Adeus, Dominguinhos! (e parabéns ao Galo!)
25/07/13 00:48A música brasileira perdeu um de seus grandes artistas na terça-feira, quando morreu, em São Paulo, Dominguinhos, 72. Meu colega Lucas Nobile, da “Ilustrada”, escreveu um texto bacana sobre o sanfoneiro, a quem chamou de “sucessor direto de Luiz Gonzaga” (leia aqui).
A importância de Dominguinhos não foi apenas como um grande instrumentista e compositor. Claro, ele tocou com quase todos os grandes nomes da MPB, do forró e do sertanejo, mas acho que sua maior colaboração foi a imensa divulgação que fez da música nordestina, nos últimos 40 anos.
Até Dominguinhos despontar na cena musical brasileira, no início dos anos 70, o “Sul Maravilha” conhecia muito pouco a música do Nordeste, e em especial o forró e o xaxado.
Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Marinês eram batalhadores pelas tradições musicais nordestinas, mas a verdade é que ainda havia um grande preconceito contra esse tipo de música.
Nos anos 70, surgiu no Brasil uma nova geração de artistas nordestinos, que misturou a música tradicional ao pop: gente como Fagner, Alceu Valença, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Amelinha, Robertinho de Recife, Belchior, Ednardo, Geraldo Azevedo e muitos outros.
Nenhum deles podia ser classificado como um purista do forró ou do som dos violeiros, mas todos demonstravam uma clara veneração por suas raízes musicais, e ajudaram a divulgar a música nordestina em todo o país. E Dominguinhos estava nessa turma.
Entrevistei o sanfoneiro duas vezes, e ele sempre falou do orgulho que sentia ao ver como a música tradicional nordestina havia se tornado “nacional”.
Achei no Youtube trechos de apresentações de Dominguinhos com Yamandu Costa, que eu não tinha visto. Aqui, eles tocam “Pedacinho do Céu”, de Waldir Azevedo. Bonito demais esse encontro musical do sul com o nordeste.
P.S.: Valeu, Cuca!
Fiquei muito feliz com o título do Cuca. Ele merecia. Há anos, é o melhor técnico do Brasil, o único – quem mais? – que joga um futebol ofensivo e que não tem medo de arriscar em substituições ousadas.
Foi muito engraçado o desabafo dele ontem – “Não tem mais azarado p… nenhuma!” – depois do jogo.
Esse negócio de azar é uma besteira. Antes de chegar ao Corinthians, em 2010, Tite também era considerado um técnico de pouca sorte. E deu no que deu.
Cuca pegou o Atlético quase rebaixado, em 2011, e levantou o time. Conseguiu fazer alguns jogadores de passagens péssimas por outros times – Ronaldinho Gaúcho, Jô, Tardelli – jogarem muita bola.
Parabéns a ele e ao Galo. Foi o melhor time da competição e mereceu o titulo.
André, neste disco com o Yamandu a versão de “Asa Branca” junto com “Prenda Minha” é fantástica:
http://www.youtube.com/watch?v=xd-WhE1uX3Q
Abs
O Fluminense não tem Libertadores:
PIOR PARA A LIBERTADORES!
Andre
Muitas vezes quando o assunto do dia não me diz muito a respeito, curto muito ler o desenrolar dos comentários, o que torna mais interessante o texto. A maioria da vezes mudo de opinião e acaba que o texto em sí acaba me conquistando. rsrs Muito bom!!
Dominguinhos era mestre, RIP. Djalma Santos também, RIP.
Cuca é um dos poucos técnicos brasileiros digno de nota. Mereceu o título.
André, o Dominguinhos era um gênio mesmo, um músico fora de série e que começou ainda criança, e não vivi aquela época, mas imagino que nos anos 70 e 80 (época que vc tá estudando para o seu livro), o forró era entendido como música folclórica, regional, lá perdida no sertão, como, por exemplo, é o carimbó ou o vanerão gaúcho, distante da realidade “moderna” do Brasil Grande, ou eu estou enganado????
Nessa época, por causa de discos de artistas nordestinos mais pop, como Fagner, Amelinha, Alceu, Elba, etc., o forró começou justamente a sair do gueto de “música folclórica”.
“Frevo Mulher”, da Amelinha, é um dos meus discos favoritos da música brasileira… desde criança.
