Não acabem com a Javari!
14/01/13 07:05
Morei muito tempo em São Paulo, adoro a cidade, e me sinto à vontade para falar: alguns dos prédios mais feios do planeta ficam lá. Se o mundo fosse justo, boa parte daqueles espigões de metal e vidro seriam demolidos. Morei ao lado de um conhecido prédio roxo em Pinheiros, e ainda tenho pesadelos com os reflexos apavorantes que o monstrengo espalhava pelo bairro.
Mas nada poderia me preparar para o Hotel Juventus. Especialmente porque, como alerta o leitor Valdir Canado, o prédio faz parte de um “complexo” que tomaria o lugar do Palácio Grená, o salão de festas do Juventus, tradicional e amado clube da Moóca.
O projeto inclui também a transformação do Estádio Conde Rodolfo Crespi, construído em 1925 e popularmente conhecido por Rua Javari, em “Arena Juventus” (clique aqui para ver o projeto da nova Arena).
Para quem não é de São Paulo, vale explicar que a Rua Javari é um tempo do futebol “de antigamente”: a torcida do Juventus fica colada ao campo, tão perto do goleiro adversário que já virou tradição ficar ali só para atormentar o coitado.
Não sou freqüentador da Javari. Fui algumas vezes ver jogos do Juventus, e foram algumas das experiências mais divertidas que já tive num estádio de futebol. Nada de camarotes com wi-fi ou lojas de conveniência, o negócio ali é sentar no cimentão e comer cannoli, o tradicional doce italiano.
Sei que o progresso é inescapável, e que aquele terreno do Juventus deve valer uma fortuna. Mas torço muito para que deixem a Rua Javari como está. Ou melhor: poderiam melhorar o estádio, mas sem acabar com ele.
Alguém precisa dar o exemplo de que nem tudo na cidade está à venda. Existem tradições locais e décadas de história que não podem sumir só porque é um “bom negócio”. Bons negócios existem aos montes por aí. A Rua Javari, só tem uma.
Boa André. É isso mesmo! Adorei. Parabéns.
Caraca, não estava sabendo disso e minha relação com a Javari é bem parecida com a sua, André.
Destruir a R. Javari seria o maior erro perpretado em vida pelos atuais governantes, protestemos, pordeus.
Estender uma faixa com o escrito “ódio ao futebol moderno” me faz pensar: será que alguém que prefere assistir a um jogo ruim em detrimento de um bom gosta mesmo de futebol?
Quem disse para você que “Ódio ao futebol moderno´´ tem a ver com jogo ruim ou bom ? A pergunta que se faz necessária, você AGILBERTO , gosta de futebol, sabe o que é viver em um bairro e ter um clube que é inequivocadamente parte dele como é o Juventus, NÃO MEU CARO, VOCÊ NÃO SABE. Não sabe, única e exclusivamente pois acredita que futebol é aquilo que você assite na “ TV GROBO´´;você não sabe pois não levanta a bunda do sofá para ir aos estádios toda semana como quem gosta de futebol faz .LUGAR DE TORCEDOR É NOS ESTÁDIOS, SEMPRE, e quem confunde tradição com coisa ruim , não pode se considerar entendedor de coisa alguma relacionada ao FUTEBOL.
Eu não sou contra a tradição e acho legal ir a um estádio, levar os filhos para conhecer, encontrar amigos, bater um papo, divertir-se. Nada contra mesmo. Mas eu chamo isso de, digamos assim, “festa do futebol”, sem relação necessária com o esporte em si. E eu não assisto à GROBO, pois eu acho o futebol brasileiro atual medíocre, todo ele. Moro no interiror de Minas, aqui na minha região a tradição é torcer pelos times cariocas, me considero um tricolor quase histórico, fui várias vezes ao Maracanã nos anos 70 ver a máquina e nos 80 ver o time tri-campeão carioca e campeão brasileiro em 84. Mas com o tempo fui vencido pelo bom gosto e pelo senso crítico aguçado; passei, com o tempo, a não acompanhar mais o futebol quando ele é mal jogado. Atualmente só consigo assistir aos europeus, não tenho a mínima paciência para peladas (a não ser quando são crianças correndo atrás de uma bola em um clube, mas marmanjos profissionais ruins de bola me são insuportáveis). Com mais organização dá para inserir os times menores em várias divisões inferiores como é feito na Europa, possibilitando de vez em quando os enfrentamentos com os grandes, principalmente nas Copas nacionais e, com isso, valorizá-los. Sou a favor. Mas eu só não os veria nunca. Até também pela falta de tempo. Futebol hoje para mim só o europeu, pela qualidade fora de série.
