Meus dois centavos (em reais, não Cubo Cards) sobre o Fora do Eixo
12/08/13 07:05Vários leitores pediram um texto sobre as recentes polêmicas envolvendo o coletivo Fora do Eixo.
Nos últimos dias, pipocaram na web muitos depoimentos – a favor e contra – o Fora do Eixo. Selecionei trechos marcantes de dois deles.
O primeiro, de Rafael Vilela, é a favor (leia a íntegra aqui), e pinta uma imagem lúdica e elogiosa da vida dentro da Casa Fora do Eixo, em São Paulo:
Passei a fazer parte do famoso Caixa Coletivo. É tipo mudar de combustível – de um poluente pra um biodegradável. Você continua se alimentando, tomando banho, tendo os equipamentos que precisa, as roupas que gostaria de usar mas o que te move já não é mais o mesmo. A ânsia por ter cada vez mais e ser cada vez menos já não nos alcança. É trocar um modelo de salário, de acúmulo e de fetiche pelo pertencimento por uma vivencia comunitária, compartilhada em bens, serviços e afetos, onde o medidor máximo de sucesso é o FIB – a Felicidade Interna Bruta.
O segundo, de Laís Bellini (íntegra aqui), vai no caminho oposto: descreve uma série de problemas e situações desagradáveis que a autora diz ter vivido, na mesma Casa Fora do Eixo:
Você vive dentro da Casa Fora do Eixo São Paulo e isso é a sua vida. Se você quer visitar seus pais no interior… olha sinceramente, que você tenha um bom motivo… e que não venha “pedir” dois meses seguidos. Sim, porque ali o verbo era esse. “Posso ir visitar minha mãe essa semana?”, coisas do tipo. (…) Agora, ai de você perguntar por que o Pablo tá saindo. Por que a Lenissa vai passar 3 dias fora. Você não tem que perguntar. Ela vai sair, vai usar o dinheiro do caixa coletivo, não vai pedir a ninguém o quanto vai usar. Mas claro, veja bem, ela tem “mais lastro que você”. O Pablo resolveu dormir até mais tarde e perdeu o vôo. Não importa, ele nem se deu a obrigação de cancelar o vôo. “Você vai ligar lá Laís, vai dar um jeito de trocar a passagem.” “Mas já passou a hora do checkin” “não importa, troca, ou compra outra, tem que comprar outra, rápido Laís, já resolveu (o gtalk bombando!!!) vai Laís, vai logo, menina, tá lerda hoje, você é lerda mesmo né, parece retardada”.
Sobre a convivência dentro da Casa Fora do Eixo, acho que só quem esteve lá pode opinar. Se um maior de idade decide fazer parte de um culto onde as pessoas falam etrusco, vivem peladas e usam perucas de frutas da Carmen Miranda, ninguém tem nada com isso. A menos que as perucas tenham sido compradas com dinheiro público.
O que leva à pergunta que ainda não vi respondida de forma convincente: o Fora do Eixo é um coletivo “independente”, como apregoa, ou apenas usa esse discurso para captar verbas – públicas e privadas – sem dividi-las com os artistas?
A acusação mais freqüente que ouço contra o Fora do Eixo é de que ele coopta o trabalho de muitas pessoas, quase sempre sem pagar – ou “desmonetariza”, como diz o jargão do coletivo – só para inflar sua própria importância e, assim, captar mais verbas.
Não sou contra o uso de verbas públicas em cultura. É para isso que existem leis e editais. Sou contra usar verba pública em eventos com ingressos caros. Acho que grana estatal deveria ir para eventos gratuitos ou muito baratos. Também acho que iniciativas de preservação e recuperação de acervos e arquivos precisam de ajuda estatal. Mesmo os eventos gratuitos precisariam passar por uma peneira mais fina, para evitar casos como o da Virada Digital, um evento bancado por estatais e que prometia levar “tecnologia de ponta” à cidade de Paraty, mas que deixou um rombo gigantesco de contas não pagas na cidade e prejudicou muitos comerciantes locais (por coincidência, um dos palestrantes foi Pablo Capilé, do Fora do Eixo – leia mais aqui).
