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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Uma cena de rock sem beija-mão estatal

Por Andre Barcinski
29/08/13 07:05

O canal BIS exibe hoje, às 19h30, o documentário “Do Underground ao Emo”, dirigido por Daniel Ferro.

É um relato abrangente e muito bem feito sobre o surgimento da cena de rock que revelou bandas como CPM22, Dead Fish, Blind Pigs, Dance of Days, NX Zero, Fresno e tantas outras, e que depois se transformaria na invasão de grupos emo que assolou o país.

 


 

O filme mostra como essa cena se desenvolveu de forma independente, com bandas lançando fitas cassete, tocando em pulgueiros e criando um público fiel, até chegar ao sucesso comercial de Fresno, Strike, NX Zero e CPM 22.

Há dois momentos capitais nessa história. A primeira é a inauguração, em 1998, do Hangar 110, a casa paulistana que foi a meca de todas essas bandas.

O segundo é o lançamento do segundo LP do CPM 22, em 2001. O disco foi lançado pela Arsenal, gravadora de um produtor esperto, Rick Bonadio, que percebeu a fama da banda no underground e a ajudou a chegar às rádios e TVs. O CPM 22 foi o primeiro dessa turma a gravar em português e a buscar um som mais acessível.

Daí, o filme toma uma direção bem interessante e tenta explicar como alguns dos grupos pioneiros dessa cena, como CPM 22, Hateen e Dance of Days, inicialmente inspirados pelo emotional hardcore de grupos americanos como Jawbreaker, Samiam e Sunny Day Real Estate e pelo punk “limpinho” de Bad Religion e  Offspring, viram a cena emo brasileira se multiplicar em dúzias de clones de My Chemical Romance e Good Charlotte.

É divertido ver integrantes do Dead Fish e Dance of Days se referirem à cena emo que surgia como um fenômeno idiotizante e alienado. É a eterna briga do velho contra o novo.

Goste ou não dessas bandas, é inegável que formaram uma cena musical alternativa e independente de verdade. No filme, ninguém fala em editais, estatais ou em shows bancados pelo poder público. E nunca vi nenhum desses caras beijando mão de governo e puxando saco de políticos. Parabéns pra eles.

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Comentários

  1. victor caldas comentou em 29/08/13 at 18:20

    Eu conheço de infância alguns do Blind Pigs, e que eu me lembre, nenhum também podia viver da banda. Aí é fácil ser independente. Conheci também o Badauí quando moleque, e depois o Ricardo (Japinha) trabalhando no centro de SP. No caso deles sim dá pra dizer que, mesmo não dependendo do Estado, conseguiram se virar, e por muito mais tempo do que eu podia imaginar, logo quando soube do Bonadio os pegando pra lançar.

  2. pedro comentou em 29/08/13 at 17:55

    Não tem nada a ver com o post! É só pra repassar para os leitores do blog algo que parece ser muito interessante.

    http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/2013/08/29/os-40-anos-do-dark-side-of-the-moon-do-pink-floyd-texto-de-tom-stoppard-e-animacao-da-aardman.htm

  3. neder comentou em 29/08/13 at 15:51

    Mas será que não é o tipo de música que essas bandas fazem que possibilita uma trajetória independente para o sucesso? Muitas duplas sertanejas e grupos de pagode de sucesso começaram tocando em bares, conquistaram um público fiel e estouraram. Basta ter um mínimo de competência. Acho que com um som sem apelo popular neguinho vai ficar tocando em pulgueiro até desistir ou trombar com a sorte.

  4. Júnior comentou em 29/08/13 at 12:31

    “E nunca vi nenhum desses caras beijando mão de governo e puxando saco de políticos” Aliás, sem querer defender meu gosto musical, já reparou que no país, apesar da fama barra-pesada do rock, os roqueiros são os que menos dão B.O.? Acidentes causados por alta velocidade, brigas conjugais que geram fofocas, etc. Pessoal é bem discreto.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 13:17

      Tudo filho de diplomata de Brasília.

      • Tom comentou em 29/08/13 at 22:51

        Rapaiz, refletindo sobre isso percebi que quem faz essas tretas são os sertanejos. Que coisa não?

        • Júnior comentou em 30/08/13 at 11:14

          Então, sem preconceito, o pessoal desse gênero também faz apologia ao álcool o tempo todo, mas os roqueiros é que são “drogados”.

