Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

André Barcinski

Uma Confraria de Tolos

Perfil André Barcinski é crítico da Folha.

Perfil completo

Pagar inteira é coisa de otário

Por Andre Barcinski
29/08/12 07:05

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Admito: sou otário. Ainda não fiz minha carteira de estudante.

Não importa se terminei a faculdade há mais de 20 anos. Já perdi tempo demais. Vou mandar fazer a minha carteirinha e poupar uma bela grana em shows, cinema, teatro, etc.

Dia desses, o chapa Elson Barbosa me repassou uma mensagem que a cultuada banda canadense Alexisonfire escreveu para os fãs brasileiros.

O grupo, que vem ao Brasil em dezembro para um show de sua turnê de despedida, se desculpa pelos altos preços cobrados e diz que não sabia da lei da meia-entrada no Brasil.

“Os promotores nos informaram que, até agora, 99% dos ingressos vendidos foram de meia-entrada”, escreve a banda.

Uau: quase todos os fãs do Alexisonfire ainda estão estudando!

Muito bom saber que a evasão escolar não existe, pelo menos entre fãs do Alexisonfire.

Já o Elson e eu não somos mais estudantes e fazemos parte da minoria das minorias:o 1% de otários que ainda não têm suas carteirinhas.

Não vou ficar aqui repetindo a ladainha de sempre: que a lei da meia-entrada virou uma prostituição, uma fonte de renda fácil e corrupta para associações estudantis e uma das razões pelos preços extorsivos cobrados em shows. Isso todo mundo já sabe.

O que fazer?

Acho que só existe uma solução: começar do zero.

A partir de hoje, nenhuma carteirinha seria válida. Todas as carteiras, tanto as obtidas legalmente quanto as compradas em alguma pizzaria – sim, teve promoção em redes de pizzas para tirar carteira, lembra? – estão nulas.

Daí é começar a emissão novamente, com fiscalização adequada e um detalhe importante: DE GRAÇA.

Sim, só mesmo de graça a emissão de carteirinhas vai deixar de ser um comércio e, consequentemente, deixar de interessar a quem, hoje, se beneficia delas.

Garanto que 99% das associações estudantis que hoje faturam horrores com as carteirinhas se desinteressariam na hora se a emissão fosse gratuita.

Fica a pergunta: será que algum político terá coragem de mexer nesse vespeiro? Ou vamos continuar vivendo num mundo de faz de conta, onde promotores de shows dobram os preços para se safar dos falsos estudantes?

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
  • Comentários
  • Facebook

Comentários

  1. Luis comentou em 29/08/12 at 14:55

    Antes, que venham dizer que vc é contra os estudantes, vc deveria tocar num ponto fundamental, no final das contas nem os estudantes nem ninguém pagam meia… só alguns poucos otários, como vc disse, são obrigados a pagar o dobro…

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 15:07

      Não sou contra estudantes, sou contra quem se faz de estudante. Não ficou claro?

      • Rafael Andrade comentou em 29/08/12 at 16:18

        Permita-me a ‘interpretação’, ficou claro sim, mas nesta aí, ninguém está pagando a meia-entrada, visto que os preços são dobrados. Estudantes, velhinhos e quem mais teria esse direito, paga o preço normal, ‘otários’ pagam o dobro….

      • Luis comentou em 29/08/12 at 23:37

        Perdão, acho que não me fiz entender, quis defendê-lo daqueles que venham a dizer que vc é contra estudantes… nesse sentido meu texto é que não ficou claro então. Valeu Rafael.

  2. Marcio Dias comentou em 29/08/12 at 14:27

    A cada dia que passa, a única solução para acabar com os ladrõezinhos é o corte das mãos.

    Uma mão para cada delito.

    Depois a língua…

    Depois os pés…

    e se nada mais desse jeito…o próximo passo era jogar o fulano no mar…

    Roubar, Falar e Andar não iam mais…Mas com certeza dariam ótimas tartarugas marinhas…

    Como dizia Afanázio Jazzadi: “Cadeira Elétrica neles. Queimem esse escrotífero…”

    Abs

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 14:36

      Olha, Marcio, só mesmo sendo um democrata ferrenho pra aprovar seu comentário, um dos mais infelizes que já vi por aqui.

