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André Barcinski

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Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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O melhor filme do fim de semana

Por Andre Barcinski
08/11/13 07:05

Todo grande cineasta tem no currículo alguns filmes que, por alguma razão, não obtiveram o mesmo sucesso ou reconhecimento de suas obras maiores.

Paul Schrader, por exemplo: além de ter escrito “Taxi Driver” e “Touro Indomável”, de Martin Scorsese, dirigiu ótimos filmes como “Vivendo na Corda Bamba” (1978), “Hardcore” (1979) e “Temporada de Caça” (1997) (leia aqui um pequeno perfil de Schrader que fiz para a “Folha” quando o cineasta esteve no Brasil, em 2012).

Mas um de seus filmes mais interessantes – e desconhecidos – é “Auto Focus”, que o canal MAX exibe na madrugada de sábado para domingo, à 1h45.

 


 

O filme conta a história real de Bob Crane (Greg Kinnear), um ator de TV norte-americano que ficou famoso nos anos 60 na série “Guerra, Sombra e Água Fresca”.

Assim que vira uma celebridade, Crane, que vivia uma vida pacata e era casado há 16 anos, descobre que é viciado em sexo e cai numa esbórnia épica até para os padrões de Hollywood, transando com fãs, “groupies” e com qualquer coisa que respirasse.

Para apimentar ainda mais as coisas, Crane conhece John Carpenter (Willem Dafoe, sensacional), um personagem manipulador e asqueroso, especialista na então nascente tecnologia de câmeras de vídeo.

Crane descobre algo de que gosta mais do que sexo: filmar a si mesmo fazendo sexo com trocentas mulheres. Alistando Carpenter de parceiro, passa a fazer sessões de filmagens de orgias.

“Auto Focus” mostra o processo de enlouquecimento e obsessão de Crane, e como isso provocou a decadência de sua carreira, depois que estúdios e produtores pararam de contratá-lo por causa de seus vícios.

É um dos filmes mais tristes sobre a efemeridade da fama e a linha fina entre o sucesso e a desgraça.

É também um filme pouco falado da carreira de Paul Schrader, um dos grandes nomes da extraordinária geração de cineastas e roteiristas americanos que surgiu nos anos 70. Difícil achar algo melhor para assistir na TV nesse fim de semana.

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Comentários

  1. pabloREM comentou em 11/11/13 at 18:35

    Caramba, vou procurar esse filme imediatamente. Guerra, Sombra e Água Fresca é umas das minhas séries Top 5. Tenho até camiseta. Infelizmente ninguém lançou no Brasil ainda.

  2. Danny comentou em 10/11/13 at 21:01

    Não cobriu o Terra? Acho que o Blur é uma das poucas bandas que acabou e voltou como “clássica” que faz sentido. Sempre foi uma grande banda. Soube que o show foi ótimo mas moro em NY e eles não tocam aqui por qualquer razão.

  3. Carlão comentou em 10/11/13 at 19:52

    Barça, off topic total.
    Moro em Brasília mas sou de SP. Conheço bem o litoral norte de SP e sul do RJ. O único caminho por onde nunca passei foi a estrada Paraty-Cunha. Sabe se as obras já tornaram possível a passagem, sem veículo 4×4?
    Valeu!!!

    • Andre Barcinski comentou em 10/11/13 at 21:03

      Tá em obras, eu não iria sem um 4×4, a menos que vc se informe antes sobre as condições. Não chove aqui desde quinta, não deve estar tão enlameada.

      • Carlão comentou em 11/11/13 at 0:37

        Ok, obrigado pela informação. Vou viajar agora em dezembro, tomara que até lá a estrada esteja em condições.
        Abç!!!

  4. Marcello comentou em 09/11/13 at 17:26

    Eu me lembro que na época esse filme não foi ignorado, pelo contrário, a imprensa americana ridicularizou em peso. Aliás até hoje é assim, o filme dele com a Lindsay Lohan é uma unanimidade negativa. Como esse cara pode ser ridicularizado não sei. Bom mesmo deve ser o Michael Bay. Off-topic, na Uncut desse mês há uma entrevista com o guitarrista do Hawkwind e ele avisou que a banda fará uma tour na america do sul. Se vier ao Rio, serei um dos três na platéia rs.

  5. Lucas comentou em 09/11/13 at 15:13

    André, nada a ver com o post, mas procurei aqui no blog um texto em que falava sobre as traduções de alguns filmes e documentários aqui no Brasil. Estava assistindo há pouco um show do Fleetwood Mac no canal Bis e quando começou a tocar ”Silver Springs”, a parte ”you could be my silver spring” foi logo transformada em, juro, quase morri, de riso e de choro de tanto rir, ”você podia ser minha mola da primavera”. Não é mentira. Amanhã às 10:00h vai repetir o show. Recomendo pela música e pela tradução desse clássico.

