Nunca houve uma mulher como Haji...
13/08/13 07:05O mundo ficou um pouco menos sexy. Morreu sábado, aos 67 anos, Haji, a gostosíssima e misteriosa atriz do clássico “cult” “Faster, Pussycat! Kill! Kill” (1965), de Russ Meyer.
Há três anos, por ocasião de uma retrospectiva de Meyer, fiz uma entrevista com Jimmy McDonough, autor de “Big Bosoms and Square Jaws”, uma divertidíssima biografia do cineasta (leia aqui).
Quando perguntei a Jimmy por que os filmes de Russ Meyer haviam se tornado ícones da cultura pop americana, ele respondeu: “Porque os Estados Unidos simbolizavam um certo exagero grandioso. Especialmente no auge de RM. Carros como o Cadillac Eldorado Biarritz, de 1959, que era um brilhante monstro de aço curvo e barbatanas exageradas. Meyer descobriu mulheres que eram o equivalente a esses carros, e criou para elas um altar cinematográfico.”
Haji certamente era um belo Cadillac. Um autêntico rabo de peixe. Até seu nome verdadeiro era uma delícia: Barbarella Catton. Com seus olhos puxados – índia? Filipina? Mexicana? – essa canadense (hein?) de Quebec formou, com Tura Satana e Lori Williams, o trio sadomasô mais voluptuoso do cinema. Quem não queria ser arremessado na areia do deserto ou levar uma chave de braço dessas três?
Ontem à noite, em homenagem a Haji, tirei da estante o empoeirado DVD de “Faster, Pussycat! Kill! Kill!”. Difícil acreditar que Meyer fez esse filme em 1965, quando os Beatles ainda usavam cabelo tigelinha e nem conheciam a psicodelia. É “o” filme sobre as perversões da América, juntando rock’n’roll, revistas de sacanagem, quadrinhos e pop art, numa geléia geral de taras, violências e fetiches. Como alguém pode ter visto essa bomba atômica e, dois anos depois, ser pego cantando “Vou pra São Francisco… com flores no cabelo?”
Achei uma ótima entrevista de Haji, em inglês (leia aqui), em que a musa fala de seu trabalho com Meyer, de seu início no burlesco – aos 14 anos! – e de como fugiu da escola ainda no Jardim da infância: “Entrei na escola e fugi no primeiro dia. Eu me sentia mais confortável na floresta do que na sala de aula!”
Vá em paz, Haji. Nós, fiéis seguidores de seu culto, continuaremos lhe adorando pela eternidade…
Ô que pena. Agora que eu li.
Bichona boa,viu.
Fica pra outra encarnação !
Uma coisa é certa, ele teve e mereceu muito mais homenagens em vida. Russ foi o cara.
Barcinski,
Nunca entendi a colaboração do crítico Roger Ebert com o cineasta Russ Meyer, poderia me dizer algo a respeito?
Ebert foi roteirista de alguns filmes do Meyer.
Lembro que quando vi o filme da mostra do Russ Meyer no CCBB, das três foi ela que mais me impressionou pela beleza e gostosura combinadas. Isso que era mulher de verdade!
Flores no cabelo..e LSD nas cabeças..
E pensar que não só essa obra-prima do Meyer (“Faster, Pussycat!”) mas também outras pérolas como “Mudhoney”, “Lorna”, não existem em DVDs brasileiros…
Culto ? Conhecia isso com outro nome.
Em meados de 65 o John Lennon e o George Harrison já tinham experimentado a “psicodelia”.
Bem pouco. Estavam engatinhando em “Rubber Soul”. Entrariam de cabeça logo depois, certo?
Certíssimo 🙂
Desculpe o fora de assunto, mas não vejo a hora de ver este filme:
http://cinemacomrapadura.com.br/noticias/306452/cbgb-filme-sobre-o-iconico-clube-nova-iorquino-ganha-trailer/
Essa sempre foi homenageada a vida toda.
E Tonhão Borracha faria uma baita homenagem a ela.
Ahhh…Foi deste filme que o Tarantino chupou para fazer Death Proof….Preciso ver.
Caramba André, isso que é (foi) mulher hehehe, meu dia ficou bem mais animado…
Mas pra vc, qual foi a mais bela atriz que um dia apareceu numa tela de cinema???
Impossível escolher uma só. Minhas prediletas nesse instante são Claudia Cardinale, Ellen Barkin, Haji, Jessica Lange (a única razão pra ver a refilmagem de “King Kong”), Adele Fátima.