Eu sou sócio do Juventus e frequento a Javari ( não sou um torcedor fanático mas vira-e-mexe to lá ).
Essa conversa de por refletor ou modernizar a Javari é antiga, tem conselheiro lá que é capaz de por fogo no clube pra não deixar isso acontecer, a treta é séria, é treta de moqueense.
E posso dizer: esse projeto aí é só pra atual diretoria ( que está no fim do mandato ) jogar na cara dos sócios que está pensando em algo para modernizar o clube.
O mandato dessa atual diretoria é péssimo, muitos pontos do clube está jogado ou loteado entre diretor, como um feudo (será isso mau de clubes de origem italiana?).
Fora o fato que, hoje, não existe arquibancada no lado da Rua dos Trilhos, onde e como eles iriam fazer essa do projeto? Vão comprar metade da Rua dos Trilhos e desviar o transito pra um viaduto mágico?
Abraço!
A rua Javari foi palco de um dos dois mais belos gols do Pelé (o outro foi contra o seu Fluminense).
Quando o filme Pelé Eterno estava sendo montado, eu fiz um trabalho junto com a produtora que animou o gol, do Luís Briquet.
Briquet entrevistou muita gente para reconstruir esse gol e me contou uma coisa bem engraçada: se todo mundo que diz que estava no estádio nesse dia realmente estivesse lá, a Rua Javari teria capacidade para uns 50 mil torcedores.
Outro gol histórico no estádio foi o maior frango que vi de um goleiro que raramente tomava frangos: Ronaldo, que nunca entendi por que foi tão mal no Flu.
Segue o gol do Pelé na Javari:
http://www.youtube.com/watch?v=fJ5UA0j0KOE
Demais. Sobre o Ronaldo, acho que ele tomou o frango porque não recebia.
Ah, reli o que escrevi e pode parecer que eu participei desse trabalho específico. Para não causar dúvidas, eu participava de outra animação na produtora do Briquet quando ele me mostrou o lance do gol que estava preparando.
este jogo do flu contra o juventus na série b, se não me engano, foi em osasco e não na javari…
Li vários comentários e fiquei com algumas duvidas.existe prédio bonito em algum lugar do mundo?algum fã do juventus pode cobrir a especulação imobiliária da área?desculpe mas o que podemos fazer e chorar,money talks!moro na granja Viana e a especulação chegou sem pedir licença , qualquer casinha de 70 metros custa 400 k , senta e chora ou muda pro interior.
Que belo exemplo de cidadania, parabéns. E se existe prédio bonito em algum lugar do mundo? É séria essa pergunta?
Serio andre vc que viajado me fala algum prédio bonito, sem sarcasmo nenhum.
Qdo. Digo prédio penso nestes residenciais em sp e via de regra são péssimos para paisagem urbana.
Madri, Budapeste, Paris, Buenos Aires, têm prédios lindíssimos.
O centro de Paris realmente e muito bonito mas são prédios antigos e baixos , olhando no sentido aeroporto vc vê o estilo Berrini chegando.o que acho e que o poder econômico forca a barra e os proprietários nao suportam a pressão.conheco muita gente. Que vendeu sua casa térrea perto ibirapuera por proposta muito altas, só isso.
Segue o link do blog chapa branca do juventus. La pode-se acompanhar toda a historia da arena javari, hotel e programa socio torcedor que chegaram a implementar. Esse blog comecou apos a atuao direcao assumir, apoiado pela mesma. E vale tb pros ze-manes que nao conhecem nada mas tem opiniao sobre tudo (do tipo preservar a rua inteira kkkk)
http://www.blogmoleque.com.br
Quando a coxinização do futebol encontra a coxinização imobiliária das cidades. Parece filme de terror!
Eu nunca fui, mas me bateu memória afetiva total. Minha infância jogando bola quase o dia inteiro. A Portuguesa era um dos grandes e o Juventus era, digamos, médio. Vou parar, senão pareço um tio nostálgico. O Torero escreve umas crônicas bem legais sobre a Rua Javari.
