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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Caetano e a arte de escrever muito sem dizer nada

Por Andre Barcinski
12/10/13 23:13

Em sua coluna do jornal “O Globo” (leia aqui), o compositor Caetano Veloso deu sua versão sobre a polêmica das biografias não autorizadas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Li o texto algumas vezes e continuo sem entender por que Caetano defende a exigência de autorização a biografias.

No início da coluna, ele diz ser contra a exigência de autorização prévia de biografados:

“Todos que me conhecem sabem que essa é minha tendência. Na casa de Gil, ao fim de uma reunião com a turma da classe, eu disse, faz poucos meses, que ‘quem está na chuva é para se molhar’ e ‘biografias não podem ser todas chapa-branca’.”

No mesmo parágrafo, no entanto, o compositor admite que faz parte do grupo “Procure Saber”, que defende a exigência de autorizações para biografias. E pergunta:

“Então por que me somo a meus colegas mais cautelosos da associação Procure Saber, que submetem a liberação das obras biográficas à autorização dos biografados?”

Procurei na coluna a resposta a essa pergunta, mas não achei.

Achei, sim, ataques à imprensa, a “autores americanos” que o criticaram (Caetano os chama de “vira-latas”) e à “esquerda entalada”.

O compositor diz que os termos do Código Civil merecem ser mudados, mas não explica de que forma.

No lugar de defender objetivamente suas posições, lança frases como:

“Ficaremos todos mais ricos se virmos que o direito à intimidade deve complicar o de livre expressão.”

e

“Aprendi, em conversas com amigos compositores, que, no cabo de guerra entre a liberdade de expressão e o direito à privacidade, muito cuidado é pouco. E que, se queremos que o Brasil avance nessa área, o simplismo não nos ajudará.”

Sim, Caetano tem razão, o simplismo não ajuda. Também não ajuda fugir pela tangente e não responder a três questões simples:

Por que você defende a exigência de autorização para biografias?

Por que você diz que isso não é censura (“Censor, eu? Nem morta!”)? Ao escolher quem não pode escrever sua biografia, você não está exercendo censura?

O que você acha que a iniciativa do “Procure Saber” vai representar para o futuro da pesquisa histórica no Brasil?

No trecho mais confuso e misterioso da coluna, Caetano escreve:

“Sou sim a favor de podermos ter biografias não autorizadas de Sarney ou Roberto Marinho. Mas as delicadezas do sofrimento de Gloria Perez e o perigo de proliferação de escândalos são tópicos sobre os quais o leitor deve refletir.”

Por que Sarney e Roberto Marinho foram citados como exemplos de pessoas públicas merecedoras de biografias não autorizadas? Estaria o compositor insinuando que algumas pessoas podem ser biografadas sem autorização e outras não?

A ver.

