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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Quem vai se machucar hoje no Brasileirão?

Por Andre Barcinski
02/10/13 07:05

Sábado, 26 de setembro: Goiás e Fluminense jogavam no Serra Dourada.

O Goiás deu a saída. A bola chegou ao lateral-esquerdo William Matheus, que tentou fazer um lançamento e sentiu uma fisgada na perna. Aos 20 segundos de jogo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

William Matheus continuou na partida – marcou até um gol – mas, no segundo tempo, não resistiu à dor e pediu para ser substituído.

Três dias antes, Ronaldinho Gaúcho, craque do Atlético Mineiro, sofreu a pior contusão da carreira e periga desfalcar o time no Mundial em dezembro.

Ontem foi a vez de outro jogador do Galo, Richarlyson, que rompeu o ligamento do joelho e pode ficar oito meses sem jogar.

Os departamentos médicos de todos os clubes brasileiros estão lotados.

Meu time, o Fluminense, vai ficar o Brasileirão todo sem o atacante Fred. Também perdemos o volante Jean por várias partidas.

Tenho certeza que o seu time, seja ele qual for, também vem sofrendo com ausências de jogadores.

Nessas horas, a tendência do torcedor é culpar os preparadores físicos ou os gramados dos estádios brasileiros.

Mas acredito que a resposta esteja numa pesquisa feita por Luís Filipe Chateaubriand, Mestre em Administração pela FGV, e divulgada no blog de Juca Kfouri (leia aqui).

A pesquisa mostra que times brasileiros disputam, em média, 17% a 25% mais jogos que clubes europeus durante uma temporada.

E nem vamos falar da qualidade dos gramados e das distâncias das viagens. Ou alguém quer comparar a duração dos vôos dentro do Brasil e dentro da Espanha?

O calendário do futebol brasileiro é uma barbaridade. A CBF está se lixando para os jogadores e para os torcedores. O resultado são jogos lentos, sem qualidade, com uma evidente queda de ritmo no segundo tempo e uma quantidade imensa de contusões.

E o que faz a CBF? Nada. Nem respeitar datas da Fifa e interromper o Brasileirão essa entidade tacanha consegue. Nos próximos dias, os clubes ficarão sem seus principais jogadores para que o escrete canarinho possa treinar contra potências do futebol como Coréia do Sul e Zâmbia. É brincadeira.

Virou rotina vermos jogadores desabarem no gramado ao fim das partidas. Qualquer dia desses, outro atleta morre em campo, e o presidente da CBF vai aparecer com cara de choro na TV, entregando uma coroa de flores pra viúva.

Ontem vi a entrevista de Alex, do Coritiba, no programa “Bola da Vez”, da ESPN. Se você não viu, sugiro que procure uma reprise. Alex é um dos líderes do movimento “Bom Senso F.C.”, que visa, entre outras coisas, mudar o calendário do futebol brasileiro. Espero que eles tenham sucesso. Não agüento mais ver jogo ruim.

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Comentários

  1. Anderson comentou em 11/10/13 at 22:02

    Eu sou a favor da greve dos torcedores!!!! Claro que é utopia, pois a maioria não tem discernimento para entender o que esses cartolas calhordas fizeram com nosso futebol.

  2. J. J. comentou em 04/10/13 at 6:27

    Como nas questões sociais e políticas, o futebol para funcionar precisa de instituições eficientes, mas o que temos são facções tirando toda vantagem que conseguem. A maioria dos amistosos da CBF servem questões políticas e negociatas. O Santos em 2012 ficou sem o Neymar a maior parte do Brasileiro porque sua presença em amistosos sem sentido trazia mais dinheiro para a CBF, o clube não recebeu qualquer compensação. A entidade parasita os clubes. A Globo é ainda mais manipuladora, procurando sempre empurrar para o modelo espanhol do bi-clubismo, onde a audiência televisiva é cativa e os jornais vivem de fofocas de bastidores pois o campeonato é uma formalidade.

  3. Adriano B. Oliveira comentou em 03/10/13 at 17:01

    Sobre os jogadores, é lamentável a cegueira dos torcedores. Muitos reclamam de seus jogadores sem esta simples análise de como estão sendo execrados pelo calendário. Aí associam com o salário que recebem para querer compará-los à máquinas de F-1. Infelizmente tudo inflacionou e jogadores e clubes tem muita culpa disso também. E a pressão psicológica sobre um jogador que vale milhões? O Ozil, que saiu do Real Madrid para o Arsenal, reclamava justamente da pressão exercida no clube que não admite ser vice para o Barcelona.

  4. Adriano B. Oliveira comentou em 03/10/13 at 16:58

    Não vai ter a Copa no Brasil em 2014? Então tirem a “Copa do Brasil” que, além de redundante, pode sair numa boa pelo menos em ano de Copa;

  5. Vinicius Antunes comentou em 03/10/13 at 15:19

    Sem contar que os os treinos com as potências vão exigir uma viagem para a CHINA.

