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André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

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Eu vi o futuro do cinema, e ele se chama 6D

Por Andre Barcinski
02/04/12 07:15

O 3D já era. Bateu as botas. E não vai deixar saudades.

Já está em experiência um sistema que promete ser a maior revolução do cinema desde o advento do som: o 6D.

Sim, isso mesmo, seis dimensões. Uma novidade que deixa no chinelo essa mixaria tridimensional de “Avatar” e “A Invenção de Hugo Cabret”.

Nesse fim-de-semana fui com minha filha a um cinema 6D, montado numa pracinha aqui perto de casa.

 

Na porta, perguntei ao bilheteiro – que também era dono, projecionista e faxineiro – como era possível um mundo em seis dimensões.

“O 3D você já tem só com os óculos. Os outros “Ds” são vento, água, e as cadeiras que mexem.”

O cinema oferecia a opção de seis filmes – “Mas dois estão com problema técnico, então só tem quatro”, disse o chefão.

Nossas opções eram “O Fundo do Mar”, “Parque dos Dinossauros”, “Guerra no Espaço” e “Fábrica de Chocolate”. Optamos pela batalha espacial.

A experiência foi incrível. Cinco minutos de pura magia. Usando os óculos azuis e vermelhos, fomos imediatamente transportados para um mundo em que naves espaciais zuniam pelo espaço, perseguindo inimigos e fugindo de asteróides.

O som era uma variação do Dolby Stereo, que batizei de Dolby Mistério, já que demorei metade do filme para descobrir em que idioma o filme era falado – em inglês.

Tudo corria bem, mas em 3D. Até que os outros “Ds” apareceram: primeiro, as cadeiras começaram a pular, como um touro mecânico. Depois, fomos surpreendidos por um forte jato de vento, que simulava uma perseguição por Alfa Centauro. E, por último, borrifadas em nossos rostos provaram que, sim, há água em Júpiter.

Foi tudo rápido e indolor. Nem sombra da dor de cabeça torturante que me atacou em “Avatar”. Minha filha deu o veredito: “Foi o melhor filme que eu já vi”.

Tudo isso por seis mangos. Um real por cada dimensão. O 3D já era.

 

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Comentários

  1. maria comentou em 02/04/12 at 11:47

    já fui em um negócio assim, na disney, uns 15 anos atrás. nem lembrava mais!

    • Andre Barcinski comentou em 02/04/12 at 11:59

      Olha, Maria, garanto que esse não tem nada a ver com o que vc viu na Disney.

  2. Marcel comentou em 02/04/12 at 11:35

    Já fizeram filme pornô 3D, imagina o 6D então…

    • Mano comentou em 02/04/12 at 14:08

      É porrada na cara!

    • ariovaldo comentou em 02/04/12 at 14:54

      Pornô 6D seria massa. Primeiro você sente aquela baforada no cangote, depois sente a cama vibrar, por fim, aquele esporro na c……deixa para lá. Viva o 6D pornô!

  3. Eduardo Pimenta Marrocos e Freitas comentou em 02/04/12 at 11:33

    Temos um assim no Sabina Parque da Ciência, em Santo André. Tudo bem que é um curta-metragem, mas tem calor também (o curta é sobre catástrofes naturais e inclui um vulcão).

  4. Carlos comentou em 02/04/12 at 11:24

    Barcinski, aqui no shopping Rio Sul também tinha esse cinema, com um visual igualzinho! E a minha dúvida era exatamente essa, o que seriam as outras “dimensões”?? Que bom que você esclareceu o mistério!!!

  5. Banana Joe comentou em 02/04/12 at 11:23

    hahaha
    bom demais o post.
    Fosse um filme do Mojica, o Satã ia aparecer na platéia e jogar aranhas nos espectadores…
    Provavelmente esse é o segundo post mais engraçado que li no blog.
    Desculpa mas aquele do X-salada com o Tom Araya continuará sempre em primeiro lugar!

    • Saulo comentou em 02/04/12 at 13:08

      Cara nesse post antológico do Tom Araya teve um comentário de um leitor que contou um caso de uns “risoles de mortadela” num calor de 40°, até hoje me dá calafrios só de lembrar do relato.

  6. Bruno de Souza comentou em 02/04/12 at 11:13

    hehehehe sensacional.
    Experimente um desses que tem o vídeo da Mina de Ouro… Cuidado com sua filha, pois ela será introduzida no mundo do SOBRENATURAL num filme digno do Mojica…
    No do Shopping Frei Caneca não há meios do verde e do vermelho se juntarem, formando 3d…

  7. Rodrigo comentou em 02/04/12 at 10:58

    Aprovado pela filha, já era!