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Comentários

  1. guilherme arantes comentou em 18/10/13 at 12:34

    O Novo Testamento poderá ser recolhido no Brasil ! O Biografado não autorizou e a familia não foi encontrada para receber direitos de liberação da privacidade !
    Não há, na História, “biografia” mais manipulada do que a do grande Avatar, cuja fundamentação histórica , aliás, é muito questionada…Nem o Personagem , e nem a família foram consultados. Milhares de versões foram se multiplicando, apenas fundamentadas na tradição oral, o que hoje é meramente classificado como “fofoca”, “diz-que-diz”…Fortunas foram ganhas, impérios se agigantaram, ruíram, reergueram-se com novos nomes. Mas não há novidade nenhuma no mundão velho-de-guerra. Sempre a mesma bosta. O Ser Humano, criação suprema do Universo, é primordialmente um tubo produtor de fezes, e falante. Realmente o mundo “moderno” vai se consolidando como o único inferno que existe, irracional, truculento, grosseiro, escravizador, sem privacidade alguma, e é politicamente incorretíssimo ser retrógrado. Tudo pela informação, o direito do coletivo se impõe ao nobilíssimo indivíduo. Ser indivíduo é a coisa mais perigosa e proibida que existe.
    Essa discussão sobre as biografias já caiu. O Procure Saber buscou uma razoabilidade que não se sustenta. É o maior barco furado desde a Arca de Noé, e quem entrou nessa, por mais justificáveis que fossem seus argumentos, já está condenado porque se tratam de direitos midiáticos num mundo que não quer saber de privacidade alguma. Sou contra figuras queridas e colegas de obras respeitáveis se exporem dessa forma, se tornando “Judas” ( aliás, os Judas também são necessários para a consecução de planos mirabolantes ). Pois que os biógrafos falem o que quiserem, liberdade total, luz do sol nas feridas. É inadmissível que biografias realmente vergonhosas possam se acobertar debaixo dessa manta autoritária. Na mesma barraca da privacidade das “celebridades respeitáveis” acampam os maiores bandidos da história. Como lutar a favor dessa estupidez ? Como se postar “heroicamente”, mas muito “retrogradamente” contra a construção de uma sociedade brasileira democrática , ainda tão rudimentar ? Muitas das entrevistas desse grupo, o Procure Saber, têm sido catastróficas, um pântano de enganos, um emaranhado de incongruências, areia-movediça de armadilhas, por si só um escândalo maior do que qualquer biografia não-autorizada. Lamentável. Olhem o estrago que está sendo feito nessas biografias ! Se a Justiça é incompetente ao aplicar sanções contra o estrago das biografias anti-éticas, e esse é o cerne da questão que a lei vigente visaria “proteger”, o que dizer da impunidade geral ? Como fica a população anônima, desprotegida de qualquer prerrogativa especial , sem poder algum de persuasão ? E depois que essa excrescência se consolidar, como vai ficar o Jornalismo ? Há, mesmo, o risco de que, de erro em erro, avancemos para uma sociedade totalmente blindada, chapa-branca .É porisso que essa lei vai cair, e não adianta essa chiadeira. Já caiu. Que perda de tempo !
    Entendo que Roberto Carlos, um mestre no fascínio das multidões, deva muito, mas muito mesmo, de seu mito à aura de mistério que cerca sua vida, seus dramas, seus fatos obscuros, construindo uma “lenda” que rende muito mais assunto e proventos enquanto mantida cercada de segredos. Fela Kuti, Michael Jackson, Elvis, Napoleão, Hitler, Sha kespeare, Picasso, Bob Marley, todos os grandes ídolos sempre foram assim, um misto de humano e sobre-humano. As pessoas comuns também devem saber que isso é uma tática recorrente, desde os cafundós da História.
    Querem exemplo mais flagrante do que o de Van Gogh, o “injustiçado” ? A “Aura do Mito” é tudo.
    Mas o que seria da História sem as biografias, com erros, imprecisões? Uma biografia ruim, é ruim e irá para a lixeira. No final, ao correr dos séculos, o que ficam mesmo são as não-autorizadas. Eis o mundo.
    Já que a discussão se generalizou, ocupando espaços monumentais nos formadores de opinião, seria muito mais adequada a liberação prévia das biografias, sim, desde que acompanhada de um quadro claro de sanções ( que não existe – depende de jurisprudências que também não existem) . Medidas balizadoras, valorando pesadamente, “a priori” ,os excessos eventualmente comprovados, os relatos mentirosos, e as devidas reparações, inclusive o recolhimento dos livros flagrantemente infratores, facilitando com isso a monitoração da Justiça, que é cronicamente desaparelhada de instrumentos efetivos para cumprir sua função. Mas a Justiça está aí pra isso.
    Cá entre nós, se há uma modalidade pernóstica atualmente é a tal da Biografia de Celebridade-com-Jornalista. Esse tipo de biografia caça-níqueis eu não gosto, porque além de chapa-branca, geralmente é mal feita e resulta numa titica. Ou o cara conta a sua historia ou deixa para alguém contar.
    Gostei muito da de Eric Clapton. A de Danuza Leão é um primor, genial , despudoradamente elegante. Erasmo Carlos fez uma biografia maravilhosa, contando suas engraçadas peripécias. E fez muito bem. É isso aí. Apoiado. Adorei, é ouro puro. Ninguém jamais contará sua história de forma tão humana, verdadeira, porque só ele estava lá, e sabe escrever como ninguém. Hoje, ele faz parte desse grupo da camisa-de-força. Porque ? Não entendi, porque gosto muito dêle como músico, poeta e escritor magistral. Sempre gostei quando ele cantava “Falem bem ou mal, mas falem de mim” …
    Posso estar errado, posso até me arrepender um dia, e ser vítima de uma biografia maldosa, mentirosa, mas nesse caso ela não será biografia. Será ficção.

