O dia em que o Mudhoney trocou de nome
12/11/13 07:05Se você gosta de Mudhoney e do rock de Seattle, não deixe de ler “Mudhoney – The Sound and the Fury from Seattle”, do inglês Keith Cameron.
A biografia é a cereja no bolo de um ano sensacional para a banda, com os lançamentos de um discaço, “Vanishing Point”, e do documentário “I’m Now”.
Parece que o mundo está finalmente dando ao Mudhoney a moral que a banda sempre mereceu.
O Brasil tem posição de destaque no livro de Cameron. A banda diz que a recepção dos fãs brasileiros na turnê de 2001, a primeira do grupo no país, foi importante porque aconteceu numa época de turbulência no grupo, logo depois da saída do baixista Matt Lukin, e deu um novo ânimo para o Mudhoney.
Uma das histórias mais curiosas da turnê é relatada pro Cameron no livro: o dia em que a banda trocou de nome no palco. Foi um dos momentos mais surreais que já presenciei num show. Conheço a história em detalhes porque fui um dos organizadores daquela turnê.
Tudo começou quando tivemos a estúpida idéia de chamar nosso amigo Trovão para apresentar o Mudhoney no palco do Olympia, em São Paulo.
Para quem não conhece, Trovão é um astro da luta livre tupiniquim. Tem 1,90 m, pesa uns 140 quilos e é capaz de amassar um CD na palma da mão como se fosse um biscoito de polvilho. Para melhorar, tem uma voz gutural que lembra o Lemmy fazendo gargarejo.
Na noite do show, o Olympia estava muito cheio. Mais de 3,5 mil pessoas esperavam pela estreia do Mudhoney no Brasil.
No camarim, orientei Trovão sobre o que ele deveria falar:
– É só dar boas vindas ao público e anunciar o Mudhoney!
– Como é o nome da banda?
– Mudhoney!
Trovão teve uma idéia brilhante: para não esquecer o nome da banda, de quem nunca tinha ouvido falar, escreveu na palma da mão a pronúncia correta: “MU-DI-RRO-NEI”.
A expectativa do público era enorme. Quando as luzes apagaram, a galera urrou. Só que, em vez da banda, quem subiu ao palco foi Trovão. E sua maneira peculiar de “saudar” o público não foi lá muito bem recebido:
– E aí, cambada de filhos da p…! Vocês querem rock and roll?
Três mil e quinhentas pessoas reagiram xingando Trovão e arremessando copos de plástico, garrafas de água mineral e qualquer coisa que tivessem à mão.
– Vão pra p… que os pariu, seus v….! – gritou Trovão, sempre um lorde.
Da lateral do palco, gritei para Trovão anunciar logo a banda. Ele fez um sinal positivo com a cabeça, olhou para a palma da mão, e depois olhou para mim com expressão de preocupação.
– Saiu essa p… toda! – disse, mostrando a palma da mão, que só tinha um borrão azul.
Trovão se empolgou com a fartura de cerveja no camarim, tomou todas, e não percebeu que as garrafas molhadas, junto com o suor e o calor, haviam apagado o nome da banda.
– Como é mesmo a p… do nome?
Da lateral do palco, gritei “Mu-di-rro-nei!”
Trovão encarou o público e mandou:
– Aí, seus p…! Com vocês, MORRONEEEEEE!!!!!
Pearl Jam é uma boa banda Grunge? E Alice and Chains? Alice sei que é bem caracteristica! Mas bem doom ao contrario do Mudhoney!Mas de maos dadas ao Nirvana, muito down tambem!
Mud é muito paul e Pearl muito John?
Andre, Pearl Jam é uma boa banda? Teve relevancia naquele cenario? Ou era mais uma parasita da cena?
Sou fa dos caras, mas estou me questionando quanto a frieza deles nos ultimos 5 anos! Valeu!
Nunca vi uma duvida mais boçal a respeito das bandas de Seatle
Estava no show do Rio em 2001 e foi quando comecei a perceber que algo estava errado com o público e os shows de rock na cidade. Quando soube que estava marcado pro Ballroom achei um absurdo. Era (infelizmente já fechou) um lugar pequeno demais pra uma banda que foi tão falada nos 90´s, Grunge, influenciou o Nirvana e tal. Cheguei cedo pra não ficar de fora. Mas nem lotou. Não que tenha sido um fracasso. Tinha um bom público e o show foi foda. A DirecTV exibiu. Foi lindo. Mas era pra ter gente saindo pelo ladrão, do lado de fora. A partir dali acontecem menos shows de rock, com cada vez menos público, nos shows daqui.
Só rolou show no Rio porque a Directv ia filmar. Com raras exceções, banda pra ter público no Rio precisa usar havaianas e parecer aluno da PUC.
…ou barba, ou cantar folk mesmo sem ter voz e ser desafinada.
