Chico, Gil, Caetano e Djavan: de censurados a censores
05/10/13 10:15Tive de ler a reportagem da “Folha” duas vezes para me certificar de que não estava delirando: Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Djavan, Milton Nascimento e Erasmo Carlos se uniram a Roberto Carlos na campanha para exigir autorização prévia de biografados (leia aqui).
De Roberto Carlos não se podia esperar outra coisa. Afinal, passou a carreira toda sem dar um pio contra a ditadura e viveu os últimos 50 anos como um verdadeiro monarca, decidindo tudo que podia ou não ser dito sobre ele (não é à toa que é chamado de “Rei”, enquanto Xuxa, outra figura pública que ainda acredita viver na Monarquia, é a “Rainha”) .
Mas Chico Buarque? Um dos compositores mais censurados do país? Gil e Caetano, exilados pelos militares? Gil, o ministro do Creative Commons? Absolutamente surreal.
Na coluna de Ancelmo Gois no jornal “O Globo” de sexta, Djavan justificou assim sua decisão:
“A liberdade de expressão, sob qualquer circunstância, precisa ser preservada. Ponto. No entanto, sobre tais biografias, do modo como é hoje, ela, a liberdade de expressão, corre o risco de acolher uma injustiça, à medida em que privilegia o mercado em detrimento do indivíduo; editores e biógrafos ganham fortunas enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação. Nos países desenvolvidos, você pode abrir um processo. No Brasil também, com uma enorme diferença: nós não somos um país desenvolvido.
Brilhante. Quer dizer que, enquanto não formos um “país desenvolvido”, o melhor é recorrer à censura típica das repúblicas das bananas?
O parágrafo de Djavan é tão confuso quanto algumas de suas letras. Ele começa dizendo que é necessário preservar a liberdade de expressão “sob qualquer circunstância”, para logo depois justificar a censura sobre “tais biografias”.
Que biografias seriam essas? As que Djavan e amigos não aprovam?
Depois, o compositor diz que editores e biógrafos ganham “fortunas”. Não sei em que país Djavan vive. Onde eu vivo, se um autor vende dez mil cópias, sai dando cambalhota de felicidade (o escritor ganha, em média, 10% do preço de capa, então faça as contas e verá que escrever no Brasil, com raras exceções, é coisa de maluco ou diletante).
Vivo num país onde o Luis Fernando Veríssimo diz que não sobrevive de literatura. O Veríssimo.
E não adianta Djavan e turma dizerem que não se trata de censura. Claro que é. Só é disfarçada de preocupação de mercado.
Em setembro, durante a Bienal do livro, Ruy Castro leu um manifesto, assinado por 47 nomes, incluindo o historiador Bóris Fausto, o escritor Cristovao Tezza, o poeta Ferreira Gullar, o cineasta Nelson Pereira dos Santos e o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, contra a suspensão da tramitação do projeto de lei que libera a publicação de biografias sem autorização dos retratados (leia aqui).
Um dos trechos do manifesto diz:
“A dispensa do consentimento prévio do biografado não confere ao autor imunidade sobre as consequências do que escrever. Em casos de abuso de direito, uso de informação falsa e ofensiva à honra, a lei já contém os mecanismos inibidores e as punições adequadas à proteção dos direitos da personalidade”.
Ninguém é a favor de biografias mentirosas. Um autor que publica uma calúnia ou informação falsa deve ser punido. Mas também ninguém pode ser a favor de um mercado de livros “chapa branca”, como os ícones da MPB querem criar.
P.S.: Publiquei esse texto sábado, e o índice de leitura do blog cai muito durante o fim de semana. Portanto, esse texto ficará no ar durante a segunda-feira.
Que privacidade esses FAZEDORES de shows tem? eles vivem de expociçao ou não? se eles ficarem em casa ,entocados ?como fica?
matemática primarinho mal feito,sao ums aproveitadores e OPORTUNISTAS da pior qualidade ,encheram as BURRAS de dinheiro como?
sendo ANONIMOS?