Há alguns anos, eu era sócio de uma casa noturna em São Paulo e fui convidado a participar de um evento em Recife, patrocinado pela Petrobras, chamado Feira Música Brasil (antes que perguntem, não recebi nada pela participação, apenas passagem e hospedagem).
Segundo o site da Petrobras, a Feira Música Brasil é “um evento voltado para o incentivo à indústria cultural, a partir de ações que movimentem a cadeia produtiva de economia da música, em todas as suas etapas e desdobramentos.” Achei o site do FMB de 2010, que aconteceu em Belo Horizonte, e que tem o logotipo do Fora do Eixo por todos os lados (veja aqui).
O que vi em Recife me impressionou, e não positivamente: durante três ou quatro dias, falei com dezenas de grupos e artistas, especialmente nordestinos, maioria no evento. E nenhum deles – não é exagero – vivia sem algum tipo de ajuda estatal.
Quase todos os CDs que recebi tinham o selo de alguma prefeitura ou governo estadual. Todos os shows que as bandas faziam eram pagos por alguma prefeitura.
Comecei a perguntar às bandas quantos shows elas tinham agendados em locais privados. Depois de horas, encontrei uma, que dizia ter um show marcado num bar em Porto Alegre. Mas as passagens estavam sendo custeadas pelo governo de Pernambuco.
Na casa noturna da qual fui sócio, fizemos dezenas de shows de bandas brasileiras. A média de pagantes era baixíssima, insuficiente até para pagar o staff da casa. Das muitas bandas alternativas brasileiras que tocaram lá, lembro apenas uma – o Matanza – que parecia ter público para se sustentar.
Talvez os artistas consigam se sustentar no mundo do Fora do Eixo, onde recebem em moeda própria e trocam sua arte por “serviços” ou coisa que o valha. Mas isso não vale no mundo real, onde ninguém sabe o que é o tal Cubo Card. O Fora do Eixo recebe em reais e paga em Cubo Cards. É o verdadeiro Milagre Econômico.
EM UMA FRASE:
Mais uma MAFIA governamental e um pilantra administrando.
Serei conciso: dinheiro público no CuboCard dos outros é refresco?
O mais impressionante em tudo isso, além de tratarem as bandas como lixo, são os resultados pífios. O alcance das iniciativas desses caras é limitadíssimo. Pegando como exemplo a carta-resposta do FdE: o filme da Beatriz Seigner foi exibido em 35 cidades para um público total de 1463 pessoas. Os caras gastam dinheiro público com passagens, debates, etc, pra atingir o mesmo que qualquer vídeo caseiro consegue no YouTube!
O Brasil definitivamente é líder mundial em tecnologia de inventar nomes descolados para o ato de roubar. O que assusta agora é a escala, é um bolsa artista que abrange do universitário pedante Paulista ao brega do Pará, haja imposto pra sustentar tudo isso.
Veja nao gosto do fde, mas sou pela permanencia do capile na cena nacional, o sujeito e uma figura surreal
Pablo Capilé, a crônica de um capitalista. E a inveja que a Mídia Ninja provoca…
Seguinte: o texto é longo demais, não posso colocar um tijolo desses na caixa de comentários. Se quiser, publique aqui um link para o texto, ok?
Segue link. E parabens pelo guia de gastronomia ogra, contribuindo para matar a fome.