HAHA Cômico demais, você deve ter histórias pra caramba tipo essas, devia escrever um livro só sobre esses “bastidores”.
Aliás, imagino que no tempo do programa no rádio, JC, nipo-luso, Trovão e Zé do Caixão misturados com os convidados devia dar muita bizarrice fora do ar. Fora outras tipo a manguaçada que deram no Ian McCulloch e etc…
Foi nessa vinda ao Brasil que eles fizeram um show completo no Garagem, não? “Show” mesmo, porque foram quase 30 músicas! Tenho a fita dessa apresentação. É o maior tesouro que possuo em fita K7.
hahahahahah sensacional a história.
Bruno e Morrrrrroneeee!
Na boa, histórias como essa são o sal da vida… O resto é o que acontece entre um evento assim e o próximo.. Sensacional.. Abraço.
Do jeito que você escreveu rachei litros,kkkkkkkk.Sensacional essa,Barça.
Vou cometer uma heresia mas nunca gostei muito do Nirvana,nunca fui naquela onda de Smells Like Teen Spirit.A unica musica do Nirvana que eu gosto é uma do album Umplugged que é uma musica do Bowie hahaah.Dos albuns do começo da subpop/grunge/seatle a banda que eu mais gostava :MU-DI-RRO-NEI.Continuam até hoje,não sei como.Sempre lançaram bons discos,são verdadeiros discos de rock.
Barça estava nesse show não me lembro dessa parte do Trovão direito, mas lembro que vi o Paulão quase esmagar um cara sem querer que estava deitado em plena pista manguaçado, foi um grande show.
Voccêviu alguma coisa do Terra estava lá e o show do Blur foi sensacional
Não fui ao Terra, mas goto do Blur, deve ter sido bom mesmo…
Eu leio suas histórias de bastidores e te acho um cara de sorte velho, puta que pariu.
Em 2000 eu trabalhava de office-boy e num dia qualquer no centro eu vi um ringue na frente da catedral da Sé com essa galera aí da Luta Livre, era pra um quadro do caldeirão do huck ou qualquer merda dessa que o valha.
Fui lá e fiquei no gargarejo,pra ver a performance dos caras, tudo corria bem, e então chegou o Trovão…
“E AI BANDO DE FILHO PUTA!”, ai virou um caos da porra, cusparada no ringue, virou terra de ninguém.
O Trovão dava um golpe, olhava pra trás, colocava meio corpo pra fora das cordas e mandava “VAI TOMAR NO SEUS CU SEUS VIADINHO DO CARALHO!”.
O sósia do Ceni rachando o bico num biombo da produção.
Esse quadro nunca passou na TV, nem o melhor editor da história da globo conseguiria achar uma brecha sem palavrão.
Qualquer dia escrevo sobre a exibição de luta livre no meio da rua em Itaquera que foi interrompida pela PM a pedido de um vizinho. O Trovão pegou o microfone e disse: “Será que alguém sabe quem foi o FILHO DA P… que chamou a polícia?” apontando prum coroa numa janela. Depois puxou um coro xingando a mãe do velhinho.
O cara deve ter síndrome do pânico hoje em dia…
Saudoso grunge dos anos 90…das bandas de seatle a que eu menos gostava era o mudhoney. Som meia-boa e nome rídiculo. O curioso é que todos os comentários aqui são fávoraveis ao mudhoney, os que não gostam da banda preferem o silêncio, sou o unico com coragem de me manifestar contrariamente.
Pirilampo, vc sem dúvida é o maior mala que já escreveu aqui no blog. Não tem pra ninguém, parabéns.
kkkkkkkk!!!
Nem com a história do Kassab eu consegui?
Acho que o Pirilampo é o nosso anti-herói do blog, Barça.
Pirilampo…nem o saracura te salva…
Mandou bem. É bom ler alguém que vai contra a corrente. Quanto a banda, nunca ouvi nada a respeito da mesma. Não deve ser boa coisa.
Vizinho de porta do Pirilampo.
Valeu, chegado. kkkkkkkkkkkkk. Ainda alcançarei o primeiro lugar. No mais, se só houvesse concordância seria muito chato.
Barça, é meio fora do assunto mas eu tenho q falar. Eu to absolutamente viciado com o os dois álbuns do Flaming Lips, o Soft Bulletin e o Yoshimi Battles the Pink Robots, são espetaculares! Qual outro álbum da banda vc recomenda para eu ouvir agora?
Difícil escolher, sou muito fã deles. Mas In a Priest Driven Ambulance, Hit Today in the Future Head, Clouds Taste Metallic, esses dois que vc citou e o At War With the Mystics são bons DEMAIS.
Valeu pelas dicas, já vou começar a ouvir esses álbuns e alias, você gostou do The Terror? Acho que merce um post
Gostei muito, mas é um álbum difícil, bem experimental e soturno.
Yoshimi Battles the Pink Robots, isso é algum filme infantil ?