Nunca vi sociedade tao cretina e ignorante
alias a questão da GRANDE DITADURA nunca e contada devidamente os oportunistas de PLANTAO atrás de REGIAS pensões ,nunca são desmentidos,falam e falam de um acontecimento que a MAIORIA IGNORA inclui os da MIDIA
e so verificar como a Rede globo e tratada por ex e a figura de Rmarinho como e possível?
De novo o que estes sres TEM medo que seja revelado?qual verdade? ninguém pensa nisto?
Com certeza nada tem a ver com sexo ,ou drogas ,isto não interessa nem da ibope
o quE QUEREM OCULTAR E TEM TANTO pavor?
Compra de MUSICAS TAL VEZ? ai ate os ‘herdeiros sentiram |NO BOLSO
Numa sociedade INDIFERENTE como a BRASILEIRA secularmente e culturalmente,qual importância?
então tem caroço nesse angu.cade os JOPRNALISTAS INVESTIGATIVOS?
com ou sem biografias livres?
O Brasil NAO conta a sua HISTORIA real de nada E VERGONHA total e o pior TODOS
os que sabem disto CONCORDAM
e vergonha absoluta
como CORRIGIR uma sociedade que so CONTA mentiras?
MAS O “REI” PODE PLAGEAR ( ALAIS PARECE QUE 90% DAS MúSICAS dele SÃO PLAGEOS )
AE PODE NÉ
Bom dia,
Olha, lendo tudo que vi, posso afirmar o seguinte: Não espero NADA deste povo. Estão la encima, numa posição que nada o atinge. E, quer conhecer o homem? De poder a ele.
E afinal o que vocês querem?
Pelo que vocês lutam?
Querem falar tudo o vem a telha, mas ao “falado” é dado o direto de calar, somente?
Porque querem tanto essa liberdade?
Porque desejam tanto uma anarquia?
O que chamam de biografia não autorizada eu chamo de oportunismo no pior sentido da palavra.
Gozado, Nixon renunciou por causa de um livro não autorizado.
Isso aí André, falsa democracia, falso moralismo.. placplacplac aos hipócritas.
Não se deve colar a obra artística de uma pessoa à sua conduta pessoal na chamada “vida real”. Tá na cara que são comerciantes sem nenhum idealismo. Seria o mesmo que ficar impressionado em flagrar o Barcinski ouvindo um Led Zeppelin em vez de Eels e chamá-lo de traidor da “causa obscura”.
Dizer que as letras de Djavan são confusas é assumir o quanto ignorante é o tal redator do texto acima, meu português não tão fino quando deveria ser de um colunista mas não me deixa sem entender o que de tão básico e sólidas são as letra de Djavan, longe de ser um fã pois acho que ser fã é coisa de idiota mas que qualquer pessoa vinda do norte compreende por completa as suas obras.
Acho que o autor do texto deveria estudar não só o português mas também as adversidades culturais relacionadas a suas críticas.
Que tal estudar as adversidades culturais das letras do Djavan?
Foi a minha sugestão a crítica, leia amigo.
Acho que nosso amigo Joe também deveria estudar as (ad???)diversidades culturais aqui do Brasil… além de não generalizar burrice com posições geográficas.
Qquer pessoa vinda do norte compreende por completo suas obras? Um paulista não entende? Um gaúcho não entende? Se vc veio do norte e achou sentido nas letras dele, parabéns, deveria escrever um livro sobre as letras dele, ops, não pode, pois djavan não deixa.
Que tal você tirar sua afirmação preconceituoso quanto a pessoas vindas do norte?
Existem pessoas néscias em toda parte do Brasil.
Sua afirmação é inadequada e foge ao assunto, você agiu como o fã, que você diz não ser.
Concordo. Até porque soou como algo preconceituoso, ou até mesmo, algo ofensivo. Djavan, além de ser um estudioso, ele é uma pessoa muito inteligente e que sabe explorar fielmente as riquezas do país, as adversidades. Sendo nordestino, seu maior orgulho é poder falar, expor a grandiosidade de sua terra. Mais respeito com a pessoa e o artista, acho que isso é o mínimo que o colunista deveria ter.
