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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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“Sugarman”: hora de separar fato e ficção

Por Andre Barcinski
27/09/13 07:05

O canal MAX exibe hoje, às 19h25, “Searching for Sugarman”, de Malik Bendjelloul, vencedor do Oscar de melhor documentário de 2012.

O filme conta a história de Sixto Rodriguez, um cantor norte-americano que lançou alguns discos muito bons nos anos 60 – chegou a ser chamado de “Dylan urbano” – mas que desapareceu depois que os LPs fracassaram.

 


 

Anos depois, um disco do cantor começa a tocar na África do Sul, país então sob o regime do apartheid, e dois fãs iniciam uma investigação para tentar descobrir o paradeiro de Rodriguez.

Em janeiro, escrevi um texto aqui no blog elogiando muito o filme (leia aqui), mas depois li algumas novas informações que me fizeram gostar um pouco menos dele.

Se você não quer saber como o filme termina, sugiro parar de ler por aqui.

O diretor Bendjelloul dá a entender que Rodriguez passara os últimos 40 anos totalmente fora da cena musical, o que não é verdade. Descobriu-se que ele havia excursionado à Austrália nos anos 80, inclusive abrindo shows para a famosa banda Midnight Oil.

Além disso, os discos de Rodriguez haviam sido relançados nos anos 80 e 90 em alguns países da Europa.

A história sobre os esforços dos fãs sul-africanos para descobrir mais sobre o cantor também parece exagerada. No filme, um deles diz que não tinha informação sobre a origem de Rodriguez. Mas sul-africanos vieram a público dizer que isso não era verdade. Aparentemente, a versão do primeiro LP de Rodriguez lançada por lá tinha até o endereço do estúdio onde o disco fora gravado.

Se você lê em inglês e quer saber mais sobre as discrepâncias entre o filme e a história real de Rodriguez, uma boa leitura é o artigo “História Verdadeira ou a Criação de um Mito”, no site “Rope of Silicon” (leia aqui).

De qualquer forma, vale a pena ver o filme. A história – romanceada ou não – é muito boa, e a música de Rodriguez merece ser mais conhecida.

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Comentários

  1. Israel Bumajny comentou em 30/09/13 at 17:57

    Essa matéria da Rolling Stone americana fala dessa descoberta australiana antes da sul-africana: http://www.rollingstone.com/music/news/rodriguez-10-things-you-dont-know-about-the-searching-for-sugar-man-star-20130328.

  2. Tinho comentou em 29/09/13 at 14:21

    Barça,

    foi você que entrevistou Joey Ramone no apartamento dele em NY? Acho que para Bizz.

  3. Andre Guerra comentou em 28/09/13 at 23:02

    Barcinski, essa é pra vc que não assiste sérieshttp://www.youtube.com/watch?v=bGQch6VBu1M

  4. Juliano comentou em 27/09/13 at 22:23

    Achei bastante válida a discussão do outro site. Se é cinema, acho que pode aumentar ou distorcer um pouco a “realidade” Se for contar a história exata, vira jornalismo.
    O filme é muito mais legal assim do que se contasse fielmente a história.

    • Rafael comentou em 29/09/13 at 7:55

      Mesmo sendo um documentário?

      • Juliano comentou em 30/09/13 at 8:14

        Antes de ser documentário é cinema.

        Lógico que não digo subverter tudo. Mas uma mentirinha não dá nada.

    • David Marques Oliveira comentou em 29/09/13 at 23:55

      Concordo. Antes de ser verdadeira, a história tem que ser boa.

  5. Augusto dos Anjos II comentou em 27/09/13 at 20:24

    Barcinski
    Falar em obscuros:
    Sobre o precocemente falecido Jeff Buckley: o que tem dele por aí?
    Li na Wiki que ele impressionou muitos medalhões do rock em seus shows…
    Aqui ele tocando uma do Leonard Cohen:

    http://www.youtube.com/watch?v=4XFMhBM3Smo

  6. Max Demian comentou em 27/09/13 at 19:24

    Não sei se vc já fez isso,mas… Que tal um poste com cantores ou bandas que lançaram só um único álbum ( que virou clássico) e depois sumiram do mapa.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 22:52

      Boa!

  7. Miguel Ayres comentou em 27/09/13 at 16:38

    A alguns anos ouvindo um cd do David Holmes “Come get it I Got it ” a música que abria era justamente Sugarman do Sixto Rodriguez, excelente mas até então nada sobre o artista até o documentário revelar sua história ou parte dela, ganhando bastante repercussão. Espero poder conferir o documentário.

  8. augusto comentou em 27/09/13 at 16:36

    será que ele doou a grana dos shows na africa do sul?

