É o preço do ingresso, estúpido!
28/08/13 07:05Quando o futebol brasileiro passa por um processo preocupante de elitização, com aumentos nos preços dos ingressos e o afastamento do torcedor com menor poder aquisitivo, um exemplo recente mostra que a solução pode ser o inverso: baixar o preço e faturar mais.
Uma reportagem da “Folha” (leia aqui), publicada ontem, mostra como a arrecadação do São Paulo cresceu depois que o clube decidiu reduzir o preço dos ingressos para atrair de volta o torcedor ao Morumbi.
Claro que a decisão do clube foi de desespero: o time está na zona do rebaixamento e precisava, mais que nunca, do apoio do torcedor. Mas deu certo.
Todos os outros clubes do país deveriam seguir o exemplo. Seria uma paulada nessa onda de “vipização” e embranquecimento das arquibancadas.
E esse fenômeno não se dá apenas no futebol. Cinemas, teatros e shows também têm buscado, nos últimos anos, clientes de “maior qualidade” (uso o termo entre aspas, claro, porque não acredito nessa bobagem).
Lembro que, por volta de 2000, houve um show do grupo juvenil Hanson no Via Funchal, em São Paulo. Foi a primeira vez que ouvi falar em “Área Vip”. A casa separou um espaço em frente ao palco e cobrou ingressos absurdamente altos. Foi o primeiro setor a esgotar.
Desde então, quase todos os shows no Brasil têm áreas “exclusivas” e ingressos com mordomias. E o cliente adora.
Com a farra do dinheiro público e das concessões de estádios para a Copa do Mundo, essa “Onda Vip” está chegando ao futebol.
A justificativa que mais ouço por aí é uma que carrega um preconceito enorme: “Ah, os estádios estão novinhos, não é mais pra aquele torcedor mal educado…” Como se o povão não merecesse bons estádios e não soubesse se comportar neles.
Espero que os clubes aprendam que elitizar o futebol e cobrar ingressos altos pode ser bom para um ou dois jogos, mas vai matar os times a longo prazo. Esse público que só quer saber de mostrar cartaz pro Galvão e tirar fotos pro Instagram vai sumir assim que arranjar algo melhor para fazer.
Apenas um detalhe para que seja analisado por vocês, também: o que está sendo visto aqui o valor bruto arrecadado. A estrutura temporária que trabalha (ou o custo variável) muda conforme a quantidade de ingressos, e esse valor nem sempre é coberto por um ingresso mais barato – que daí é subsidiado pelo clube que está em maus lençóis. Concordo que o ingresso é caro, mas a relação causal entre mais público=mais resultado nem sempre é real.
correção: “que está sendo visto aqui É APENAS o valor bruto arrecadado”
Concordo com tudo André!!!!
Como se educação fosse privilégio dos endinheirados. Cansei de ver dondoca passeando com cachorros e deixando os rastros nas calçadas…
Essa “onda Vip” há tempos já funciona teoricamente no Pacaembu. Em 1988 remodelarem o estádio, ficou o mesmo lixo de estrutura, porém com cores para distinguir setores.
O tobogã, que era tido com uma geral e tinha preços de ingressos 1/3 da arquibancada, de uma hora para outra passou a valer o mesmo preço.
Há uns anos o Parque Antárctica tinha um setor patrocinado por um cartão de crédito. O ingresso era R$ 50 (+ do que o dobro da arquibancada na época) e se chovesse vc ia se molhar todo…
Assina embaixo. Sem a geral, o futebol perde a graça. O torcedor da elite não vai ao estádio pra incentivar o time, ele vai para ver um espetáculo. Não grita nem pula, pede pro cara da frente sentar a toda hora, como se o jogo fosse uma ópera. Sou colorado e, no Beira-Rio, já cansei de discutir com gente assim. Quer assepsia fique em casa vendo TV. Estádio é lugar para emoção, pro riso e choro, pra garganta rouca.
Fora isso tem o fim das gerais. No Castelão, em Fofocaleza, a área que correspondia transformou-se no setor mais caro (fora os recém criados camarotes). E o pessoal que freqüentava a geral não tem mais opção. Lembrei também do fim da “hora do pobre”, quando abriam os pórtões do estádio lá pelos 30 do 2º tempo, pra saída de quem pagou ingresso, quando a turma que não tinha dinheiro nem pra geral entrava pra curtir o finalzinho do jogo (geralmente entravam debaixo de vaia).