Joe, além de ser ruim de português é preconceituoso, você deve respeitar melhor por não tente igualar sua ignorância com o povo do norte, realmente algumas músicas dos compositores citados principalmente as do período da ditadura militar são confusas de entender pelo neologismo, pleonasmo, conotações…para algumas pessoas sejam do norte ou da sua cidade (que deve ter intelectual) precisam de ajuda para entender ou estudar um pouco do período de quando a musica foi escrita…
Não concordo com absolutamente nada que este texto coloca. É muito nociva a perpetuação de acontecimentos falsos ou até mesmo verdadeiros. As intimidades de uma pessoa só poderia ser revelada por ela mesma. Acho válida essa censura sim. Tudo tem limites, a expressão existe porque é social, e o social precisa de regras de convivência, liberdade total é algo impensável numa civilização.
Legal, Mariana, exatamente o mesmo argumento utilizado na época da ditadura.
Boa, Barcinski.
Tudo tem limite sim. Agora o cara é obrigado a expor tudo sobre a vida dele em prol da “liberdade de expressão”. Acho que expor a vida de alguém sem que ela queira, na verdade, deveria ser entitulada de libertinagem de expressão. Então por que você não expõe sobre sua vida, Andre Barcinski? Te pergunto isso com muito respeito, sem irônia!
Exato! Tipo ” vocês tem todo o direito democrático de se expressarem, desde que eu concorde.”
Aí pergunto: O que teria de tão censurado na vida de certos artistas ao ponto de negarem biografias, e ao mesmo tempo se pede abertura sobre a vida de políticos e afins?
Obrigado por dar licença para escrever nestos delicados textos e ainda para paulistas a semanas do” Liberdade ou Morte e Eu fico”.Há ferramentas na Justiça para quem roubar ou mentir.. com república democrática .Felizmente os artistas vivem para cantar, escrever, viajar.. para outros foi bem diferente como bem sul do continente. A História foi feita com documentos , provas, textos , oralidade e testemunhas nem sempre com amizade. Uma História da MPB também, com licença , cafezinho e salva de palmas já é autobiografia ,ainda em espanhol! As vezes fofoca fica publicidade, contra mentiras e balas melhor Baladas, Tango, Choros e Chorinhos. Com afeito do Rio da Prata. Frederico
Concordo plenamente contigo, Mariana. Comparar a censura da ditadura sofrida por esses caras e muitos outros com a possibilidade de seleção do que deve ser escrito ou não sobre as mesmas é que se mostra completamente surreal. A vida privada mesmo de uma pessoa pública deve ser mantida na medida do possível. Quem quer saber de fofoca, vá escrever nessas revistinhas sem credibilidade que temos de montão por aí. Ponto.
Bom, Daniele acaba de generalizar trabalhos biográficos a “fofoca”. Parabéns.
Não estou generalizando os trabalhos biográficos. Chamo de fofoca o que se quer contar da vida privada alheia como sendo de interesse público. Gosto muito e já li boas biografias (e umas completamente dispensáveis, também), mas não posso concordar que o direito à liberdade de expressão sobreponha-se ao direito individual de se manter privada a vida de cada um.
Vc se importaria de definir o que é da “vida privada alheia como sendo de interesse público”?
ESCLARECENDO
Sob meu ponto de vista:
“Vida privada alheia”= experiências particulares vivenciadas por outro indivíduo que, geralmente, só diz respeito a quem as vive ou a quem seja diretamente convidado a partilhar das mesmas.
“Interesse público”= experiências que tragam alguma consequência ou que acrescente algo na vida de uma categoria de pessoas ou de uma população de modo geral.