      • sebastian comentou em 29/08/12 at 14:58

        feliz foi a ironia gritante dele. infeliz foi a tua matéria.

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 15:06

          Ui! Ironia que grita!

          • Júnior comentou em 29/08/12 at 15:19

            Não tenho certeza se é ironia..esse tipo de opinião hoje em dia é mato. E bem da maneira como ele escreveu.

          • Regis comentou em 29/08/12 at 15:41

            Ifelizes somos nós, os otários que pagam meio para um bando de estelionatários disfarçados de algumas associações de estudantes fazer dinheiro ilegalmente em prejuízo de toda a sociedade.

          • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 16:34

            É isso aí, Regis.

          • Ricardo comentou em 29/08/12 at 16:17

            😀

          • Elton comentou em 29/08/12 at 16:25

            Braça é Republicano! Hahahaha

        • André Machado comentou em 29/08/12 at 15:56

          Só faltou citar o “grande herói e justiceiro paulistano” Conte Lopes, pra fechar com chave de merda.

  3. André Veiga comentou em 29/08/12 at 14:04

    Mesmo quando verdadeira, a carteirinha de estudante é uma piada. É um recurso que permite ao estudante riquinho da FAAP pagar meia no show do Chemical Brothers.
    Vale lembrar que a UNE recebe – saca eufemismo – aporte de verbas da Petrobrás. Em que outro país do mundo isso aconteceria?

    • Roger comentou em 29/08/12 at 15:27

      Pois é, sem falar que antigamente estudante sem boas condições financeiras quando se aventurava em uma faculdade particular passava um perrengue brutal. A meia-entrada era uma das únicas formas dessa pessoa ter algum acesso à cultura e ao desporto. Hoje tem vários programas federais destinados a esses estudantes (Prouni, FIES SISU…). Recentemente fui assistir esse novo Batman no cinema. Na fila pra entrar, tive a sensação que eu era o único que havia pagado inteira, todo mundo mostrando carteirinha. Lá dentro, várias pessoas gritavam as falas antes dos personagens. De tanto verem o filme (pagando meia, lógico), já haviam decorado os diálogos. Um inferno! Carteirinha de estudante virou uma praga que há tempos perdeu sua função social e todos os responsáveis fazem vista grossa pra isso.

  4. Miro comentou em 29/08/12 at 13:56

    Acho que shows e F1 são a forma de entretenimento mais caros que rolam por aqui. Lembro de um Hollywood rock ou Philips Monster of Rock que eu fui os ingressos eram 40 reais!! Passando disso já era caro, rsrsrs…Começou essa palhaçada de carteira de estudante hoje é muito raro eu ir em shows, mas bem raro mesmo. Só para ter uma idéia o ultimo que eu fui acho que foi do Front 242 ou Sister of Mercy, afinal essas bandas dificilmente voltam. Nunca usei meia entrada, sou outro otário.

  5. Velho comentou em 29/08/12 at 13:55

    Esse Elson Barbosa é aquele dono das comunidades da bizz no orkut e facebook.
    Todo mundo reclama que as comunidades administradas por ele tem regras demais. Para ser aceito antes e preciso provar que não é fake e as vezes nem isso basta. Quem não concorda com a opinião/gosto musical dele e da maioria dos camaradas dele acaba sendo expulso.
    A finada bizz merecia uma comunidade livre onde todos pudessem debater sem receio algum.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 14:38

      Na boa, vc acha ruim participar de uma comunidade onde é preciso provar que não é fake? Eu agradeceria ao Elson.

      • Thales comentou em 29/08/12 at 18:34

        Peralá um pouco: há fakes que aproveitam o anonimato para xingar, tumultuar, etc., e que merecem ser banidos, e há os fakes que usam o anonimato para expressar suas ideias sem amarras. Isso pode não ser tão importante em comunidades de cunho exclusivamente cultural, mas nas políticas, muitas vezes as opiniões podem levar a perseguições até de ordem pessoal, isso é fundamental. Eu (aqui estou com meu nome real) sou dono de comunidade no Orkut (incomparavelmente melhor que o Facebook em termos de comunidades), lá tenho perfil fake e a regra é a seguinte: todos os fakes são bem-vindos e a discordância idem, desde que não se comportem como se tivessem quatro patas.