Só uma coisa: quem defende a geral do Maracanã é porque nunca esteve nela. Eu fui várias vezes e posso garantir que era um lixo. Adorei quando a geral virou cadeira azul, que era um espaço democrático, com ingressos mais baratos, crianças de graça e sem divisão entre as torcidas. A visibilidade do campo era muito melhor que na geral.
Se a geral do Maracanã virou um setor de cadeiras populares, parabéns aos envolvidos. No Castelão ela deu lugar aos assentos mais caros. Fora isso, na geral do estádio original era possível ver o jogo sentado, num plano acima do campo, ou em pé, como a maioria preferia. E o preço era mais ou menos o de 5 passagens de ônibus.
Foi exatamente o que ocorreu com as cadeiras azuis, era um lugar muito bacana do estádio. Digo “era”, porque hoje viraram assentos mais caros.
Achei que eu era o único que gostava das cadeiras azuis. Dependendo do local era mais confortavel que a arquibancada. Lógico que na arquibancada a emoção da torcida era maior, mas as cadeiras azuis eram infinitamente melhores que a antiga geral!
Eu sempre ia nas azuis. Especialmente com a filha.
Eu sempre digo sobre isso. A geral poderia ser folclórica, com alguns geraldinos carregando imagens de santos e tals, mas a visão era horrível. Principalmente em jogo decisivo: aumentava a quantidade de placas de publicidade, de imprensa e de penetras… você gritava gol meio que por osmose, pq ver mesmo o lance era quase impossível…
Verdade. A visão era péssima, os banheiros nojentos, era tudo horrível. É irritante essa mania de ficar celebrando a geral como se fosse uma maravilha. Não é porque o ingresso é barato que o lugar precisava ser de péssima qualidade.
Sim. Até acho celebrar pelos personagens que lá apareciam é válido, mas o triste é que poderíamos continuar celebrando eles atualmente num local com melhor acesso, visão, higiene e principalmente preço.
Lembro de uma vez uns caras atrás de um rato que apareceu, pegaram a muleta de um torcedor para dar no bicho… e o jogo rolando…
Na final da Copa das Confederações isso ficou bem claro. Não conseguia achar um negro ou pardo na torcida, ai na hora da premiação, fazendo o cordão de isolamento pro Felipão e sua trupe passarem lá estavam eles se ferrando para garantir o “espetaculo”.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=_i7U3xAj54LcUM&tbnid=02d8RPl5HidJfM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.copa2014.gov.br%2Fes%2Fnode%2F36986&ei=k_IdUuCRAYq_sASziIGwDA&bvm=bv.51156542,d.dmg&psig=AFQjCNGFHxTeWq4lPP-GcesCfbnsE3T1kQ&ust=1377780689782272
Meu avô conta que antigamente ia no Pacaembu de quarta a tarde (acho que era quarta), fazia o pessoal da sessão correr com o serviço na parte da manhã para poder ir no jogo depois, independente do time que jogasse. No domingo meu primo (palmeirense) queria levar esse meu vô (são paulino) no Morumbi, só pelo passeio.
Acho que baixar o preço dos ingressos, acabar com as organizadas e colocar os jogos em um horário aceitável ia não só atrair os torcedores do time para os jogos, mas as pessoas em geral que gostam futebol, pela diversão. Assim como grandes festivais de música, ir aos jogos se tornou um “mal necessário”, você passa por várias condições adversas para poder finalmente ver seu time, aí só o pessoal das organizadas que tem paciência mesmo.
Outro dia li sobre a segregação racial nos ônibus no EUA até os anos 60.
Arianos na parte da frente e as demais “pessoas diferenciadas” no cercadinho, atrás.
É mais ou menos assim, no cercadinho, que me sinto quando vou a shows fora da área vip. E ainda pagando caro bagaray.
Correção histórica: O primeiro show que teve uma divisão de área “VIP” foi a primeira turnê de Ramones no Brasi em 1987. Os shows no antigo Palace, em São Paulo, (atual HSBC), tiveram divisão por setores. Eu estava lá, comprei ingresso para o setor “popular” mas como centenas de outros invadi a área VIP e fizemos a primeira “revolução socialista” em um show de rock. O poder era do povo!