No site do Submarino cujo link foi enviado pelo leitor Paulo (12:34), mostrando o Guia da Culinária Ogra, veja os primeiros livros que aparecem logo abaixo, numa seção tipo “quem comprou este, também compra”: “Apocalipse Z, a Ira dos Justos” e “Deus Foi Almoçar”. Realmente sensacional.
“Bons negócios existem aos montes por aí. A Rua Javari, só tem uma.”
Apoiado
Cada vez que leio um notícia dessa e vejo aquele site São Paulo antiga, me bate uma tristeza danada!
Nada a ver com o post,mas talvez interesse alguém:
´´Cory MacLauchlin, “Butterfly in the Typewriter: The Tragic Life of John Kennedy Toole and the Remarkable Story of A Confederacy of Dunces”“
Saiu agora? Boa dica.
Péssima é a idéia de hotel no Parque do Estado:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1190519-estado-quer-privatizar-area-de-parque-para-instalacao-de-hotel-em-sp.shtml
o Estádio do Juventus na rua Javari faz parte da história do futebol da capital. Se querem preservá-lo, que se forme um grupo de pessoas com dinheiro e que gostam tanto do clube, o Juventus, quanto do estádio s e banquem as reformas necessárias.
O que eu não gostaria é ver dinheiro público nisto. Inda mais em time de futebol – que já conta com um monte de vantagens em suas dívidas com o governo ( como as timemanias da vida).
Também aplico isso ao autódromo de Interlagos: a prefeitura tinha e que vendê-lo para a Globo – já que é a única que, com a F-1, banca um evento no autódromo que lhe dá um lucro imenso.
E quanto ao Pacaembu, que vai virar um elefante branco quando o estádio do Timão estiver concluído, o mais lógico seria a prefeitura vender pro Corinthians ao preço da metade do que custará pelo Itaquerão (obras que também têm como avalista, como sempre, o governo).
Governo não tem que bancar autódromo ou estádio de futebol. Tem que bancar é escola e creche de qualidade.
Sem entrar em polêmicas sobre o local específico a que se refere o artigo do André, mas ele me lembra imediatamente uma conversa que tive a menos de uma semana. Estava em Long Beach, CA, no restaurante Pike, que pertence ao Christopher Reece, ex-baterista do Social Distortion – tocou entre 1985 e 1993 e gravou os discos Prison Bound, Social Distortion e Somewhere Between Heaven and Hell. Almoçamos juntos naquele dia. Comentei com ele que uma das coisas que eu mais gostava na California era que, da janela do restaurante, eu podia ver o céu azul para qualquer lado que eu olhasse. Disse para ele que, se fosse no Brasil, provavelmente o restaurante estaria cercado por prédios que fariam paredes e eu teria que sair na rua, na sombra dos prédios, e olhar pra cima, para ver um pedacinho de céu, como são as praias das grandes cidades brasileiras (não só as praias, Curitiba, onde moro, infelizmente está assim). Ele disse que isso é feito APESAR do governo e dos interesses econômicos, na base da resistência popular e cultural da sociedade organizada, principalmente os ditos “alternativos”, onde deve dar pra incluir surfistas, ativistas, skatistas, maconheiros, vegetarianos, yogis, hardcores e o diabo a quatro. Mesmo porque lá esse pessoal é relevante, faz parte de certas instituições do sistema. Ele me disse que, então, volta e meia consegue-se aprovar determinadas leis que vão dando aquela cara para a California. Hoje, por exemplo, é proibido fumar em várias praias de lá, por leis municipais, para evitar poluição com guimbas. Assim, o Estado todo limita a construção de prédios altos e a destruição de casas históricas. Você foi pra San Francisco entrevistar o Jello Biafra e certamente lembra que lindas são aquelas casas antigas, uma ao lado da outra, com três andares só, e um céu gigante que se pode ver de qualquer parte da cidade. Prédios, apenas poucos e no centro, isso tanto em San Francisco, quanto em Los Angeles, as duas maiores cidades da California, mas também em outras grandes e menos conhecidas, como Santa Barbara e a própria Long Beach. Estamos muito longe ainda em termos de civilização, nesse aspecto específico.
Barscinski, guardadas as devidas proporções, existe uma questão semelhante em relação ao estádio das Laranjeiras.
Tambem existem projetos “mudernos” (de tricolores, inclusive) descaracterizando tudo, transformando-o em “arena” shopping.