Pablo Capilé, a crônica de um capitalista. E a inveja que a Mídia Ninja provoca
https://www.facebook.com/endireitabrasil/posts/10151546637907344
Abs
Fácil, tinha uma banda fomos convidados a tocar em dois eventos pelo grupo fde do espirito santo…na primeira oportunidade fomos tocar e apesar das inúmeras reuniões tudo foi muito desorganizado e apenas dois artistas tiveram cache e tratamento decente…macaco bons e emicida, ok….tocamos, fizemos nossa parte e nos deram 70 reais em bebidas, ok topamos e até certo ponto foi bacana pois tivemos alguma divulgação via radio e etc….na segunda oportunidade fomos convidados novamente e, novamente após inúmeras reuniões o festival foi uma zona….cansei de ver molequinhos e pseudo produtores passando com rádios nas mãos sem resolverem absolutamente nada….além de termos sido destratados novamente e não termos nada divulgado descobrimos que havia dinheiro publico no meio e que apenas alguns artistas(todos de fora do estado) receberiam algo que soube depois foi menos que p combinado…se quiséssemos poderíamos recebe algum bônus, o tal cu do card…constatação, com certeza muita gente ganhou dinheiro( publico ) e os artistas que são quem movimenta tais festivais ficaram a ver navios, nunca mais tocamos em shows deles até porque nossas contas são pagas em reais e não em cubo cards….
Ser “alternativo” com dinheiro público (nosso) é fácil.
“… é trocar um modelo de salário, de acúmulo e de fetiche pelo pertencimento por uma vivencia comunitária, compartilhada em bens, serviços e afetos, onde o medidor máximo de sucesso é o FIB – a Felicidade Interna Bruta”.
Esse é o cara que fala “a favor” do tal Fora do Eixo… É pra rir mesmo! Isso aí não passa de um lenga-lenga frouxo e inconsistente pra dizer que eles trabalham sem receber nada.
Por falar em vivência comunitária, você já viu esse documentário sobre o coletivo Jonestown, André?:
http://www.youtube.com/watch?v=PP5dLdJmbP4
Já vi sim, é muito bom. Já viu o filme sobre Dave Koresh e Waco?
Ainda não. Você se lembra do título…?
“Waco: The Rules of Engagement”. Um absurdo.
texto esclarecedor sobre o funcionamento interno do fora do eixo escrito por Andre Azevedo da Fonseca, “…pesquisador acadêmico sem vínculos com o FdE. O objetivo não é defendê-los ou condená-los, mas contribuir na compreensão do fenômeno.”
https://medium.com/pop-of-culture/a7c55da0d3fc
Marco S, tambem explica ne ?
Ae, André. Foi citado no Fora do Beiço. http://foradobeico.tumblr.com/post/58079488413/pablo-capile-tenta-convencer-midia-ninja-a-virar-midia
Muito bom, adorei a revoada de morcegos em Brasília!
E participando do Programa Alfred para a Velha Mídia, o André ainda poderá ser confundido com Michael Caine. Salário pra quê?
Abraços, galera!
Pois é, você não fica feliz só com o reconhecimento público e a amizade? Abraço.
André, eu ví o Roda Viva com o Grupo Ninja/Fora do Eixo/Sei lá o quê. Um desastre ! Capilé e seu comparsa não conseguem explicar absolutamente nada. São prolixos ! Abrem a boca e disparam um museu soviético. A bancada do Roda Viva, do outro lado, buscava a todo momento, vinculá-los a alguma militância – de esquerda ou não.
Como dizia uma certa música: o inferno tem mil entradas, algumas são bem conhecidas, outras são mais disfarçadas.
Vc viu outro programa. O que de fato ocorreu foi um massacre em cima dos velhinhos da mídia tradicional que não conseguiram entender nada que seja fora do esquema: patrão-funcionário-notícia-edição. Colocar uns caras filmando e entrevistando manifestantes direto ao vivo e a cores é demais da conta para esse povo. Os entrevistadores ficaram (todos) atordoados.
Já eu fiquei atordoado com a multiplicação de 900 reais em 150 mil Cubo Cards. Não me recuperei até agora.
Cubo Cards compram um monte de Isto É e Carta Capital.
Para não dizer as page views ao Opera Mundi e ao Blog do Sakamoto.
Sakamoto sempre publica textos mostrando as barbaridades do trabalho escravo neste país. Por isso seu blog é muito importante e indispensável.