  5. pabloREM comentou em 29/08/13 at 11:57

    Apesar de não curtir o som dos caras, acho que foi a última “cena rock” a aparecer no Brasil não? Depois disso o que apareceu em termos de rock no Brasil? Teve algumas bandas de rock interessante nos anos 2000 mas nenhuma que conseguisse entrar de verdade no mainstream. A não ser que consideremos Restart uma banda de rock.

  6. F de I comentou em 29/08/13 at 11:21

    http://f5.folha.uol.com.br/televisao/2013/08/1333566-fas-preparam-festa-de-despedida-na-porta-da-mtv-brasil.shtml

    Barça, sei que hoje já estrapolei mas… cara… fiquei triste agora!

    A MTV foi responsável – graças ao Beavis and Butt-Head – pelo início de minha cultura musical… hoje em dia ela nem de longe lembra o que era antes mas… mesmo assim… é triste ver isto tudo acabar (se é que já não tinha acabado, não é mesmo?).

    Ver o Mike Patton em “Epic”… dançando com a camiseta do fantástico Mr. Bungle…

    … saudades!

    • Ricardo comentou em 29/08/13 at 12:16

      mas ao meu ver a MTV já acabou fazem mais de 10 anos, para mim não fará falta….sim é papo de véio rancoroso….rsrs

  7. A. Buscariolli comentou em 29/08/13 at 11:11

    Uma cena que pode ser considerada independente é a do chamado “Funk da Ostentação”. Li uma reportagem da Trip (http://revistatrip.uol.com.br/revista/224/reportagens/agora-e-nois.html) e parece que eles estão ganhando uma boa grana, imagino que os números sejam inflamados até por conta da imagem que tentam vender, mas é inegável que estão fazendo algum dinheiro sem aparente apoio da grande mídia e sem (até onde eu sei) apoio estatal.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 11:22

      Verdade, bem lembrado.

    • F de I comentou em 29/08/13 at 11:28

      Tem uma série, “Os Reis da rua”… onde passam minidocumentários sobre pessoas – geralmente fazendo obras culturais para periferia… ou na periferia. A maioria dos destaques são funkeiros:

      http://cmais.com.br/reisdarua

      Passa no A&E.

    • Maurílio comentou em 29/08/13 at 19:22

      Não conheço o trabalho desses caras,não tenho interesse,mas dou valor.Se fosse montar uma banda pediria licença para batiza-lla de Números Inflamados,nome excelente.Desculpe a brincadeira não resisti,corretor ortográfico é foda geralmente,de vez em quando é genial.Abraço.

  8. Plínio comentou em 29/08/13 at 11:07

    Mais uma sobre documentários:
    No Discovery em setembro estréia a série América do Norte, em 6 episódios mostrando o lado selvagem com belas imagens… A melhor parte, com narração de seu ídolo mor, o Mr Calha, Seu Jorge!!…hahahah. Não perca.

  9. Marcel Augusto Molinari comentou em 29/08/13 at 10:55

    Barça, ainda sobre o canal BIS, recomendo 2 documentários sobre Beatles bem legais que assisti sexta-feira passada: “All you need is love” sobre a banda brasileira cover dos Beatles considerada a melhor banda cover do mundo indo gravar em Abbey Road e “Beatles Stories”, um documentário de um cara chamado Seth Swirsky (não o conhecia) que pegou amigos dos Beatles e pessoas famosas pra contar histórias sobre os caras… bem legal!

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 10:59

      Boas dicas, valeu.

    • David Pimentel comentou em 29/08/13 at 11:06

      Também assisti e recomendo. Esse BIS realmente contém muitas pérolas.

      • Ricardo comentou em 29/08/13 at 12:18

        a MTV poderia ser assim…e parar com essa bobagem de programinhas de vídeo game e namoricos…

    • Júnior comentou em 29/08/13 at 12:33

      Esse “All you need is love” eu vi semana passada, muito bom. Teve passagens em Liverpool também.

      • Marcel Augusto Molinari comentou em 29/08/13 at 15:33

        Sim, eles contrataram um guia especializado em Beatles… foram conhecer vários lugares ligados a banda…. Deixando a parte turística de lado, o mais foda é que o som dos caras é muito bom! Chega a ser estranho ver o brasileiro que faz a voz do John Lennon cantar… é bem parecido!
        http://www.youtube.com/watch?v=55QeCbfFcjI

        • Júnior comentou em 29/08/13 at 16:59

          Verdade. A semelhança da voz é incrível.

