Otis Redding viveu 26 anos; o que teria feito em 50?
26/07/13 07:05Otis Redding morreu em um desastre aéreo em 10 de dezembro de 1967. Tinha 26 anos. Repito: 26 anos.
No acidente morreram, além de Redding, quatro integrantes de sua banda, The Bar-Kays, responsável, junto com o Booker T. and the MG’s, pela maioria das gravações da Stax, a gravadora de Memphis que lançou Isaac Hayes, Wilson Pickett, Sam and Dave, Albert King e Eddie Floyd. A morte de Otis e dos Bar-Kays quase acabou com a Stax.
Acabou de sair nos Estados Unidos uma caixa de três CDs, “The Complete Stax/Volt Singles Collection”, com as 70 músicas lançadas em compactos por Otis Redding. Já encomendei a minha.
A caixa traz os grandes sucessos de Redding – “Respect”, “Try a Little Tenderness”, “Knock on Wood” e, claro, o hit póstumo (“Sittin’ On) the Dock of the Bay – e todos os lados B dos compactos.
“Dock of the Bay” foi escrita por Redding em parceria com o guitarrista Steve Cropper, do Booker T. and the MG’s, e deixava claro o caminho mais sofisticado para o qual Redding parecia querer levar sua música.
A canção – composta em agradecimento à acolhida calorosa do público hippie do festival de Monterey, em junho de 1967 – não foi bem recebida pela gravadora, que não viu nela o mesmo potencial comercial de outras músicas do cantor. Mas acabou liderando as paradas depois que Redding morreu e “Dock of the Bay” virou seu epitáfio.
A carreira de Otis Redding foi tão breve, e interrompida de forma tão abrupta, que só resta imaginar o que ele poderia ter feito se tivesse mais tempo de vida e carreira.
Aos 26 anos, já era um dos maiores cantores de soul music de todos os tempos. O que teria sido aos 30? Aos 40? Aos 50?
P.S.: Por falar em gênios da soul music, não posso deixar de indicar esse texto antológico do “Fora do Beiço” sobre a “caônização” do cantor Criolo. Não sei quem escreve, mas o parabenizo.
Otis Redding foi um garimpeiro: a música dele tinha metais preciosos!
Cara..nao entendo sua Cruzada na tentativa de idiotização do Criolo..tem gente que gosta..e gente que não gosta..o problema é que quem não gosta acha que a humanidade ta perdida em saber que tem gente que gosta de Criolo…Sou seu leitor assíduo..resistí a ouvir até meio que influenciado por ti…até que um dia ouví numa radio uma musica que gostei..um rap grajauex ..depois descobrí que era dele..caraca…não é ruim nao…é bacana…mas…jornalista é osso!…crítico musical ainda? xiiiiiiiiiii mas continuo sendo leitor assído de ti!…sinto falta de tí no twitter…faz falta lá…abraço!
“Cruzada”? Tá louco? Quem quiser ouvir que ouça, ora.
Entendo o ponto do João mas existe uma proibição de criticar artistas brasileiros… quer dizer, a gente tem q saber separar opinião de perseguição e perseguição de brincadeira.
“Dock of the bay” é fantástica e com muito potencial comercial.
Estas gravadoras tem cada ideia.
Barcinski, sei que é uma pergunta batida, mas eu mesmo não consegui me definir até hoje: qual o seu preferido, “What’s Going On” ou “Let’s Get it On”?
Difícil, os discos são complementares. Acho LGIO mais adequado a um sábado à noite, mais alegre, enquanto o WGO seria mais melancólico, ideal prum domingo de manhã. Mas são dois discaçõs.
Oi, Barcinski e leitores. Sou o escriba do Fora do Beiço. Agradeço os comentários de todos. E espero não morrer aos 26, mesmo deixando um post póstumo que vire um grande sucesso.
Abraço, Barça!
Opa, desvendado o mistério! Parabéns, os textos são muito bons.
O cara era completo…tinha um pouco de cada um dos grandes cantores que vieram antes dele (inclusive o Sam Cooke, que também foi embora cedo), e era totalmente original.
Tem um vídeo curto no youtube do Robbie Robertson falando sobre como ele era honesto com a música…demais!
https://www.youtube.com/watch?v=-rEx9Z0jtoM