O que mais me surpreende nessa história toda é pequeno valor relativo dado à liberdade individual pelos colaboradores e artistas envolvidos. Pessoas que abdicam que qualquer crédito autoral ou artístico para viver nessa utopia comunal sem qualquer prestação de contas, gente que prega a horizontalidade mas cultua líderes e personalidades mais do que verticais, cultura que se diz independente mas que não agrega 100 admiradores que a sustentem sem fomento estatal. O FdE é uma miniatura de todas as contradições de regimes totalitários de esquerda aplicados à produção cultural e na arte de arregimentar jovens idealistas e pretensamente intelectualizados.
Na mosca, Everton!
O que, de fato, está fora do eixo?
Costumo usar a expressão “acho muito engraçado” quando me deparo com situações contraditórias ou em alguns outros casos como, por exemplo, pessoas defendendo idéias sem refletir sobre elas, idéias que muitas vezes são contra elas mesmas… Mas isso não é nem um pouco engraçado, é a constatação do poder de convencimento de alguns sobre a incapacidade de pensar de muitos.
A bola da vez na internet e na mídia é o Coletivo Fora do Eixo. Depois da entrevista de seu fundador no programa Roda Viva, da TV Cultura, o FdE virou assunto de primeira importância, mais do que o Propinotudo do PSDB, mais que o infeliz do Feliciano, mais do que as bandidagens da PM, mais do que os abusos de Sérgio Cabral. Manifestações, vandalismo, Black Blocs… tudo isso virou um remoto passado para a mídia tradicional e para os internéticos que precisam de uma grande novidade por semana.
Não defendo o FdE. Não tenho nenhum interesse no tipo de trabalho que eles desenvolvem, não me identifico com os artistas que eles representam mas acho a idéia de coletivo muito interessante e acredito super nessa proposta de moeda própria e na multiplicação de verbas reais através do sistema da utilização do mesmo trabalho de um dos colaboradores em vários momentos. É uma idéia tão simples, tão subversivamente lógica e já tão usada em diversos segmentos, que me espanta o espanto das pessoas quando falam sobre o assunto.
As pessoas que fizeram parte do FdS e que agora reclamam sabiam onde estavam entrando e como a coisa funciona. Até onde eu sei, ninguém entra para o FdS com uma arma na cabeça. Mas a verdade, e todo mundo que já coordenou um grupo em qualquer tipo de trabalho sabe, é que quando as pessoas entram em um projeto tudo é divino e maravilhoso, duas semanas depois já é o próprio inferno. Mesmo recebendo em real.
Pesquisando na internet descobri que o FdE não é o primeiro e muito menos o único coletivo do Brasil ou do mundo. Há uma infinidade de instituições, algumas funcionando a décadas, que trabalham mais ou menos no mesmo formato. Inclusive se utilizando de verbas públicas e leis de incentivo. O que incomoda no FdS é que talvez ele seja o “mais bem sucedido”? Não sei. O fato do Pablo Capilé aparentemente ganhar mais dinheiro? Pode até ser. Mas na minha opinião o que incomoda mesmo é um dos produtos do FdE, a Mídia Ninja que cutucou com vara curta as onças velhas da imprensa tupiniquim.
A proposta da Mídia Ninja, que também não é nova e muito menos única, balançou a credibilidade de dinossauros como a Globo, Veja, Folha e etc., principalmente durante as manifestações de junho. Com uma rede de jornalistas amadores e kamikases, munidos de precários equipamentos como celulares e notebooks, os garotos não temiam tropas de choque, tiros de bala de borracha e bombas de gás, estavam no meio dos manifestantes, transmitindo ao vivo e sem edições, fatos que a mídia tradicional JAMAIS transmitiria, fazendo denúncias que a mídia tradicional JAMAIS faria.
Os Ninjas ganharam o respeito de todos os manifestantes, dos flower power aos Black Bloc, e também dos manifestantes de sofá. Aliás, os manifestantes de sofá foram os primeiros a constatar que as notícias dadas pelo Jornal da Globo não correspondiam em nada à realidade do que os Ninjas estavam transmitindo ao vivo. Se silenciar as manifestações era prioridade de Alckmin e Sergio Cabral, para a imprensa tradicional, silenciar a Mídia Ninja passou a ser algo vital.