  10. Rodrigo E comentou em 29/08/13 at 10:46

    Por falar em documentário mas mudando de assunto, já viu “Central Park 5”?

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 10:53

      Vi sim, ano passado. Chocante o filme. Estão anunciando no Brasil?

      • Rodrigo E comentou em 29/08/13 at 11:05

        Vi esse domingo no Now da Net.

  11. Diego comentou em 29/08/13 at 10:44

    O CPM 22 é uma banda com bons músicos, pegada pop e despretensiosa. Mas a roqueirada não gosta porque tem letras românticas…
    É uma banda muito subestimada…

    • Ricardo comentou em 29/08/13 at 12:18

      concordo

    • Roberts comentou em 29/08/13 at 14:35

      O problema na minha opinião é o vocal do Badauí, escutar um disco inteiro com ele cantando não é fácil!

  12. André P comentou em 29/08/13 at 10:43

    Consegui assistir só os primeiros 30 minutos, depois, como a Luka falou, ficou freak. Lembro dessa época em SP, participei um pouco na contra mão, pois era muito mais ligado ao “punk pedrero”. Vi muitos shows no Hangar 110, vi muitas bandas boas que não alcançaram tanto espaço. Ainda não havia ainda tanta pretensão comercial, havia certa ingenuidade, faziam-se as músicas para os amigos. Lembro que, o que abriu de certa forma os horizontes para mim, e acho que pegou em cheio toda essa galera ai dos anos 90, foi inicialmente o cambio com o dólar, ficou fácil importar cds, era “barato” para quem gostava de música e era pelo menos office boy (como eu), lembro de uns catálogos de importação de cds maiores que a bíblia(!), ficou fácil para ver shows gringos pequenos e depois veio a internet… vi muitos shows gringos nessa época, era foda… você estava lá também, eu lembro! rsrsrs Abraço!

  13. David Marques Oliveira comentou em 29/08/13 at 10:37

    Falando em documentário, em setembro vai rolar “À procura de Sugarman”. Acho que no Telecine.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 10:43

      Sério? Tão anunciando?

      • Ricardo comentou em 29/08/13 at 10:51

        Ufa…ainda bem que eles não traduziram para “A procura do Homem Açúcar”

      • Rodrigo Lopes comentou em 29/08/13 at 10:51

        Já anunciou no HBO. 17/09 às 23h.

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 10:52

          Fantástico, muito obrigado pela informação.

          • Guilherme Braga comentou em 29/08/13 at 13:51

            Outro dia li que a história desse Rodriguez não é bem essa, que ele ainda era conhecido na Austrália, fazia turnê lá.

          • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 16:45

            Verdade, o filme escondeu algumas coisas sim.

          • Guilherme Braga comentou em 29/08/13 at 13:55

            http://www.cracked.com/article_20585_6-famous-documentaries-that-were-shockingly-full-crap_p2.html

        • Rodrigo Lopes comentou em 29/08/13 at 10:52

          Corrigindo, é no canal Max.

  14. paulo r. siqueira comentou em 29/08/13 at 10:34

    O duro é ouvir o som insuportável que eles fazem. Letras sertanejas misturadas com rock.

  15. alexandre comentou em 29/08/13 at 10:26

    a cena é independente, inclusive, de música boa

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 10:44

      Pode ser, mas pelo menos a gente não paga por isso. Ou paga se quiser.

      • Magazza comentou em 29/08/13 at 16:00

        André, mas aí o que nos resta fazer? Pega mal pegar dinheiro público… Pega mal pegar dinheiro privado (até porque, sabemos que perde-se muito em liberdade de expressão para se adequar às “condições” para um patrocínio privado). Você faz apologia do radical “faça você mesmo e não peça apoio de ninguém”, é isso? Por que se for, me parece mais uma visão inocente e romântica, achando que movimento legítimo é só aquele onde as bandas se ferram, comem m.., pagam pra tocar, etc… Sem grana eu tenho que me ferrar pra comprar instrumentos e equipo, pra gravar, pra divulgar, etc. É isso?