Bom, Daniele, vc concorda que suas definições são um tanto quanto ambíguas? Quem decide em que momento um acontecimento passa a interessar a “uma categoria de pessoas”? E quando um artista faz uma música sobre uma experiência pessoal e a lança num disco, para todo mundo ouvir? Roberto Carlos, por exemplo, fez isso. A música “O Divã” claramente se refere ao acidente que lhe custou uma perna. No entanto, o mesmo Roberto Carlos impede que qualquer pessoa escreva sobre esse incidente, e já ameaçou processar quem o fizesse. Como vc explica?
Bem, minhas definições não são nada definitivas, afinal, são MINHAS DEFINIÇÕES. Vc pode concordar ou não com elas.
Neste momento em que o artista expõe uma experiência pessoal, ele está querendo (imagino eu) dividir esta experiência pessoal com seu público, mas isto não dá o direito de qualquer pessoa explorar tal acontecimento do modo que bem quiser, contando nuances, propositalmente não expostas antes sobre tal acontecimento, por exemplo. Veja bem, a persona do artista pode utilizar de sua arte para dividir emoções, experiências, aspirações com seu público, mas não vejo como um acontecimento pessoal (como no caso do acidente do RC) possa ser considerado de interesse público, a ponto de eu querer exigir dele a obrigação de publicidade através de terceiros de tal experiência. Ele pode falar sobre estas e muitas outras que podem me interessar ou não, mas é a vida dele, ele expõe se quiser e como quiser, mas com certeza, não é NECESSÁRIO que eu (ou o grande público) tome conhecimento delas. Não precisa que alguém exponha isto num livro contra a vontade do RC. Eu penso que ele tem todo esse direito.
Quem escolhe como quer ser lembrado não é um democrata.
Muito menos quem visa lucrar contando a vida alheia sem ser permitido.
Não acho correto qqr pessoa poder sair escrevendo sobre vc, sem te perguntar. E sim, aqui no Brasil a lei é falha, depois que a porcaria estiver escrita, até desfazer a Merd@ já é tarde… Não há punição e retratação a tempo se dependendo da nossa justiça. Acho que qqr um pra escrever de vc, tem que ter seu aval primeiro. Minha humilde opinião.
Quando você se torna uma personalidade pública, tem que arcar com os seus ossos. Querer apenas usufruir das benesses da fama sem assumir as responsabilidades inerentes ao sucesso é, no mínimo, “ingênuo”.
“É nociva a perpetuação de acontecimentos falsos e até mesmo VERDADEIROS”
Quais devemos perpetuar então? Os Imaginários?
Os grandes da MPB parecem realmente querer viver num mundo imaginário, ja que as utopias que eles perpetuavam todas foram pro buraco.
Mas não deixa de ser censura certo?! Imagina alguém querer escreve sobre os meandros do mensalão por exemplo. Essa pessoa só poderá publicar seu livro se os mensaleiros permitirem. Só para citar um exemplo simples.
Como pode, em pleno 2013, uma pessoa ainda ter uma opinião dessas. Realmente, para certas pessoas seria melhor a censura, privando-nos de ler uma porcaria dessa.
Muita gente, até educadamente e com aparente boa-fé, está discordando do seu texto alegando que qualquer um tem direito a privacidade dos seus “podres” e erros.
Mas no fundo, independentemente de ser famoso ou não, o que ninguém gosta é de assumir responsabilidade por suas atitudes.
Logo, jogar a sujeira em baixo do tapete é muito mais fácil. (com apoio do Poder Público, melhor ainda, né?)
Quer ter responsabilidade para fazer? Tem de ter coragem para assumir.
Pois é né Guilherme, é porque em país esquerdista, só vale a liberdade de expressão quando ela convém. O Poder Público, outrora fora usado contra eles, em resposta a isso, hoje se valem do mesmo poder para usar contra outras pessoas.