    • Andre Barcinski comentou em 18/10/13 at 17:08

      Guilherme, muito bom o texto. Obrigado pela participação, sempre bom te ver por aqui. Abração.

  2. Solano Star comentou em 18/10/13 at 9:17

    Barcinski, e vc ainda perde tempo c/ o Caetano ??

    • Andre Barcinski comentou em 18/10/13 at 9:30

      Perco, porque o que ele está fazendo vai afetar negativamente a minha vida e trabalho.

  3. Beatriz comentou em 17/10/13 at 15:27

    O assunto é polêmico e, para mim, as opniões são ainda mais surpreendentes. As pessoas precisam parar de pensar nos artistas como patrimônios públicos, sujeitos à ridícula obsessão que uns e outros insistem em ter com atores, atrizes e músicos. Os artistas, tanto quanto qualquer outra pessoa, merecem, acima de tudo, o direito de privacidade. Não é porque são conhecidos que estão sujeitos a ter sua intimidade rompida pra que um outro sujeito possa exercer seu direito de liberdade de expressão. A linha entre o direito de privacidade de um e o direito de liberdade de expressão do outro é tênue e deve ser respeitada. Chamar de censor um homem que lutou pela censura (muito mais censura do que não querer que publiquem algo seu que você não deseja) da ditadura? Precisamos mesmo é rever o modo como olhamos os artistas, tão gente quanto nós e merecem tanto respeito quanto qualquer outro que não quer fotos ou informações privadas suas por aí. A ideia de Paula Lavigne tem mesmo um paradoxo e ela deve repensar as coisas que disse, mas isso não se aplica a todos os outros integrantes do Procure Saber. O negócio de pagar ao biografado é ridículo e, se esse fosse o grande problema com as biografias não autorizadas, não haveria problema algum.

  4. Renato comentou em 16/10/13 at 19:08

    Pelo que entendi de tudo que li, e que passou meio despercebido, o ponto não é censura nem os parcos lucros de direitos autorais decorrentes da venda de livros, mas o que se pode lucrar em adaptações dos livros para cinema e tv.

  5. Maicon comentou em 16/10/13 at 16:03

    André, eu entendi a jogada. Caetano le-lé e seu séquito querem definir quais biografias (seja de que biografado for) podem ser publicadas.

  6. Daniel comentou em 16/10/13 at 14:02

    Olha aí, André…. Parece que a Lavigne acha que coluna do Caetano no Globo não é espaço suficiente para se expressarem:

    http://gnt.globo.com/saiajusta/noticias/_-Polemica-das-biografias–esquenta-em-entrevista-com-Paula-Lavigne-no–Saia-.shtml

  7. Pedro Ivo comentou em 16/10/13 at 9:01

    Lamento muito saber o quanto somos retrógrados nesta questão de biografias não-autorizadas. E lamento bastante esta iniciativa tacanha e ultrapassada do Procure Saber. Procure Saber o quê cara-pálida? A cueca preferida do Caetano nos Doves Bárbaros?
    Fico triste em saber que artistas da MPB aos quais tenho profunda admiração, como Caetano, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento, Djavan e outros, são a favor da censura prévia. Minha impressão (pessoal) é que esses caras foram bajulados durante décadas pela mídia e intelectuais, tidos como heróis da resistência (num certo sentido, foram mesmo), e que, por isso, se sentem intocados, pois sempre estiveram “do lado certo” da história. No fundo, é isso.
    Caetano é claramente seletivo, ele acha que gente de quem não gosta, como Sarney e Roberto Marinho, podem ter mil biografias demolidoras, mas ele e sua turma merecem apenas o confete. O pior é ver o quanto ele está atrelado àquela Paula Lavigne, que além de nos legar uma coleção de filmes ruins, controla a “vida terrena” do Caê. Além de defender uma das piores ideias a surgirem neste país nos últimos anos: o pagamento de royalties para biografados. Mais uma jabuticaba.

  8. Diego Correia comentou em 16/10/13 at 6:28

    O seu Chico se manifestou!

    http://oglobo.globo.com/cultura/penso-eu-10376274

  9. anderson nascimento comentou em 15/10/13 at 23:04

    Quem diria que o Caetano se tornaria um censor. Deprimente.