  6. João Gilberto Monteiro comentou em 09/11/13 at 0:29

    André, desconfio que o Paul Schrader vai ser daqueles casos em que ele só vai ter o devido reconhecimento de sua obra e de sua carreira como ele merece, pelo grande público e por grande parte da crítica, no dia em que partir dessa para melhor, o que seria uma pena e uma injustiça…

  7. Thiago Peres comentou em 08/11/13 at 23:46

    Oi Barcinski. O Ronnie Von entrevistou nesta sexta-feira, no programa Todo Seu, na Gazeta, o músico, compositor e luthier argentino Tony Osanah, que integrou os Beat Boys nos anos 60. Osanah foi diretor musical do Ronnie durante muito tempo e parceiro de composições – rolou inclusive uma palhinha durante o programa com um violão maluco desenvolvido pelo argentino. Bom, muitas histórias legais foram contadas sobre a cena da época, Tim Maia, Gil, músicos da noite, etc. Fica a indicação. Valeu!

  8. Ana Maçaneta comentou em 08/11/13 at 22:44

    E o filme do Tom Hanks que esta no cinema: Capitão Philips, você não vai escrever nada?

  9. Leonardo comentou em 08/11/13 at 15:38

    Barca, nao tem muito a ver com o assunto desse topico, mas, enfim… voce conhece alguma coisa do diretor japones Kon Ishikawa? Ouvi falar muito do Fogo Na Planicie, e, pelo que li, parece um dos filmes de guerra mais corajosos, seja na tematica, como tambem no tom pessimista. Saberia me dizer alguma coisa sobre ele?

  10. Luiz Julio comentou em 08/11/13 at 14:50

    Concordo com você quando diz que, na década de 70 tem uma geração incrível de cineastas e roteiristas…muito mais do que se tem conhecimento…Uma pergunta, pq não escreve um livro sobre o tema? Acho que você serias o cara ideal, pois acompanho seus artigos sobre essa época, e sei que são muitos.

    Grande abraço!

  11. Ricardo T. comentou em 08/11/13 at 13:58

    Andre, leio direto seus posts, sempre alto nível, sobre os diretores dos anos 70, que chegaram com toda carga da contracultura americana,vim comentar se voce sabia da morte do Richard C. Sarafin dia 18 de set, 2013 foi agóra,aos 83 anos. Grato pelo seu trabalho aqui.

  12. alexandre pesti comentou em 08/11/13 at 13:44

    Barça, outro dia em um post você mandou a dica do programa do Ron Wood que passa as quintas no BIS…puta dica !!! Desde então comecei a assistir e procurar sobre o programa…muito bom ! Ontem passou e o convidado era Alice Cooper..puta programa !! VALEU !

  13. gabaman comentou em 08/11/13 at 12:18

    Tem um documentário interessante sobre o assassinato de Bob Crane, “Murder in Scottsdale”, disponível no youtube:

    http://www.youtube.com/watch?v=6eqwh4aK3ig

    • Andre Barcinski comentou em 08/11/13 at 12:22

      Demais, não conhecia, valeu pela dica.

  14. renata comentou em 08/11/13 at 11:35

    Adoro esse filme, vou assistir de novo. Queria muito ter ido na palestra do Paul Schrader aqui em São Paulo, acho que foi no MIS.
    Outro filme dele que eu gosto muito é aquele “Mishima”, assisti quando era adolescente de madrugada na Globo e fiquei impressionada com a história e as imagens.

  15. Mumunha comentou em 08/11/13 at 11:29

    Cara, esses dias por coincidencia tava navegando pelo IMDB e me deparei com esse filme “Hardcore”.

    Achei bastente interessante o tema, mas desisti de baixar, porque jogando essa palavrinha sugestiva nos campos de busca, imagine o que aparece hehe

    Mas valeu essa nova dica.

  16. Eduardo comentou em 08/11/13 at 10:36

    O tema é sensacional. Desconhecia esse filme do Schrader, pena que não tenho o canal Max! Gosto muito de “Hardcore – No Submundo do Sexo” e também de “O Acompanhante” (The Walker), este com um afetadíssimo Woody Harrelson. Vou ver se acho “Auto Focus” na 2001 ou no Cine Torrent mesmo. Valeu pela dica!