Zé Ramalho disse que compôs essa música de uma tacada, depois de cheirar uma quantidade bestial de cocaína.
Zé Ramalho é genial, só isso. E olhe que não uso esse adjetivo em vão.
Concordo com vc.
Olá André!
Primeiro queria dizer que adoro seu blog/Coluna aqui na Folha, pois você sempre comenta minhas duas paixões( Futebol e Música) De fato é Dominguinhos foi um extraordinário músico e compositor, e deixa um legado musical fantástico! Quanto a ”invasão” da música nordestina no ”Sul” consta que, segundo o próprio Gonzagão, o Baião imperou no Brasil na década de 40, mas perdeu a força nas décadas seguintes, como você bem ressaltou. Pena que Dominguinhos não teve ninguém a altura pra ”passar o bastão”… É de fato o ”Lamento Sertanejo”.
Quanto ao Galo, muito merecida a vitória na Libertadores, e com sofrimento! Que é pra valorizar a máxima que existe entre os atleticanos ”se não for com sofrimento não é Atlético”. Rs!
O Alceu é sem dúvida nenhuma um dos maiores frontmen da música brasileira.
Sem mais!
concordo! sem mais!
O Cuca a muito tempo é disparado o melhor montador de times do Brasi …. e não digo isso por causa do título de ontem… basta olhar seus trabalhos no Botafogo, SPFC…. ele sempre faz seus times jogarem bola…. sempre ofensivamente. Luxemburgo era muito foda nisso, manjava muito de tática… mas o Cuca está melhor do que ele a muito tempo.
O Cuca, para mim, há muito tempo, é o melhor técnico do Brasil.
Mas precisa parar com esse fanatismo religioso dele… Em algumas declarações ontem ele acabou, ao citar suas crenças e superstições, por tirar seus próprios méritos. Não acha?
E ele voltou a usar o 4-3-3 bem antes do Barcelona ou de qualquer técnico modinha europeu (ele usava esse sistema no Goiás, com Araújo e Grafite nas pontas).
Difícil opinar sobre crenças religiosas, cada um tem as suas – ou não. Se o cara quer usar uma camiseta de santa à beira do campo, tudo bem, contanto que não obrigue ninguém a fazer o mesmo, certo? Cada um na sua.
Sim, eu concordo. Eu só acho que o trabalho dele, com essa fama de supersticioso (real) e de (fanático) religioso sempre encobriu suas qualidades (excelentes) como treinador de futebol.
Aí eu concordo com você.
Teve a reza coletiva no meio do gramado do Mineirão ontem.
Sim, isso parece ser inescapável hoje em dia.
Sou um grande admirador da música nordestina, em especial dessa fase. E o que eu acho mais interessante é que a grande maioria desses nomes citados são oriundos da elite que optaram por fazer música popular e nacional. Claro, sem fechar os olhos para o que se fazia no mundo em termos de música.
E sem abrir mão de tocar para o povão… O Zé Ramalho ou o Alceu Valença não vivem apenas de tocar no Sesc ou projetos estatais…
Elite? Robertinho de Recife? Zé Ramalho? Tem certeza?
Tem razão, me expressei mal. Alguns eram da elite, mas a maioria era de classe média, filhos de pequenos proprietários de terra ou da pequena burguesia urbana. O Zé Ramalho, com certeza, não? Quantos desses não foram oriundos de movimentos universitários – lembrando que nos anos 70, atingir a Universidade era para muito poucos.
Cara, desculpe, mas vc está enganado. Zé Ramalho nasceu em Brejo do Cruz, no interior da Paraíba, o pai morreu afogado num açude quando Zé tinha um ano, pelo que sei, não era uma família de posses não.
Beleza, devo estar enganado. É que na biografia, no site do cantor, tem uma informação que dá margem à minha interpretação, já que diz que “a família Ramalho (…) caminhou rumo à capital e ao curso superior que o patriarca desejou para os filhos e o neto. A ele estava reservado o posto de médico da família. Grande parte da infância foi passada em Campina Grande.
Em todo caso, outros emergiram da elite ou da pequena burguesia / classe média urbana.
Sim, é verdade, ele morou boa parte da vida em Campina Grande, mas não acho que a família tivesse grana, muito pelo contrário.