Sophia, Grace Kelly, Monica Vitti, Catherine Deneuve + a já citada Claudia… nao consigo tirar estas do meu panteao pessoal…
E da safra mais recente, Barça? Fico com 3. Scarlett Johansson, Naomi Watts e Monica Bellucci.
Monica Bellucci é top.
Só duas palavras: Eva + Mendes
Bem lembrado!
E a Jessica na refilmagem de ” O destino bate à sua porta” ?
Ali na mesa da cozinha…
Demais.
André, além dessas citaria a Helena Ramos, Matilde Mastrangi, Catherine Deneuve, Diane Keaton, Sharon Stone, Catherine Zeta-Jones, Jane Fonda, enfim, a minha lista seria enorme hehehe
Ainda bem que ninguém citou a Jennifer Connelly. Pois ela é minha e mais ninguém!!!
Opa! Réquiem para um Sonho é clássico!
Claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, claudia, clad……………!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A Kim Bassinger não saía da minha carteira nos anos 80, começo de 90.
Muitíssimo bel lembrado!
Rapá, que mulher gostosa é essa????? Eu deixaria ela segurar a minha mão num shopping!
Lembro que a primeira vez que ouvi falar do Russ Meyer foi numa reportagem da Playboy em 1996. Lembro de, no auge da minha adolescência, ter homenageado várias fotos daquela reportagem. Sempre tive curiosidade de assistir a um filme do Russ Meyer, mas nunca consegui encontrar seus filmes. Existe alguma forma de encontrar filmes do Russ Meyer sem ter que comprar fora do Brasil ou baixar pelo Cine Torrent?
Não sei se “Fastar Pussycat!” saiu em DVD no Brasil, mas certamente tem inteiro no Youtube.
Nice…. elas eram incrivelmente lindas!…. nem sei se eram talentosas em relação a atuação… na verdade nem precisariam ser… hehehe.
Fiquei curioso sobre “Faster, Pussycat! Kill! Kill”… vou procurar assistir!
E tem gente que ainda acha o “padrão” Angelina Jolie bonito…isso sim era mulherão! Coloca aquela magrela da Megax Fox no chinelo.
Alias quem arrisca uma lista das mais gatas (ou gostosas) do cinema. A minha começaria com a Claudia Cardinale…
Audrey Hepburn…
Sophia Loren
Anne Ramsey
“Nós, fiéis seguidores de seu culto”
saquei o tal culto à haji… fap, fap, fap…
Cada um tem o culto que merece, certo?
Eu tb estranhei a relação:
“Em homenagem a Haji, tirei da estante o empoeirado”
Seria esse um ato onanista?
Esse lance de homenagem dá calos…
Homenagem justa e bacana e vocês ficam fazendo gracinhas?
ô povo chato.
Caraca. Que triste.
E olha que coincidência bizarra. Durante a semana passada toda, eu fiquei assistindo revendo (no modo repeat) uma montagem no You Tube com Mean Machine do Cramps e as imagens dela. Até postei isso no meu blog.
Vai entender essas coincidências doidas da vida.
Imagens da Haji ou da Tura Satana?
Era a Tura. Eu me confundi. 🙂
Sabia. A Tura era bem mais conhecida. Aliás, conheci tanto a Tura quanto o Russ Meyer, numa convenção de cinema B. Um amigo, que escrevia numa revista de filmes B me apresentou, foi divertido.
Semana passada o obituário também bombou: George Duke, Karen Black…
Pois é, a Karen Black doeu. Aqueles olhinhos vesgos eram um charme, eu adorava a mulher.
Andei vendo os filmes do Russ Meyer depois de seu post. Mucho loco pensar que foram produzidos nos EUA nos anos 60-70. Têm um quê de pornochanchadas nacionais (provavelmente é ao contrário).
Maravilha de homenagem, Haji rules forever. Mudando de pato pra marreco, ontem vi um filme acachapante chamado “O adversário”, conferiu este, Barça? Baseado em fatos miseravelmente reais. A loucura humana não conhece limites mesmo. http://www.cineplayers.com/filme.php?id=12022,O-Adversario-2002
Não vi, mas fiquei bem interessado, vou atrás, valeu.
Fala Barça, a cerca de umas duas semanas atrás acha que foi cinemax ou hbo, falaram um pouco a respeito do Russ Meyer (porém ele não era o temo do programa), tem como indicar os melhores filmes da figura?
Como não conheço muito e fiquei bem interessado no que eu vi.
E não sei por que eu lembrei tanto do The Cramps!
Abrs.
O Cramps gravou o tema de “Faster, Pussycat! Kill! Kill!”. Leia o texto meu que linkei, fala dos melhores filmes do Meyer. Vale a pena conhecer o sujeito.
Valeu pela dica.