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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Nunca houve uma mulher como Haji...

Por Andre Barcinski
13/08/13 07:05

O mundo ficou um pouco menos sexy. Morreu sábado, aos 67 anos, Haji, a gostosíssima e misteriosa atriz do clássico “cult” “Faster, Pussycat! Kill! Kill” (1965), de Russ Meyer.

 

 

 

 

 

 

 

 

Há três anos, por ocasião de uma retrospectiva de Meyer, fiz uma entrevista com Jimmy McDonough, autor de “Big Bosoms and Square Jaws”, uma divertidíssima biografia do cineasta (leia aqui).

Quando perguntei a Jimmy por que os filmes de Russ Meyer haviam se tornado ícones da cultura pop americana, ele respondeu: “Porque os Estados Unidos simbolizavam um certo exagero grandioso. Especialmente no auge de RM.  Carros como o Cadillac Eldorado Biarritz, de 1959, que era um brilhante monstro de aço curvo e barbatanas exageradas. Meyer descobriu mulheres que eram o equivalente a esses carros, e criou para elas um altar cinematográfico.”

Haji certamente era um belo Cadillac. Um autêntico rabo de peixe. Até seu nome verdadeiro era uma delícia: Barbarella Catton. Com seus olhos puxados – índia? Filipina? Mexicana? – essa canadense (hein?) de Quebec formou, com Tura Satana e Lori Williams, o trio sadomasô mais voluptuoso do cinema. Quem não queria ser arremessado na areia do deserto ou levar uma chave de braço dessas três?

Ontem à noite, em homenagem a Haji, tirei da estante o empoeirado DVD de “Faster, Pussycat! Kill! Kill!”. Difícil acreditar que Meyer fez esse filme em 1965, quando os Beatles ainda usavam cabelo tigelinha e nem conheciam a psicodelia. É “o” filme sobre as perversões da América, juntando rock’n’roll, revistas de sacanagem, quadrinhos e pop art, numa geléia geral de taras, violências e fetiches. Como alguém pode ter visto essa bomba atômica e, dois anos depois, ser pego cantando “Vou pra São Francisco… com flores no cabelo?”

Achei uma ótima entrevista de Haji, em inglês (leia aqui), em que a musa fala de seu trabalho com Meyer, de seu início no burlesco – aos 14 anos! – e de como fugiu da escola ainda no Jardim da infância: “Entrei na escola e fugi no primeiro dia. Eu me sentia mais confortável na floresta do que na sala de aula!”

Vá em paz, Haji. Nós, fiéis seguidores de seu culto, continuaremos lhe adorando pela eternidade…

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Comentários

  1. William CP comentou em 20/08/13 at 21:38

    Ô que pena. Agora que eu li.

    Bichona boa,viu.

    Fica pra outra encarnação !

  2. j.j. comentou em 14/08/13 at 23:01

    Uma coisa é certa, ele teve e mereceu muito mais homenagens em vida. Russ foi o cara.

  3. walner silvestre comentou em 14/08/13 at 9:17

    Barcinski,
    Nunca entendi a colaboração do crítico Roger Ebert com o cineasta Russ Meyer, poderia me dizer algo a respeito?

    • Andre Barcinski comentou em 14/08/13 at 10:02

      Ebert foi roteirista de alguns filmes do Meyer.

  4. Diego Correia comentou em 14/08/13 at 8:18

    Lembro que quando vi o filme da mostra do Russ Meyer no CCBB, das três foi ela que mais me impressionou pela beleza e gostosura combinadas. Isso que era mulher de verdade!

  5. Dani Lindenbaum comentou em 13/08/13 at 21:35

    Flores no cabelo..e LSD nas cabeças..

  6. Alexandre comentou em 13/08/13 at 21:05

    E pensar que não só essa obra-prima do Meyer (“Faster, Pussycat!”) mas também outras pérolas como “Mudhoney”, “Lorna”, não existem em DVDs brasileiros…

  7. Kleber Vinicius comentou em 13/08/13 at 20:28

    Culto ? Conhecia isso com outro nome.