Quem assistiu um jogo lá nos anos 80/90 e vibrou com os gols do caneleiro Super-Ézio, entende o crime que seria destruir aquele estádio art-déco.
Eu pessoalmente não concordo com os que dizem que o ÚNICO caminho para o Juve crescer como agremiação de futebol passe pela “modernização” de suas instalações, principalmente do seu estádio.
Acredito que o Juventus tem uma jóia nas mãos, o estádio do jeito que está pode ser um meio de se arrecadar mais dinheiro para o Juventus.
Ninguém seria contra uma reforma que mantivesse as características do estádio, melhorias em banheiros, manter a pintura sempre impecável, manter o gramado sempre muito bom, talvez até a instalação de iluminação artificial.
E pensando numa reforma maior, tavez a construção de um charmoso museu contando a história daquela região e de uma época do futebol paulista que ficou no passado. Até um pequeno restaurante poderia ser construido ali e isso sem descaracterizar o estádio, uma cantinazinha com vista para o campo, funcionando também fora de horários de jogos.
Enfim, deixar que a Javari continue sendo um local interessante para quem quer entender a cidade, aquela região e o futebol paulista. Uma “atração” fundamental em qualquer guia sobre SP. Não vejo como o Juventus poderia perder com isso!
Um Abraço.
Concordo 100%. Não se joga história no lixo.
Cara…lendo seu post imaginei um bar com a cara do São Cristóvão (Vl Madalena)…aquilo ali é um museu do futebol paulistano, paulista, enfim, brasileiro em retratos…aquele bar com vista para o gramado seria um presente para os amantes do futebol…daria até pra recriar um pequeno trecho dos antigos bondinhos da região operária da Moóca pela rua Javari ligando-a até a rua dos Trilhos…
Cara, é impressionante a quantidade de fanáticos e idiotas que aparecem pra falar bobagem quando o assunto envolve futebol.
Nada como assistir um jogo do Juventus às 15h. É, antes que tudo, um exercício gastronômico.
Almoço na Esfiha Juventus, vejo o jogo, como um cannoli no intervalo e ainda dá pra passar na Di Cunto pra levar uma Torta Regina pra casa.
Eu gosto mais do jogo às 10h da manhã no domingo. Cannoli de café da manhã e almoço na Esfiha Juventus. Independente da preferência de horário, é um baita passeio.
Assistir a um jogo na rua Javari sempre foi muito divertido, principalmente porque dava pra conversar com o bandeirinha. Não foi citado também que o gol tido como o mais bonito da carreira do Pelé foi feito lá, além da região ser muito bacana com pizzarias e comércio tradicionais. O salão de festas do Juventus sempre foi um dos melhores daqui. Mas não entendi uma coisa, esse projeto de arena não é uma modernização? Você acha realmente que vai acabar com a tradição? Não é uma modernização necessária como a do Parque Antarctica ou vai ser só mais um desses empreendimentos que deixam a cidade cada vez mais descaracterizada?
Barça, uma solução seria o Juventus fazer o mesmo que o América-RJ, adquirir um terreno em um município vizinho e nele construir um estádio, mantendo o campo da Javari como CT.
Sonhar não custa nada…
Só para lembrar, o América se afundou depois da venda do estádio do Andaraí. Claro que não foi culpa só da venda, mas isso ajudou bastante. O clube tinha uma identidade com o bairro e eu mesmo frequentei bastante, mesmo torcendo para outro clube. Hoje moro em SP e pretendo ir a rua Javari, mas se virar arena, não terei motivos para isso.
Cadê o garagem, Barça?? Rsrs. Abç.
Tamos tentando!
Uma das coisas que eu mais me arrependo é a de não ter ido a um jogo do Juventus quando morava em São Paulo. Eu era do interior e toda vez que passava por lá (trabalhava la perto) sentia um clima meio interiorano. Acho que aquele estádio tinha isso de volta no tempo, rua pacata, estádio antigo, assistir um futebol de várzea e tudo isso no meio da metrópole. É a magia da Rua Javari, que espero que não se perca.