  8. Carlos Augusto comentou em 02/04/12 at 10:55

    Que emocionante!!! Ç______________Ç

  9. daniel comentou em 02/04/12 at 10:50

    Outro clássico (agora no cenário musical) é Pink Floyd do Amazonas. Algo surreal. É só procurar no Youtube. Isso me deixou impressionado igual o 6D.

    Mesmo com tantos problemas, é por essas e outras que continuo a gostar do Brasil. Originalidade na veia.

  10. Josh comentou em 02/04/12 at 10:43

    Sempre adorei esse tipo de cinema de parque! Ia direto no Cine 180º. Era tosco, mas pra moleques do interior como eu que nunca tinham visto nada parecido era muito legal!
    Abaixo o 3D. Viva o 6D!!

  11. Pdr Rms comentou em 02/04/12 at 10:31

    A explicação científica foi o melhor do post. Mas, ironias a parte, eu já fui em um destes “6D” (em um parque de Sertãozinho-SP) e achei bastante divertido. Levei o meu sobrinho de 8 anos que adorou.

    Quando tinha 10 anos fui em um brinquedo desse tipo na Disney e assisti a um filme dos Muppets.

    • grazinha comentou em 02/04/12 at 19:51

      Também fui em um brinquedo assim na Disney, quando criança.

  12. neder comentou em 02/04/12 at 10:30

    Ed Wood vive.

  13. Marcelo comentou em 02/04/12 at 10:29

    Vi aqui no Rio em um shopping essa novidade!

  14. Juliano comentou em 02/04/12 at 10:25

    André estas coisas marcam a infância da gente mesmo. Me lembro que quando criança meu pai me levou para visitar um ônibus com animais empalhados que veio para uma festa típica aqui da cidade. Era interessante mesmo. Os animais ficavam em partes do ônibus que reproduziam o habitat natural deles. Tipo cenário mesmo. E eu fiquei encantado com aquilo… Até hoje lembro.Com certeza se fosse de novo adulto acharia tosco, mas aos olhos de uma criança foi mágico. Eu entendo como seu filho se sentiu…rs

  15. Mark comentou em 02/04/12 at 10:23

    Hehehe!!! Ótimo post! Me lembra uma vez que passei pela Colombia e vi montada uma tenda do “Cirque de Sorley”… Abs!

  16. Paulo Calixto comentou em 02/04/12 at 10:19

    – Millôr Fernandes morreu?

    – Morreu para ti brasileiro ingrato, mas ficará sempre vivo no meu coração.

  17. Trista comentou em 02/04/12 at 10:16

    Barça, acho que esse seu post seja um complemento daqueles em que você, estatisticamente, comprova que o cinema, a cada dia que passa, tem virado um produto voltado ao público adolescente. Moro em Jundiaí e raramente vou ao cinema lá. Este final de semana fui ao shopping, por necessidade, e tive a curiosidade de checar o que estava em cartaz. Se não me engano, são 7 salas. Em 3 delas, o flime em exibição era Furia de Titãs 2 (dublados e em 3D, claro). Nas demais, 2 desenhos para crianças e outros filmes que nem me lembro o nome (Jogos Vorazes, talvez?). Todos voltados para o público adolescente. Deu até saudades do original de massinha…A salvação veio pela TV. O (quase) sempre ruim MGM exibiu “Caminhos Violentos” ontem no final da tarde. Lembro-me de ter tido esse filme em VHS nas mãos inúmeras vezes na locadora e deixá-lo de lado sempre aos 45 do 2o tempo..Grande erro o meu. Filmaço! Interpretação soberba do Chirstopher Walken. Eu sinceramente colocaria o vilão que ele interpreta no Top 20 de todos os tempos. Vida longa às reprises na TV, porque, se depender dos cinemas, realmente estamos lascados. Sinal dos tempos! Abraço.

  18. Darcio comentou em 02/04/12 at 10:10

    hahahahaha…pqp, esses cineminhas de parque de diversões são foda.

    a história me fez lembrar de um maluco que já fazia isso no cinema americano, acho que na década de 50…lembro de ter visto até um filme com o john goodman que retratava essas experiências interativas com o público nas salas.

    abs

    • Andre Barcinski comentou em 02/04/12 at 10:32

      O filme é do Joe Dante, inpsirado na vida do produtor de cinema B William Castle.