Ainda hoje queria descobrir quem foi o “gênio” que tentou inventar uma “área VIP” em um show dos Ramones. Só no Brasil!! Let´s go!
Na boa, eu estava no Palace também, e não era área VIP, era, como vc disse, divisão por setores, um era mais longe e mais alto que o outro. A diferença é que, no show do Hanson, o Via Funchal simplesmente botou uma barreira na frente do palco e dividiu o público que estava no chão.
Correto. A divisão era por umas barreiras de ferros. O nome da casa, depois, virou Citibank e não HSBC. Troquei os nomes das casas.
Eu lembro que havia uns garçons circulando c/ um carrinhos lotados de bebidas, whisky, vodka, champagne e etc. Desnecessário dizer o que aconteceu com aquelas bebidas. Tinha um garçon que largou tudo, começou a distribuir as bebidas e se jogou no show dos Ramones. Era o mais bêbado. kkkkkkkkkkk
Para continuar com o surrealismo da coisa, depois do primeiro show dos Ramones, haveria um outro show (era um sábado). Eu e vários amigos tentamos nos esconder no banheiro para asistir o show seguinte. Não deu certo! Fomos expulsos. kkkkk
Voltei no Domingo e assisti o show novamente. Dessa vez as coisas estavam mais calmas. No dia anterior tinha rolado uma tretas com os carecas, mas do lado de fora, na rua.
Esse show realmente entrou para a história.
Só uma correção: o Palace se transformou em Citibank Hall e já foi fechado ano passado.
O Palace não se chamava Citibank Hall e depois deixou de funcionar?
HSBC é o que um dia se chamou Tom Brasil.
Não era da minha época esse show, mas achei nesse blog a página da FSP sobre o evento. Não tive tempo de ler, mas achei engraçado num trecho explicativo sobre “O que são os skinheads”.
http://setedoses.blogspot.com.br/2011/04/ramones-no-palace-1987-revista-poster.html
Se houve alguma separação neste show, certamente foi no improviso.
Lembro que quando comprei o ingresso a apresentação ia ser no Anhembi.
Como a bagaça alagou (chovia pra cacete nestes dias) o evento foi transferido em cima da hora para o Palace – que na época era o lugar mais absurdamente contra indicado para um show punk.
Fui entrando já estranhando o bom funcionamento do ar-condicionado. Só parei lá na frente.
Logo no início do show o ar já não deu mais conta e o troço virou uma sauna.
Mas não percebi a segregação. Será que furei a barreira sem perceber?
Sem querer ser chato (até pq o assunto principal não é esse), mas o atual HSBC era o antigo Tom Brasil. O Palace era em Moema e, depois de mudar de nome várias vezes (Directv Music Hall, Citibank Hall), sucumbiu à especulação imobiliária: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/citibank-hall-fecha-as-portas-com-brinde-e-marretadas
Lembro de uma vez em que estava subindo de elevador em um daqueles prédios da Sta Efigênia e uma garota estava se gabando, com um colega, por ter amigos na prefeitura de uma cidade da Grande S. Paulo (acho que era Mauá) e, por isso, ter conseguido ingresso na área Vip do show do (popular, sem dúvida) Fábio Jr. Quer dizer, o VIP vai virando objeto de desejo (e de ascensão) para o povão.
Aí o VIP vira normal, “carne de vaca”. O que vão inventar???
O único estádio que vou sempre que posso é o da Rua Javari. É sossegado, o ingresso é barato e ainda tem os canolis do seu Antonio.
Pode não ter o luxo de um estádio moderno, mas a diversão é garantida e sei que vou voltar inteiro para casa.
Barça, apesar do desespero, o preço do ingresso em jogos do SPFC é mais barato que outras equipes. Paguei 10 paus para ver os jogos contra o Galo na libertadores na arquibancada (não sou sócio torcedor).
Vai ser muito difícil reduzir o preço dos ingressos nas novas arenas, pois é necessário amortizar o investimento da construção. Estádios antigos como o Morumbi, o ivestimento já foi totalmemte amortizado, cabendo espaço para redução no preço dos ingressos.