O Zé Ramalho chegou a passar fome alguns tempos!
Isso foi depois, já no rio. Morou na rua, teve uma passagem bem difícil.
Mas que a maioria era de remediados, era.
Esse diálogo já está parecendo sketch do Monty Python.
Melhor seria vc apontar entre “Fagner, Alceu Valença, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Amelinha, Robertinho de Recife, Belchior, Ednardo e Geraldo Azevedo” quem é da burguesia.
Qual o crime de ser artista, compositor, cantor, após ter uma origem “burguesa”?
É proibido não passar fome e ser um artista importante pra MPB?
foi o Cuca que montou o SPFC tricampeão da Liberta, que o Leão pegou pronto e o Paulo Autuori tbm, e ficou com todo o crédito pelas conquistas de 2005.
Existe aquela história: uma mentira contada milhares de vezes se torna verdade.
Em 2004 o time base do Cuca quando treinava o SP foi esse:
Rogério Ceni; Cicinho, Fabão, Rodrigo e Fábio Santos; Alê, César Sampaio, Souza e Danilo; Diego Tardelli e Grafite
Kd Lugano? Kd Alex? Kd Luizão? Kd Mineiro? Josué? Júnior? Kd Amoroso?
Ou seja, cadê 7 jogadores do time que foi campeão da Libertadores? Acho que tirando o Lugano e Amoroso, o resto já fazia parte do elenco.
O Leão assumiu no começo de setembro o SP e teve 14 rodadas até o final daquele brasileiro. Não vejo mérito do Cuca naquela Libertadores de 2005…
Na verdade, o Amoroso chegou para a Libertadores – 2005 pq abriu uma vaga de alguém que se machucou (não me lembro quem), e o esquema que o Cuca usava tb era diferente, mas é melhor eu parar de falar senão vou começar a comparar aquele time maravilhoso com essa porcaria montada pelo Juvenal, e vai bater uma saudade danada…
Tudo bem João, mas por exemplo nesse SP do Cuca de 2004, o Lugano era banco do Fabão e do Rodrigo.
Dizer que ele montou aquele time para o Leão/Autuori é falácia.
Quem montou um time e deu para outro foi Luxemburgo, duas vezes no Corinthians. Em 1999 para o Oswaldo Oliveira e 2002 para o Parreira.
Aí sim, eram praticamente os mesmos times com o mesmo esquema tático.
O Cuca foi o responsável pela montagem sim. Ele que, vindo do Goiás, trouxe alguns jogadores que compuseram a base do time. Um em cada zona. Os que chegaram depois foram, no planejamento, complementares.
Acho que esse título do Atlético foi uma das maiores alegrias que tive no futebol que não estavam relacionadas ao meu time ou à seleção.
Sobre esse negócio de azar, vale lembrar que até o título da Libertadores de 1992 o Telê também tinha esta fama. O Cuca sempre foi um cara competente e trabalhador, mas acho que a vitória vai trazer a confiança e tranquilidade que faltava a ele (e consequentemente) aos seus times quando disputavam decisões.
No Fluminense, não acho exagero dizer que o trabalho para os dois títulos de 2010 e 2012 começou com aquele time que ele montou durante o milagre do segundo semestre de 2012, pois grande parte daquela equipe participou do título de 2010 e alguns estiveram também em 2012.
Acho o Cuca um excelente técnico.
Contudo, acho que o Tite é, neste momento, o melhor do Brasil.
As campanhas que os levaram ao título da Libertadores falam por si só : Tite foi campeão brasileiro e depois campeão invicto da TL. Não foi a penalidades em partida alguma, venceu adversários de maior poderio e tradição que os da campanha do Atlético
Inegável que Cuca tem inteligência e talento : revela jogadores por onde passa, recupera “refugos” e adota um padrão tático tipicamente seu.
Ainda que “com as calças na mão”, foi uma conquista merecida.
Difícil comparar, são treinadores de estilos diferentes. E o Tite pegou um time bem melhor que o Cuca. Mas gosto mais do estilo do Cuca.