  6. Alexandre Ramone comentou em 03/10/13 at 4:25

    A CBF cuida da seleção,quem cuida dos campeonatos dentro do Brasil é a Rede Globo de Alienação. Como diz o craque Alex do coritiba: ” Só começa o futebol depois do ultimo beijo da novela.”

    Saudações tricolores!

  7. Jeferson comentou em 03/10/13 at 1:31

    Falando em futebol, e o tal filme do Pelé com o Rodrigo Santoro e Seu Jorge ?

    Acho que nem o Chaves vai preferir vê-lo.

    • Andre Barcinski comentou em 03/10/13 at 8:26

      Juro que não sei do que se trata. É sério isso?

      • Guilherme Rey comentou em 03/10/13 at 8:40

        Sim é. o Seu Jorge vai viver o seu Dondinho…

        http://omelete.uol.com.br/cinema/pele-cinebiografia-tera-rodrigo-santoro-e-seu-jorge-no-elenco/#.Uk1XX9Ksjq4

        • Andre Barcinski comentou em 03/10/13 at 8:41

          Vi na home do UOL. Será uma sessão dupla imperdível com o desenho animado do Ronaldinho Gaúcho.

          • pabloREM comentou em 03/10/13 at 13:35

            Assistirei ao filme só porque o Vincent D’Onofrio fará o papel do técnico Feola. Gosto muito dos trabalhos desse ator. Além disso parece que os diretores possuem experiência em filmes relacionados a futebol.

  8. Celso Santos comentou em 02/10/13 at 21:44

    Pronto André, mais um machucado!!! Por “coincidência”, é do seu time!!!
    O mais absurdo é que, em uma pesquisa no site globo.com, a maioria da torcida é contra o movimento “Bom Senso F.C.”.
    Mais um sinal de que devemos pensar em estocar comida; o fim dos tempos está próximo!!!

  9. Daniel comentou em 02/10/13 at 21:08

    Me lembro que no começo do mês fiquei assustado ao saber que o campeonato gaúcho tem quartas-de-final e dois turnos! Primeiro, sei lá quantas rodadas entre todo mundo, aí vem quartas, semi, e final de turno. Depois vem o segundo turno, além de suas respectivas quartas, semi e final do segundo turno. E depois vem a final das finais com os vencedores de turnos. Toda essa enrolação quando só tem 2 times realmente disputando o título…

    • Daniel comentou em 02/10/13 at 21:08

      Correção: começo do ano!

  10. Roberto GD comentou em 02/10/13 at 18:23

    Os campeonatos estuaduais são longos, apesar de durarem quase 4 meses. Equipes do interior ficam 8 meses sem campeonatos e renda, provocando desemprego de profissionais. A solução é difícil.

  11. Willian Ifanger comentou em 02/10/13 at 17:41

    Pra mim somente os jogadores são capazes de mudar alguma coisa. A cartolagem e a televisão estão pouco se lixando pra quaisquer mudanças.

    É bom os jogadores entenderem que são as peças principais do Futebol. Os torcedores muito provavelmente irão apoiar as exigências dos jogadores.

    Mas todo a “classe” precisa participar, não somente os mais famosos. Eles têm que perder o medo do confronto. O que os clubes irão fazer? Mandar todo mundo embora? Dose é ver o Sindicato dos Jogadores ir contra esse movimento. Isso mostra um pouco de como funciona a troca de favores entre os “poderes” do Futebol.

    Tomara que esse movimento Bom Senso F.C. bata de frente de verdade contra o “establishment” atual.

  12. Fluidoo comentou em 02/10/13 at 16:10

    O produto “campeonato estadual” é viável, só é mal gerenciado.

    O Brasil, ao contrário de países europeus, tem dimensões continentais, centenas de clubes, não se resume apenas aos 20 “grandes”.

    É tão legal ver um grande jogo “série A” numa “arena” moderna quanto um típico jogo de subúrbio num alçapão estilo Bariri ou Javari. São experiências diferentes e não excludentes.

    No RJ, por exemplo, se fizessem um estadual curto, bem organizado, valorizando as tradições e rivalidades, recuperando clubes como o Americano, Goitacaz, São Cristóvão, Bonsucesso, Serrano de Petropolis, Olaria, Madureira, Bangu, America, etc seria um sucesso, com certeza.

    Essas novas gerações criadas a playstation e toddynho estão crescendo torcendo pro Chelsea e sem saber o que é xingar o bandeira do alambrado.

