De Niro, Hoffman, Rodrigo Lombardi...
08/01/13 07:05Esse vídeo alegrou nosso Réveillon. Se você ainda não viu, vale a pena assistir.
Durante o especial de fim de ano de Roberto Carlos na TV Globo, o “Rei” canta a música “Esse Cara Sou Eu”, tema do par romântico da novela “Salve Jorge”, interpretados por Rodrigo Lombardi e Nanda Costa.
Preste atenção no canto direito inferior da tela, a 1:23: no meio da platéia, um homem (Lombardi?) aparece pingando algo no olho. Trinta segundos depois, um close no rosto do ator mostra uma “lágrima” escorrendo.
As redes sociais caíram matando: Lombardi teria supostamente usado colírio para dar uma forcinha no choro. Outros disseram que o autor da “pingada” não era o ator.
Sinceramente, não vejo nada de mal nisso. Na história das artes dramáticas, não foram poucos os atores e atrizes que usaram recursos extremos para chegar ao “âmago” de seus personagens.
Robert De Niro, por exemplo, engordou 20 quilos para interpretar a fase decadente do boxeador Jake La Motta em “Touro Indomável”.
Durante as filmagens de “Maratona da Morte”, onde interpretava um atleta que era torturado por um velho oficial nazista (vivido por Laurence Olivier), Dustin Hoffman costumava correr vários quilômetros antes de filmar cada cena, para “entrar no personagem”.
Em “Meu Pé Esquerdo”, Daniel Day-Lewis ficou tão obcecado pelo papel do escritor com paralisia cerebral, que continuava a atuar mesmo fora das câmeras. O ator exigiu que seus companheiros de elenco o alimentassem e quebrou duas costelas em uma cena onde caía no chão.
Comparada aos papéis de De Niro, Hoffman e Day-Lewis, a tarefa de Rodrigo Lombardi – chorar de emoção em um especial de Roberto Carlos, que faz o mesmo show há quase 40 anos – seria a mais dura. Força, Lombardi!