Maneira maniqueista e retardatária de tratar a musica brasileira. Roberto Carlos cantou as palavras de Caetano em 1971 (auge da ditadura portanto) “tudo vai mal, tudo, tudo, tudo” e as deles e de Erasmo: “muita gente se esqueceu que a covardia é surda e só ouve o que convém, eles estão surdos” além de ter feito e gravado uma canção de solidariedade ao exilado Caetano a linda Debaixo dos caracois de seus cabelos. Se formos falar, então, das musicas de comportamento como “Quero que va tudo pro inferno” ou as de sexo, muitas delas censuradas, veremos que a coisa é muito mais complexa do que dividir a musica brasileira em mocinhos e bandidos….
Ah sim, RC agora será ressuscitado pelos fãs como opositor da ditadura. Sugiro procurar no Youtube o vídeo do show no Chile em que ele elogia o Pinochet.
Não quero ressuscita-lo como opositor de nada, apenas por questão de uma coerencia com os fatos apresentar outras facetas de sua figura e obra. Se ele elogiou o Pinochet, vou procurar ver, agradeço a indicação, ao mesmo tempo ele fez ou interpretou as canções que citei, entre outras posturas q o colocam muito além dessa visão de apoiador ou omisso com o regime. Quando, por exemplo, ele grava Como dois e dois sao cinco, uma cançao do Caetano (algo que na epoca foi feito por poucos como ele e Erasmo, Jorge Ben, Gal Gosta e Maria Bethania) ele ajudou, e muito, com direitos autorais, a Caetano sobreviver do exilio. Sou fã de Roberto sim, só que o que me incomoda é um maniqueismo que durante muito tempo dominou a analise da musica brasileira pois “acontece que eu não posso me deixar/levar por um papo que já não deu”. Ah, só pra constar: concordo com voce quanto a critica a opinião dos artistas em relação a biografias: eles estão surdos.
Deixa ver se eu entendi: um escritor não pode publicar nada sobre a vida de alguém sem prévia autorização, mas os compositores podem fazer música falando o que quiser de quem quer que seja, sem necessidade do mesmo tipo de autorização.
Genial. Vamos criar áudio-biografias então.
Bem lembrado.
Matou a pau.
Não é bem assim que funcionam as coisas, dependendo do que se diz cabe ao compositor pedir autorização.
Aí5, Joe!
Pediram autorização para quem, quando cantam:
Plim-Plim Colloriu 89, só para não ver Lula-la…Calou-se o prefeito na sombra, o André deu perda total ( morte de Celso Daniel prefeito de Santo André por discordar de algo no PT) …Paris quem descobriu foi Cabral ( governador do RJ em referência a festa em Paris no caso Delta)… (Adnet,Paulo Serra)
Luis Inácio falou, Luis Inácio avisou, são 300 picaretas com anel de doutor ( Hebert Vianna)
Boa idéia!
Ótima colocação! Eles querem escolher quem pode ter e quem não pode, e claro que se colocam na lista dos que podem!
Liberdade de expressão, você esta fazendo isso errado.
“Quero que voce me aqueça nesse inverno e que tudo mais va pro inferno”. Era essa a posição de Roberto Carlos durante a ditadura.” Quanto a biografias eu acho que elas so poderiam ser editadas depois da morte do personagem apos cumprir um período de direitos autorais dos herdeiros. Ninguem quer escrever a minha biografia.
Acho que alguns desses nomes se uniram na campanha pelo fator “brodagem”. Posso estar enganado, mas o próprio Gilberto Gil chegou a participar da tal marcha contra a guitarra elétrica. Lógico, isso não isenta os artistas da responsabilidade de compactuar com um movimento de censura.
Mas esperar o que desses caras? Ele se acham “donos” da música no Brasil. Como se a música brasileira só tivesse sido “criada” a partir da Tropicalia/Jovem Guarda.
Caro, procure por SURREAL no dicionário ou no VOLP… não achará pelo simples fat de que essa palavra não existe!!!
http://www.priberam.pt/dlpo/surreal
sur·re·al
(francês surréel)
adjetivo de dois gêneros
1. Que apresenta características próprias do surrealismo. = SURREALISTA
2. Que causa ou denota estranheza, não pertencendo à esfera do real. = ABSURDO, BIZARRO, ESTRANHO
substantivo masculino
3. Aquilo que está para além do real.
“surreal”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/surreal [consultado em 07-10-2013].