  10. daniel comentou em 15/10/13 at 14:58

    Barcinski, deu pra ver que atirar pedras no Veloso faz o maior sucesso. Mas as respostas não são difíceis de encontrar no texto, que responde a elas. Por que defender a exigência de autorização? para preservar a intimidade. Escolher quem não pode escrever é censura? Não entendi de onde saiu o viés “quem pode/quem não pode”, já que o tema não é quem escreve, mas o que é escrito. Mas como a pergunta é sobre censura, pense em duas ou três informações sobre a sua intimidade (primeira vez que transou, primeira vez que não conseguiu transar, primeiro mico após beber ou usar outras coisas, com quais parentes não se dá e por que não… enfim, essas coisas). Considerar que isso deve permanecer privado é censura? Cejura, né?

    Sobre o Roberto Marinho e o Sarney, a ironia foi velada, mas fácil de ser vista. Já existe uma biografia não-autorizada do Sarney, publicada pela Folha – sob as leis atuais. E não existe biografia não-autorizada do Roberto Marinho, apesar do grobo defender o contrário.

    • Andre Barcinski comentou em 15/10/13 at 15:02

      Claro que é censura, Daniel. Como vc define o ato de proibir alguém de escrever sobre você? Se vc achou as respostas que queria na coluna do Caetano, parabéns.

      • Luis comentou em 17/10/13 at 0:37

        Andre, ainda nao tenho uma opiniao formada sobre este assunto, na verdade estou mais pro lado de que nao se deva censurar nada. Porem hoje pensei na seguinte situacao: Quando alguem é filmado, a emissora de tv te faz assinar um monte de papeis permitindo a divulgacao de sua imagem, o que eu acho correto. Ou seja, voce é responsavel pela premissao da tv poder ou nao veicular suas imagens, opinioes, etc. Isso nao seria uma forma de censura tbem? Agora a pergunta… Ate onde o jornalista, escritor, etc pode ir sem que seja considerado uma invasao de privacidade? Se uma pessoa nao pode filmar o outro dentro de sua propria residencia, por que teria direito de escrever sobre a intimidade dela? Qual a diferenca? Tenho pensado muito sobre isso

    • Bia comentou em 16/10/13 at 7:18

      Balela esse papo de preservar a intimidade. A Lavigne disse que se quiser escrever e botar na internet de graça, pode. O que eles querem é grana!!!!

  11. Tiago Candiani comentou em 15/10/13 at 13:30

    O Caetano está ficando gagá.

  12. Paulino Michelazzo comentou em 15/10/13 at 12:10

    Caetano nunca foi nada mais que um zé-ruela para mim e suas falas provam bem isso.

    IMHO isso é medo da ex-mulher que deve ter dito “ei cafajeste, se vc não me apoiar, te processo por (coloque aqui o motivo)”.

    Sds

  13. Ricardo Bastos comentou em 15/10/13 at 10:55

    André,

    não sabia do caso Folha X Falha. Não sei se você já comentou a respeito, mas gostaria de saber sua opinião sobre o fato.

    Um grande abraço e parabéns pelo blog.

    • Andre Barcinski comentou em 15/10/13 at 11:48

      Oi Ricardo, posso falar por mim: se alguém fizesse um blog me ironizando, eu acharia engraçado. Acho que todo mundo é sujeito a críticas e deve conviver bem com isso. Dito isso, posso afirmar que assinei minha primeira matéria na Folha em 1990 e nunca me pediram para mudar uma vírgula de nada.

      • Ricardo Bastos comentou em 15/10/13 at 14:03

        Obrigado pela resposta, André.

        Entendo a sua posição. Sou assinante da Folha e não imaginava uma situação dessa. Enfim, o mundo é muito mais complexo, né?
        No final, ninguém quer compartilhar/dividir um pedaço do osso…

        PS: você viu/acompanhou algo da passagem do Black Sabbath pelo Brasil?

        • Andre Barcinski comentou em 15/10/13 at 14:45

          Infelizmente perdi o Sabbath, Ricardo. Mas vi a primeira volta deles – 97? – com formação original, foi demais.