      • Trista comentou em 02/04/12 at 11:24

        Matinê é o nome do filme, se não me engano. Passava direto na Band

  19. Marcel Augusto Molinari comentou em 02/04/12 at 9:56

    Porra, por seis “cruzeiros” vale a pena a aventura….rsrs

  20. Rafael comentou em 02/04/12 at 9:54

    Fico impressionado com a criatividade brasileira. Primeiro foi a multiplicação dos MPs. Se o MP3 é música e o MP4 é vídeo, logo MP é sigla de quantidade de funcionalidades, disto tiramos que MP5 é TV, MP6 é câmera, MP7 é…
    Agora surge a multiplicação dos Ds… Prepare-se para o 7D, com odores. Só evite uma sessão em 7D de “Lixo Extraordinário”, pode ser ainda pior que a versão 2D…

    • François Gnoatto comentou em 02/04/12 at 11:36

      Verdade Rafael, o 7D serão os odores. Depois devem vir ainda o 8D (texturas) e… melhor não imaginar até onde isso pode chegar.

  21. Felipe de Interlagos comentou em 02/04/12 at 9:50

    Creio que o que está acontecendo com o cinema foi como aconteceu com o mp3. E sempre tem a ver com 3, já perceberam? Depois do mp3 veio o mp4… até o mp10. Aí a “galera tá popularizando” o 3D… e já temos o 6D. Mas na real acho que esta história toda é de “Four-D”.

  22. Felipe de Interlagos comentou em 02/04/12 at 9:47

    Fico imaginando aqui como seria se vossa escolha fosse “O Fundo Do Mar”. Talvez algum dos “D’s” teriam sido BEM molhados.

  23. dunha comentou em 02/04/12 at 9:45

    o balanço das cadeiras é feito no “muque” pelo bilheteiro/projecionista/171, o vento é de um ventilador de pedestal da década de 70 e a água borrifada em suas caras… bom, a água tem procedência duvidosa. alguém aí acordou hoje com alguma alergia no rosto? aliás, tem água no espaço?

    • Felipe de Interlagos comentou em 02/04/12 at 10:00

      Vai falar para teu filho que o papai noel não existe tamnbém? Tem coisa na vida que perde a graça quando revelada…

  24. Felipe de Interlagos comentou em 02/04/12 at 9:41

    A página de vocês também tá com a foto deslocada? Tá parecendo erro de programação.

    • Carlos Augusto comentou em 02/04/12 at 11:03

      Não.

      • Felipe de Interlagos comentou em 02/04/12 at 11:51

        Minimalista de uma figa!

  25. Kin Cordeiro comentou em 02/04/12 at 9:40

    Não tem como escapar, o melhor da vida está sempre nas coisas mais simples!

  26. Marcel de Souza comentou em 02/04/12 at 9:27

    Estou constatando que esse avanço tecnológico está virando mania nas cidades do interior. Tem uma “sala” de cinema dessas em Limeira também. André, não sei se é só no meu browser, mas a foto do post está invadindo a área de comentários, bagunçando tudo. Até mais!

    • Cleiton comentou em 02/04/12 at 9:47

      No meu browser a imagem também está invadindo. Aqui na minha cidade (interior) também tem um desses. O texto está muito bom.

    • Ingmar comentou em 02/04/12 at 11:40

      O texto também é em 6D…

  27. Saulo comentou em 02/04/12 at 9:04

    Deve ser o maior evento artístico desde a transformação de uma linda loira na terrível Monga. Mas pô, você perguntar ao bilheteiro comprometeu totalmente o “elemento surpresa”!

    • Andre Barcinski comentou em 02/04/12 at 9:40

      Bom, mas eu queria uma explicação científica para as seis dimensões. O cliente tem sempre razão, certo?

      • Flavio, o outro comentou em 02/04/12 at 15:54

        6D é como MP10. Traduzindo em miúdos: MP é o tipo de arquivo de audio + método de compressão dos dados, e não a quantidade de “utilidades” que o aparelho tem. Assim, só existe até MP3 (audio) e MP4 (vídeo + audio).
        Dimensões, só conheço 4, embora haja teorias sobre a existência de muitas mais, o que não é o caso do cineminha.
        Agora, a reação de sua filha me provocou um sorriso. Me lembrei dos bons tempos em que o Trem Fantasma daqueles parquinhos mambembes eram o máximo de diversão.

  28. Aleixo comentou em 02/04/12 at 8:31

    Achei este livro a sua cara: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1177753/barbie-na-educacao-de-meninas

  29. Kulberg comentou em 02/04/12 at 7:42

    Hahaha, isso me lembrou aquele cineminha que tinha no Tivoli Park que simulava uma montanha russa. Como era o nome mesmo?
    Puxa, eles podiam ter pensando nisso na época, hein? O vento seria a queda da montanha russa, o jato de água seria o vômito da pessoa da frente…

  30. Alex comentou em 02/04/12 at 7:36

    Nao vejo a hora desta maravilha chegar na minha cidade. E ainda dizem que o brasileiro nao consegue competir num mundo cada vez mais dominado pela “tecnologia”.

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