Na verdade surreal depende do que o pensamento diz dentro do seu ponto vista de momento expressivo, diante disso surreal e surrealismo tendem a intenção do pensamento , porém o entendimento vai de cada um. O pensamento ciêntífico é meio complexo e nos dar uma visão de estudo mais amplo.Pode não está no dicionário mas no pensamento de um autor renomado, como André Breton etc.SURREALISMO s.m. Movimento artístico, sobretudo literário (lançado na França em 1924 por André Breton), que se caracteriza pela expressão do pensamento de maneira espontânea e automática, regrada apenas pelos impulsos do inconsciente e deliberadamente incoerente. Inspirado pela psicanálise, proclama a prevalência absoluta do sonho, do instinto, do desejo. Despreza a lógica e renega a ordem moral e social, investindo contra os padrões estabelecidos. (Adaptação do fr. surréalisme; as formas vernáculas super-realismo e supra-realismo são pouco usadas.)
http://www.dicionariodoaurelio.com/Surrealismo.html
Só podia ser aqui na Bahia, leia essa.
http://www.reconcavoonline.com.br/2013/09/vitoria-ganha-acao-para-que-google-retire-do-ar-imagem-de-escudo-vice/
OT: Barça, vc viu que a Anna Calvi tá de disco novo? O nome é One Breath. Abs!
Vou escrever a biografia de Xuxa Meneghel, falando só verdades… Será liberam?
André, sou leitor assíduo do blog e logo que lí o texto do Djavan imaginei que você escreveria algo a respeito. O que é bom. Mas, o texto dele é realmente confuso e os da Paula Lavigne ainda não esclarecem muita coisa, pois ela afirma que pretende sugerir regras relacionadas a comercialização de material dos artistas que representa e ainda não sabemos que regras são essas. Prefiro aguardar o desenrolar da história para julgar melhor, pois a discussão virou um fla x flu e os dois lados estão sendo bem radicais. De qual deles você se interessaria em escrever uma biografia?
Desses artistas? Do Roberto carlos, mas ele nunca deixaria.
Fui gongado hoje Barça?
Desculpe… apareceu agora.
esse lance de biografia aqui no Brasil é totalmente fantasiosa. Teve um ator mesmo, tido como galã, lançou uma biografia autorizada totalmente chapa branca, inventa fatos, distorce outros e conta aquilo que ninguém acredita ser verdadeiro… e de maneira mentirosa…
Me disseram que sem lenço era a grande solução
Joguei fora os documentos e acabei no camburão
Eu não vou porque não não não
Os baianos nos trovaram que o amor tinha futuro
Quis transar com uma mina que mordeu o meu pau duro
Eu não vou porque não não não
Agora eu sei qual é a deles. Já peguei no pé do gil
Eu quero que o caetano vá pra PUTA QUE O PARIU
Eu não vou porque não não não
O Gismonti é um chato tô cansado de saber
O Chico era um velho mesmo antes de nascer
Eu não vou porque não não não
O samba me da asma bossa nova é de fuder
Prefiro tocar bronha e punkar até morrer
Ah o velho e bom Garotos Podres… Profética essa música né?
Garotos podres não, essa é dos Replicantes.
É, e o Johnny Rotten “odeia Pink Floyd”. Ahãm.
Isso é Replicantes!
Acho que esta música é dos Replicantes do Wander Wildner.
Uma vez o Mauricio Kubrusly foi no Garagem e mostrou uma música que o Língua de Trapo (ou o joelho de porco, não me lembro) tira sarro da perna de pau do Roberto Carlos que também é histórica.
Se a justiça já protege os caluniados,os heróis da mpb deveriam cobrar apenas que justiça funcionasse .
