folha a importância não está no fato de serem médicos e sim da ORIGEM deles.
Cuba exporta médicos para o mundo todo, eles são ótimos em medicina preventiva e trabalham em condições difíceis. Como no interior do Brasil, onde nenhum médico brasileiro, formado em escolas publicas, jamais ousaria botar os pés. Como eles iriam pedir exames em laboratórios, cobrar 600 reais a consulta em seu consultório e coisas do tipo?
A questão é: está tudo ideologizado e a grande imprensa brasileira tem muita culpa neste cartório. Vai sobrar, como já está sobrando, para os profissionais dessas empresas.
André isso me irrita profundamente, trabalhar hj na globo ou na folha parece que vc é um agente do mal….te catá massa burra que não sabe diferenciar as coisas, como disse o amigo no comentário anterior, parabéns pela sua tolerância Barça….abs!!!
Também acho isso irritante, ainda mais que vejo William Waack um dos mais melhores jornalistas da Globo, conduzindo com muita competência o Jornal da Globo e o Globo News Painel. Além disso, publicou um excelente livro sobre Prestes, os comunistas no Brasil e a Intentona Comunista chamado Camaradas e há muito esgotado. Ultimamente foi vítima de uma campanha difamatória da Record que dizia que ele era agente da CIA, por ter sido citado no Wikileaks. Muito esquerdista burro (redundância!) caiu nessa e continua afirmando isso, embora a Record tenha sido condenada a pagar 50 mil reais por difamação ao jornalista. Mas, pelo que foi visto na Flip, tem gente que não aprende.
O pessoal que continua propagando essa mentira já condenada em redes sociais é o mesmo que posta a toda hora “A Globo mente” “A Globo manipula”…
O pessoal da dita esquerda podia inventar uns bordões novos, esse da mídia controladora já era chavão na década de 70. É uma tristeza o debate político nacional, maniqueísta e focado apenas em manter o poder.
Mas na década de 70 era verdade. Hoje a mídia manipuladora é a internet. A quantidade de informação falsa que as pessoas circulam é impressionante. E (quase) todo mundo acredita.
Assunto palpitante.
Foi o texto mais lido da Folha online desde sábado à noite.
Nossa cara esse Capilé ai com seus beiços gigantescos abocanha várias tetas governamentais. Será que pelo menos agora que ele ganha uma grana alta os eventos dele pagam cache pras bandas?
Fred, ótimo comentário, o seu. Esses “indies estatais” vivem arrotando independência do mercado, já que se escoram no Estado com gosto.
E você está sendo otimista: além do cachê, será que pagam as mínimas despesas de transporte dos músicos?
Comentário paralelo:
Que mundo de animosidades e vaidades esse em que a gente vive, no qual, ao emitir uma opinião, a gente precisa destacar expressamente:
“Mas é só minha opinião e respeito quem discorda.”
Isso devia estar subentendido e subjacente a qualquer opinião.
Verdade. Infelizmente, é necessário, nesses tempos de cólera.
Perfeito! Veja você André, Voltaire já pregava isto no século XVIII…
A esquerda é tolerante e democrática… com quem concorda com ela, é claro…
Não basta a FLIP ter uma proporção esquerda/direita de 50/01, eles não se contentam com nada menos que a unanimidade.
Aliás, se tem uma coisa da qual a esquerda não pode reclamar é da postura da Globo, que promove toda a agenda cultural da esquerda, incluindo aborto, “casamento” gay, ecologismo radical, cotas raciais, liberação da maconha e etc. Isso sem falar da cobertura amplamente favorável que a Globo/Globo News dispensou às recentes manifestações, tratando, por exemplo, os baderneiros do MPL como grandes pensadores.
A ironia é que sobra para os conservadores, execrados pela emissora e por todos os grandes veículos de comunicação, defender a liberdade destes mesmos veículos.
Por esse motivo cancelei a minha assinatura que tive da Folha por quase 15 anos. Sem contar aquela imperdoável substituição do Mais! pela Ilustríssima, que é um troço horrível.
O Waack não foi citado no Wikileaks como informante extra-oficial do governo americano? Enfim, espião descoberto é espião incompetente, vaia nele!
Por favor, João, pesquise um pouco sobre o assunto antes de contar só a primeira parte da história.
Esqueça, este blog foi tomado por comentários idiotas. O que é uma pena, quando esconde o bico, o André, tem publicado coisas interessantes sobre cinema, televisão, da vida em geral. Essa de destacar a imparcialidade do Waack foi demais!
Vc continua não lendo as coisas direito. Eu disse que um programa que tem tantos convidados não pode ser inteiramente imparcial. Mas vc parece ser daqueles que julga ter o monopólio da verdade, então a discussão fica comprometida. O resto da humanidade é “idiota”, só vc presta, etc. Tchau.
Eu não leio direito ou você não escreve com clareza?
Você não lê direito e tem ideias pré-concebidas que impedem qualquer tipo de análise racional.