  8. Ricardo comentou em 13/08/13 at 16:59

    Em meados de 65 o John Lennon e o George Harrison já tinham experimentado a “psicodelia”.

    • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 18:37

      Bem pouco. Estavam engatinhando em “Rubber Soul”. Entrariam de cabeça logo depois, certo?

      • Ricardo comentou em 14/08/13 at 3:44

        Certíssimo 🙂

  9. Abreu comentou em 13/08/13 at 14:07

    Desculpe o fora de assunto, mas não vejo a hora de ver este filme:

    http://cinemacomrapadura.com.br/noticias/306452/cbgb-filme-sobre-o-iconico-clube-nova-iorquino-ganha-trailer/

  10. Willian Ifanger comentou em 13/08/13 at 13:28

    Essa sempre foi homenageada a vida toda.

    E Tonhão Borracha faria uma baita homenagem a ela.

  11. Plinio comentou em 13/08/13 at 13:21

    Ahhh…Foi deste filme que o Tarantino chupou para fazer Death Proof….Preciso ver.

  12. João Gilberto Monteiro comentou em 13/08/13 at 13:09

    Caramba André, isso que é (foi) mulher hehehe, meu dia ficou bem mais animado…
    Mas pra vc, qual foi a mais bela atriz que um dia apareceu numa tela de cinema???

    • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 14:16

      Impossível escolher uma só. Minhas prediletas nesse instante são Claudia Cardinale, Ellen Barkin, Haji, Jessica Lange (a única razão pra ver a refilmagem de “King Kong”), Adele Fátima.

      • Paulo comentou em 13/08/13 at 14:38

        Sophia, Grace Kelly, Monica Vitti, Catherine Deneuve + a já citada Claudia… nao consigo tirar estas do meu panteao pessoal…

      • Rodrigo Oliveira comentou em 13/08/13 at 14:42

        E da safra mais recente, Barça? Fico com 3. Scarlett Johansson, Naomi Watts e Monica Bellucci.

        • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 18:39

          Monica Bellucci é top.

        • Xisto comentou em 13/08/13 at 22:03

          Só duas palavras: Eva + Mendes

          • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 23:53

            Bem lembrado!

      • Mario comentou em 13/08/13 at 15:16

        E a Jessica na refilmagem de ” O destino bate à sua porta” ?
        Ali na mesa da cozinha…

        • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 18:38

          Demais.

      • João Gilberto Monteiro comentou em 13/08/13 at 15:30

        André, além dessas citaria a Helena Ramos, Matilde Mastrangi, Catherine Deneuve, Diane Keaton, Sharon Stone, Catherine Zeta-Jones, Jane Fonda, enfim, a minha lista seria enorme hehehe

      • Augusto dos Anjos II comentou em 13/08/13 at 20:48

        Ainda bem que ninguém citou a Jennifer Connelly. Pois ela é minha e mais ninguém!!!

        • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 23:53

          Opa! Réquiem para um Sonho é clássico!

      • Joaci G. Oliveira comentou em 14/08/13 at 11:21

        Claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, clad……………!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    • Júnior comentou em 13/08/13 at 15:02

      A Kim Bassinger não saía da minha carteira nos anos 80, começo de 90.

      • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 18:38

        Muitíssimo bel lembrado!

  13. Kin Cordeiro comentou em 13/08/13 at 10:42

    Rapá, que mulher gostosa é essa????? Eu deixaria ela segurar a minha mão num shopping!

  14. Pdr Rms comentou em 13/08/13 at 10:41

    Lembro que a primeira vez que ouvi falar do Russ Meyer foi numa reportagem da Playboy em 1996. Lembro de, no auge da minha adolescência, ter homenageado várias fotos daquela reportagem. Sempre tive curiosidade de assistir a um filme do Russ Meyer, mas nunca consegui encontrar seus filmes. Existe alguma forma de encontrar filmes do Russ Meyer sem ter que comprar fora do Brasil ou baixar pelo Cine Torrent?

    • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 12:04

      Não sei se “Fastar Pussycat!” saiu em DVD no Brasil, mas certamente tem inteiro no Youtube.