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 16:45

          Não venha com essa. Quer dizer que o cara quer ser artista e acha que o erário precisa lhe dar um salário? O que vem depois? Aposentadoria por tempo de serviço? Como assim, “o que nos resta fazer”? Vai ralar, ora.

          • Magazza comentou em 29/08/13 at 16:52

            “Vai trabalhar vagabundo!” hahaha, só pra confirmar mesmo…

          • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 16:56

            Não chamei ninguém de vagabundo, por favor não invente. Só acho que artista não deve depender do governo.

          • Magazza comentou em 29/08/13 at 23:19

            “Vai ralar, ora” quer dizer o que então? Concordo que não deva depender, mas peraí, vamos então discutir a questão de fato! Já ralo há 13 anos de forma totalmente independente. Já fiz parte de coletivos que conseguiram alguns espaços a aqui em SP, inclusive formando rede com o pessoal de Cuiabá, que engatinhava na época. Hoje eu corro atrás de edital MESMO, porque tô cansado de me ferrar, de não ter respaldo de nada nem ninguém. Salário, aposentadoria, etc, não é pra artista porque este não bate cartão nem tem chefe, se tem artista que quer depósito bancário mensal, é um idiota. E quem não é idiota também sabe a importância da produção artística para uma sociedade mais humana. Mas, sem hipocrisia né, precisamos de um mínimo de infra-estrutura pra fazer isso chegar ao público e para poder viver do que fazemos!! Me parece que você prega uma visão idealista do artista maldito que tem que se ferrar pra produzir arte de verdade e morrer na m… (ou quem sabe virar estrela de um documentário nostálgico 15 anos depois). Ok, a produção de arte em si DEVE sim ser independente, senão vira puro mercado ou se descamba pra outras aberrações. Mas a infra-estrutura não deve ficar nas costas do artista, porque este não é empresário/produtor/captador de recursos, é artista!! Que o contribuinte pague sim, não para sustentar o artista até a aposentadoria (como você maldosamente colocou), mas para que a ARTE possua meios de se articular e se verter em ganho cultural e social sem que o artista tenha que mendigar pra isso! Busquemos soluções, não fiquemos só descendo a lenha, por favor…

          • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 23:43

            O Estado ter escolas de arte, teatros e cinemas a preços populares, oferecer descontos em imposto para teatros, cinemas, etc., é essencial. O Estado ser papai de artista não dá. Você escolheu ser artista? Ótimo, é uma opção sua. Mas é impossível que você tenha feito essa escolha achando que tem o direito divino de ser pago com dinheiro público para fazer sua arte. O texto fala justamente de uma cena que nunca precisou disso.

          • Magazza comentou em 29/08/13 at 23:59

            Não precisou, mas será que não gostaria de ter tido apoio? Se tivessem a oportunidade na época, não aceitariam grana do Estado pra bancar shows pelo interior a preços populares, etc? Qual o problema cara?
            E se o cara tem uma proposta artística dele, apresenta contrapartidas como shows gratuitos ou apresentações a preços populares, o Estado não pode bancar?? Qual o problema disso??

          • Andre Barcinski comentou em 30/08/13 at 8:39

            Eu acho que a função do Estado é incentivar a arte e dar condições de ela se desenvolver. Isso não quer dizer pagar artistas. A arte não pode ser subserviente ou dependente do Estado, ou não é arte, é propaganda.

  16. Soares comentou em 29/08/13 at 10:05

    Dead Fish até vai…Mas cpm22, fresno e nxzero é de doer… Na Europa tem um público que adora
    nxzero, conheço um alemão que veio até aqui no Brasil só para ir no show deles, impressionante!

  17. F de I comentou em 29/08/13 at 10:05

    Virei fã do Dead Fish depois de uma célebre frase, antes do show do Buzzcocks: “Chega agora né? Vocês devem estar cheios da gente e querendo ouvir o Buzzcocks. Esta é a última! Chama-se…”.

    Grande banda!

  18. Danilo comentou em 29/08/13 at 10:02

    Barcisnki, olha que noticia curiosa, o governo canadense baixou uma lei que estipula que os clubes devem pagar uma taxa por cada integrante de uma banda internacional que for tocar la. Parece que vai afetar muito os estabelecimentos, ainda mais os pequenos.
    http://www.calgaryherald.com/entertainment/fees+international+touring+musicians+threaten+smaller/8842759/story.html

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 10:05

      Absurdo isso.