Mas, voltando ao FdE, a grande e verdadeira discussão que deveria estar acontecendo é sobre as políticas de verbas públicas para a cultura. Não defendo o modus operandi Pablo Capilé para utilização de verbas públicas em seu Coletivo Fora do Eixo mas não acho justo crucificá-lo por uma prática tão comum nos meios ditos “culturais”.
É necessário lembrar dos R$ 1,3 milhões que a Maria Bethânia quase embolsou para criar um blog? Ou que Michel Teló quase emplacou um projeto no mesmo valor na Lei Rouanet? É necessário lembrar também que das 17 empresas que financiaram o filme “Lula, o Filho do Brasil”, quase todas tinham contratos e negócios com os ministérios e bancos do governo?
Tive a oportunidade de conviver por quase 1 ano com uma companhia teatral que tem grande parte de suas verbas oriundas de leis de incentivo. A companhia Club Noir, de Roberto Alvim e Juliana Galdino, que desenvolve um trabalho de pesquisa reconhecido internacionalmente, não teria a menor condição de existir se não fossem essas leis.
A companhia, além de realmente realizar um trabalho que contribui para o desenvolvimento das artes e da cultura neste país, cumpre neuroticamente à risca todas as exigências da lei, retornando para o público em espetáculos gratuitos, palestras, workshops e etc. Além disso, o Club Noir paga todos os seus colaboradores em real mesmo. E seus donos não estão ricos. Até o período que convivi com a companhia, Roberto e Juliana tinham um carro bem velhinho e moravam em uma casa alugada. Para complementar suas rendas pessoais, e às vezes até da própria companhia, Roberto dava aulas de dramaturgia e Juliana desenvolvia projetos para outras instituições.
Mas o Noir talvez seja daquelas exceções que confirmam a regra. Há dezenas, talvez centenas, de outras companhias que não agem desse forma. Assim como há ainda outras que montam mega-produções, estreladas por nomes globais, arrecadam verdadeiras fortunas junto ao poder público e a iniciativa privada, não retornando absolutamente nada nem à população e muito menos contribuindo de alguma forma para a cultura.
Talvez a discussão devesse abranger também o que é arte e o que é cultura, já que via de regra as pessoas que decidem para onde vão essas verbas o fazem baseado em conchavos políticos ou visando interesses próprios, sem saber diferenciar Debussy de Racionais MC.
Lembra do tempo em que o buraco era bem mais embaixo. Pois é, hoje em dia o buraco está bem lá encima.
Marco, por favor, tente não se alongar tanto nos comentários, ok?
Parei de ler quando o Sr. Marco diz que o assunto “virou assunto de primeira importância’. (rs). Prolixo e superestimado!
André, boa tarde. Mudando de assunto, você viu quem infelizmente faleceu. Aquela atriz, Haji, do filme Faster, Pussycat! Kill! Kill! Ela tinha 67 anos.
Me lembro que você falou sobre o filme a um tempo atrás, assisti e virei fã.
Vi sim, é meu post de quarta. Valeu pelo toque.
Com relação a não pagar os artistas eu ouvi pessoalmente de nossos colegas da banda Violentango da Argentina que eles vieram tocar aqui a convite do Fora do Eixo e não receberam o cachê combinado. Foi uma baita sacanagem com uma banda de poucos recursos que veio de longe pra tocar e não recebeu nada.
Resposta do FDE as criticas recebidas nos ultimos dias:
http://revistaforum.com.br/blogdorovai/2013/08/12/fora-do-eixo-solta-nota-dialogando-com-as-criticas-recebidas-nos-ultimos-dias/
Nossa, tem tanta coisa errada com esse Fora do Eixo que nem dá pra saber por onde começar… só posso dizer que minha FIB diminuiu muito ao tomar conhecimento de tudo isso… Esse Capilé tem muita lábia e muito QI…
Um ponto positivo para o FDE é que eles são alvos de crítica tanto dos direitalhas como de esquerdistas. Os primeiros ficam arrepiados com termos como “coletivismo” , e os esquerdistas não toleram que esse coletivismo atenda as leis do mercado como uma empresa qualquer.
