Led Zeppelin, a maior "boy band" do rock
22/11/12 07:05
Li em duas tacadas, sem conseguir parar, “Luz & Sombra – Conversas com Jimmy Page”, de Brad Tolinski.
O livro é uma compilação de várias entrevistas que Tolinski, editor da revista “Guitar World”, fez com Page ao longo dos últimos 20 anos.
Não é segredo que Jimmy Page nunca gostou de entrevistas. Na verdade, sempre evitou a imprensa, desde que o Led Zeppelin virou saco de pancadas de críticos, ainda no fim dos anos 60.
Mas Tolinski parece ser o entrevistador ideal para Page. Além de obcecado pelo Led Zeppelin, é um jornalista dócil, que evita tocar em assuntos polêmicos. Além de ser guitarrista, claro, o que o permite entrar em conversas técnicas – e pouco compreensíveis para não-músicos – com Page.
Não espere grandes revelações sobre orgias em turnês, pedaços de peixes usados como objetos sexuais ou a ligação de Page com magia negra. Quem quiser ler sobre isso, que procure “Hammer of the Gods”, de Stephen Davis, até hoje um dos relatos mais impressionantes sobre a vida de uma banda na estrada (ainda não li, mas vou comprar o recente “Trampled Under Foot: The Power and Excess of Led Zeppelin”, de Barney Hoskins, que, pelo visto, também é sensacional).
“Luz & Sombra” evita polêmica, mas trata a música de Jimmy Page com reverência e detalhamento impressionantes.
Tolinski acha que Page merece estar no rol dos grandes produtores da história da música pop, como Phil Spector e George Martin. Eu acho um exagero, mas é uma opinião válida.
O livro destrincha a carreira de Page antes do Led e diz que ele tocou, como músico de estúdio, em cerca de 60% dos compactos de rock gravados na Grã-Bretanha no início dos anos 60, em discos de Donovan, Kinks, Them, etc.
Para mim, a parte mais interessante do livro é a que descreve como Page concebeu e criou o Led Zeppelin.
Admiradores do Zep vão me xingar, mas a verdade é que o grupo é uma invenção de laboratório, em que os mínimos detalhes foram pensados e postos em prática por Page. Nesse aspecto, não se difere em nada de uma “boy band”. Com a diferença, claro, de serem todos músicos extraordinários e criado discos clássicos.
Quando criou o Led Zeppelin, Jimmy Page sabia exatamente o que queria. Os anos tocando em estúdio e excursionando com os Yardbirds (banda que teve Eric Clapton, Jeff Beck e Page como guitarristas), deu a ele uma idéia muito clara do que era necessário para ter sucesso.
Page montou o Led como um grande Frankenstein: criou não só o som do grupo, mas seu visual, a postura no palco, a grandiosidade dos shows. Controlava tudo. Tanto que pagou, do próprio bolso, a gravação do primeiro disco, que vendeu para a gravadora Atlantic. “Eu não queria que a gravadora tivesse nenhuma interferência no disco, por isso fiz tudo sozinho”, conta o guitarrista.
Para quem não é músico ou ligado em truques de estúdio, o livro pode parecer um pouco detalhista demais (um dos capítulos começa com a pergunta “Como você conseguiu o som de bateria em ‘When the Levee Breaks’?” ), mas as respostas de Page são sempre interessantes.
O livro teria sido ainda melhor se Brad Tolinski se arriscasse de vez em quando em perguntas mais ousadas. Eu adoraria, por exemplo, ouvir Page falando sobre a influência do ocultismo em sua obra. Mas isso não tira os méritos de “Luz & Sombra”.
seguindo essa lógica os Beatles são band boys também, e se vacilar não existe nenhuma banda que não seja de “laboratório”.
Em fins de 1966, Chas Chandler, ex-baixista do Animals e produtor, pegou um obscuro guitarrista negão canhoto, alisou seu cabelo, escolheu as roupas, escolheu um baixista e um baterista, mandou que criassem canções curtas (ou “pop”) que coubessem em compactos ou tocassem nas rádios, para faturar no sucesso do Cream. O que você escreveu sobre o Zep também vale para o Jimi Hendrix Experience.