        PS: “O Federalista”, compilação de importantes escritos políticos feitos nos EUA, foram escritos sob pseudônimos.

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 18:50

          Mas então por que vc não cria sua própria comunidade, em vez de ficar reclamando da comunidade dos outros? Não é do cara? Não foi ele que montou?

          • Thales comentou em 29/08/12 at 20:04

            Se me interessasse em criar uma comunidade livre para fakes -com moderação atuante- dedicada à Bizz pode ter certeza que criaria uma. O que eu quis dizer que o anonimato não é algo mal ‘per se’, e que restrições como essa acabam empobrecendo as discussões nas comunidades.

            Outro exemplo de como o anonimato pode ser benéfico é todo esse fuzuê das propagandas disfarçadas em blogs de moda. Se não fosse uma blogueira anônima (que teve a identidade descoberta depois, mas não era a intenção original dela) que se dispusesse a denunciar esse tipo de coisa, você acha que isso um dia iria parar no CONAR?

  6. pedro comentou em 29/08/12 at 13:46

    Bastava dar meia entrada para menores de 18 anos. Ou mesmo 21. Pq, mesmo sem falsificacao, que sentido tem um cara de 30 anos fazendo MBA ter direito a meia entrada? Se eh para estimular a frequencia dos jovens em eventos culturais, basta optar pelo limite de idade, simples e eficaz de se controlar, e sem custo pro usuario.

  7. Paulo comentou em 29/08/12 at 13:36

    Eu tenho a solução, ao invés de acabar com a carteira de estudante simplesmente faça que ela esteja disponível para todo mundo. Pronto, acabou o problema. XD

  8. David Marques Oliveira comentou em 29/08/12 at 13:19

    Não sei como acontece por aí, mas em Fustaleza a turma dobra o preço do ingresso e o que era meia vira inteira. A partir daí é “meia entrada” para todos, e a casa não cobra carteira de ninguém. Como, em tese, a fiscalização interessa principalmente à bilheteria, fica tudo por isso mesmo. Quem tem carteira não foi prejudicado e quem não tem foi beneficiado. Simples assim.

    • Gustavo comentou em 29/08/12 at 16:51

      Isso acontece em Vitória também, como eu ja disse em um comentário abaixo, só não sei os limites legais disso. Só sei de uma coisa: funciona, pois paguei o preço do ingresso real (no caso, promocional, metade do valor de tabela, que era exorbitante propositalmente).

  9. marcelo b comentou em 29/08/12 at 13:13

    acabar c/ a 1/2 entrada Ñ acabará c/ os estuprantes valores d ingressos! a ganancia dessas empresas q trazem shows p/o brasil, e tão ruim qto a ganancia dos politicos por impostos…pura ilusão acabar c/ a 1/2 entrada! *lembrando o IPI liberado pelo gov federal, q compensando por outro imposto pelo gov de sp; tb o minha casa minha vida, q as empreiteiras ‘comeram’, aumentanto o valor dos imoveis!

  10. Luiz comentou em 29/08/12 at 13:12

    André
    Querer que o poviléu reconheça “políticas-sócio orientadas” não como a oitava maravilha, mas como o paternalismo indiscriminado que de fato são é uma utopia que não se justifica num cara experiente como tu. Desista, amigo. A expressão mágica “preço abusivo” justifica tudo. Pro brasileiro, tudo o que é cobrado é abusivo – é um dos povos mais vulgarmente dinheiristas jámais vistos. Mas abaixa a cabeça quando o “cobrador” é o estado.

  11. pabloREM comentou em 29/08/12 at 13:10

    Sou contra qualquer incentivo desses gerados por lei ou projetos: meia-entrada, bolsa isso, bolsa aquilo. Não deveria existir nenhuma. Todos são iguais e merecem os mesmos direitos. Esses incentivos deveriam ser facultativos como você citou em uma resposta.