  19. Ricardo comentou em 29/08/13 at 9:42

    André, sabe se terá reprises?

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 9:47

      Sim, dá uma olhada no site do BIS, acho que reprisa dia 31.

      • Ricardo comentou em 29/08/13 at 9:52

        Valeu Barça….

        pra quem mais se interessar

        31/08 – 19:30
        01/09 – 03:30
        02/09 – 15:45

      • Marcos Luiz comentou em 29/08/13 at 9:54

        Ricardo. Em todo o caso segue o link do Doc. (completo) no Youtube: http://senta.la/pkvt. Abç.

        • Ricardo comentou em 29/08/13 at 10:16

          opa valeu!

  20. Afranio Azevedo comentou em 29/08/13 at 9:41

    Afinal, cena de rock sobrevivendo às custas do Estado é uma tremenda contradição em termos (rsrs).

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 9:47

      Claro que é. Mas o Brasil é o país das contradições, não é?

      • Roberto comentou em 29/08/13 at 10:19

        Contradição é esse tal agácê melódico, rá! Brincadeiras à parte, acho curioso o fato do Brasil amar essa vertente no guts do hardcore. Será que nunca teremos nosso Black Flag ou nosso DK? Num Brasil tão miscigenado, cadê o nosso Bad Brains? Se alguém conhece alguma banda brasileira que chegue perto da inventividade desses grupos, por favor, me avise.

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 10:23

          Ué, e o Ratos?

          • Roberto comentou em 29/08/13 at 11:03

            Sei que há uma porção de bandas brasileiras pesadas de respeito, mas sem a criatividade de um DK. RDP é foda e tal, mas muito preso no lance ortodoxo do hc e subgêneros. A pergunta era em relação às bandas que se diferenciam, tipo o DK, que misturava surf music com punk e qualquer outra coisa que desse na telha.

        • F de I comentou em 29/08/13 at 10:36

          Nosso Bad Brains chama cidade negra…

          • Henri comentou em 29/08/13 at 10:50

            que fase….

          • Von Loytz comentou em 29/08/13 at 11:43

            Nosso Bad Brains se chama Devotos do Odio

          • Plínio comentou em 29/08/13 at 12:03

            Nem… Devotos do Ódio está mais p/ Fishbone.

          • paulo r. siqueira comentou em 29/08/13 at 17:35

            Devótos do Ódio tem que comer muito arroz com feijão para chegar no dedo do pé dos Bad Brains.

  21. Eduardo comentou em 29/08/13 at 9:19

    Quando vc escreveu, recentemente, que não existia cena verdadeiramente independente, ou pelo menos no sentido do não patrocínio estatal, me lembrei imediatamente desse pessoal. E não apenas da turma Fresno-CPM-Dead Fish. Existem outras cenas paralelas à essa, de bandas mais pesadas e com menos potencial comercial, mas muitas com longas carreiras, várias turnês no exterior e discografias extensas. Alguns vivem exclusivamente de música, outros mantêm empregos paralelos. Vou conferir esse documentário. Vi de perto o nascimento do Hangar 110 e até assisti, ocasionalmente, uma ou outra dessas bandas ainda em lugares menores; como o extinto Black Jack. Em tempo: houve outra cena de “melodic hardcore” no Brasil antes dessa focalizada no filme. E, pra mim, a mãe de todos é o Garage Fuzz – ainda na ativa e, esta sim, uma verdadeira bandaça!

  22. zeamorozo comentou em 29/08/13 at 9:18

    Pra que acostumou a ver o dinheiro público bancando a caetanegem é uma boa notícia ver a ruindade triunfando pelo próprio esforço. Vida longa a eles… bem longe dos meus ouvidos

  23. César comentou em 29/08/13 at 9:17

    Pelo que me lembro realmente não tinha essa coisa de edital, mas grande parte tinha seus clipes e fazia de tudo para tocar nos meios disponíveis, seja nos programas da MTV (Massari, etc.), seja nos programas de rádio. Lembro que a extinta Brasil 2000 chegou a patrocinar alguns eventos dessa cena. Hoje me parece que a ânsia era, na verdade, a de beijar a mão dos produtores estabelecidos e dos canais tradicionais do mercado da música que estavam em voga. De todo modo, tenho boas lembranças de ouvir Blind Pigs no Hangar 110…

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 9:32

      Ué, mas qual o problema de querer tocar em rádio?