E eu que achava que a maior boyband de todos os tempos fossem osbitous. Mas acho engraçado colocar as coisas dessa maneira, como se a maioria das grandes bandas não fossem exatamente assim, pequenas empresas dirigidas por alguém com mão de ferro, mesmo os “punks” Ramones.
Lancaram a pouco um filme sobre a juventude de John Lennon. O adolescente Lennon era o chefe mais exigente e carrasco que alguem podia ter, para mostrar quem eh que mandava, descia a porrada se necessario. Quanto mais se conhece as grandes bandas, mais se descobre um cerebro por tras delas. O proprio Curt Kobain sabia do proprio valor e era ambicioso. Renato Russo tambem era manipulador, o legiao urbana nao foi um acaso. James Hetfield e Lars Ulrich agiam como chefes crueis e exigentes, poucos os suportavam, e olha que eles eram adolescentes, nao yuppies de Wall Street. O Steve Harris no Iron, Mick Jagger nos Stones etc. Nao existe somente magia, grandes bandas sao empreendimentos bem sucedidos, planejados, almejados e preparados. Existe uma farta dose de maquiavelismo em todas elas.
cadê o botão “curtir” ? rsss
Ingênuo quem acredita que as bandas se formaram ao acaso em românticos ambientes esfumaçados…
Se criassem uma boy band dessas a cada decada, ninguem ficaria chateado! Rrsrsrsrsrss! Abraco Xara!
Plágios do Tiago Página, óbvio fã do Willie Dixon:
http://www.youtube.com/watch?v=JyvLsutfI5M&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=zThdTAWQFAQ&feature=relmfu
http://www.youtube.com/watch?v=K5uMQDlKn8g&feature=relmfu
Achei estranho o livro citar o acidente de carro do Plant, mas nenhuma linha sobre a morte do Karac, e como isso afetou Plant e a banda
Assim como o Luis Megale, tô me rachando de rir com td isso aqui! Eu ouço e LEIO sobre o Led desde os 14 ou 15 anos – desde o milênio passado, portanto -, e me divirto sobre como espinafram o Barcinski sem nem mesmo conhecerem muitas das his(es)tórias da banda. Page era metido com o ocultismo SIM – nunca negou, tinha orgulho -, Peter Grant não era PRODUTOR, mas o brutamontes q garantia certa tranquilidade pros caras trabalharem, e Page foi atrás dos caras pra montar uma super-banda… E CONSEGUIU! Ah, e qto às boy-bands, lembrem-se dos destinos de Pete Best e Ian Stewart.
Nada de errado na observação do Barcinski, sempre o polemista de mão cheia (q o diga Caetano hahaha). Afinal, o Page quis montar o Led Zeppelin com Keith Moon, John Entwistle e Jeff Beck, esses sim, amigos dele de longa data. Mas com o Who na parada, e os desentendimentos com Beck, ele foi procurar outros caras à altura. Coisa q os Pistols, por exemplo, não fizeram – seu “criador” era um tal de M. McLaren, q nem músico era…
Page queria montar o Zep com Jeff Beck? Seria legal vc avisar isso ao Page, porque ele não menciona isso no livro.
Ah, Barcinski, essa estória é velha, vá rsss no livro não tá com todas as letras, mas há menção na pg. 70, q fala da gravação de “Beck’s Bolero”. Claro q a ideia não era muito viável por conta da própria saida do Beck dos Yardbirds daquele jeito
Não está no livro em momento algum.
PS: o Garagem faz uma falta do caralho!
ahahaha Barça, to quase dando a mãe pra voce. Tenha dó do pessoal que nao sabe ler e interpretar.
Beijos e boa noite!
Precisamos urgente de novos jornalistas na área cultural. Os que estão aí já deram o que tinha que dar,aposentadoria já!!!
Apoiado! Aposentadoria pros fãs também!
Não dá para criar um baterista brutal como Bonham em laboratório – o mesmo vale para Plant e Jones. O primeiro disco do Led foi gravado em duas semanas. O que Page conseguiu foi encontrar músicos cuja química correspondia ao que ele procurava, aquela dinâmica pesada, mas não rígida. O que corria pelas sessões era frequentemente improvisado, nada calculado exaustivamente. Sobre a importância de Page como produtor e músico de estúdio, muita gente boa já levantou essa lebre. Há quem diga que o rhythm’n blues inglês foi praticamente obra dele. Deve ser exagero. Mas que o cara é um monstro como músico, não tenho dúvidas.