  12. Roger comentou em 29/08/12 at 13:07

    Por mim acabava com a meia-entrada de vez. Chega, já deu! Há um tempo até fazia sentido, mas agora a situação mudou muito, hoje existem programas de jovem aprendiz e estágios espalhados em todas as cidades urbanas. Estudante de ensino médio e superior só fica parado se quiser. Meia-entrada só pra menores de quatorze e maiores de sessenta. Infelizmente ninguém vai fazer isso porque nenhum político iria querer ficar marcado como o sujeito que acabou com a mamata da meia-entrada no brasil.

  13. PEDRO comentou em 29/08/12 at 13:00

    Sempre achei meia entrada um absurdo. Há muito deixei de ir a shows e teatro. No serviço ia ter um churrasco. Na hora do rateio falaram que estagiários não pagariam porque não tinham dinheiro. Aí não aguentei e falei: pera lá, tem estagiário chegando de BMW e Toyota Hilux zero e funcionário chegando de ônibus e vcs querem que eles não paguem para ir ao churrasco. O pessoal parou e pensou. No final todos os estagiários pagaram e foram no churrasco.

  14. luisa comentou em 29/08/12 at 12:37

    André,

    já fui estudante de graduação, me formei há uns quatro anos e agora sou estudante novamente, em um segundo curso.

    NUNCA tive carteirinha de estudante. Sempre usei um comprovante de matrícula impresso no word mesmo, quando era estudante e quando nao era.

    Uso em São Paulo, no Rio e em Minas e nunca me deu problema. Ou seja, nunca dependi de nenhuma máfia das carteirinhas e nem acho que exista uma aliciando pessoas para comprarem carteirinhas falsas. Isso não dá dinheiro.

    O que existe são casas noturnas/ de espetáculos que colocam preços abusivos, sabem que isso existe, e obrigam os clientes a continuarem praticando fraudes.

    • Silvana comentou em 29/08/12 at 13:51

      OBRIGAM os clentes a praticar fraudes? Então se o preço de um carro importado é caro, sou OBRIGADA a pegar um revólver e roubar o meu, né? É essa falta absurda de valores neste país que faz com que fique inviável SONHAR com um futuro digno onde as pessoas, sim, lutam por seus direitos e interesses, mas NUNCA pensam em cometer um crime por conta disso.

    • Karla comentou em 29/08/12 at 14:39

      Luisa,

      você se engana redondamente ao dizer que “isso não dá dinheiro”. Dá, e dá muito. Fui tesoureira do CA na época da faculdade e adivinha qual era a principal fonte de renda do Centro Acadêmico?! Sim, as carteirinhas!
      Uma porcentagem do valor que o estudante paga para fazer a carteira fica com a associação (centro acadêmico, atlética, DA) da faculdade (o que for responsável pela captação dos alunos).
      E é uma grana preta, viu?! E não sustenta só os CAS, DAS e Atléticas, não, viu?
      UNE, UBE, etc, etc… para que, em reuniões das referidas, como proposta para melhora do ensino no Brasil eles apregoem o extermínio dos burgueses e desçam o cacetete (literalmente) nos que pleiteiam preços mais justos para a carteirinha, reformas no sistema de ensino.
      Quem esteve no Mineirinho no congresso da UNE que trouxe o Fidel sabe bem do que eu estou falando. Nunca corri tanto na minha vida! E nunca fiquei tão decepcionada com um órgão representativo (e olha que sou advogada)!
      E, André, faço parte do 1%, e sou feliz em ser otária. Prefiro ser otária e honesta.
      Ano que vem, volto pra faculdade, e aí, viva o boleto e a própria carteirinha da faculdade que são suficientes para comprovar o direito à meia-entrada. Máfia das carteirinhas, nunca mais!

      • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 14:48

        Obrigado pelos esclarecimentos, Karla.

  15. Marcelo Junqueira comentou em 29/08/12 at 12:21

    Ou melhor: desconto para estudantes que apresentarem boletim com médias iguais ou maiores que 7. Quem tiver notas abaixo disso que fique em casa estudando.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 13:03

      Daí vai começar o comércio de boletins falsos, se é que já não existe.