Na minha opinião são os dois melhores técnicos da atualidade no Brasil. Cada um ao seu estilo, o Tite que arma o time de uma forma mais consistente na defesa, mais ao estilo italiano, dando uma segurança ao time e aproveitando os erros do adversário em poucas oportunidades. Já o Cuca aposta em um time mais ofensivo, com jogadas mais incisivas, porém um pouco mais vulnerável defensivamente.
Tudo bem que o Corinthians foi campeão invicto, mas a campanha do Atlético-MG foi muito mais empolgante. O time enfiou 10 gols no Arsenal de Sarandí e eliminou o SPFC com duas vitórias, sendo a segunda por 4-1. E depois todos aqueles jogos épicos. Entre um cara bom de armar defesas (Tite) e outro bom de armar ataques (Cuca), fico com o segundo. Imagina o Cuca treinando a Seleção?
Cuca na seleção? Putz, começou o delírio…
Barcinski,
Sem querer me aprofundar em temas nacionais, mas creio que o “Sul Maravilha” tomou conhecimento, de fato, da música nordestina devido ao êxodo de migrantes nordestinos para as capitais de SP e RJ durante os anos 50, 60 e 70.
E esta história de “pé frio” do Cuca foi criada na passagem dele pelos times do RJ. O cara tem pouco mais de 10 anos como treinador de times da chamada elite do futebol. Oras, O Muricy só foi ganhar títulos importantes após a sua 3ª passagem pelo SPFC a partir de 2006 (quase 10 anos depois de estrear como técnico). Até então havia ganho apenas títulos regionais e um vice brasileiro em 2005.
Sim, claro que a migração ajudou demais. Mas era muito difícil ouvir forró, no Sudeste, fora de rádios especializadas em música regional ou direcionada a migrantes. O próprio Fagner me confirmou isso, numa entrevista que fiz recentemente. E o Cuca aumentou a fama de pé-frio com a passagem pelo Cruzeiro, em 2011.
Belo texto sobre o Dominguinhos, realmente um grande nome que vai ficar para sempre.
E parabéns à galera do Galo pelo merecido título. Só espero que se lembrem de agradecer ao Amarilla…
Eu sempre me emociono com títulos de clubes pequenos. Parabéns ao Galo.
Não fala assim do Galo. Não é pq estava 42 anos sem ganhar algo expressivo que não era um grande clube.
Até 1990 o meu time não sabia o que era ganhar um título fora dos limites bandeirantes, mas dizer que o Corinthians era time pequeno por isso, acho um pouco injusto.
Ninguém torce contra time pequeno. Imagino que ontem muito cruzeirense tava secando o Galo.
Raul, Elis, Gonzagão, Dominguinhos, todos eles partiram muito cedo.
Quanto ao Galo, sinceros parabéns aos jogadores e ao Cuca pela campanha de luta.
Barça, queria também deixar uma homenagem ao grande Djalma Santos, Bicampeão do Mundo.
Abraço.
Muito bem lembrado, Djalma Santos. Quem o conheceu diz que foi uma grande figura, além de grande jogador, claro.
Grande homenagem! Grande Galo!
Agora, Cuca melhor técnico do Brasil… menos, menos… por favor.
Tite já vencido sulamericana e copa do brasil…
Parabéns ao Galo, 42 anos sem ganhar um brasileiro, mas que venceu a LIBERTADORES!
Agora só 3 times do clube dos 13 não venceram a libertadores!!!!
O Cuca vem fazendo trabalhos excelentes há uns oito anos, pelo menos.
Lógico, ligando para o Juvenal para pedir emprego enquanto o Muricy ainda treinava o São Paulo?
Pedindo o emprego de volta ao Botafogo enquanto o Mario Sérgio tinha acabado de assumir?
O Cuca é bom treinador. Mas trabalhos excelentes para mim é ser campeão de um grande campeonato!!!! Venceu oq? Varzeano Mineiro? Sei não…
Bom, aí vc está não só chutando – ninguém nunca confirmou essas histórias – como criticando o Cuca por, supostamente, ser antiético. Cuca acaba de ganhar uma Libertadores, ora.
Como chutando Barcinski? O Muricy fez piada do Cuca olha aqui:
http://esporte.ig.com.br/futebol/2009/06/20/muricy+diz+que+cuca+se+ofereceu+para+treinar+sao+paulo+6853944.html
Não achei o link, mas o Juvenal na época confirmou que isso existiu e o Cuca se desculpou.