Essa história do Waack ser “informante” foi desmentida pelos próprios jornalistas brasileiros que expuseram esses dados do Wikileaks. O que aconteceu é que ele foi consultado pela embaixada americana para dar suas opiniões sobre a situação política brasileira no momento, coisa que todas as embaixadas de de todos os países fazem. O que ele não fez foi passar informações privilegiadas, o que aí sim o caracterizaria como informante.
Na verdade na verdade, as esquerdas nunca o perdoarão por ter escrito “Camaradas”.
Pois é, a história é tão absurda que achei que ninguém mais daria bola. Me enganei.
André Fausto, mas ser a favor do aborto, casamento gay, liberação da maconha, entre outros citados não define uma “agenda de esquerda”. É possível se intitular de conservador, defendendo essas bandeiras, sem estar se contradizendo,
E isso aí seria o quê, um “conservador liberal”?
Cada um que se intitule do que quiser.
Entretanto, a agenda que eu citei é sim da esquerda, há muitas décadas, desde que abandonou o determinismo econômico e concluiu que para destruir o capitalismo é necessário destruir os pilares da civilização ocidental: direito romano, filosofia grega e moral cristã. A literatura a respeito do assunto é interminável.
Os que se dizem conservadores mas subscrevem este programa são apenas idiotas úteis, que servem a esquerda sem saber.
Dos três citados, dois não podem ser citados como fundamento para argumentos anti-gays, aborto ou drogas.
Melhor: destes tres “pilares”, dois não podem ser citados etc..
Seguindo seu raciocinio , William Buckley Jr. por exemplo, teria sido um inocente útil , especificamente em relação à liberação das drogas?
O MPL é um grupo de “baderneiros”? Desenvolva esse raciocínio, deve ser interessante. Por exemplo, o Generaldo Alckmin seria o quê em tal cenário?
Os partidos de extrema esquerda precisavam formar militância há anos atrás, e então fizeram uma pesquisa para saber qual seria um bom pretexto para mobilizar os jovens. Chegaram a conclusão que o passe livre era uma boa, mas poderia ter sido o preço do aipim ou qualquer outra coisa, já que o objetivo verdadeiro (e declarado) é destruir o capitalismo.
A partir daí começaram a realizar atos de baderna e vandalismo que iniciaram antes de qualquer repressão policial. Os exemplos são inúmeros. Por outro lado, você não encontrará nenhuma declaração do líderes do MPL condenando a violência de nenhum manifestante.
O protesto não era partidário. Partidos de extrema-esquerda não conseguem mobilizar mil pessoas, quanto mais um milhão.
Se um protesto não for minimamente inconveniente para a sociedade, se não causar algum incômodo, não faz sentido. Não vi qualquer ato sistemático de “vandalismo” e “baderna” perpetrado pelo MPL – teve sim de inúmeras pessoas, inclusive jovens tucanos anabolizados, a Juventude Lucianohuckista. Você tem dados que comprovam essa teoria de que partidos de esquerda desenvolveram o MPL em laboratório para ser uma ponta de lança contra o capitalismo? Não é lá um grande plano, hein. E o que tem de errado em destruir o capitalismo? Há pessoas que querem acelerar o processo, mas o destino do capitalismo é consumir a si mesmo.
1. É típico dos revolucionários acharem que sabem o que é o melhor para a sociedade. Se a sociedade não concorda, piora para ela…
2. A violência começou ainda quando apenas o MPL e outros grupos de extrema esquerda estavam nas ruas.
3. O MPL nunca condenou os atos de violência.
4. A violência faz parte da estratégia revolucionária desde antes de 1917.
5. PSDB = Esquerda Fabiana; ou seja, a direita da esquerda.
6. A intenção de servir como meio para a destruição do capitalismo é declarada e portanto não precisa ser por mim provada.
7. O que tem de errado em destruir o capitalismo? Nada. Nada além dos 100.000.000 de cadáveres que o movimento comunista produziu ao longo da sua interminável história de destruição rumo ao mundo ideal que nunca sabem descrever, mas do qual serão certamente os líderes.
André ea mesa com o Lobao?
Foi muito legal. O mediador – João Gabriel, da Época – manteve a discussão mais focada em música, e foi muito bom ouvir as histórias do Lobão sobre o Vímana. Vou checar se a FLIP vai colocar o áudio da conversa no ar, ok?
Vale um Garagem com ele?
Com o Waack ou o Gandhi?
Com o Lobão.
Ah, ele já foi algumas vezes, inclusive a estreia no UOL foi com ele e o Mojica, procura que é engraçado demais.
hahaha… Bem a cara do Garagem chamar o Gandhi como convidado.
Por favor, uma Garagem com o Gandhi!
Eu ganhei um CD neste dia… se não me engano… e o Paulão me deve até hoje!
Beleza,acho valido focar nas historias sobre musica, mas acho que o lobao fala demais e quem fala demais da bom dia a cavalo!
Parabéns pela sua tolerância, Barça. E haja saco também para a geração shpping center a lá “Gandhi” que protesta sem saber certo contra o quê e como.
Vc resumiu td: geração shopping center. Belo termo pro que eu penso.