  16. Marcelo Junqueira comentou em 29/08/12 at 12:17

    Limite o desconto de estudantes para apenas teatros e museus e você verá a emissão dessas carteirinhas – verdadeiras e falsas – magicamente desaparecer.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 13:04

      Pode dar até 100% de desconto pra museu, que estudante não vai.

      • Leandro Lituano comentou em 29/08/12 at 13:17

        Sou estudante de História, ADORO MUSEUS, não generalize Barça, por favor.

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 13:20

          Tá bom, Leandro, VOCÊ iria. Contente? Da próxima vez, incluo uma nota de rodapé junto com qualquer comentário irônico…

  17. Marcell C. comentou em 29/08/12 at 12:15

    Como desqualificar uma crítica utilizando-se da lógica brasileira:

    O Barcinski critica a carterinha de estudante.
    Quem usa a carteirinha são os estudantes pobres.
    A maioria dos pobres no Brasil são negros.
    Barcinski ilustra o post com um macaco.

    Logo, o Barcinski é racista, elitista que não deve ser levado a sério.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 13:05

      Só não entendi se o seu comentário é a sério ou produto de uma mente entorpecida.

      • Luciano comentou em 29/08/12 at 13:43

        Na boa, vc tem muita paciência para torear certos comentários inoportunos. É por isso que eu o admiro cada vez mais. Parabéns!

      • Marcell C. comentou em 29/08/12 at 13:55

        É brincadeira.

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 14:37

          Ah, bom. Valeu.

          • julio comentou em 29/08/12 at 16:49

            Ui

    • David Marques Oliveira comentou em 29/08/12 at 13:16

      Os dois.

  18. João Gilberto Monteiro comentou em 29/08/12 at 12:10

    André, não sei se vc concorda, mas arrisco dizer que se algum político mexesse nesse vespeiro e acabasse com a meia-entrada, o preço dos ingressos não diminuíria um mísero real, pois os empresários culpariam os altos impostos, oas altos cachês, a falta de infra-estrutura, o “Custo Brasil”…

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 12:13

      Discordo. O fato é que os promotores já calculam a meia-entrada como o valor-padrão para o show e dobram o “valor cheio” do ingresso que, eles sabem, poucos pagarão.

      • Carlos Campos comentou em 29/08/12 at 14:52

        A matemática dos “honestíssimos” promotores de shows, estes seres tão bonzinhos que nada mais são que pobres vítimas do sistema: não existissem as carteirinhas “cabritadas”, um ingresso a 50 reais para determinado show seria o suficiente para cobrir todos os gastos e garantir um lucro honesto para os envolvidos. Dada a enxurrada de carteirinhas falsas (somando-se às verdadeiras), o ingresso, então, é estabelecido com o valor 100… opa!, digo, para 100 reais, não, para 400! Pois é, se o promotor, essa doce criatura de Deus, considera que quase todo o público pagará METADE do valor que seria justo, em vez de dobrar o valor, ele o quadriplica, quintuplica… É aquela matemática muito particular desses gigantes da moral e do respeito que, uma vez extinta a meia-entrada, determinaria que o desconto no preço não fosse de 50%, mas de 4%, 2,12%…

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 14:57

          Eu disse que é UMA das razões dos valores extorsivos, não a única. E nunca disse que promotores de shows são santos. Aliás já reclamei muito aqui de preços de ingressos. Mas já fiz shows no Via Funchal, por exemplo, onde mais de 80% dos ingressos vendidos foram meia-entrada.

          • claudio m comentou em 29/08/12 at 15:28

            Por isso que não vou em show mais. Por culpa do desconto de estudantes a gente que trabalha é obrigado a ser extorquido pela produção do show. Ou seja somos os maiores, ou até os únicos, prejudicados. pois pagamos um preço cheio que é duas vezes maior que o justo. Rende uma discussão filosófica, será que é certo o cara honesto, trabalhador, pagar pelo crime do outro? pois é essa lógica que é usada pelo promotor, já que é impossível combater as carteirinhas, vamos explorar té a última gotas desses otários que ainda pagam o preço cheio, e o último que sair apague a luz.