E ontem mesmo também se desculpou com o Mário Sérgio.
Ele é bom treinador, não quero tirar o mérito dele! Mais do que merecido!
Aliás, eu nem sei o porque estou discutindo ética no meio de treinadores, sendo que eles não são nada unidos e ética não existe nesse meio.
Lembro bem desse episódio. O Muricy reclamou sim, mas o Cuca disse que não era verdade. E o Muricy, como sabemos, também não é nenhuma donzela desamparada.
Eu não achei o link do Juvenal confirmando que existiu, mas lembro do próprio Juvenal e do MAC tentando desconversar, que o Cuca era um bom treinador e tals…
Vi um do Cuca desmentindo.
Sim, o Muricy não é flor que se cheire.
Há 3 anos, o Tite era sacaneado por todo o mundo, sempre colocado na lista dos “retranqueiros”, junto com Celso Roth. Essa valorização do trabalho do Tite só começou depois que ele ganhou o Brasileiro de 2011 com o Corinthians. Tanto que a torcida chiou muito quando o Corinthians o manteve no cargo depois da derrota pro Tolima.
Eu sou um dos que nem queria ver o Tite quando o Adilson caiu em 2010, deu certo, eu errei.
Umas semanas após a eliminação para o Tolima, ele disse uma coisa que eu concordei: ele nunca tinha tido a oportunidade de treinar um time paulista por uma temporada inteira, sempre chamado para tapar buraco. foi assim em 2004 no Corinthians e acho que 2006 no Palmeiras.
No Sul o Tite sempre foi bem valorizado.
Concordo. Cuca é o melhor técnico do Brasil há uns 10 anos. Montou um bom time no Goiás lá por 2004. Depois montou 90% do São Paulo campeão da libertadores e fez bons trabalhos em vários clubes. Esse negócio de azar sempre foi exagero. Cuca pega times esbagaçados e os levanta. O que fez com o Atlético foi incrível, mas não esqueçamos do único milagre que testemunhei na vida: evitou o rebaixamento do Fluminense anos atrás, contrariando a matemática que dava 98% de chance de cair. Parabéns Cuca.
Acho que a fama de pé-frio foi plantada por ele mesmo, quando aparecia chorando em entrevistas e reclamando de perseguição. Que bom que o Cuca parou com isso.
Esse negócio de que o Cuca montou 90% do time do SP que venceu a Libertadores em 2005 é balela. Após ele quem assumiu foi o Leão, ali o time começou a ganhar cara, tanto é que quando o Cuca caiu, em 2004, o SP nem estava na zona da Libertadores…
O Cuca é bom treinador gente, mas pera né…
Se não me engano ele trouxe do Goiás o Josué, o Danilo e mais um ou outro jogador. Acho que o time de 2005 começou a ser montado ali.
Exatamente. Trouxe André Dias, Grafite, e Josué e Danilo.
Não o Josué foi em 2005!
O André Dias chegou em 2006.
O Grafite e o Danilo em 2003.
Nenhum deles foi contratação do Cuca. Alguns ele treinou no Goiás.
O Danilo eu não sei, mas o Josué foi contratado em 2005 a pedido do Leão.
Nem tem o que falar do Dominguinhos. Merece todas as homenagens e mais.
Quanto ao Cuca, concordo com você. Ele e o Tite são exemplos de técnicos humildes e batalhadores em que o time é o foco principal.
Quem sabe é o fim da era dos técnicos que são mais estrelas que o time.
E o que achou do desabafo do Ronaldinho no fim do jogo? Tudo bem que talvez algumas críticas fossem exageradas, mas achei um pouco agressivo demais. Com a experiência dele podia ter saído com uma resposta melhor.
O Ronaldinho não jogou nada nos dois jogos da decisão, e concordo, não precisaria ser tão ressentido, ficou deselegante mesmo. Pra mim o melhor jogador da final foi o Tardelli, jogou demais.
Pois é, usou a palavra perfeita: ressentido.
Tenho a nítida impressão que craques como o Ronaldinho, Ronaldo, Rivaldo, etc, votados como melhores do mundo, não souberam envelhecer e aceitar críticas pelo fato normalíssimo de que não estão e estavam mais no auge no fim de carreira. Ou seja, são mimados demais.