Vamos lá, bem devagar: ninguém criou os músicos em laboratório. Foi a banda criada em laboratório.
Ok, Barça, eu entendi. A confusão é uma questão de nomenclatura mesmo, o que vc chama de banda criada em laboratório eu chamo de superbanda. Banda de laboratório para mim é aquela que faz tudo o que o líder ou produtor manda. Duvido que Plant, Bonham e Jones se sujeitassem a isso o tempo inteiro.
Isso não é novidade. O livro do Mick Wall – Led Zeppelin -Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra – dá detalhes da criação do grupo e da vida de Page como músico de estúdio.
Crosby, Stills, Nash & Young seriam fortes concorrentes, não?
Barcinski, acho que fui eu que não li direitoou então o povo todo que entendeu errado…
Pelo que tu falou o Zep pode ser considerado uma boy band pois foi concebida milimetricamente pra fazer sucesso e o cara que fez isso foi o Page.
Isso nunca foi exatamente um segredo, todo mundo sabe que o Page pegou o resto do Yardbirds e moldou em uma banda do jeito que ele queria.
Não acho que seja exatamente um processo boy band pois nesses casos normalmente quem dá as cartas é um produtor e não um dos músicos. Mas tudo bem.
Vejo pelos comentarios que o pessoal todo tá meio puto porque acham que tu comparou musicalmente o Led com as boy bands.
Pela descrição do Sr.Barcinski o Restart não é uma Boy Band já que os manés se conheceram no colégio……..
Snif, snif… Ele tá xingando o Zepinho… Buáááááá….
O post encerrou sem que eu tenha entendido que importância tem o modo como uma banda foi formada. Achei que era tão óbvio que o mais importante é a música que criaram e os discos que gravaram que me surpreendi com a discussão. Ficou a impressão de que o processo de formação do Zeppelin o torna uma banda pior que outras criadas por amigos de infância por exemplo. Mesmo que você ouça os discos do Led e admire a música que criaram, não há saída: sua fundação traz um vício insanável. Cada uma…..
Sei lá, entende?
Será que, por selecionarem os músicos e fazerem testes para entrar na banda configura-se uma ‘boy band’ de laboratório? Se for assim, muitas bandas consagradas podem ser chamadas de boy-bands…
O fato de Page já ter na cabeça todos os aspectos de uma banda de sucesso acho que acontece na maioria dos ‘cabeças’ de qualquer banda. Uns acertam, outros não…
Acho que o termo “boy band” foi utilizado pelo fato do Zep ter sido uma banda ” perfeitinha” demais. Mas enfim, o que importa é a música não é?
Escola Bizz de polêmicas… puta que pariu…
Não tem polêmica nenhuma. Ninguém até agora provou que a banda não foi criada em laboratório, ou seja, não tem polêmica.
Falar de religião e ocultismo do artista, é o mesmo que ficar preocupado com o próximo livro do Paulo Coelho. Acreditar em ocultismo em nossa década, é melhor assistir aos programas televisivos do Edir Macedo e Waldomiros da vida, ou seja 100% de pura perda de tempo. Agora o Led ficará registrado para sempre na história musical da humanidade.
Isso mostra o quão pouco vc conhece da banda. Ocultismo foi uma das maiores inspirações do Page desde que montou o Zep.
Pô nem ligo pro Led Zeppelin mas com a quantidade de gente aqui que veio pra escrever só pra mostrar que sabe mais que todo mundo, só tenho a dizer que a partir de hoje eu tô começando a não gostar muito da banda.
Cara, concordo, esse competição é muito besta!
Nunca gostei do Led, uma banda que se tornou grande graças a plágios. Tem coisa mais fabricada que isso?
Pois é, “Stairway to Heaven”, “Rain Song”, “Ten Years Gone” e “Kashmir” são uns puta plágios hahahaha
Stairway to heaven além de ser chatíssima, Plant já disse em entrevista que os fãs aos primeiros acordes se ajeitavam para tirar um cochilo, nem é deles hahahahahahahaha…
Fernanda, desculpe-me a ignorância, poderia citar alguns plágios que eles fizeram? Sempre ouvi Led mas nunca tive essa sensação.