    • João Gilberto Monteiro comentou em 29/08/12 at 12:14

      Só concluindo, por isso sou um pouco cético se a extinção da meia-entrada atualmente seria realmente um benefício, na verdade, ela nem deveria ter existido, mas já que existe, deveria ser melhor regulamentada e fiscalizada….

  19. Rafael comentou em 29/08/12 at 11:59

    Aqui na minha cidade basta apresentar o comprovante de matricula que se tem direito à meia entrada.
    Creio que o problema maior envolve o tamanho do desconto dado aos estudantes (50%). Se fosse dado um desconto menor (20%, 30%, 15%… poderia ser variável de acordo com a circunstância do evento), poder-se-ia ter também valores menores para o preço cheio (100%) e deixar mais justo para quem “não” é estudante.

  20. Gustavo comentou em 29/08/12 at 11:54

    Uma vez fui a um show em Vitória, ES, e quando tentei usar minha carterinha (eu era estudante mesmo), me disseram que não valia, pois o preço real era 2x, e o preço que estava sendo vendido era chamado de “promocional de x”, e por ja ser promocional não valeria a meia entrada. Me informei e disseram que é algo sempre usado em show naquela cidade. Achei foda, mas ao mesmo tempo resolveu o problema da extorsão, visto que o preço cobrado no final era justo para todos, mas até hoje não sei do limite legal disso.

  21. Afonso comentou em 29/08/12 at 11:52

    Acho que o raciocínio também se aplica para quem não faz download ilegal, prá quem não compra produto pirata, prá quem não troca as lojas pelos camelôs, prá quem não suborna um guardinha etc etc etc….

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 11:53

      Claro. Mas o tema do post é a meia-entrada, por isso me limitei a falar desse problema específico…

      • Afonso comentou em 29/08/12 at 11:54

        É tudo uma questão de valores. Quem pratica 1 estelionato está moralmente habilitado para praticar qualquer outro.

  22. Dudu comentou em 29/08/12 at 11:45

    André, muito boa sua coluna no comida, pena ter que dividi-la com a Alexandra, que apesar de falar muito de coisas de fora também manda bem. Só alguem bem faminto pra saber de tanto lugar massa pra comer.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 11:48

      Legal que vc gostou. Daqui a uns 20 dias sai o Guia da culinária Ogra, com 195 lugares desses em SP…

      • Arlei JR comentou em 29/08/12 at 12:19

        OFF Topic

        André,vai ter noite de lançamento ou encontro em um dos restaurantes do guia ? estou ansioso por esse guia desde que você posto a história do bar do Bahia,nunca ri tanto sobre comida……..Um abraço e aguardamos.

        • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 13:04

          Vai sim, aviso assim que a editora decidir, ok?

  23. Fabrício Ribeiro dos Santos Godoi comentou em 29/08/12 at 11:36

    Seu post trata de uma condição verdadeira e injusta, mas é preciso levar em consideração – SEMPRE – que os organizadores dos espetáculos se aproveitam da “desculpa” das carteirinhas para cobrar preços ABUSIVOS. Veja o preço dos shows em outros países da América Latina e compare-os com o preço no Brasil. É indecente.
    E estou seguro que o organizador passou dados espertamente errados para a banda, que em boa-fé acreditou e divulgou.

  24. FC comentou em 29/08/12 at 11:34

    Trabalhei numa casa de espetáculos em que os preços de cada show/peça eram definidos de acordo com o “potencial de carteirinhas”. Quanto mais “jovem” a atração, maior o preço da inteira.

    E hoje em dia, pra piorar, as pistas VIP’s estão tornando quase impraticável a compra de inteira.

  25. Catharina Rocha comentou em 29/08/12 at 11:33

    acho bacana a iniciativa do circo voador, aqui no RJ. para pagar meia-entrada basta levar um quilo de alimento.

    • Andre Barcinski comentou em 29/08/12 at 11:49

      É bacana, mas é contra a lei.

      • Ilemar comentou em 29/08/12 at 12:22

        Pode ser ilegal, mas acho que é a melhor alternativa para equalizar os valores. Como também sou otário, não tenho carteirinha. É o “eu finjo que te engano e você finge que acredita…”

        • Adê comentou em 29/08/12 at 20:38

          No Circo vale flyer (imprimido ou no smartphone),livro,comida,assinante de um certo jornal,no fim todo mundo paga meia.