Sim. O São Paulo estabeleceu uma área de ingresso popular há um ano. E a fama de time do povão recai sobre o Corinthians que só vem aumentando o preço de seu ingresso…
Não que o Corinthians não seja popular, claro que é. Mas os outros também tem uma fatia importante (a maioria) de torcedores com menor poder aquisitivo.
André, a ironia das ironias é que, o ex-elitizado Morumbi, do outrora aristocrático São Paulo, ser o bastião da resistência contra a “vipzação” do futebol, mesmo que talvez seja por pouco tempo…
Os clubes adotam esta prática quando estão na merda e precisam de um bom resultado a curtíssimo prazo.
Depois, voltam ao preço normal.
Problema: em quase todas as vezes o total da arrecadação com preço popular é maior (e frequentemente MUITO maior) do que quando se aplica o preço (alto) normal.
Só há uma explicação: a extrema BURRICE e INCOMPETÊNCIA na forma de dirigentes que assola o futebol brasileiro de ponta a ponta.
André, normalmente quem vai a essas áreas vips só quer saber de aparecer e, por muitas vezes, nem sabe quem está tocando no show ou não é ligado muito em futebol. É apenas uma maneira de mostrar a roupa nova, fazer “azaração” e demonstrar o quanto é descolado ao ir a um show do Black Sabbath ou como é do “bando de loucos” no jogo. Um exemplo absurdo sobre essa elitização foi a tal Copa das Confederações com seus mauricinhos e patricinhas comportados em suas cadeiras pedindo para que outros sentassem para que eles pudessem assistir tranquilamente ao espetáculo. O preço de qualquer ingresso no futebol ou em shows pelo país é caro demais e isso acaba por favorecer os malandros donos de carteirinhas de estudantes e um público que não se preocupa com o evento, mas consigo próprio e seu tênis novo.
Tinha que ter começado com aqueles malas mesmo…rs.
Isso a princípio ficou só em SP. Lembro de um show do Clapton no Pacaembu, que tinha a tal área VIP e mesmo o ingresso de pista não VIP custava um absurdo…detalhe, era do meio de campo pra trás. Com o preço deste ingresso fomos pro RJ, pagamos 50,00 pra ver na apoteose e ainda passamos o final de semana na cidade. Agora até no RJ tem essa palhaçada! Nas “venues” americanas ou da europa isso é impensável, rola somente em grandes e tradicionais teatros, mas o preço é pela visão e proximidade do palco, e não por te separar da orda por uma cordinha.
Pode crer, André, eu deixei de ir a esses locais exatamente por causa da elitização.
Eu ia aos jogos no Pacaembu, não vou mais, cara pra caramba. Eu ia ao cinema, toda santa quarta-feira, não vou mais, caro pra caramba. Eu ia aos shows do bom e velho rock’n’roll, não vou mais, caro pra caramba. Infelizmente, pois MORRO de Saudades…o quanto é duro para mim não pode ir mais frequentar esses locais, graças a esta ideia IDIOTA de vipização (gostei do seu termo).
e as torcidas organizadas? como acabar com essa escória do futebol?
Tratando como se trata bandido. Como é que alguém pode ser fotografado brigando e não ser preso? E os clubes precisam parar de apoiá-las.
É só lembrar de domingo e de um jogo em que os ingressos custavam 100 reais em média. Esses bandidos que brigaram dentro do estádio Mané Garrincha (até nisso é estilizado já que não podemos mais chamar o estádio pelo nome do craque e seremos obrigados a nomeá-lo de estádio de Brasília) ou eram mauricinhos briguentos ou estavam lá graças às benesses dos cartolas. De qualquer maneira não é um problema de ser pobre ou rico, mas de civilidade.
O cara chegou no começo do mês vindo da Bolívia, ficou se fazendo de coitadinho e tava domingão lá, brigando em Brasília.
Eu imagino a importância que um cidadão desse dá à família…
Não são baratos as passagens e o ingresso. Como o cara consegue né???
“Diz” o Corinthians que não dá dinheiro para a torcida. Sim, eu acredito…
Já passou da hora do Corinthians ser punido!!!!
Lembram quando vários times perdiam mandos porque torcedores arremessavam coisas no campo? Só foi penalizar os times que isso mudou né? Cheguei a ver torcedor ser espancado no Palmeiras pq jogou uma bolinha de papel no bandeira…
A foto do torcedor corintiano (que havia ficado preso na Bolívia) brigando em Brasília é didática. A Inglaterra deu exemplo: torcedor brigão, em dia de jogo de seu time, comparece à delegacia e lá fica até que o jogo termine.