Caetanos, Chicos e afins deveriam ser muito gratos a ditadura militar. Afinal, ela no Brasil foi branda o suficiente para que fossem apenas exilados (e não mortos como ocorreu em outros países latino americanos), e ao mesmo tempo dura o suficiente para que conquistassem a sua fama fazendo música de protesto. Sem a ditadura, eles teriam o destino de tantos outras personalidades efemeras que se dedicaram a fazer música de entretenimento. Eu diria que essas pessoas se beneficiaram mais da ditadura do que as que foram diretamente apoiadas por ela. Chico, especialmente, é um sujeito criado a toddy na zona sul do Rio que projeta no eu lírico de suas músicas uma pessoa pobre do povo totalmente artificial e romantizado. Tipico de quem só conhece a pobreza e a ignorância da janela do apartamento. É o típico intelectual carioca que fica exaltando a beleza e o lirismo da favela sem nunca ter pisado lá. Em suas letras se nota claramente que ele não sabe a diferença entre um eletricista, um mendigo e um porteiro de prédio, afinal pobre parece ser “tudo igual”.
Você deveria ir para o pau de arara antes de pensar em defender um regime totalitarista.
Não acho que ele defendeu a ditadura, e concordo que para este músicos, todos da classe alta, ela foi branda, e mesmo assim o tema “Ditadura” foi um ponto alto para eles ganharem rios e dinheiro e fama. Nenhum deles sofreu com a ditadura como os que realmente defendiam a liberdade.
Caramba, quanta bobagem justa num único texto.
Comentário típico de gente que não conhece a obra do autor, mas o comentário de quem leu a crítica boba de um comentarista de quinta, recalcado e invejoso.
Não gostaria de ser biografado sem meu consentimento. Ponto. Uma coisa é eu contar o que aconteceu em minha vida – tive episódios horríveis, engraçados e vexatórios devido ao uso de drogas e álcool – para meus amigos. Outra é o “mundo inteiro” ficar sabendo.
Tem coisa que nós fazemos e realmente não nos orgulhamos, nem de contar.
OBS: Estou lendo Scar Tissue – a biografia do Anthony Kiedis… e admirando a honestidade do cara. Muito boa!
Não gostar é um direito seu. Impedir de ter a história contada, especialmente sendo uma fugura pública, é outra coisa.
Ok. Você é uma figura pública (que na verdade é), certo? Sou – por exemplo – seu “amigo-irmão” e sei confidências e detalhes muito, mas MUITO íntimos teus. Coisa que você não compartilha com ninguém fora os MUITO próximos. Gostaria de ver isto publicado em livros e afins?
Talvez não, Felipe, mas é um preço baixo a se pagar pela liberdade de expressão.
Ahh Barça… eu acredito em liberdade de expressão, defendo e até gosto… mas sinceramente não concordo (neste caso)
É tipo pele de saco… desculpe o termo… todo mundo tem mas quando mexe dói pra cacete.
O que isso mostra é que o Brasil já superou o analfabetismo endêmico mas ainda não descobriu para que raios servem os livros.
Em qualquer país acostumado aos livros, o autor tem todo o direito de não gostar da biografia e tem o direito de processar o biógrafo (como, razoavelmente, também tem no Brasil).
Só não tem o direito de censurar a circulação da biografia (como, infelizmente, tem no Brasil).
Um dos livros mais interessantes que já li sobre o Led Zeppelin é “Hammer of the Gods”, escrito por Stephen Davis. Uma das principais fontes dele foi Richard Cole, o tour manager do grupo na época.
Jimmy Page diz que jogou o livro pela janela. Robert Plant diz que o autor não sabe nada de Led Zeppelin. John Paul Jones diz que o livro é triste e estragou boas histórias.
Mas censuraram? NÃO! Você encontra a obra em qualquer livraria e pode muito bem lê-la sabendo que os personagens discordam. Talvez possa até levar em conta a discordância dos ídolos e simplesmente… não comprar. Mas a decisão é do leitor, não do personagem.