      • Rodrigo Oliveira comentou em 29/08/13 at 9:55

        Segundo os depoimentos no doc, a proliferação dessas bandas criou uma molecada preocupada em SÓ assinar com uma gravadora e tocar no rádio. Não estavam preocupados com a música em si.

      • César comentou em 29/08/13 at 11:03

        Não sei, qual o problema nos editais? Acho que depende do pressuposto do qual se parte. Quem domina as rádios? Jaba é jaba, independente dos valores e interesses que circulam.
        Já que você levantou a bola, acho que quando alguém se interessar em gravar um documentário sobre as rádios piratas em São Paulo verá que muita coisa aconteceu nos bairros periféricos.

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 11:11

          Qual o problema em uma cena artística depender do Estado? Eu acho que é um problemão sim. Mas é só minha opinião.

          • César comentou em 29/08/13 at 12:03

            Concordo plenamente que não é nem um pouco adequado, nessas circunstâncias que presenciamos. No entanto, e quanto ao mercadão no qual vivemos (não me refiro a um mercado idealizado)? É uma alternativa mais livre mesmo?

          • Andre Barcinski comentou em 29/08/13 at 12:09

            Pelo menos é privado, não é público. Faz toda diferença.

          • Magazza comentou em 30/08/13 at 13:54

            E por que não há problema em uma cena depender do privado? Lá em cima você argumentou que dinheiro do Estado não é arte, é propaganda. E dinheiro do privado, não é? Ok, a arte aqui vira publicidade, oras… A briga então é entre servir ao interesse de partidos (fomento público) de um lado e de outro servir ao interesses de marcas (privado)? Nesse sentido da discussão é a mesma coisa, só muda quem se beneficia com isso: políticos ou empresários. Gostaria de ler algum argumento plausível contra o fomento público que leve a concluir que o privado é melhor para a arte… E aqui ainda não li. Pelo menos os critérios do público beneficiam alguns artistas que não teriam oportunidade no privado por não seguirem certos interesses.

          • Andre Barcinski comentou em 30/08/13 at 15:15

            Não, Magazza, dinheiro privado é dinheiro privado, quem dá está dando por sua própria conta e risco. Uma coisa é uma empresa particular ajudar um artista, outra coisa é o governo fazer isso. Se você não consegue ver a diferença, ou se acha normal associar sua arte ao poder público, não posso fazer mais nada, sinto muito.

    • eloi comentou em 29/08/13 at 9:51

      Bons tempos de Brasil 2000!! Durante muito tempo foi a única que incentivou novas bandas.

      • José AB. comentou em 29/08/13 at 10:13

        Ah é? E que banda surgiu com o incentivo da Brasil? Acústico Capital Inicial?

        Apresenta para mim que agora fiquei curioso…

        • F de I comentou em 29/08/13 at 10:38

          José AB… o Datena do blog!

          “Eu quero imagens! Pôe na tela!”

          • José AB. comentou em 29/08/13 at 10:56

            Pô Felipão! E depois sou eu quem comenta nos comentários dos outros né?

            Para de bobagem, vc viu que ontem o blogueiro já colocou um ponto final nessa brincadeira né?

            Não, eu não sou nada relacionado ao Datena, eu sou ateu e ele não suporta isso. Assim como ateus não suportam o Datena.

            Vc conhece alguma banda revelada pela extinta rádio? Ajuda aí então veio… juro que fiquei curioso, não é gozação não.

          • F de I comentou em 29/08/13 at 11:16

            A Brasil 2000 lançou umas 100 bandas novas..

            … 100 te lembra alguma coisa, meu amigo Datena?

  24. Andre Cepeda comentou em 29/08/13 at 9:15

    Esse documentário é realmente muito bom, já o assisti uns meses atras no próprio BIS.

  25. lila comentou em 29/08/13 at 9:11

    Os meninos do NX zero tocavam no intervalo das aulas no colegio que minha filha estudava ela conhece todos..hauaauh e olhem eles realmente merecem sucesso, batalharam muito pra isso, gostem ou nao..

  26. Daniela Queiroz comentou em 29/08/13 at 8:42

    é por isso que o rock nunca morre, enquanto existir gente inconformada no mundo, vai existir rock.