Concordo 100% com a coluna. Aqui em Porto Alegre, onde o preço do cinema está cada vez maior, ao final de cada sessão, parece que, em algumas fileiras de poltronas, houve uma guerra de pipoca e copo de refrigerante. A sujeira é inacreditável. Isso é elite?
Falta de educação não tem nada a ver com poder aquisitivo. É um problema geral.
Também há os jogos às 22:00. Como disse Tostão certa vez: “coisa de marginal”.
Ow Pró-record… na europa e EUA tem jogos que acabam 1:00 da manhã e é “coisa de marginal”?
Desculpe, mas já fui a jogos de todos os esportes nos EUA, e nunca saí à 1 da manhã. A menos que seja um jogo de beisebol que dure cinco horas.
Acho que isso tem mais a ver com o fuso horário. Sem falar que na NFL e no baseball só existe um jogo no horário mais tarde da noite. Todos os outros são à tarde. Ao contrário daqui, em que a rodada do meio de semana tem todos os jogos às 22:00…
Sabe que esse negócio de jogo as 22:00 eu já nem ligo mais.
Óbvio, coloquem os dois jogos pra dividir a rede e o restante dos jogos tratem com horário normal, até porque vai ser transmitido pelo PFC e não atrapalha a grade de ninguém.
E mais, transporte público até um certo horário que ajude o torcedor a voltar pra casa.
E esses horários esdrúxulos não acontecem só aqui. O primeiro jogo da Super Copa da Espanha (sei lá se é esse o nome) entre Atlético de Madrid x Barcelona foi as 23:00, horário local.
O problema de começar os jogos mais cedo é que nas grandes cidades (leia-se São Paulo), com o trânsito do horário do rush, fica praticamente impossível o sujeito sair do trabalho e chegar no estádio a tempo para ver o jogo. Mas acho que os jogos poderiam começar um pouco mais cedo, tipo às 21hs.
NADA TEM COM A MATÉRIA MAIS ONTEM FOI MUITO BOM,sOUFLY E SUICIDAL MATEI A SAUDADE ESTOU MORTO AQUI NO TRABALHO MAIS VALEU A PENA CIRCO VOADOR LOTADO, DEPOIS DO QUE VI O SEPULTURA TEM QUE SE APOSENTAR.
Abaixa o “caps” e levante o indicador e o mínimo somente, “\../”
Bom saber que o Circo Voador lotou Wagner. Tava querendo ir nesse show, mas não pude.
Fui no último do Soulfly lá e foi muito bom também, mas o Max estava detonado com uma paralisia facial.
Depois que um nobre deputado estadual do CE disse que o aquário feito pelo governo do Estado em Fortaleza ao custo de 270 milhões serviria para atrair turistas que não fossem “pedreiros” entendi o que se passa na cabeça dessa gente.
Sem falar que o torcedor mal educado pagou pelos estádios novinhos também já que a maioria é assalariado e vem descontado imposto em folha, enquanto muitos torcedores vips dão um jeitinho de sonegar.
Coisa mais estúpida que existe em shows e festivais no Brasil é a tal da área vip, acho que uns 50% (chutando por baixo) que frequentam tal área nem conhecem o artista que se apresenta estão lá pela balada open bar. Área vip de cu é rola.
Sou do tempo que banda quando tocava era pra ser apreciada prestando atenção… e som tocando nos falantes era pra escutar…
… hoje em dia escutam banda ao vivo e som tocando nos falantes não existe mais.
Geração “Instagram” toda “Instagrada”… ou “Instragada”… e tal.
Barça!
Bom dia.
Talvez o texto já estivesse pronto antes da briga – que “teve lá” com os torcedores do “time lá” que antes estiveram presos na Bolívia por participação, co-autoria, conivência, obstrução de investigação ou algo que o valha – pela morte do menino Kevin Espada.
Ontem um comentarista aqui disse que o São Paulo Futebol Clube nada fazia pelo torcedor… eis a prova! Antes tarde do que nunca e antes desesperado do que nunca…. completo! Claro que a medida visa o melhor ao CLUBE, mas acabou beneficiando também.