  9. serge comentou em 27/09/13 at 15:01

    grande cantor Rodriguez… a priori, não dá para saber que é norte americano… a música “sugarman” é sensacional…
    ” Sugarman, Won’t ya hurry
    Coz I’m tired of these scenes
    You’re the answer
    That makes my questions disappear…”

    Genial, não?

    • Ricardo comentou em 27/09/13 at 15:25

      comprei o cd da trilha do filme…é mto loko….

  10. Guilherme Braga comentou em 27/09/13 at 14:00

    Acho que rolou uma picaretagem mesmo. Não é à toa que o Rodriguez tá todo envergonhado no filme. O do Baker eu me surpreendi, não achei que fosse tão fodão. Queria que os caras tivessem comentado da época em que ele tocou no Hawkwind.

  11. Ricardo comentou em 27/09/13 at 12:26

    Barça, e o Beware of Mr Baker???

    Alguma chance de passar em algum canal por aqui ????

    Vi por indicação sua e achei sensacional, o q mais me impressionou foi o fato de ele n demonstrar emoção nenhuma, nem pelo filho…a não ser qdo conta o fato de ter sido reconhecido como “parte do grupo” pelos seus ídolos do jazz…

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 13:24

      Ginger é um músico de primeira e um ser humano de quinta. O filme é sensacional, não tenho ideia se vai passar por aqui.

      • Ricardo comentou em 27/09/13 at 15:26

        sim….o Clapton deve ter pesadelos com ele até hj hahaha

  12. Daniel comentou em 27/09/13 at 12:10

    Já viu o doc “a band called death” Barcinski? Achei bom, cansa um pouco, mas a história é parecida e muito interessante. Os caras eram negros faziam punk em 70 antes de todo mundo e foram descobertos muito tempo depois.
    Abço

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 13:46

      Não vi ainda, Daniel, outro leitor recomendou, vou correr atrás, gosto da banda e de sua história. Valeu pela dica!

      • Alexandre Freitas comentou em 28/09/13 at 8:05

        site aqui:
        http://abandcalleddeath.com

        Já tem legendas em português para o doc.

        • Andre Barcinski comentou em 28/09/13 at 9:43

          Vi ontem, vou escrever para o blog semana que vem.

  13. Fernando comentou em 27/09/13 at 10:51

    Termino de ler amanhã…rsrs

    Estou esperando um tempo esse doc e até baixei os discos [Fruto da modernidade]

    abs

  14. Pdr Rms comentou em 27/09/13 at 10:42

    Barça, vai rolar um texto sobre o “fim” da MTV?

    Eu estive ontem lá na última transmissão ao vivo deles, foi muito emocionante. Apesar da MTV já há algum tempo estar longe de ser aquele canal focado em boa música, não deixa de ser simbólico um momento como esse.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 11:11

      Achi que a última transmissão ao vivo fosse na segunda, vacilei.

  15. paulo r. siqueira comentou em 27/09/13 at 10:32

    Além disso o filme é muito bem dirigido, gostei bastante, mas qual seria a razão de fazer um filme mascarando a verdade e tratando o cara como um vítima das circunstâncias, com todos tratando ele como um pobre coitado. Lamentável um diretor com aparente talento se sujeitar a isso. Ou será que nem ele sabia. Gostei do filme, mas saber que boa parte foi maqueada estragou o brilho da história.

  16. lila comentou em 27/09/13 at 9:53

    ahauahau vou perguntar aqui pois moro em johannesburgo..eles devem saber disso..

  17. Max comentou em 27/09/13 at 9:29

    Acho que esse artíficio, de romancear a vida do biografado, serve para deixar a história mais interessante, mas precisa ter limites. Senão, vira o tal do “mockumentary”. Há exemplos aos montes por aí. Me lembrei agora do “Story of Anvil”, que é muito bom, mas também embaralha um pouco os acontecimentos para ter um final “feelgood” (ex.: o show no Japão, que é mostrado no fim como uma consagração, aconteceu antes do disco sair e não foi consequência dele). Mas aí ainda considero um uso comedido dessa licença poética. O Anvil realmente pastou por décadas e estava no limbo completo. Não conheço a história do Rodriguez, mas pelo que vc relatou já dá pra sacar a tentativa de mitificar o cara.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 11:13

      O filme do Anvil, romanceado ou não, é bom demais.

      • Max comentou em 27/09/13 at 23:07

        Concordo, André. Li a biografia dos caras e o Lips, quando foi abordado pelo Sacha Gervasi (ex-roadie que virou roteirista de cinema), teve a percepção que o filme poderia tirá-los da obscuridade. E olha que eles passaram por coisas bem barra pesada e que o documentário, até inteligentemente, deixou de fora.

      • Walter comentou em 30/09/13 at 17:54

        O Anvil toca em São Paulo neste ano, se não me engano, no dia 1 de novembro.