    • F de I comentou em 29/08/13 at 9:15

      Então na Síria estão escutando Death Metal…

      • Danny comentou em 29/08/13 at 10:04

        É bem possível espertão. Se vc tivesse visto o doc “Heavy Metal in Baghdad ” de uma banda de HM Iraquiana ou “Ninguém Sabe dos Gatos Persas” de uma banda indie no Irã talvez pensasse 2 vezes antes de falar bobagem.

        • F de I comentou em 29/08/13 at 10:10

          Esqueci que fã de Death é tão chato quando (e nessa ordem): Os de Raul, os de Legião, e os de Feliciano…

          … lembrei de um conhecido “babaca” meu agora…. Ele: Eu sou Death Metal… anticristo. Eu: Que legal cara, feliz páscoa! Ele: Não acredito em Cristo. Eu: Se não acredita em Cristo, como pode ser anticristo? E mais… se não tivesse Cristo você nunca poderia ser anticristo! Ele: Feliz Páscoa cara!

          Já ouviu falar da cena indie-punk-raggae que acontece nos cafundós de Interlagos ou está mal informado também meu querido?

          • Danny comentou em 29/08/13 at 11:20

            Olha só, ficou magoadinho! Feliciano, Raul, Death metal..como é!? Que tiradas mais inteligentes! Rsrs Vou te ajudar, já que pelo visto vc não tem o que dizer ou o que fazer, se quiser me “ofender” vai pelo indie que é mais minha praia. Bj e tenha uma boa vida falando bobagem na Internet!

          • F de I comentou em 29/08/13 at 11:30

            Danny = Daniela Queiroz ?

            Se sim aguardo ANSIOSO este beijo!

        • José AB. comentou em 29/08/13 at 11:40

          Pois é Danny. Acredito que brincadeiras as vezes até são saudáveis. O problema é quando ela consome.

          Porém o festival de babaquices enviados pelo cidadão aí…

          Parece uma mistura de Scrat (esquilo de A Era do Gelo) que entre um comentário ou outro sério aparece com miquices, com a Magda (Sai de Baixo) que só diz besteira.

          Carência é realmente f*da…

          Desculpa André, não resisti… obrigado pelo seu espaço.

          • F de I do B comentou em 30/08/13 at 12:43

            “obrigado pelo seu espaço”??????

  27. Fred comentou em 29/08/13 at 8:17

    Blind Pigs era bem bacana hein, cpm 22 eu lembro do lado b da mtv bandas novas que tinha mqn, forgotten boys, pullovers e mais um monte de banda legal que tocariam no Brasil pré festivais estatais, é incrível como nessa época tinha mais bandas e mais casas de shows, eu acho que esse lance de grana do governo acomodou o pessoal e as coisas no circuito independente só piora

  28. Luiz comentou em 29/08/13 at 8:10

    É, mas em uma análise mais crítica e artística – sem ponderar elementos como politicagem – tem mais banda estatal de qualidade do que neste movimento hardcore brasileiro. Fazer uma cena e ser idependente não é garantia de inovação e qualidade tanto para estatais quanto para emos hardcores.

    • zeamorozo comentou em 29/08/13 at 9:28

      Como é que é isso de estatal e independente?

      • F de I comentou em 29/08/13 at 10:01

        Tipo Eike Batista… mas ele anda meio mal das pernas…

  29. Marco André comentou em 29/08/13 at 7:51

    Barcinski, mais post bacana, você está inspirado ultimamente, hein? Para melhorar só falta mais um Garagem! Rsrs
    Um abraço e parabéns!
    Marco André.

    • Paulinho Perca de Sousa comentou em 29/08/13 at 8:38

      O Garagem acabou. Esqueça.

      • F de I comentou em 29/08/13 at 9:15

        Quem disse?

        Estamos aguardando a edição costumeira anual…

        • Ricardo comentou em 29/08/13 at 9:42

          hauahua sensacional!!!!!

        • Paulinho Perca de Sousa comentou em 29/08/13 at 9:46

          Joguei verde para colher maduro.

          • F de I comentou em 29/08/13 at 10:00

            O Luverdense ontem também…

  30. Eden comentou em 29/08/13 at 7:10

    Pode ser,mas e insuportável!

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