E agora, o que dizer do time da até então “marginal sem número”? O que irá fazer com os torcedores? Nada? Creio que sim! E sou crente de que… a torcida que mais se orgulham – claro a maioria vai por amor ao time, não para brigar – vai ser interditada pela justiça devido a falta de gerência de sua diretoria e a relação de apoio por parte do clube para o qual torcem.
Outra… nosso estádio já está pago! Claro que podem dizer que os métodos de obtenção de dinheiro para foram tão ou mais escusos que os que vimos para a construção do “chiqueirão”. Mas acham que “a massa” que tanto se orgulham lá estará? Com ingressos de preços abusivos? Duvido! Até pagarem a dívida duvido mais ainda…
Celebro com palmas a decisão do SPFC. E espero que ela perdure por anos e que seja um “novo” método de vendas e de estimular o torcedor – que é quem de verdade faz o futebol – voltar ao estádio!
* beneficiando também o torcedor.
Quando o SPFC voltar a ser aquele time vencedor, aposto com você que voltarão a aumentar o preço dos ingressos.
Infelizmente também acho… mas espero de coração que não.
Vc achou que eu não viria aqui?
O comentarista sou eu.
Felipe, veja bem: O SP baixou os ingressos pq o time tá no bico do corvo. Concordo que cobrar caro para ver: a) o centroavante ser expulso. b) o goleiro falhar mais uma vez. c) os zagueiros baterem a cabeça. d) o atacante enfiar a mão na bola. e) todas anteriores.
Não faz sentido o menor sentido.
Sou totalmente contrário a torcidas uniformizadas. Gostaria de alguém me mostrar algo benéfico que eles fazem pelo time. Há 40 anos a Gaviões usa o símbolo do Corinthians. Eles pagam por isso?
Acho curioso ver vc falar da ingerência da nossa diretoria e abuso da torcida. Vc viu um vídeo recente que o JJ manda os torcedores pegarem um oposicionista durante um churrasco de comemoração?
Menos né?
O Palmeiras está construindo o estádio deles com dinheiro privado. A dificuldades que estão tendo é relacionado a subprefeitura da região.
Veremos quando o tricolor voltar a vencer e disputar títulos se a diretoria irá baixar os valores.
O que eu te disse ontem foi relacionado ao estacionamento. Há 40 anos se sabe que o Morumbi é de difícil acesso. O que a diretoria fez??? Um estacionamento???
Mas acho que no dia do centésimo gol valeu o ingresso…
Pois é! Não era um jogo para lotar o Morumbi?
Só que o SP já tinha alugado o estádio para um show e mandou a partida pertinho e facinho para os torcedores chegarem: Barueri.
Vcs juram que acreditam que os dirigentes (de qualquer time) pensam nos torcedores? Jura gente?
Ceni é MITO! MITO!
ISSO Felipe, nunca o esqueceremos! É o goleiro que mais gol sofreu do meu time… Eternamente em nossos almanaques!!!! Faz parte da nossa alegria!
OK, beleza, mas por favor continuem o papo clubístico no orkut, Instagram, etc., ok?
Essa de cobrar ingresso caro está com os dias contados. Os poucos torcedores que pagam a exorbitância cobrada não voltam. É torcedor que vai um dia viver uma experiência diferente, tira fotos da cadeira, do banheiro, confere o estádio, acha bonito, mas quando vê que pagou caro para assistir a um futebol geralmente horrível. percebe a cilada.
Matou a pau André, concordo 100% contigo, esse povo que foi na copa por exemplo, não vai ver jogos do seu time do coração. Até porque para esses “joguinhos” quem vai mesmo são “as organizadas” que infelizmente nem pagar ingresso o fazem direito e ainda arrumam confusão (vide domingo no Mané Garrincha).
Mas o difícil mesmo é manter esses estádios no padrão Metro (esquece o padrão FIFA, isso é outra coisa).
Não há nada mais triste, falando em Futebol, do que ver um estádio vazio.
Chega a ser um crime ver o Maracanã e o Mineirão com seus setores centrais totalmente vazios e o povo jogado pra detrás dos gols. Não faz sentido.