  13. MARCELO CIOTI comentou em 02/10/13 at 15:02

    Esse blog do André está com assuntos muito bons,todos
    os dias.Está melhor que a própria Folha de hoje,onde o sr.
    José Simão critica a Marina,o Aécio e não fala nada da
    Dilma.Acho que o Paulo Henrique Amorim comprou a Folha
    e eu não estou nem sabendo……

    • Mario comentou em 02/10/13 at 17:41

      É proibido criticar a Marina, ainda mais um analista serio e sisudo como o Simão.
      Patrulha, da situação ou oposição, é sempre patrulha.

      • MARCELO CIOTI comentou em 03/10/13 at 12:29

        Mas a Marina escreve no mesmo jornal do Simão.Daí a
        minha estranheza.Patrulha,quem faz mesmo,são blogs
        financiados pelo nosso glorioso governo que em 10 anos,
        transformou o Brasil num Jardim do Éden.kkkk

  14. Rodrigo Goulart comentou em 02/10/13 at 14:32

    O q mais espanta é a CBF não perceber q ela tbm perde com esse calendário absurdo, desvalorizando seu principal produto: o Campeonato Brasileiro.

    O Brasil tem o q nenhum outro país tem; o Campeonato Estadual. Respeito sua história e tradição, mas hj em dia, ele só serve pra atrapalhar. Q se faça um modelo menor, no qual os grande só entrem na fase final com os pequenos classificados.

    Isso é o ideal, mas só não é feito por causa das malditas federações estaduais, q não servem para NADA.

    Calendário ideal:

    BR: 38 datas, só nos fins de semana
    Copa do Brasil; 14 datas: meio de semana
    Liberta e Sula: 14 datas: meio de semana (quem joga um, não joga o outro, claro)

    Ainda sobram dez datas no meio de semana,, q podem ser dedicadas aos jogos dos grandes pelos estaduais.

    Nas outras 14 semanas do ano; seis semanadas para Data-FIFA e oito para férias e pré-temporada.

    Viu como dá? É MUITO SIMPLES.

    Um time jogaria, no máximo, de 65 a 70 jogos por ano e olhe lá.

    Resta derrotas as forças da federações estaduais, as únicas q sairiam perdendo nesse modelo.

    Clubes, jogadores, CBF, TV GLOBO, e, claro, os torcedores, seriam beneficiados.

    • Andre Barcinski comentou em 02/10/13 at 14:40

      O problema é que as federações estaduais são corruptas, vivem dos votos dos clubes menores e não querem diminuir os estaduais. Enquanto isso não mudar, dificilmente o calendário muda.

      • Rodrigo Goulart comentou em 02/10/13 at 17:44

        Exato. Logo, chegamos à conclusão q o problema é os clubes pequenos terem o msm poder de decisão do q os grandes, divisão equivocada de poder, concedida para que os dirigentes das federações se perpetuem no cargo: “Eu mantenho esse estadual de merda e vc me mantém no cargo com teu voto por mais 16 anos”.

        Claro q sou a favor da sobrevivência dos pequenos, mas não custando a morte dos maiores. Q eles disputem entre si os jogos q lhes darão o direito de enfrentar os grandes nas fases decisivas dos estaduais.

        E q esses msm estaduais tbm sirvam para classificar os pequenos para a série D do BR e a Copa do Brasil.

      • neder comentou em 02/10/13 at 18:20

        Ouvi dizer que o Paulistão será encurtado, mas na fase decisiva, onde geralmente estão os clubes maiores. A fase inicial, que é de mentirinha, continuará longa, pois lá estão os clubes que garante os votos da federação. Vamos conferir se é isso mesmo.

        • Anônimo comentou em 03/10/13 at 14:54

          “garantem”… êta, nóis..

    • José AB. comentou em 02/10/13 at 15:07

      O Corinthians, ano passado, fez 74 jogos. Quantos clubes jogaram tanto? Acredito que o SP (sulamericana), Santos (finais do paulista e recopa) e Palmeiras (Copa do Brasil) devem jogado aproximadamente isso.

      O Chelsea, finalista do mundial, fez 68 na temporada. Ou seja, praticamente a mesma quantidade dos times brasileiros, principalmente aqueles que não disputaram partidas decisivas…

      Como escreveu o André, o problema são as distâncias! O Corinthians viajou o dobro do Chelsea:

      http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/futebol-sem-chute/post/comparacao-entre-corinthians-e-chelsea-da-razao-atletas-sobre-calendario.html

    • Pdr Rms comentou em 02/10/13 at 18:10

      Perfeito o comentário. Só acho que daria para enxugar um pouco mais diminuindo a quantidade de clubes do Camp Bras para 18. Só aí já seriam 4 datas a menos.

    • Anderson comentou em 11/10/13 at 22:00

      o principal produto da CBf não é o campeonato brasileiro, é a seleção. Ou você acha que esses amistosos esdrúxulos são realmente para preparar o time para a Copa?

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