Sem duvida alguma um dos grandes guitarristas do rock,e um mentiroso ainda maior.
E ja q tocaram no assunto,esse papo de “You Really Got Me” ja foi esclarecido ha muito tempo,o Page nao fez nem o solo,nem criou o power-chord,nem criou a distorcao de guitarra nas sessoes de gravacao dessa musica,o merito foi todo do Dave Davies.
Ok, vamos ao que realmente importa!
Se o Led é boy band ou não, isso eu não sei (apesar que sempre me pareceram uns posers).
Agora, convenhamos, ouvir Kashmir até o final é o melhor remédio para a insônia… …
Jack White e The Edge acham o mesmo de Kashmir
Adoro o zepellin, mas considero o Rush mais criativo! mais ousado, musicalmente melhor!
Quero “ouvir” os gritos da polêmica que estou criando. Outra coisa: Morte ao U2, lixo musical!!!!!!!
Concordo quanto ao Rush.
Rush é outra banda gigante do rock. Só que se o John Rutsey tivesse permanecido na banda, provavelmente eles continuariam um pastiche do Zeppelin – a guitarra no 1º disco É puro Page. Mas o Neil Peart entrou e o grupo criou outro CONCEITO de rock.
Caro Carlos Campos , concordo em gênero, número e grau, Since I’ve been loving you é fantástica, a melhor música do Led disparada!!!! Não é que eu a saiba de cor, meus vizinhos sabem!!! Eu ouço ela quase todos os dias e não me canso!!
André, aproveitando o post musical, vc ficou a par do lançamento do livro “Purpose – An Immigrant’s Story”? É o livro de memórias do Wyclef Jean, ex Fugees. Não sei se chegou a outras searas, mas foi lançada há quase dois meses nos EUA e gerou certo furor. Eu soube ao assistir uma participação dele no programa “Chelsea Lately”, apresentado pela bagaceira e desbocada Chelsea Handler. Antes de encomendar meu livro, li que ele não é uma maravilha, tem seus buracos, mas ainda assim não é chapa branca. Fala de sua infância no Haiti, sua vida na América, fama, até 2010, qdo ele tentou ser um presidenciável nas eleições haitianas pós terremoto (!). Sobretudo, fala bastante da Lauryn Hill – o que me fez ficar com muita vontade de lê-lo. Enfim, o cara é talentoso, o Fugees figura no panteão do hip-hop, Lauryn Hill, oops, Ms. Lauryn Hill revelou-se um talento extraordinário, e cada um e todos juntos marcaram de forma indelével a música dos anos 1990. Acho que vale a leitura. Deixarei aqui três links. Um do LA Times e outro do Wahington Post, são dois artigos: http://articles.latimes.com/2012/sep/19/entertainment/la-et-ms-wyclef-jean-purpose-lauryn-hill-fugees-shadow-20120918; http://www.washingtonpost.com/blogs/reliable-source/post/wyclef-jean-defends-his-lauryn-hill-kiss-n-tell/2012/09/23/66b6d184-05cb-11e2-a10c-fa5a255a9258_blog.html E a resenha do livro feita pelo NY Times: http://www.nytimes.com/2012/10/21/books/review/purpose-an-immigrants-story-by-wyclef-jean.html?_r=1&
Não sabia do livro, ótima dica. Conheci o cara. Uma vez fui participar de um programa de TV com o Zé do Caixão nos EUA e ele estava lá. Disse até que tinha estudado os filmes do Mojica na faculdade. Gente fina.
Só de destrinchar a fase inicial da carreira do Page, o livro já se torna bastante interessante. Aliás, há alguma menção sobre a lenda de que Page seria o guitarrista em “You Really Got Me”, dos Kinks?
Corrigindo: acima, quando eu disse “É difícil crer que foi o caso quem reuniu no grupo quatro músicos com tal nível de excelência” lêia-se “É difícil crer que foi o ACASO quem reuniu…”
No caso dos Beatles, o acaso reuniu três músicos brilhantes (não vou incluir o Ringo aqui, rs). Mas casos como este são uma raridade, se for pensar bem…
Lembrem de um detalhe:o Page nao conseguiu formar a banda de imediato,para o vocal,por exemplo,ele antes de recrutar o Plant recebeu negativas do Steve Marriott e do Terry Reid;tambem ja ouvi estorias de convites ao Keith Moon e Jeff Beck.