Eu achei razoável a atuação do Ronaldinho ontem. Já o Victor Birner disse que ele jogou demais e o Lédio Carmona, que ele foi o cérebro do time na Libertadores. Curioso como em futebol cada um vê uma coisa. Sobre o comentário dele, foi um pouco ressentindo, mas, na boa, foi uma baita volta por cima. Quando Flamengo ficou meses sem pagar o cara, foi ele quem saiu na fita com a imagem de mercenário. E agora, deu no que deu…
Eu disse que ele não jogou nada nos dois jogos finais.
Do Cuca eu lembro de uma cena, em 2010, quando o Corinthians venceu o Cruzeiro no final do jogo – gol de pênalti do Ronaldo, cometido pelo Gil que agora é zagueiro do próprio Corinthians.
No tradicional chororô do Cuca no vestiário, ao lado do Perrela, ele bateu na mesa e se engastou na hora de falar o nome do clube que ele treinava… também, cada hora num time diferente…
Eu já me imaginava postando um comentário sobre o Galo hoje e pedindo desculpas pelo off-topic, pois pensava que você não falaria sobre o assunto. Mas, já que você citou o título de ontem, eu posso escrever sem culpa: É CAMPEÃO!
Purista do forró tipo é um forrozeiro true, mas uma grande bobagem. Música se diferencia de uma única forma, tem a boa e a ruim.
O Cuca quase infartou ontem mas mereceu esse título, o mais fácil acho que dos 20 anos da libertadores. Ele ainda perde pro Tite como técnico.
o mais fácil, como assim? foi o título mais suado dos últimos tempos.
20 anos da libertadores?
Acho que não existe título fácil da Libertadores.
Em 2008, o Flu eliminou o SP e o Boca… dois dos maiores vencedores da competição.
Quem era a LDU perto do tamanho do Fluminense???
Perda irreparável e atualmente sem peça de reposição,mas valeu pelo legado maravilhoso.E viva o Galo doido!
Oi André,
Bela homenagem ao grande Dominguinhos. Mas apenas um toque: acho que onde você escreveu Zé Geraldo o certo é Geraldo Azevedo, esse sim integrante desse grupo nordestino que você citou. Zé Geraldo é mineiro. Abraço.
Desculpe, toda razão, isso que dá escrever com pressa. Obrigado.
Estes artistas sao trilha sonora da minha infância qualquer evento em casa tava lá o discao do Alceu na vitrola ou a elba.final dos 70 comeco dos 80.
Valeu, André.
GAAAAAALOOOOOOOOO!!!!!!!!
Salve Dominguinhos e salve os autênticos e resistentes poetas e cantadores dos Sertões!!
oi André, legal o texto, mas tenho uma visão um pouco diferente do que você fala.
Acho que não dá pra dizer que o “Sul maravilha” conhecia pouco o forró e o xaxado, considerando tudo o que o gonzagão fez nos anos 40 e 50. É verdade que nos anos 60 ele ficou meio esquecido nas capitais, mas continuou fazendo sempre sucesso no interior e no sertão. O resgate do forró (e do Gonzagão) veio graças em parte à geração que você falou, mas também dos tropicalistas, segundo o que vi com muitos depoimentos de caetano, gil e tom zé.
É verdade porém que o próprio gonzaga dizia que o dominguinhos era seu sucessor, e tem uma música gravada ao vivo em que ele fala “Dominguinhos, sua responsabilidade com o nordeste é muito grande, você urbanizou o forró, daqui pra frente vai ser tudo mais melhor”.
Pra mim, o mais impressionante é que ele ao mesmo tempo conseguiu ser absolutamente reverencial e seguidor do rei do baião (até seus últimos dias) e também trilhar um caminho próprio, por meio de suas composições e arranjos.
Pra fechar, só pra dizer que fiquei emocionado ao saber que seu último show foi no dia 13 de dezembro, em comemoração do centenário de luiz gonzaga. E lembrei também dos dois shows que vi (e dancei!) dele nos anos 90 em SP
abraços
Claro que Gonzagão foi um monstro e o principal divulgador do forró no Sudeste, mas todos os textos que li sobre ele dizem que havia um enorme preconceito de rádios e gravadoras contra o estilo, pelo menos até os anos 70/80.