  18. Carlos Augusto comentou em 27/09/13 at 9:19

    Poxa, faz um tempo MESMO que você escreveu sobre esse documentário e eu ainda não assisti. Fiquei mais interessado agora.
    Ah, André, me permite fazer uma pergunta sobre o post de ontem, mas que eu acabei esquecendo de postar? É o seguinte: o Deixa Ela Entrar é uma adaptação de um livro. Você chegou a lê-lo? Eu li em inglês e gostei muito, então queria saber a sua opinião…
    Abraço!

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 11:13

      Não conheço o livro, Carlos, de quem é?

      • Luciana comentou em 27/09/13 at 14:01

        É de um escritor sueco: John Ajvide Lindqvist. É realmente muito bom.

      • Carlos Augusto comentou em 27/09/13 at 14:33

        O autor é sueco e se chama John Ajvide Lindqvist. Como eu disse, edição que eu li era do Reino Unido (Let the Right One In), mas fiquei sabendo que saiu uma tradução brasileira recentemente.
        Enfim, só li depois de ter visto as duas versões do filme, mas gostei pacas!

  19. Jose comentou em 27/09/13 at 9:14

    Andre, voce assistiu “A band called Death”? Sobre uma banda punk de Detroit criada por 3 irmaos no fim da decada de 60 antes da cena explodir em NY.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 11:14

      Não sabia desse filme sobre o Death, mas conheço bem a banda. Vou atrás do doc, valeu pela dica.

  20. Rodrigo Oliveira comentou em 27/09/13 at 9:05

    Pô, que pena. Saber disso realmente diminuiu o impacto. Mas essa licença poética não é novidade em docs musicais. Desde o doc do ANVIL – que é maravilhoso mesmo com a licença – muitos diretores usam esse artifício.

    • Franklin Silva comentou em 27/09/13 at 13:37

      ANVIL? Serio? Conta mais. Vi o documentario e não sabia disso 😛

  21. David Marques Oliveira comentou em 27/09/13 at 9:00

    Os caras souberam muito bem omitir informação para o bem da história deles. Só numa parte do filme vi espaço para se pensar que o Rodriguez chegou a ser conhecido fora dos EUA, quando um sujeito que trabalhou com ele mostra umas fotos antigas de divulgação (em Londres). Agora se essa história de que tinha o endereço do estúdio no LP lançado na África do Sul for de vera, fica muito mais feio ainda pois eles deixam bem claro que foi uma pesquisa muito brava pra achar o homem.

  22. Fernando Lucchesi comentou em 27/09/13 at 8:48

    O documentário é espetacular, mas certamente verei com outros olhos a partir de agora. Acho extremamente complicado o uso de “licença poética” dentro de um documentário. No entanto, não há dúvida que esse artifício funcionou muito bem no filme.

  23. Franklin Silva comentou em 27/09/13 at 8:11

    Essa “licença poética” foi uma tremenda bola fora, hein?

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 8:47

      Vendo o filme sem saber isso, não se percebe. Mas depois que vc sabe que as coisas não foram tão incríveis assim, perde bastante do impacto.

  24. Maurilio comentou em 27/09/13 at 8:05

    Quando você recomendou,baixei o filme e achei bastante emocionante,gostei.Mas ao mesmo tempo fiquei com a impressão de conhecer várias das musicas,tenho quase certeza que tocou no rádio por aqui,na época não tínhamos muita informação sobre os artistas que tocavam no rádio. Johnny Rivers fez um sucesso absurdo por aqui e não sabíamos nada sobre o cara.Isso permitia inclusive que brasileiros cantassem em inglês e fizessem sucesso sem serem descobertos.Acredito que Rodrigues tocou bem por aqui também.É estranho que mesmo hoje,com toda informação que temos consigam provocar uma polêmica dessas.É bacana também.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 8:47

      Não me lembro de ter ouvido Rodriguez em rádios por aqui não, mas é possível.

      • Charles Pereira comentou em 30/09/13 at 15:06

        Um compacto com as músicas “To Whom It May Concern” e “I Think Of You” foi lançado no Brasil em 1972. Essa informação está no site oficial do cantor (http://sugarman.org/rodalbums.html), em Singles. E também existe uma gravação de um programa da rádio Mundial onde rola um trecho de “I Think Of You” (http://www.youtube.com/watch?v=Oi1ehb3h6YM). A música começa aos 25:00 e é anunciada aos 28:50.

        • Andre Barcinski comentou em 30/09/13 at 15:07

          Legal, valeu pela info.

  25. Max Demian comentou em 27/09/13 at 7:18

    Os fãs persistentes de descobrir o paradeiro são sul-africanos, não?

    O álbum do Rodruigez, live Austrália 82 é sensacional, vale muito apenas escutar.

    • Andre Barcinski comentou em 27/09/13 at 8:25

      Sim, são dois sul-africanos, obrigado pela correção, já mudei.

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