          • Ricardo Bastos comentou em 15/10/13 at 15:56

            Pergunto, pois, moro em SP e fui assistir no Rio de Janeiro. Fugi da muvuca de SP e optei por menos gente e um pouco mais de visibilidade (área VIP), sou totalmente contra tal prática, mas no caso do Sabbath eu queria REALMENTE VER o show, e não apenas dizer “eu fui”, e como a área VIP ocupa grande parte da plateia, o único jeito era recorrer a ela…
            Não é mais necessário falsificar carteirinhas, pois a mesma não é mais solicitada.
            Acredito que adotarei sua política de não mais frequentar grandes shows: estou velho (corpo e espírito) e mesmo minha banda favorita (Megadeth) já não me empolga mais… tudo soa falso e, milimetricamente, planejado.

  14. Rômulo comentou em 15/10/13 at 10:20

    Já leu o texto da Maríllia Pêra na Folha hoje? Fiquei pensando na mitomania desses caras. Não que eu tenha achado grande coisa, mas vi o “É o fim” do Seth Rogen nesse fim de semana e fiquei pensando se os globais brasileiros teriam o desprendimento que os caras tiveram pra fazer o filme. Até o Channing Tatum sodomizado teve! E acho que não. Preferem ser donos e guardiões de uma memória cristalizada, que não pode ser recontada, repensada…. eu sou historiador e uma das coisas básicas na pesquisa da minha área é reconhecer que olhamos para o passado a partir das questões do presente. O que está em jogo neste projeto é o que o Getúlio Vargas fez no finado Departamento de Imprensa e Propaganda: controlar e recriar uma História oficial do país. Ao tomarem pra si o posto de “guardiões da História”, os artistas, como falou o Forasta, estão sendo totaliltários.

  15. Daniel comentou em 15/10/13 at 7:11

    No caso da Gloria Peres, o problema não foi o cara ter escrito um livro contando a “versão da história”, mas sim terem libertado o sujeito tão facilmente. É assim que a gente mascara os problemas reais, mas o Caetano faz uso do fato da forma mais sacana: olhem aqui, quem não concorda comigo corrobora as atitudes de um monstro. Cara, dá vontade de vomitar.

  16. julio comentou em 15/10/13 at 1:40

    CORRIGINDO A GRAFIA ACIMA QUE ESTÁ UM ABORTO… :é aquele esquema de sempre aqui no Brasil: aos amigos dele a intimidade, aos outros a liberdade de expressão. Sempre fui da opinião que qualquer um que insiste nessa atitude de ter controle sobre o modo como é visto publicamente já está sendo punido pela sua própria atitude. quem vai perder tempo fazendo uma biografia do roberto carlos se sabe que ele implica com qualquer coisa? vai procurar outro biografado, e a bibliografia sobre ele vai mergulhar na mediocridade, o que é o que quem pensa assim realmente merece.
    quem prefere o silêncio sobre si que não reclame do esquecimento quando vier…

  17. Sebastião comentou em 14/10/13 at 23:53

    O caetanismo é insidoso; para eliminar essa praga só ignorando

  18. Max Demian comentou em 14/10/13 at 20:39

    Off topic – hoje o canal Max vai exibir o aclamado “O som ao Redor”, que tal um texto sobre o representante nacional na tentativa de ser selecionado e disputar o Oscar.

    • Andre Barcinski comentou em 14/10/13 at 20:58

      Sério? Legal, vou rever, gosto muito.

  19. Ana Luisa comentou em 14/10/13 at 20:18

    Perigosas as ideias dessa gentinha da MPB. Se uma obra literária pudesse ser censurada, um filme biográfico, entāo, também poderia. E uma série biográfica para a TV também. Roteiristas e diretores também precisariam de autorizaçāo? E um documentário jornalístico, uma exposiçāo de arte? Esse povo nāo tem vergonha na cara.

  20. EDUARDO CIORNAI comentou em 14/10/13 at 19:08

    acho q superestimamos pessoas como Caetano , Milton , Gal Costa , por exemplo …os temos como intelectuais , como pessoas super preparadas e não são !!
    Fiquei com “vergonha alheia outro dia qdo Gal precisou formular , elaborar uma pergunta …E Caetano é outro q mascara suas dificuldades com esse Caetanês que já virou chacota há muito !! Ele não soube se expressar .
    Consigo entender a essência da sua fala/pensamento…
    ou não …

  21. Pdr Rms comentou em 14/10/13 at 18:59

    Lendo as coisas que saem na mídia e o que vc tem publicado no blog, cada vez mais uma palavra vem à minha mente quando penso sobre os artistas a favor da censura: hipocrisia.