  15. Marcel Augusto Molinari comentou em 13/08/13 at 10:20

    Nice…. elas eram incrivelmente lindas!…. nem sei se eram talentosas em relação a atuação… na verdade nem precisariam ser… hehehe.
    Fiquei curioso sobre “Faster, Pussycat! Kill! Kill”… vou procurar assistir!

  16. Leo PP comentou em 13/08/13 at 10:11

    E tem gente que ainda acha o “padrão” Angelina Jolie bonito…isso sim era mulherão! Coloca aquela magrela da Megax Fox no chinelo.

    Alias quem arrisca uma lista das mais gatas (ou gostosas) do cinema. A minha começaria com a Claudia Cardinale…

    • José AB. comentou em 13/08/13 at 11:49

      Audrey Hepburn…

    • Leonardo comentou em 13/08/13 at 13:43

      Sophia Loren

    • Guido comentou em 13/08/13 at 15:16

      Anne Ramsey

  17. dunha comentou em 13/08/13 at 9:30

    “Nós, fiéis seguidores de seu culto”

    saquei o tal culto à haji… fap, fap, fap…

    • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 9:40

      Cada um tem o culto que merece, certo?

    • Penca comentou em 13/08/13 at 10:46

      Eu tb estranhei a relação:

      “Em homenagem a Haji, tirei da estante o empoeirado”

      Seria esse um ato onanista?

      Esse lance de homenagem dá calos…

      • José AB. comentou em 13/08/13 at 11:48

        Homenagem justa e bacana e vocês ficam fazendo gracinhas?

        ô povo chato.

  18. Marcelo Almeida comentou em 13/08/13 at 9:11

    Caraca. Que triste.
    E olha que coincidência bizarra. Durante a semana passada toda, eu fiquei assistindo revendo (no modo repeat) uma montagem no You Tube com Mean Machine do Cramps e as imagens dela. Até postei isso no meu blog.
    Vai entender essas coincidências doidas da vida.

    • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 9:40

      Imagens da Haji ou da Tura Satana?

      • Marcelo Almeida comentou em 13/08/13 at 12:23

        Era a Tura. Eu me confundi. 🙂

        • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 13:11

          Sabia. A Tura era bem mais conhecida. Aliás, conheci tanto a Tura quanto o Russ Meyer, numa convenção de cinema B. Um amigo, que escrevia numa revista de filmes B me apresentou, foi divertido.

  19. jAH comentou em 13/08/13 at 8:59

    Semana passada o obituário também bombou: George Duke, Karen Black…

    • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 9:41

      Pois é, a Karen Black doeu. Aqueles olhinhos vesgos eram um charme, eu adorava a mulher.

      • jAH comentou em 13/08/13 at 10:22

        Andei vendo os filmes do Russ Meyer depois de seu post. Mucho loco pensar que foram produzidos nos EUA nos anos 60-70. Têm um quê de pornochanchadas nacionais (provavelmente é ao contrário).

  20. Celso comentou em 13/08/13 at 8:57

    Maravilha de homenagem, Haji rules forever. Mudando de pato pra marreco, ontem vi um filme acachapante chamado “O adversário”, conferiu este, Barça? Baseado em fatos miseravelmente reais. A loucura humana não conhece limites mesmo. http://www.cineplayers.com/filme.php?id=12022,O-Adversario-2002

    • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 9:06

      Não vi, mas fiquei bem interessado, vou atrás, valeu.

  21. Ricardo Motta comentou em 13/08/13 at 7:40

    Fala Barça, a cerca de umas duas semanas atrás acha que foi cinemax ou hbo, falaram um pouco a respeito do Russ Meyer (porém ele não era o temo do programa), tem como indicar os melhores filmes da figura?
    Como não conheço muito e fiquei bem interessado no que eu vi.
    E não sei por que eu lembrei tanto do The Cramps!
    Abrs.

    • Andre Barcinski comentou em 13/08/13 at 8:39

      O Cramps gravou o tema de “Faster, Pussycat! Kill! Kill!”. Leia o texto meu que linkei, fala dos melhores filmes do Meyer. Vale a pena conhecer o sujeito.

      • Ricardo Motta comentou em 13/08/13 at 10:18

        Valeu pela dica.

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