Quanto ao pessoal do Mídia Ninja uma coisa que está bem clara é que eles assustam os jornalistas da imprensa corporativa. Basta ver o que aconteceu no Roda Viva na última segunda-feira. Aliás esse processo é irreversível no jornalismo. Não vai dar mais para pautar ou editar informações ao bel prazer dos donos da mídia. Jornalismo hoje é colaborativo, direto e on-line, e ninguém aceita mais os “(de)formadores de opinião” .
Um evidente sinal da mudança de paradigma é que o Washington Post, um dos mais importantes jornais do mundo, e que entre outras coisas, já derrubou um presidente americano, foi vendido por “dinheiro de pinga” ao dono da Amazon, gigante da WEB.
Tá bom, e o Jeff Bezos é um sujeito muito legal, que não vai pautar nada a seu “bel prazer”. O Zuckerberg também é um paladino da democracia de informação. Em que planeta vc vive?
Vc não entendeu o que eu escrevi. O que Bezos quer é se aproximar da elite politica do país. Hoje mesmo saiu a notícia de que o Google é a empresa que mais gasta fazendo lobby em Washington. O que está claro é que a “elite jornalística” está naufragando nos próprios erros e não está conseguindo enxergar a mudança que está havendo com o seu publico leitor e com essas corporações bilionárias. Há uma outra elite querendo ocupar esse espaço. As demandas mudaram. O jornalismo via grandes corporações já está na UTI. Caso irreversível. Não importa quem seja o dono. A única saída que eu posso imaginar para um jornalismo isento é o próprio jornalista tomar o controle da sua produção e sem nenhum tipo de filtragem, ao estilo Mídia Ninja, que apesar de ser ainda muito tosco e primitivo, aponta para uma direção mais saudável.
Ah, tá bom. “O jornalismo via grandes corporações já está na UTI”. Por favor, releia o que vc escreveu e depois dê uma olhada no tamanho da Amazon. E jornalismo pode ser bom ou ruim independentemente do “tamanho” de quem o faz. Tem blog escrito por uma pessoa, com “controle da sua produção e sem nenhum tipo de filtragem” que é completamente vendido e parcial.
Marco S, algumas dúvidas. Se este movimento é fruto do movimento que está havendo com o público leitor e esse coletivismo atende as leis do mercado como uma empresa qualquer, por que não é auto sustentável? por que precisa torrar dinheiro público? Aliás, se não há pagamento de cachê, para onde vai o dinheiro?
Boa!
“… e os esquerdistas não toleram que esse coletivismo atenda as LEIS DO MERCADO como UMA EMPRESA QUALQUER”.
Ri alto agora!!! Quer dizer que o “coletivo” fatura um dinheiro absurdo, paga em “cubo cards”, e ela atende às leis de mercado? Como uma empresa qualquer? Ah, faz-me rir.
Pois é, também ri – não tão alto, mas ri.
Marcos, o jornalismo “ninja” não é imparcial. Jornalismo imparcial não existe, simples assim. O simples fato de o repórter deles apontar a câmera pra um lado em vez de outro já induz a um certo posicionamento.
Fosse uma “empresa qualquer” a Receita Federal já estaria fazendo uma devassa e o Ministério Público do Trabalho já teria pedido a prisão de meia-dúzia por exploração de trabalho escravo.
Mas como são amigos dos poderosos de plantão não há tanto rigor.
Queria ver se esta Laís saisse de uma tecelagem falando o que falou. Seguramente o Jornal Nacional já teria uma pauta sobre trabalho escravo.
e daí já estaria também no blog do chatamoto…
Impressionante o relato da Laís Bellini. Lembra um que li um tempo atrás de um cara que largou o opus dei.
Primeira vez que leio seu blog. Bastante informativo. Continue assim.