Aliás queria entender o que se passa pela cabeça dos “jênios” das concessionárias que administram esses estádios novos. Se os caras querem ganhar dinheiro, tem que encher o estádio de gente, TODO SANTO JOGO. E pra isso eles tem que entender que quem sustenta o Futebol é o povão.
Ainda mais que em estádios de alta capacidade você pode fracionar os setores e cobrar mais caro alguns setores, oferecendo serviços “VIP”. Mas o grosso dos lugares tem que ser destinados ao povão.
E outra coisa: vira e mexe os clubes ficam choramingando pra parcelar e até serem anistiados com as dívidas federais. OK, querem um alongamento pornográfico da dívida? Beleza. A contrapartida é o preço dos ingressos no chão, enquanto durar o parcelamento. É o imposto do povo que está bancando esse parcelamento, então é o povo que terá o benefício maior.
Isso é óbvio para quem gosta e conhece futebol, mas parece que não é o caso das concessionárias.
““vipização” e embranquecimento das arquibancadas”… tchurminha do politicamente correto atacando em 3… 2…1!!!
Uma vez , na tv cultura, vi um documentário do Tadeu Jungle sobre a final do campeonato paulista de 83, se não me engano. Parece que pertence a uma era longínqua. A gente via só gente comum, a maioria bem pobre, indo pra ver o jogo de uma final – com o São Paulo.
Acho que os clubes têm que se virar com as próprias pernas, sem dinheiro do governo. Mas não é pela elitização. Como bem você escreveu, Barcinski, a curto prazo pode funcionar, mas a longo prazo é um tiro certeiro no pé.
Fora que uma pessoa se comportar com classe em um estádio não tem nada a ver com a classe social dela.
Estava vendo um jogo pela TV outro dia, no Maracanã. A câmera fechou num grupo de torcedores, e uma moça estava lendo uma revista de decoração de interiores, no meio da partida. Juro.
O futebol brasileiro está morto e enterrado. Não há como resistir à saída precoce dos bons jogadores (e põe precoce nisso, Vitinho acaba de ser vendido para o CSKA), aos gramados ruins, juízes de péssimo nível e à falta de concepção tática e de bons treinadores (o técnico brasileiro é o pior do mundo). Desconfio que o torcedor está se se afastando dos estádios não só pelo preço dos ingressos, mas principalmente pelo futebol horroroso neles jogado. Acaba sobrando apenas o torcedor “fanático”, sem visão crítica, folclórico, que acompanha seu time aonde quer que ele vá, mas que na verdade às vezes nem se importa muito em assistir ao jogo, gosta mesmo é da festa. O torcedor que eu considero o verdadeiro, que vai a um estádio apenas com o intuito de ver um bom jogo, esse está se afastando pelo nível ruim das partidas. Eu também sou contra a elitização, mas é inegável que o torcedor brasileiro é mal educado. Isso em TODAS as classes sociais. Xinga com enorme facilidade (os jogadores e o árbitro), briga, vaia o adversário sem motivo, joga “coisas” na torcida rival. Tenho a impressão que isso só se resolve com a melhora geral da educação no país (e isso está longe de acontecer).
Jogar coisas na torcida rival e brigar é errado, mas não vejo nada de mais em xingar o time, principalmente quando se vê jogadores que não estão com a mínima vontade de jogar.
O futebol horrível afasta uma pequena parcela do público, principalmente aqueles que não são ligados ao time, que só andam com a camisa do clube quando a fase é boa. Creio que o transporte é o principal vilão junto com o ingresso. Quando não ocorre a falta de ônibus, alguns terminais em dias de clássico viram praça de guerra.
Barça, hoje em dia não esta tão difícil de arranjar algo melhor para se fazer do que assistir a uma partida de futebol(estádio ou TV).Jogos horríveis,preços absurdos,atendimento ruim ,transporte ruim,violência,enfim….só me resta lembrar de como já foi bom ir em estádios em que, apesar de sempre separar torcidas,o grande barato era “espremer” a torcida adversaria,quem tinha mais bandeiras,malucos engraçados por toda a arquibancada e todos os saborosos sandubas de pernil e calabresa.Hoje em dia o que se vê é tudo as avessas,esta tudo pior(minha opinião) Vou tomar uma Barreiro com limão para ver se durmo mais rápido! Abraço.
Eu adorava as cadeiras azuis do Maracanã, onde as torcidas não eram separadas.