André, nada a ver com o tópico de hj, mas navegando pelo site do submarino encontro o seu guia de culinária ogra na seção “Literatura Estrangeira” sub-seção “Ficção Fantástica” (!?!?)
http://www.submarino.com.br/produto/111856119/livro-guia-da-culinaria-ogra-195-lugares-para-comer-ate-cair?opn=COMPARADORESSUB&WT.mc_id=Buscape&utm_campaign=bp&utm_source=buscape&epar=102414
achei que você ia gostar de saber que o pessoal do submarino acha que seu livro são receitas para criaturas mitológicas 😉
Sensacional!
Vai ver que eles acharam que a barriga da capa aparecendo é um alien tentado sair!
Só pelo fato de se nao me engano, nesse livro o AB indicar “tubarão” num de seus roteiros
Como um diver for sharks, achei sem noção, principalmente vindo de uma cara tao instruido e econsciente
Não entendi nada.
Odio Eterno ão Futebol Moderno.
O Juventus pode fazer como o time londrino Fulhan. Eles preservaram toda a fachada e história do mítico: craven cottage stadium…continua lindo, parece do começo do século XX e conforto de século XXl…todos ficam felizes, a cidade agradece, e não precisamos e com toda razão do André, ter monstros em nosso horizonte…
Quando eu li o texto sobre a Javari logo pensei em Londres. Tem uns 10 estádios de clubes centenários por lá e em algum momento eles já devem ter entrado em conflito com o crescimento da cidade. Talvez dê pra tirar algo da experiência deles, como nesse caso do Fulham. Já o mitológico Highburry foi abaixo pra dar lugar a um conjunto de apartamentos. Estranhamente, parece que a demolição não chegou a causar grande trauma. Outros, como o do Chelsea e o do Totenham, resistem em áreas valorizadas da cidade. Mas, ao contrário do Juventus, esses times são potencias econômicas. O West Ham pretende herdar o estádio olímpico de 2012, deixando vaga a área ocupada hj pelo Upton Park, que foi inaugurado em 1904 e chegou a ser atingido por uma bomba V-1 na segunda guerra.
Enfim, não entendo de urbanismo e, sinceramente, não sei se é interessante pra cidade manter um estádio meio ocioso numa região estratégica. Mas pra quem gosta muito de futebol, e o acompanhou no século XX, é triste ver que não há mais espaço pra clubes como o Juventus. Esse é só um dos sintomas de que o futebol como manifestação cultural está em declínio. O dinheiro tomou conta.
Ódio mortal ao futebol moderno!
O Chelsea parece que quer comprar ou comprou (não tenho certeza) aquela famosa fábrica, hoje abandonada da capa animal do Pink Floyd e fazer um estádio mas preservando aquelas 4 chaminés.
“As memorias ficam na sua essência e no coração dos seus torcedores e não no concreto das paredes”…
A questão da Arena é muito simples: se o Juventus quiser crescer, ela vai ser necessária. Não adiantam lamentos, apelos sentimentais e verborreia. É simples questão de bom senso e será inevitável. No fundo esse povo não quer que o Juventus cresça, preferem que continue sendo eternamente um pequeno e simpático time de bairro. Como outro colega disse: torcem para a Javari, e não para o Juventus…
É evidente que o clube vai precisar de patrocínio para esse projeto (caso seja aprovado), pois todos sabem que o Juventus não tem caixa para um gasto de tal envergadura.
Mas um estádio condizente traria interesse e patrocínio para o futebol do Juventus e até uma criança de 10 anos pode entender isso.
O problema não é modificar o que existe. É descaracterizá-lo. Por que não fazer um estádio confortável mas charmoso? Sinceramente, eu não teria a menor vontade de ir num estádio como o que está sendo proposto.
André
Eu vou na Javari porque gosto do Juventus em primeiro lugar… Você deve ter ido 2 ou 3 vezes pela curiosidade histórica e pela experiência “engraçada”, mas está pouco se lixando para o time… Sugiro você escrever um artigo defendendo a Fazendinha e criticando a arena corinthiana ou então a reforma atual no Palestra Itália…. Deixe o Juventus em paz!
Amauri, não enche. Eu vou onde quiser e você não tem absolutamente nada a ver com isso. E não tem nada de “engraçado” num fascistinha que fica dizendo o que os outros podem ou não fazer.
Andre olhando os comentarios puta que pariu quanto reaça……caraca a melhor coisa que fiz em minha vida foi em 1985 ter me mudado de São Paulo,sinto saudades de meus amigos,pois ainda tem muita gente boa morando na cidade,por que da cidade e desse povo que se acha morando em “Niu Iorque”eu quero é distancia,bem fez vc tambem que apesar de todos os problemas esta em Paraty.