Nem 8 nem 80. Se a sabedoria existe, ela está no equilíbrio! (Aristóteles). Isto é, não podemos CENSURAR informações importantes, de interesse público, tal como não podemos EXPLORAR comercialmente, sem consentimento, a imagem de pessoas consagradas pelo público. Ou seja, há que se buscar o difícil equilíbrio entre o direito à Liberdade de Expressão e o direito à Preservação da Vida Privada. Nem 8 nem 80! Deve haver um equilíbrio sensato aí, mas, por enquanto, só vejo dois lados querendo defender extremos: um, os jornalistas, querendo falar da vida alheia sem consentimento da personagem-autor principal dessa vida; outro, os biografados, querendo proibir até que os fatos públicos (já públicos!) não possam ser novamente veiculados por uma biografia… Enfim, nem 8 nem 80! Equilibrado será buscar o meio-termo entre a Liberdade de Expressão e a Preservação da Vida Privada. Pois ambos são direitos muito importantes, e disso não há dúvida alguma.
Então vamos lá… eu finjo que não ligo que publiquem um livro com coisas que eu não gostaria que falassem de minha pessoa mas quando sai eu tenho todo o direito de processar?
Sei lá… mas não tem algo de errado aqui não?
No país da ditadura midiática? Não tenho certeza.
Pois é… midiático ao extremo.
Onde o “pessoal” gosta que falem, mesmo quando falam mal… para aí processar.
Como disse o amigo acima… e endosso aqui embaixo… nem 8 nem 80.
Não concordo em publicar algo em nome – entenda-se aqui utilizando o nome de… – de outra pessoa sem o consentimento da mesma. E como já disse… sou a favor também da liberdade de expressão e tal.
“Minha liberdade de expressão vai até onde termina a sua libertinagem de informação”. (Barroso, F. D. C., 2013)
Não gostar é um direito dele, e se ele achar que impedir que ela seja contada, que vá atrás desse outro direito. A justiça que decidirá o que é certo: o fofocado ou o fofoqueiro.
Não é errado eu deixar passar algo assim para depois processar?
Falta do que fazer desses senhores que não fazem mais nada em musica,com exceção de Caetano e Erasmo.Parece mais uma manobra da panelinha para…..aparecer,nada mais do que isso,infelizmente.Tento em vista que a lei está perto de ser aprovada,vejo como eles se coçam para não ver as besteiras que fizeram ir ao público.
Fico pensando nas pessoas que na época da ditadura se posicionavam pela liberdade e supunham que esses artistas estavam do mesmo lado.Agora sabemos que queriam apenas trocar o sinal e assumirem o poder.De Roberto Carlos não se esperava outra coisa,Gil e Caetano nunca deixaram claro o que pensam,apesar de falarem pra caramba,suas declarações são escorregadias,procuram deixar sempre uma porta aberta.Chico Buarque criou uma aura de santo,é intocável , mas não dá pra acreditar em comunista que não divida seus excedentes…Djavan está apenas pegando carona,não acho que alguém algum dia escreveria uma biografia da figura e menos ainda que esta teria algum leitor.
Fica complicado para a história essas restrições.Gostaria por exemplo de ler uma biografia do Sergio Paranhos Fleury.É claro que ninguém vai fazer isso porque muitos nomes que apareceriam ainda estão por aí,vivos e fortes.Se prevalecer a vontade dessa gente,nem daqui a um século.E eles podem prevalecer porque a maioria dos nossos congressistas tem muito,muito a esconder,a esquerda e a direita estão juntas nesse caso.Mais uma vez a história vai perder.A hipocrisia continuará sendo nosso traço mais evidente.
Ja existe biografia do Fleury, chama-se Autopsia do medo.
Valeu!
Eu como leitor posso processar o autor ou o biografado que autoriza o livro por? Comprarei a biografia do Sarney (autorizada por ele) e estou com uma leve desconfiança de que deve ter algo meio falso escrito lá….
Açaí guardiã, zum de besouro, um imã laiá laiá