  22. celso lima comentou em 14/10/13 at 18:52

    André, só para completar meu comentario: Doca Street, um dublê de grã-fino dos anos 70, matou a tiros sua amante, a “pantera de Minas” Angela Diniz (vc devia ser pequeno ainda qdo isso aconteceu, mas foi um crime “badalado”..), e depois de uma brevissima passagem pela cadeia (naquela época ainda se podia matar para “vingar a honra”.. ), publicou um livro contando toda a sua versão da história. A pobre Angela foi esculhambada e tratada como vadia pelo pais inteiro, solidario a Street. E aí?

  23. Don Ramon Valdez comentou em 14/10/13 at 18:50

    A máscara sempre cai. Nunca gostei de MPB e desses indivíduos mesmo. Quem quiser que goste.

  24. celso lima comentou em 14/10/13 at 18:47

    André, existe uma questão embutida nesse texto sonso do Caetano, que me causou duvidas: é a questão do livro que seria publicado por Guilherme de Padua contando sua versão do crime cometido por ele, o assassinato da atriz Daniela Perez, filha da novelista Gloria Perez. Posso estar sendo cruel, mas apesar da dor materna, que respeito e sou solidario, não teria Guilherme, que inclusive ja esta solto, e pelas leis brasileiras, pagou pelo seu crime (acho que ele esta em condicional), o direito de contar sua versão? Houve uma comoção popular qdo ele deu uma polemica entrevista na TV, como se ele não tivesse esse direito. Veja bem, não estou defendendo ninguém, mas ele não é um fugitivo e pode falar o que bem entender, ou aqui somente o “bem” pode se pronunciar? Não somos uma grande familia, a acudir o sofrimento e a dor de cada um, somos um país com Constituição (por mais estropiada que seja) e leis que garantem a vida civil, entre eles o direito de expressão. Existe uma comadrice no trato das leis no Brasil, para “nós” e para os “outros”. Diante da lei Glória Perez não é melhor que Guilherme de Pádua, essa é a verdade, e não pode pretender que apenas sua voz seja ouvida. Quanto ao “vira-lata” atribuido por Caetano a Moser, bem, depende do que ele entende por “lata”, aqui no caso Clarice Lispector, sobre quem Moser escreveu uma belissima biografia.

    • Andre Barcinski comentou em 14/10/13 at 19:36

      Claro que teria o direito, por mais que a gente ache isso sórdido.

    • Luis Vieira comentou em 16/10/13 at 14:44

      Concordo plenamente contigo Celso.

      Todos tem direito de expressar sua opinião/versão até mesmo em um caso desses como do Guilherme de Padua.

      Pois se vale pra um vale pra todos.

    • j.j. comentou em 20/10/13 at 2:57

      O Guilherme faz uma coisa daquela com outro ser humano, e sai todo pimpão pela porta da frente após cumprir uma pena ridícula. Agora escrever um livro ele não pode!!! A Lei é branda para assassinato com requintes de crueldade e draconiana para a publicação de livros.

  25. Sonia Francine comentou em 14/10/13 at 18:31

    Ok, vamos fazer assim: o biografado é consultado. Se não autorizar, o livro sai como “não autorizado” ehehe. Sério agora: 1) Antes de fazer uma letra sobre alguém, o que Caetano acharia de ter de consultar o homenageado? Ou antes de citar algum vivente em um de seus livros? 2) Esses biografáveis acham mesmo que impedindo a publicação de um livro estarão acabando com a possibilidade de serem difamados, humilhados etc? 3) Se o problema é o dinheiro que se ganha com difamação, então que briguem por indenizações. Se o problema não é o dinheiro, vale o item 2.

    • Andre Barcinski comentou em 14/10/13 at 18:36

      Oi Soninha,bom te ver por aqui. O que acontece hoje é o seguinte: o biógrafo consulta o biografado, daí este mete um processo e impede o lançamento do livro.

      • Rodrigo Melo comentou em 15/10/13 at 15:08

        Estão queimando a largada Barcinski. E concordo bem com a Soninha viu! Até parece que biógrafo sai pulando muro e invadindo privacidade pra descobrir algum “podre” do biografado. Isso é papel de paparazzi né. Outro dia vi que um atropelou de bicicleta uma atriz de hollywood (eu acho). Detalhe: ele é reincidente. haha

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