André, o Juventus é time de fascista mesmo… Rodolfo Crespi foi enterrado com a camisa negra fascista e deixou metade do seu dinheiro para a Itália de Mussolini. Na década de trinta, a mesma família Crespi publicava na Mooca um jornal publicado em italiano onde as virtudes do regime fascista eram defendidas. Portanto, está mesmo no sangue: “Juventus e Fascismo: tudo a ver!”
Não estou nem aí para onde você vai ou deixa de ir. Meu problema é quando você escreve um artigo sem nexo que vai contra os interesses do meu time.
Passar bem
Ui! Magoou! E aprenda a ler: eu não disse que o Juventus é time de fascista, disse que você, que felizmente não representa a torcida do clube, age como um.
O time do Juventus atualmente é um lixo e a torcida é tão pequena que possui transporte próprio para todos:
http://flaviogomes.warmup.com.br/wp-content/uploads/2012/08/kombi_juventus_diogosil-2.jpg
Só o clube Juventus que presta, tem uma bela estrutura.
Futebol? Os Clubes Paulistano e Pinheiros (antiga Germânia) estão bem de vida e não sentem saudades do futebol. Invesir em Arena é jogar dinheiro fora. O hotel talvez seja uma boa, em função da carência de vagas em São Paulo.
Amigo, esse é um comentario tipico de um babaca q nunca pisou num estadio e acha que futebol se resumo só a primeira divisão.
se vc não sabe, não fala nada, cala-se e va estudar.. olha, daqui a pouco começa BBB pq vc nao vai ver, ja q é um programa do seu nisso..
Um imbecil que deve achar que futebol é curintia e framengo!!!!
MORTE AO FUTEBOL MODERNO!!!
Preservem a Javari!!
Pior que o comentário, é achar que o Juventus vai virar uma potência por causa da arena…
Pois é, nem Grêmio Barueri nem América – MG viraram potência por conta de suas arenas.
Não sofro desse tipo de saudosismo. Preservar um prédio antigo até vá lá, mas uma rua inteira? O centro de São Paulo é o lugar da cidade que mais conta com transporte urbano, entretanto é o que mais vem sendo esvaziado ao longo dos anos. Por conta disso, a cidade vai crescendo desordenadamente na periferia, que é muito mal servida por ônibus e onde não há nem “cheiro” de metrô. Lutar contra uma ocupação mais racional (prédio novo serve para isso, não?) em prol de nostagia pelos tempos idos é algo com que não concordo.
Quem falou em preservar “uma rua inteira”?
Que tal “(…) Mas torço muito para que deixem a Rua Javari como está.”?
“Rua Javari” é como 99% das pessoas se referem ao estádio.
KKKKK!!
Essa foi dose…
Nossa.. ele achou que falavamos da Rua Inteira?
Pior que achei. Não moro em São Paulo e abomino futebol. Mas estranhei também esse processo linguístico que vocês usam. Existe uma Rua Javari, então penso que o certo para se referir ao estádio seria “o” Rua Javari. Isso é metonímina, não? O artigo tem que casar com o objeto ao qual a expressão se refere. “A” Rua Javari é a rua mesmo. “O” Rua Javari é o estádio! Sim, estádio, porque sou de um tempo essa besteira de chamar “estádio” de “arena”.
Perdão: “metonímia”.
Também li o que você escreveu, estava no texto do Henrique Meirelles, publicado ontem 13/01 na Folha.
Eu não disse que essa análise sobre a ocupação do centro é minha. Leio jornais e aceito as opiniões que me parecem corretas. Henrique Meirelles tem razão.
Mas quem disse que a Javari ocupa a rua inteira? E concordo com o Barcinski: oportunidades de bons negócios existem aos montes. A Rua Javari é única.
em araçatuba-sp, acontece algo estranho: a cidade tem um estadio consideravel, mas ñ existe time…meu irmão q mora na cidade, confirmou q o estadio é uma piada…
do lado do estadio, tem uma invasão, ond noias caminham o tempo td, efetuando pequenos delitos, alem d possuir uma biqueira no local, abastecendo o pó dos locos da região…passo td noite por esse caminho tenebroso, pra trabalhar ali do lado disso td…
Ok, mas é solução para o problema dos nóias é destruir prédios históricos?