  17. Beto comentou em 08/11/13 at 10:10

    Não vi esse do Schrader ainda. Coincidentemente, havia baixado essa semana Gigolô Americano e Hardcore. Pra mim, ele é uma espécie de diretor-irmão do Scorsese. E o Schrader começou bem, estreiando com o roteiro do bom The Yakuza e na direção de “Vivendo na Corda Bamba” – esse, sem dúvida, um dos cinco melhores filmes do homem. Enquanto cineasta, o Schrader também sempre arriscou: imagino que não deve ter sido moleza vender o projeto de Mishima em Hollywood…

    Off-topic: André, outro dia li no Dangerous Minds que Wes Orshoski, o diretor de “LEMMY: 49% Motherf**ker, 51% Son of a Bitch”, está produzindo um documentário sobre o The Damned. Acho que não há banda advinda do punk com um songwriting mais sólido. Talvez só o Clash chegasse perto da paleta sonora do Damned. A diferença é que a banda de Dave Vanian está aí até hoje e lançando grandes discos: o último deles, “So, who’s paranoid?” é primoroso e traz faixas como Under the Wheels, com um riff de baixo espetacular e o grande Vanian emulando toda sua glória de Elvis do inferno. Enfim: não tem como esse documentário não ser foda!

    • Andre Barcinski comentou em 08/11/13 at 10:45

      Não sabia, deve ser legal mesmo. Fora que os caras do Damned são umas figuraças. O Captain Sensible é um dos caras mais engraçados que já entrevistei.

      • Beto comentou em 08/11/13 at 10:56

        Figuraça mesmo. Nessa entrevista, ele conta que possui um alter ego, a Susie Lollipop. Só lendo: http://www.rockerzine.com/index.php/2011/10/the-damned-35-years-of-evil/

        E conta mais dessa entrevista com o sujeito. O Vanian tava junto?

        • Andre Barcinski comentou em 08/11/13 at 11:09

          Já entrevistei o Captain Sensible três vezes, sempre sozinho. Engraçado demais, fala mal até dos caras da banda.

    • F de I comentou em 08/11/13 at 11:31

      E o Buzzcocks?

      As composições do Shelley sempre foram MUITO boas!

  18. Anderson Paulino comentou em 08/11/13 at 9:55

    Esse eu vi por acaso, sem nem saber de quem era e acabei gostando. Mas há um outro que estou querendo ver dele chamado “The Canyons”, com roteiro do Bret Easton Ellis. No elenco, Lindsay Lohan, James Deen e Gus Van Sant…

    Já o Willem Dafoe merecia um texto por aqui só sobre ele. Afinal, o cara consegue ir de vilão do Homem Aranha à um filme do Ferrara sem perder a credibilidade.

    • Andre Barcinski comentou em 08/11/13 at 10:46

      Procura na revista do NY Times um artigo sobre a filmagem de The Canyons e os problemas que o Schrader teve com a Lindsay Lohan, é demais.

      • vcolares comentou em 08/11/13 at 13:11

        Esse artigo foi traduzido na Piauí
        http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-77/figuras-da-setima-arte/e-isso-que-da-escalar-lindsay-lohan-para-seu-filme

    • Alessandro comentou em 08/11/13 at 11:58

      Eu vi “The Canyons” no Festival do Rio, com a presença do Schrader. Vale a pena, filmaço.

  19. Zeugmar Zeugma comentou em 08/11/13 at 9:45

    …John Carpenter é o dos filmes de terror: The Thing e Aventureiros do Bairro Chinês?

    • Andre Barcinski comentou em 08/11/13 at 9:48

      Não, é homônimo.

      • Gil comentou em 08/11/13 at 9:52

        Ahh bom… Fiquei assustado..rsrs.

      • Igor Sousa comentou em 08/11/13 at 10:12

        hahaha ia perguntar a mesma coisa….

        mas falando em grande cineasta não reconhecida, o John Carpenter é facilmente um dos mais subvalorizados de Hollywood

        • Andre Barcinski comentou em 08/11/13 at 10:44

          Com certeza.

  20. jAH comentou em 08/11/13 at 9:15

    Assisti a muitos episódios de GS&AF.

  21. Sebastião comentou em 08/11/13 at 9:05

    Como sempre grande indicação, obrigado Barcinski.
    off topic – Conheces o livro de ensaios Figuras da Violência, de Idelber Avelar? As análises do Seputulra e do manguebeat são raras para um acadêmico brasileiro. (bizarramente, minha vó quem descobriu o livro e quase me obrigou a ler depois)

    • Andre Barcinski comentou em 08/11/13 at 9:48

      Não conheço, mas o tema é ótimo.

  22. lila comentou em 08/11/13 at 7:53

    o Bob esteve envolvido num crime na epoca , eu li mas nao lembro bem, mas parece que a moca era menor de idade e ela foi morta numa destas festas na casa dele..da uma lida no crimelibrary..depois disso ele sumiu..literalmente..

    • lila comentou em 08/11/13 at 11:04

      ah dizem que foi por isso que ele morreu assassinado, ninguem sabe por quem, etc..

      • Peçanha comentou em 08/11/13 at 12:40

        Na época do assassinato o tal amigo John Carpenter foi suspeito do crime mas por falta de evidências conclusivas não foi indiciado. Muitos anos depois (1990, eu acho) o caso foi reaberto e ele foi levado a júri pela morte do Crane e subsequentemente inocentado.

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