Você soube da Claudia Leita que abre várias empresas para conseguir dinheiro via lei rounet e depois não presta conta. Vale ressaltar que até nisso ela imita sua rival Ivetinha que é mestre em captar dinheiro público e não prestar contar.
Desta vez, a Casa caiu mesmo….
Muito bom, André, que você tenha tocado neste assunto! Admiro-o não é de hoje e você bem o sabe 🙂
Com todo respeito a muitos amigos que ainda continuam metidos nessa roubada, mas esse FdE não passa de um engodo e dos mais bem engendrados! No começo até pensei que fosse algo bom, uma alternativa ao establishment viciado. Morei em Cuiabá, entre 2006 e 2009, e inclusive frequentei várias reuniões encabeçadas por Pablo Capilé, já que na época eu assessorava uma gurizada que tocava nos eventos deles. Não precisa ser nenhum espertalhão/vivaldino pra entender sua natureza nefasta, uma vez que [com raríssimas excessões] ninguem lá tinha uma “vivência orgânica” para discutir sobre música, cinema, literatura, HQ ou qualquer coisa do tipo. Ouvia-se sempre a clonagem do discurso messiânico de Pablo na boca de uma molecadinha que sequer aprendeu a ler direitoe não conhecia nada de rock a não ser as bandas do circuito. Ou seja, lavagem cerebral mesmo! Sim, Pablo Capilé é um produtor admirável! Melhor ainda se isso fosse usado para o bem – até porque Hitler, Mussolini, Franco, Pol Pot & Cia também foram líderes admiráveis…
Mas voltando, nessa época a banda de meus amigos resolveu se desligar do Coletivo Volume/Espaço Cubo/Fora do Eixo. Fizeram até uma carta agradecendo os bons momentos vividos juntos, mas que o namoro não tinha como rolar mais… nesse ínterim, os meninos passaram a ser stalkeados por inúmeros perfís falsos, recebendo ameaças e tudo mais, isso sem falar em toda sorte de retaliação que sofreram em sua própria cidade, já que o pessoal do “grupão” se infiltrou de tal modo no poder que passou a utilizar-se da máquina pública para esmagar quem de si discordasse, no intuito de “exterminar” todo e qualquer foco de vida inteligente fora de seus domínios.
Enfim, FdE já vai tarde!!!!!!!
Todos iguais, mas uns mais iguais que os outros, Revolução dos bichos explica bem isso tudo.
Muito bem lembrado!
Na boa, esse papo de coletivo e social e bla bla bla não existe. Não funciona em Cuba, não funcionou na URSS, não funcionou no mundo hippie, nos punks, na igreja. Quer uma biblia que explica bem e define tudo isso. Revolução dos bichos de George Orwell´. Está tudo ali, poder é uma bosta e todos querem. TODOS SÃO IGUAIS, MAS UNS MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS.
CUIDADO COM A LAVAGEM CEREBRAL… * 1. REDE FORA DO EIXO (CULTURA E POLÍTICA) * 2. MOVIMENTO HARE KRISHNA (RELIGIÃO) * 3. TFP – TRADIÇÃO, FAMÍLIA E PROPRIEDADE (RELIGIÃO E POLÍTICA).