  26. Luiz comentou em 29/08/12 at 11:32

    Mas os fãs de Alexisonfire devem ter, no máximo, uns 21 anos mesmo, hahah

  27. Andre Lima comentou em 29/08/12 at 11:19

    Sou mais um que desisti de ir em show, principalmente por conta dos preços absurdos. E olha que é realtivamente fácil conseguir uma dessas carteirinhas… mas também não é só pagar inteira ou meia entrada – aqui em Sampa você arca com trânsito, estacionamento, alimentação, perigo de assalto ( mesmo dentro dos shows, esse fim de semana mesmo prenderam um povo fazendo arrastão no tal Maroon 5 no Anhembi ), gente mal educada e, principalmente, a maldita ideia da pista premium, que faz muita gente aguentar tudo isso pra ver show num telão.

  28. Belmondo comentou em 29/08/12 at 11:15

    Para mim esse post está diretamente relacionado ao post sobre o SESC. Como não tenho carteirinha de estudante, mas tenho do SESC, é só lá que vejo shows. Na verdade a maioria dos shows que gostaria de assistir estão fora do sistema SESC, mas ainda não me habituei a pagar mais de R$100 para ver o show de qualquer banda estrangeira. Se abrirem mão das carteirinhas de estudante, eu abro mão da minha carteirinha do SESC.

  29. Marcos Andrade comentou em 29/08/12 at 11:06

    Barcinski:

    Pelo que sei, as carteirinhas de estudante não são necessárias para pagar a meia entrada. Basta apresentar, por exemplo, um comprovante de matrícula expedido pela instituição de ensino – dizendo que o aluno está matriculado em tal curso durante aquele semestre ou, no caso dos ensinos médio e fundamental, naquele ano letivo. Eu já paguei meia entrada em cinema e teatro apenas com esse comprovante aí em São Paulo, por exemplo (eu sou de Minas). Se não me engano, esses estabelecimentos são obrigados a aceitar apenas o comprovante – não há necessidade mesmo da carteirinha.

    Mas concordo que a lei da meia entrada deveria valer apenas para aqueles que não têm condições de pagar a inteira: grande parte dos estudantes que frequentam teatros, cinemas e shows podem pagar a inteira, sim.

    • James comentou em 29/08/12 at 11:30

      A prostituição é tão grande que em alguns lugares não é nem ao menos necessária a apresentação da carteirinha!! Basta você chegar, dizer que quer um ingresso de meia-entrada e pronto. Como na entrada da sala de cinema ou da casa de shows também não há ninguém que confira, a fraude está consumada!

      • Ilemar comentou em 29/08/12 at 12:25

        kkkk vc tem razão. Uma vez fui comprar uma inteira para uma festa em BH, a menina riu e disse que só vendiam meia. Perdeu a vergonha mesmo.

        • Felipe comentou em 29/08/12 at 15:32

          Ou seja, só vendia inteira né…

  30. miguel comentou em 29/08/12 at 11:05

    Não tem que existir meia entrada para ninguém, se estudante não tem dinheiro, que fique em casa estudando. Não tem que ficar indo em tudo quanto é show e eventos. esumindo: não tem dinheiro saia menos vezes

    • Marcelo comentou em 29/08/12 at 14:05

      Verdade. Estuda, se forma e depois paga seu ingresso. Quando estudava não tinha tempo para ficar todo fim de semana em show e cinema.

← Comentários anteriores
Comentários posteriores →
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailandrebarcinski.folha@uol.com.br

Buscar

Busca
  • Recent posts André Barcinski
  1. 1

    Até breve!

  2. 2

    Há meio século, um filme levou nossas almas

  3. 3

    O dia em que o Mudhoney trocou de nome

  4. 4

    Por que não implodir a rodoviária?

  5. 5

    O melhor filme do fim de semana

SEE PREVIOUS POSTS

Arquivo

  • ARQUIVO DE 04/07/2010 a 11/02/2012

Sites relacionados

  • UOL - O melhor conteúdo
  • BOL - E-mail grátis
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).