Caro, Danilo, sem nenhuma tietagem, mas eu acho o Ringo um GRANDE baterista. É que não dá pra exigir que ele tivesse o mesmo talento de compositor do Paul ou de “Joleno”, mas na seara dele, a das baquetas, ele era excelente.
Concordo com tudo Carlos. Tb acho o Ringo um gande baterista. Pode não ser o melhor baterista do mundo mas foi a melhor baterista para os Beatles. Só não achei justo colocá-lo nos mesmo patamar dos outros três…
O termo “boy band”, usado já no título, é só pra causar impacto e chamar atenção pro texto. Recurso comum no texto jornalístico. Não importa.
Quanto ao fato de ser uma banda concebida “em laboratório”, talvez seja a explicação mais racional para o fato de terem se reunido num só grupo quatro músicos tão extraordinários. O próprio Page é um monstro (pra mim, o maior guitarrista da história), o Plant é um cantor espetacular, tanto na técnica absurda quanto na emoção que conseguia imprimir nas músicas; o Bonzo era outro extraterrestre, para a maioria, creio, o maior baterista de todos os tempos; e o Jones, se não era um gênio, tampouco se pode dizer que era somente regular, ia bem além disso no baixo, ademais de ter feito coisas fantásticas no órgão e no Hammond. É difícil crer que foi o caso quem reuniu no grupo quatro músicos com tal nível de excelência. Exemplos de tudo isso há aos borbotões em toda a discografia da banda, mas basta ouvir com atenção uma das obras de mais suprema e sublime beleza já compostas pelo homem, “Since I’ve been loving you”, para ter a exata noção disso. Esse blues fabuloso, da introdução ao final, é um primor de beleza, emoção e técnica, mas a parte que vai do solo do Jimmy Page (sem querer ser o fã mala, mas provavelmente o mais lindo da história) até o final é uma das coisas mais arrepiantes da história não só da música, como das artes. São 4 minutos e pouco, talvez cinco, de um êxtase absurdo, com Page, Plant, Bonzo e Jones colocando tanta paixão e ao mesmo tempo tanto brilhantismo na execução de música, que não há como acabar de ouvir a canção sem estar completamente atordoado. É uma aula de instrumentos musicais, de rock, de blues, de música, de arte, enfim, de beleza e talento poucas vezes vista.
O original, “Never”, do Moby Grape, também é bem legal. Mas a cópia ficou melhor, verdade.
hahaha quem dava bandeira era o Plant, o começo da letra acho q é igual, mas a evolução harmônica é diferente
Nao existe pureza criativa total, o que conta eh que page sabia a exaustao cada cliche, conhecia “n” artistas fora de moda e melhorava demais suas fontes de inspiracao. Page eh absurdo como musico e bonham idem.
Impressionante como o Zeppelin se torna cada vez maior. É claro que grande parte disto se deve a qualidade da música, mas o fato de terem terminado com a banda no auge da carreira e nada podermos sugerir sobre possíveis experimentações e decisões que poderiam ter tomado se a banda tivesse continuado sempre irá nos atormentar. As lendas sobre a banda ganham cada vez mais versões que não conseguimos mais distinguir delírio de realidade. O número de conhecidos que me disseram ter “presenciado” as performances da banda no auge aumenta consideravelmente. Confesso que durante muitos anos fui fascinado pela aura de misticismo que sempre rondou a banda, mas a medida que os relatos foram pipocando de todas as partes, depoimentos e falas deturpadas, cheguei a conclusão que quanto mais conhecimento tenho sobre a banda, mais desejo tenho de desconhecer certos aspectos “protocolares” tomados por ela. Neste aspecto discordo de Jimmy Page quando disse que o Led deveria voltar, pois caso contrário não deveriam ter tirado o gênio da Lâmpada. Mais que isto, conseguir colocar o gênio de volta na lâmpada, com seus pedidos satisfeitos, isto normalmente não é contado nas Histórias .