O ser humano não pode perder a individualidade. A liberdade de pensar, ir e vir, agir, ter emoções e ser único, é o diferencial entre o racional e o irracional. Clique abaixo e tire suas conclusões…
1. REDE FORA DO EIXO
Fora do Eixo – Jornalismo
http://www.youtube.com/watch?v=2e3NqFfn4vY
Fora do Eixo – Edital de Vivência
http://www.youtube.com/watch?v=ykIHYpIVEXk
Fora do Eixo – Crítica
http://www.youtube.com/watch?v=IsSVzW-xVcI
Fora do Eixo – Discussão 1
http://www.youtube.com/watch?v=VvEPoUp3HBA
Fora do Eixo – Discussão 2
http://www.youtube.com/watch?v=wD6iyxRD0yY
Fora do Eixo – Depoimento do presidente do PT, Rui Falcão
http://www.youtube.com/watch?v=7wZqi2RcmSE
Fora do Eixo – Visita de Juca Ferreira
http://www.youtube.com/watch?v=pvhsh7ASn5s
Fora do Eixo – Apoio do MinC
http://www.youtube.com/watch?v=0mfMozbZsU4
Fora do Eixo – Campanha Política
http://www.youtube.com/watch?v=ISXn9E2TNUM
Fora do Eixo – Conexões Globais
http://www.youtube.com/watch?v=UhBPljG0JoE
Fora do Eixo – Conferência de Planejamento – WTC São Paulo – 2011
http://www.youtube.com/watch?v=LkQ-ckAlk9E
2. MOVIMENTO HARE KRISHNA
Hare Krishna – Informação 1
http://www.youtube.com/watch?v=H5Qzh0nvl3s
Hare Krishna – Informação 2
http://www.youtube.com/watch?v=TrjFDi1WKKI
Hare Krishna – Informação 3
http://www.youtube.com/watch?v=FF-semBjLXY
3. TFP – TRADIÇÃO FAMÍLIA E PROPRIEDADE
TFP – Jornalismo 1
http://www.youtube.com/watch?v=sKeIjG3roCo
TFP – Jornalismo 2 – Arautos ou TFP?
http://www.youtube.com/watch?v=qB7l5Uj1At4
TFP – Jornalismo 3 – Arautos ou TFP?
http://www.youtube.com/watch?v=l0e3d6iiwcU
4. LAVAGEM CEREBRAL – TÉCNICAS
Controle Mental – Como se Tornar um Líder
http://www.youtube.com/watch?v=VBI_TtQ47YY
Breve Explicação – Técnicas de Reforma do Pensamento
http://www.youtube.com/watch?v=rhv7g8y9xzw
Lavagem Cerebral – KGB
http://www.youtube.com/watch?v=wpanFeSHSn4
Obama Hipnoses – Controle Mental
http://www.youtube.com/watch?v=ah2ecbuC-OM
Lavagem Cerebral – Depoimentos de Pessoas
http://www.youtube.com/watch?v=w-U8sRMKd2I
Manipulação e Controle Mental
http://www.youtube.com/watch?v=b8EQo-VliVc
Abraços.
Lailton Araújo
Esse governo do PT, daqui a pouco, vai estar subsidiando comunidade hippie e grupo anarquista… quer dizer, “vai estar” uma ova, é isso que está acontecendo, não?
em relaçao a toda essa polêmica que envolve as condições de trabalho dentro das casas FdE, as condições em que as bandas e outros artistas topam para poder circular dentro do circuito, acho que todas essas criticas feitas são bem subjetivas. A partir do momento em que pessoas e grupos de artistas optam por trabalhar e fazer parte do FdE, elas estão cientes das condições e, de uam certa forma, concordando com elas. No momento que não concordarem mais elas pulam fora. Agora, a pergunta que eu faço é a seguinte; existe alguém ganhando dinheiro com isso?
Ledo engano, não elas não estao cientes.
Ao que tudo indica, sim não é meu caro? Vamos acordar?!
E, não, já inclusive me inscrevi para trabalhos em entidades que só agora, ligando o nome à pessoa, percebo que são arapucas armadas por essa tal rede para que artistas (eu, no caso, que invisto milhares e produzo um trabalho musical 100% autoral, decente e de qualidade, perdoe a falta de modéstia). Portanto, os artistas não faziam a menor ideia de onde estavam se metendo. Creio que a maioria realmente foi ludibriada. Graças a Allah, jamais fui chamado para quaisquer trabalho com tais entidades.
Não conhecia esse Capilé, tive informações dele somente aqui no blog. Fui conferir o que ele fala e não entendi nada. Deve ser etrusco mesmo, ou alguma língua de algum lugar do espaço sideral. Talvez do mesmo planeta que esse cara aqui: https://www.youtube.com/watch?v=edTjnz3yAbM